"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quinta-feira, 31 de maio de 2007

O passado sempre parece ter algo bom!.Parece!

Uma aluna mandou um destes e-mails isso é do seu tempo? Obviamente a maior parte das coisas eu conheço. As melhores coisas da lista eram a Luciana Vendramini (que continua sendo hoje), Tv Pirata, Caverna do Dragão, Smurfs, Cavalo de Fogo (às vezes), She-ra, He-man, Thundercats, Os Caça Fantasmas, Curtindo a Vida adoidado, Que rei sou eu?, Armação Ilimitada, não está na lista mas a novela Roque Santeiro deveria estar. Agora o que mais me chamou atenção foi o livro, “Eu, Christiane F., treze anos, drogada e prostituída”. Fazia muito tempo que eu não ouvia falar dele, nunca li, nem havia em casa. Mas na casa de gente da minha família sempre tinha esse livro. Duvido que alguém tenha lido esse livro algum dia, na minha família deve ter ficado na estante até desaparecer. Outro que me chamou atenção foi o livro “Um cadáver ouve rádio” do Marcos Rey, li todos os livros do Marcos Rey na escola. Meu irmão leu até o que não era livro juvenil, chegou a trocar correspondência com o Marcos Rey. E li vários dos livros da coleção Vaga-lume da editora Ática na qual estão incluídas as obras do Marcos Rey. Agora mesmo uma das professoras de português da minha escola de primeiro grau ia jogar fora a coleção Vaga-lume completa, ela contou pra minha mãe e minha mãe perguntou se eu queria para minha biblioteca. Mas é claro que queria. Primeiro, que tenho por meta aumentar sempre quantitativamente minha biblioteca independentemente do tipo de livro. Segundo, que sempre cabe entre um trabalho de um aluno e outro, um livro da coleção Vaga-lume para aliviar o peso da missão.

China e EUA disputam Angola!

O mundo não é mais o mesmo. China e EUA estão disputando o controle da África, e no caso em particular, o controle de Angola. Os EUA estão preocupados com os empréstimos que a China está fazendo para Angola. A subsecratária de Estado dos EUA, Jenday Frazer, na visita que fará ao país terá como principal tema estes empréstimos e a penetração econômica da China em Angola. É uma questão questão insólita, mas mostra que o mundo ainda está em movimento.

Maluf angolano

O presidente de Angola deu uma casa para cada um dos jogadores de Angola que participaram da Copa da África e da Copa do Mundo. O processo contra o Maluf por ter dado carros para os jogadores da seleção brasileira com dinheiro público durou uns 30 anos, será que o presidente de Angola será processado? Provavelmente não, e o Maluf vai morrer pensando porque não fui para Angola para ser presidente lá. Por mais que o feito dos jogadores de Angola tenha sido espetacular para o futeblzinho que se joga no país é típico de um país atrasado tomar medidas como essa que apenas reforçam a vinculação dos interesses privados com os interesses públicos e solidificam uma casta de pessoas com direitos especiais. Para o povo de Angola o dinheiro teria sido melhor gasto na construção de barracões de moradia para o povo. Pobre Angola, continuará pobre com governantes como estes.

http://www.jornaldeangola.com/artigo.php?ID=62365

El País: sociedade com o Lula?

Sabem onde a política externa baseada nos biocombustíveis de Lula é sempre um sucesso? No jornal El País da Espanha. Sempre há um artigo sobre o êxito da política lulista. o sonho de consumo do nosso lastimável presidente deve ser que El País seja publicado português e no Brasil.

Agora o Brasil dominará o mundo!

A Petrobrás venderá álcool para a Nigéria para que a gasolina do país tenha 10% de álcool. É o Brasil desafiando a China e os EUA na principal arena de conflito das duas grandes potências, a África. Será que finalmente o Brasil terá futuro?

Sem espaço para idealismos!

