Aproveitando a Semana Santa gostaria de comentar sobre um livro que li recentemente do teólogo Jürgen Moltmann intitulado "No fim, o início. Breve tratado sobre a esperança". É um livro sobre a escatologia cristã. Mostra como, ao contrário, das interpretações catastrofistas que abundam por aí, o fim cristão, o Apocalipse, é de fato um começo. Representa vida e não morte. Até porque do ponto de vista cristão, a própria morte é vida. No fim, o início. De fato, esta é a escatologia da vida. Ora a vida nada mais é que um conjunto de fins e inícios. O problema em geral é que não nos preparamos para a mudança, para os momentos de fins e assim os inícios são sempre vistos como dolorosos, como perdas, ficamos apegados ao passado. O Rubem Alves tem um texto que diz que se deveria ensinar a tristeza nas escolas, é quase isso mesmo. Porque ficar triste é ainda considerado socialmente inaceitável. É perturbador ter alguém triste ao seu lado. Então se torna ainda mais complicado lidar com a tristeza, não a vivenciamos plenamente, e deste modo, deixamos de encerrar um ciclo da vida para dar início a outro vendo as perspectivas que se abrem, ficamos prisioneiros do que estamos perdendo. E assim somos incapazes de perceber que não é o fim, é o começo.
"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."
Ignácio Ellacuría
2 comentários:
Amei!
Eu também acho...quando ficamos tristes, ou querendo ficar um pouco sozinho, as pessoas logo querem saber o porquê, te ajudar, enfim...às vezes até acabam sufocando!
Graciela.
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