Foi aprovado pelo Conselho de Segurança um tribunal internacional para julgar o assassinato do ex-primeiro ministro libanês Rafik Hariri. Mas hipocrisia das hipocrisias, nenhum dos membros permanentes votaram, o que significa que que o tribunal terá baixa legitimidade. Ao mesmo tempo os membros permanentes sentiram-se moralmente pressionados a aceitar o tribunal mesmo países como a China e a Rússia tendo se manifestado contra dizendo que seria uma violação da soberania por se intrometer em assuntos internos não tiveram "coragem" para votar contra ou mesmo vetar. É sempre nesta contradição que as organizações internacionais funcionam, e portanto, os seus resultados só podem ser avaliados diante do reconhecimento que elas jamais encontraram um ambiente ideal para operar. Operam sempre nos menadros das relações de forças estabelecidas pelos Estados nacionais.

A Paz no Mundo segundo Economist Intelligence Unit















A Economist Intelligence Unit unidade do grupo da revista The Economist fez um relatório sobre a paz no mundo considerando questões internas e externas. O mapa sintetiza os dados e abaixo segue a lista dos países por ordem de pontuação do mais pacífico para o mais conflituoso. Prestem atenção abaixo de quem o Brasil foi colocado.


Rank      Country           Score
1 Norway 1.357
2 New Zealand 1.363
3 Denmark 1.377
4 Ireland 1.396
5 Japan 1.413
6 Finland 1.447
7 Sweden 1.478
8 Canada 1.481
9 Portugal 1.481
10 Austria 1.483
11 Belgium 1.498
12 Germany 1.523
13 Czech Republic 1.524
14 Switzerland 1.526
15 Slovenia 1.539
16 Chile 1.568
17 Slovakia 1.571
18 Hungary 1.575
19 Bhutan 1.611
20 Netherlands 1.620
21 Spain 1.633
22 Oman 1.641
23 Hong Kong 1.657
24 Uruguay 1.661
25 Australia 1.664
26 Romania 1.682
27 Poland 1.683
28 Estonia 1.684
29 Singapore 1.692
30 Qatar 1.702
31 Costa Rica 1.702
32 South Korea 1.719
33 Italy 1.724
34 France 1.729
35 Vietnam 1.729
36 Taiwan 1.731
37 Malaysia 1.744
38 United Arab
Emirates 1.747
39 Tunisia 1.762
40 Ghana 1.765
41 Madagascar 1.766
42 Botswana 1.786
43 Lithuania 1.788
44 Greece 1.791
45 Panama 1.798
46 Kuwait 1.818
47 Latvia 1.848
48 Morocco 1.893
49 United Kingdom 1.898
50 Mozambique 1.909
51 Cyprus 1.915
52 Argentina 1.923
53 Zambia 1.930
54 Bulgaria 1.936
55 Paraguay 1.946
56 Gabon 1.952
57 Tanzania 1.966
58 Libya 1.967
59 Cuba 1.968
60 China 1.980
61 Kazakhstan 1.995
62 Bahrain 1.995
63 Jordan 1.997
64 Namibia 2.003
65 Senegal 2.017
66 Nicaragua 2.020
67 Croatia 2.030
68 Malawi 2.038
69 Bolivia 2.052
70 Peru 2.056
71 Equatorial
Guinea 2.059
72 Moldova 2.059
73 Egypt 2.068
74 Dominican
Republic 2.071
75 Bosnia and
Herzegovina 2.089
76 Cameroon 2.093
77 Syria 2.106
78 Indonesia 2.111
79 Mexico 2.125
80 Ukraine 2.150
81 Jamaica 2.164
82 Macedonia 2.170
83 Brazil 2.173
84 Serbia 2.181
85 Cambodia 2.197
86 Bangladesh 2.219
87 Ecuador 2.219
88 Papua New
Guinea 2.223
89 El Salvador 2.244
90 Saudi Arabia 2.246
91 Kenya 2.258
92 Turkey 2.272
93 Guatemala 2.285
94 Trinidad and
Tobago 2.286
95 Yemen 2.309
96 United States
of America 2.317
97 Iran 2.320
98 Honduras 2.390
99 South Africa 2.399
100 Philippines 2.428
101 Azerbaijan 2.448
102 Venezuela 2.453
103 Ethiopia 2.479
104 Uganda 2.489
105 Thailand 2.491
106 Zimbabwe 2.495
107 Algeria 2.503
108 Myanmar 2.524
109 India 2.530
110 Uzbekistan 2.542
111 Sri Lanka 2.575
112 Angola 2.587
113 Cote d'Ivoire 2.638
114 Lebanon 2.662
115 Pakistan 2.697
116 Colombia 2.770
117 Nigeria 2.898
118 Russia 2.903
119 Israel 3.033
120 Sudan 3.182
121 Iraq 3.437

Brasil como sócio estratégico da UE

O Brasil será elevado a condição de sócio estratégico da União Européia. É ma categoria política, o que significa que a situação não precisa ser extendida aos demais países do mercosul, ao mesmo tempo não inviabiliza o acordo Mercosul-União Européia. A atribuição deste status ao Brasil mostra que a UE está interessada em conseguir alguma coisa do Brasil, será que o Brasil irá reduzir as demandas de liberalização agrícola em função deste status que reconhece a posição de liderança do Brasil na América do Sul? Será mais uma estratégia para isolar Hugo Chávez e homenagear a esquerda conformada? A desconfiança deve ser maior já que o PT enquanto via a integração com os EUA como obra do diabo pensava a integração com a Europa como obra de deus. E simplismo em política é pecado mortal.

Procura-se Berzoini!

Descobri pela agência de notícias da Síria que o presidente do PT, Ricardo Berzoini, está em visita à Síria. Gostaria de saber se ele fala em nome do governo brasileiro. O Renan Calheiros logo vai precisar de refúgio similar para descansar.

http://www.sana.org/eng/21/2007/05/30/120835.htm

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Mosteiro de São Bento

Hoje fui à igreja do Mosteiro de São Bento, Igreja Nossa Senhora da Assunção e São Paulo, comprar bolo Santa Escolástica (o nome é ótimo!!!!). A igreja é realmente muito bonita, faz parecer que Deus realmente existe.

A Praça da Sé é a síntese do Brasil

Ontem eu estava andando pela Praça da Sé e observando o Brasil. Uma enorme Catedral Católica que reflete o domínio católico no Brasil. Logo adiante três rodas de pessoas tendo no centro de cada uma um missionário, alguém tentando converter os transeuntes em evangélicos. Espalhados pela praça os pobres, diferentes tipos de pobres. Tem pedinte aos pés da catedral, tem os moradores de rua que na maior parte do tempo ficam num canto na deles, tem os pobres dos trambiques, dos pequenos negócios disfarçados. Os pedintes são os que perderam o orgulho, mas ainda tentam sobreviver. Os moradores de rua são os que desistiram, o grito jamais será ouvido, jamais sairão daquele esteado de coisas. Os trambiqueiros usam o que tem para não decair, e aí há diferenças entre o pequeno tramqueiro com jogos e truques, e o “grande” trambiqueiro vendendo todo tipo de quinquilharias. Tem um monte de gente de diferentes perfis transitando que guardam uma característica em comum, a indiferença pelo que ali ocorre, a indiferença pelo Brasil. E claro há base móvel (que não se move) da Polícia Militar, que representa o Estado. E o que faz o Estado? Nada, bate-papo, porque os “crimes” e os crimes que ocorrem ali fazem parte da rotina e não há nada a fazer, então desisti-se de impor a lei diante da constatação da incapacidade de fazer com que a lei se cumpra. É apenas outro tipo de trambique. Brasil, país dos trambiqueiros e dos indiferentes.

Irã e EUA

As conversações entre Irã e EUA no Iraque demonstram que os EUA foram forçados a reconhecer no Irã um interlocutor válido e mais cedo ou mais tarde irão abandonar o discurso sobre o eixo do mal. Os EUA sancionaram o Irã é uma potência. E o Irã reconheceu que possui interesses comuns com os EUA, Osama Bin Laden também ameaça o Irã, controlar a Al Qaeda é um objetivo comum de EUA e Irã. Deus e o Diabo dividem o mesmo império como mostra José Saramago. Isto é uma política externa realista.

Gás na Argentina e no Chile, e a Bolívia

Vejam só a Argentina produz gás, vende gás para o Chile e compra gás da Bolívia. Está em crise energética neste período de frio, não consegue atender a demanda de gás interna e faz racionamento interno e corta o gás para o Chile. Primeiro, é dramático uma crise energética em países do nível da Argentina e do Chile. Mas a situação é pior a Bolívia está a beira de uma crise energética, precisa racionar energia, porque as empresas privadas não investiram nos últimos dez e o fornecimento de energia elétrica na Bolívia pode entrar em colapso a qualquer momento. E uma das causas é porque os investimentos no gás foram fundamentalmente para as exportações e não para atender a demanda interna. De todo modo, isto mostra a importância da proposta de integração energética da América do Sul feita por Hugo Chávez.

Banco do Sul e o Paraguai

Um economista paraguaio está criticando a entrada do Paraguai no Banco do Sul. Para fazer parte, o país precisa fazer um aporte de recursos, o Paraguai para fazer este aporte de recursos vai emitir títulos de dívida, ou seja, para entrar no Banco do Sul irá se endividar para depois o Banco do Sul emprestar para ele. Então é necessário avaliar os custos de se endividar para depois tomar estes recursos emprestados. É um problema, os países pobres não conseguem criar arranjos institucionais de proteção financeira porque são pobres. Isto já aponta uma das debilidades da estratégia Banco do Sul.

http://www.lanacion.com.py/noticias.php?not=160449

Robert Zoellick e o Banco Mundial

Os EUA irão apresentar o Zoellick para o Banco Mundial. Pobre Banco Mundial, está pagando pelas maldades que fez ao mundo. Pena que os pobres do mundo pagarão o pato junto. Mas que o Banco Mundial merece ser destruído, merece.

Míssil russo, míssil anti-americano

Os Estados Unidos descobriram qual a principal conseqüência de desenvolver um escudo anti-míssil e tentar instalá-lo na Europa Oriental, é estimular o desenvolvimento de mísseis intercontinentais capazes de furar o bloqueio americano. A Rússia desenvolveu um míssil intercontinental mais potente, e deu uma demonstração clara que mesmo não tende condições de elevar os seus gastos militares para o patamar dos EUA, a Rússia tem condições de levar a Guerra Fria e a Corrida Armamentista adiante. Está faltando estadistas ao mundo, conhecedores da Realpolitik que sejam capazes de fazer política de alto nível e compreender a política em alto nível.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Gilmore Girls




































Atualmente as minhas séries preferidas são Law and Order (nas três versões), House, Monk, Close to Home, Cold Case, Boston Legal (Justiça sem limites), The West Wing, Friends, tentei gostar de Heroes, mas não consegui. Lost não me interessa. Só gostei das duas primeiras temporadas de The O.C, as duas últimas desisti de assistir. Séries divertidinhas: Psych, Old Christine, Two and a half men, According to Jim, Everybody hates Chris, Everybody loves Raymond. Agora a melhor série é sem dúvida Gilmore Girls, a última temporada foi uma passo fora do compasso, e a atual temporada começou mal, mas se recuperou. Os diálogos insólitos são muito divertidos, personagens inverossímeis sem que as piadas sejam de tipo pastelão. A Lorelai é uma grande personagem, teve diálogos memoráveis com o Luke e com a sua mãe, Emily. É uma pena que está chegando ao fim e que as reprises da Warner não estejam começando pelo primeiro episódio da primeira temporada.

No Congresso baixaria não tem limite

Em outra nota, eu já comentei que a Mônica Veloso foi amante de Luís Eduardo Magalhães antes de dar o golpe no Renan Calheiros (decididamente a profissão desta senhora não é de jornalista, netas horas é que faz falta existir o inferno, código de ética profissional não serve pra nada, e agora entendo porque os jornalistas ficaram tão revoltados quando se quis criar o Conselho Nacional de Jornalismo, querem resguardar o direito de dormir com as fontes, manipular informações para preservar amantes, e o sagrado direito da extorsão). Então, aí ontem após o Renan Calheiros dicursar mais algumas mentiras foram ouvir os senadores. E o que o excelentíssimo senador Antônio Carlos Magalhães declara? Gosto muito da Mônica Veloso, ela já foi minha nora. Que meigo. Mas do jeito que a fila das jornalistas anda, logo ela será outra coisa.

Comentário tardio: Menem

É muito bom ver o ex-presidente da Argentina sendo exposto ao mundo como corno. Depois dele ter privatizado o patrimônio dos argentinos e tentar ter o monopólio sobre sobre uma bela modelo chilena (nem sempre a acho bonita), Menem descobriu que no mercado vigora a lei da concorrência e que há bens públicos que todos podem compartilhar coletivamente e para a desgraça dele a esposa dele está entre esses bens. É o que todo presidente neoliberal mereceria além da cadeia. Pena que a Ruth Cardoso ou Marisa Letícia nenhum cristão quer nem como penitência por pecado mortal. Talvez seja este o castigo dos neoliberais daqui terão que continuar com as suas esposas.

Venezuela: A Revolução não será televisionada

Já me sinto levemente constrangido por não considerar que não há nada de errado no fechamento da RCTV por Hugo Chávez, ele não é obrigado a renovar a concessão e desde que tenha seguido o que estabelece a lei não há nada de anti-democrático no ato. Bobagem dizer que ele controla o Congresso e a Justiça. Os parlamentares foram eleitos diretamente pelo povo, os cargos na Justiça foram ocupados de acordo com a lei. Então ele não é mais ditatorial que o FHC, que fez o STF à sua imagem e semelhança e o mesmo no caso do Congresso. Nossos amigos americanos dizem que não há democracia em Cuba por razões formais, a democracia ocidental e burguesa é formal, procedimental. Então só se rompe com a democracia quando se abole a forma democrática, os procedimentos, não se avalia a democracia pelos atos do governo, mas pelo cumprimento lega da forma de decisão e implementação destes atos. Os atos que violem a lei são ilegais, a forma democrática só será violada se atos ilegais forem implementados através do uso da força pelo Executivo. Não é o caso da Venezuela. No link abaixo é possível encontrar o documentário "A revolução não será televisionada" sobre a camapanha para derrubar Hugo Chávez, inclusive feita pela mídia. Neste link o documentário está dividido em vários arquivos, mas é possível encontrar na internet em um arquivo único inclusive para download.

http://www.youtube.com/view_play_list?p=DB51597A34FF6E89

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Não brindemos à ignorância ou Maria Hermínia Tavares de Almeida

Não gosto da professora de Ciência Política da USP, Maria Hermínia Tavares de Almeida, por ela ser neoliberal até a alma e ardorosa defensora do governo FHC. Mas sábado descobri que ela é neliberal, mas não faz brinde à ignorância como seus colegas José Arthur Giannotti e Eduardo Giannetti da Fonseca. A Maria Hermínia e o Giannetti estavam no Globonews Painel discutindo as novas denúncias de corrupção e as causas. Como bom neoliberal, o Giannetti disse que a causa da corrupção era porque o dinheiro não era gasto onde era arrecadado, tinha muitos municípios que só sobreviviam por receber dinheiro da União e como os recursos vinham de fora a população não fiscalizava. Ele disse isso uma vez e ninguém discordou, estava desesperado em casa de deixarem passar isso. Felizmente o Giannetti repetiu a besteira e a Maria Hermínia virou pra ele e disse, isso é apenas uma posição normativa, não há dado algum que mostre que isso seja verdade, ao contrário, a corrupção maior está em São Paulo, Rio Janeiro, Minas Gerais. O Giannetti ficou sem resposta mostrando a sua debilidade intelectual e a insustentabilidade da sua teoria, apenas reafirmou que há muitos munícipios que precisam de recursos da União e isso é importante. A professora Maria Hermínia mostrou que é possível ser neoliberal sem cultivar a ignorância. Infelizmente para o Giannetti, ele não tem para onde fugir, o neoliberalismo já lhe consumiu os neurônios. O Giannotti que não estava no programa ainda pode se salvar se abandonar a missão de defender os atos indefensáveis dos amigos mesmo que eles sejam FHC e José Serra.
Agora quanto aos municípios. O Giannetti tem razão quando diz que temos muitos munícipios financeiramente inviáveis. Mas os municípios foram criados de forma descontrolada inclusive pelo governo dele, o de FHC. E agora o que fazer? Parar de fornecer recursos para estes municípios e deixar a vida da população se deteriorar para um patamar pior do que já é? É claro que o Brasil deveria ter menos municípios, mas mesmo que houvesse ainda haveria transferência de recursos para os municípios, o que o Giannetti critica é inerente a solidariedade federativa. Não há o que fazer exceto buscar melhorar os mecanismos de gestão dos recursos públicos e tentar conscientizar a população da necessidade de fiscalizar as ações dos governos municipais.

Serra do Roncador

Depois do Inferno, do Pelicano, agora no fim da página coloquei a Serra do Roncador. A Serra do Roncador se espalha pela região da minha cidade, Barra do Garças. Como eu já disse lá há uma entrada para os mundos internos da Terra. A dúvida sobre os mundos internos é se os habitantes são terráqueos mesmos ou se são extra-terrestres. Em outra oportunidade já mencionei o livro a Terra Oca que fala sobre as entradas para o interior da Terra que existiriam no Pólo Norte e no Pólo Sul. Então a Serra do Roncador é uma alternativa. Outra teoria sobre os mundos internos está no livro A Cidade dos Sete Planetas de Pólo Noel Atan, que é o pseudônimo de um paulista do interior que teria visitado uma civilização de origem extra-terrestre no interior da Cordilheira dos Andes.

Esvaziamento da esquerda

Infelizmente a esquerda está se enfrauecndo e não é um enfraquecimento apenas político, mas também intelectual. l~enin dizia que os marxistas deveriam estudar mais do que os liberais e conservadores, pois deveriam ser profundos conhecedores do pensamento marxista, mas também do pensamento de seus adversários para conhecer as suas debilidades e saber por onde atacar. Pobre esquerda contemporânea, as esquerdas militantes estão cada vez mais vazias de idéias por terem cada vez mais slogans. O pensamento foi substutído pelo slogan e não se percebe quando um slogan foi superado e precisa-se de um novo projeto. A repetição permanente de velha cantilena prmite que o pensamento neoliberal persista. Perry Anderson mostrou como no período do seu ocaso eles se reuniram e desenvolveram novos idéias que apresentaram assim que o pensamento kayenesiano entrou em crise. Não parece estar ocorrendo o mesmo na esquerda, parece não haver renovação nas idéias esquerdistas, não compreendem o adversário, o movimento da sociedade contemporânea e assim os poucos projetos esquerdistas que aparecem se esvaem ou manifestam-se apenas como retórica.

domingo, 27 de maio de 2007

Futebol brasileiro, futebol ruim

Infelizmente o Atlético paranaense e o Santos ganhou agora só resta torcer pelo Grêmio na Libertadores. O Corinthians e o palmeiras mostraram o tamanhao que eles realmente tem no campeonato, conseguem no máximo empatar com os grandes. O São Paulo ao não golear o fraquíssimo Palmeiras mostrou que se o Murici não se reciclar rapidamente e reformar o time, ele não será o técnico do são Paulo no fim do campeonato. O Internacional com mais um fracasso demonstrou que o ciclo de vitórias se encerrou volta a ser um time médio. É a vez do Grêmio ter a sua fase São Caetano. Os resultados do Botafogo mostram que o clube é de médio para baixo e que o Cuca não é técnico para time que quer ser campeão, ele é muito derrotista e chorão. Pobre Brasil com times tão fracos, com futebol tão decepcionante não me admira que o Kaká não queria se misturar com eles (o Ronaldinho não joga nada, merecia ter um Afonso como companheiro de ataque).

Vampeta é Corinthiano mesmo!

No Mesa Redonda Futebol Debate da tv Gazeta foi exibida uma reportagem sobre funcionários de uma empresa contratada pelo Corinthians que punha gente para dentro do estádio do Morumbi sem comprar ingresso. Alguém denunciou e um dos responsáveis pela fraude foi preso. O Vampeta achou um absurdo, ele achou que o denunciante é que estava errado, a esperteza do pilantra faz parte da cultura do brasileiro, então era besteira querer punir. O problema do Brasil não é o pequeno ladrão mesmo é o Vampeta, que mal faz o Vampeta e seus iguais para o país.

Contenha a inveja

No link abaixo é possível conhecer a programação da TV que ficará no lugar da RCTV. Já começa trasmitindo a Copa América. É isso, o Kaká eo Ronaldinho apoiam a oposição venezuelana, nada contra a CBF.
http://www.rnv.gov.ve/noticias/index.php?pg=tves

Uma mulher para presidente do Paraguai e a Virgem Maria

O presidente do Paraguai escolheu para candidata a presidente pelo Partido Colorado a ministra Blanca Olevar. Por que? Entre outras razões pela profunda devoção à Virgem Maria existente no Paraguai. E escolher uma mulher pode ajudar a reduzir a insatisfação com o eterno Partido Colorado. E assim, quando se pensa que escolher uma mulher para candidata reflete uma redução do machismo, vemos o machismo se metamorfoseando. Partidos sempre racham com a escolha de candidatos, talvez a escolha de uma mulher aprofunde o racha, e em caso de derrota o Partido Colorado pode entrar em crise profunda viabilizando uma renovação da política paraguaia.

RCTV

Mais uma vez, em nada me oponho ao fechamento da RCTV, nem considero que seja uma violação a liberdade de imprensa. Ao contrário, a RCTV viola o Estado de Direito mais do que FHC, Lula e Renan Calheiros juntos. No entanto, Hugo Chávez erra na opção política tomada, até em locais francamente fovoráveis a ele as manifestações estão sendo contrários. Que a RCTV não seja o princípio do fim da Era Chávez na Venezuela e na América Latina.

Escravo na Islândia?

Por essa com certeza ninguém esperava, mas há trezentos portugueses na Islândia em condição de escravidão. Isso mesmo Islândia, não é Brasil, Gana, ou Sudão. Se tentarem fugir têm que ouvir Björk durante a semana inteira, mas a pena não seria pior se fosse ouvir Roberto Leal?

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=244007&idselect=10&idCanal=10&p=200

Isso é a CPLP!

Isso é a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Angola não tinha embaixada na Guiné Bissau e nenhuma dos outros países africanos de língua portuguesa tem. Embaixadas, do ponto de vista prático, são irrelevantes, mas os diplomatas atribuem grande valor simbólico a eles. Então não ter embaixada mostra o quanto é importante o país para os demais. Se as idéias dos idealistas não saíssem da cabeça para o papel várias florestas teriam sido poupadas e o mundo certamente não estaria em situação em relação às guerras e aos conflitos.

É de sentar e chorar!

O Brasil é ruim, a Argentina é ruim, a Venezuela é ruim, mas vocês não tem idéia do que seja Moçambique. É inacreditável, mas 50% dos recusos do orçamento de Moçambique orgina-se de recursos internacionais, doações internacionais. Para 2008, o governo de Moçambique esperava poder aumentar os gastos. Mas foi informado pelo embaixador da Noruega no país que ao contrário do que se esperava as doações não irão aumentar, porque o governo não implementou as medidas demandadas pelos doadores. Que coisa, e eu que pensava que não havia nada pior que o FMI. E ainda fica com uma pergunta que me intriga, por que alguém quer ser presidente de Moçambique? Só pode ser pela mesma razão que se quer ser presidente do Brasil, razão pela qual Renan Calheiros quer ser senador e Mônica Veloso, sua amante. Pobre Brasil, pobre Moçambique!
http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=17790&catogory=Mo%E7ambique

O Irã gosta de criar problemas

O Irã anunciou que 70% das suas exportações de petróelo são pagas em moedas que não o dólar. Obviamente que para o Irã isso é importante não apenas porque o valor do dólar está em queda, mas especialmente por razões estratégicas, uma segurança contra os EUA e os bancos americanos. Agora, uma coisa é certa, se isto ocorresse com o mundo interiro seria uma catástrofe mundial. Mas antes de falar em catástrofe seria bom saber se o Irã está tentando substituir as reservas já acumuladas trocando dólares por outras moedas conversíveis.

Manias de Grandeza

O Brasil é uma país cheio de mania de grandeza, naquilo que não é grande arruma sempre uma desculpa. Tudo bem, o Brasil ocupa uma boa parte do mapa pode se dar a este tipo de loucura. Mas qual não foi a minha surpresa ao descobrir que o Turcomenistão se acha o centro do mundo. O "Rukhnama" é o livro oficial sobre a grandeza épica do país. Segundo a bíblia do Turcomenistão, o país tem uma história épica, sendo a moral e política do Estado inspiradas por Deus (coitado de Deus, já não bastasse falar que ele era brasileiro, agora é turcomeno, pelo jeito Deus tem a nacionalidade dos fracassados ou será a dos deslumbrados?). De acordo com a obra, o Turcomenistão teria fundado impérios, nenhum outro Estado fez mais isso do que os turcomenos (se eles soubessem como se escreve a nacionalidade deles em português poderiam delirar menos), chega a dizer que caso todas as cidades construídas pelos turcomenos e seus impérios tivessem sido preservadas ocupariam a Terra. Claro que esta é a ideologia que o governo transmite para o povo para sustentar a sua dominação. talvez seja melhor viver ilude que se vive num grande império e estar sempre pronto a lutar por ele do que viver em um país onde se desvela a corrupção a acada dia ficando impossibilitado de alimentar qualquer ilusão sobre a grandeza do seu Estado e com isso matando qualquer força débil que vislumbrasse se mover em favor Estado. Pobre Brasil, vamos todos para Turcomenistão, lá estão dominando o mundo!
http://www.turkishdailynews.com.tr/article.php?enewsid=74172

Espiões e a hipocrisia

O Irã anunciou ter desmatelado uma rede de espionagem norte-americana, e a Casa Branca nem desmentiu nem confirmou, apenas ressaltou que o Irã precisa colaborar com a sociedade internacional.
O Paquistão e a Índia fizeram um acordo para trocar informações geradas pela espionagem sobre atividades terroristas. Agora, o Paquistão acusa a Índia de não estar fornecendo as informações.
A soberania é claramente a hipocrisia organizada como define Krasner. Um é hipócrita o suficiente para violar a soberania do outro através da espionagem ao mesmo tempo que exige que o outro cumpra as normas internacionais. No outro caso, um país em permanente estado de guerra com outro quer que acreditemos que ele repassa informações sobre o inimigo do inimigo para o inimigo. E que para sua surpresa, o seu inimigo não pratica a reciprocidade. Este é o mundo, o idealismo quando se materializa não passa de hipocrisia. Talvez a grande diferença do Irã é que ultimamente não está com muita paciência para ser hipócrita.

Indianos ou brasileiros?

Num blog de um jornal da Índia, o autor conta como na visita a um templo acompanhado por visitantes americanos, ele pode constatar a falata de ecucação que grassa na Índia, furar fila, não obdecer as leis de trânsito, falar alto. Parecia que era uma visita ao Brasil. Há um tipo de educação que se transmite via família independentemente dos anos formais de estudo. O problema no Brasil e na Índia é que essa educação não se desenvolve nas famílias e não se transmite para os filhos.

http://o3.indiatimes.com/india_poised_india_shining/archive/2007/05/22/4355167.aspx

De volta ao Irã!

O presidente Mahmoud Ahmadinejad afirma que caso os EUA entrem no Líbano, os povos irão se levantar para defender o país, que o Líbano não é um Estado fraco. A preocupação de Ahmadinejad com o Líbano é pertinente, não porque os povos irão se levantar, mas porque os povos podem sucumbir em definitivo. Caso os EUA entrem no Líbano chamados por um governo reconhecido pelos países islâmicos será um golpe mortal para as posições anti-sionistas e anti-americanas da região. Será uma legitimação da laicização do Estado, e no Líbano esta tendência é forte por haver vários grupos religiosos presentes. Os povos arábes terão a sua fé roubada e substituída pelo materialismo, pelo consumismo e pelo relativismo do Ocidente, neste caso a situação do Irã ficaria bastante complicada no que refere a manutenção de um Estado teocrático. De fato a laicização do Líbano seria um golpe mais duro para o Irã do que impedí-lo de ter a bomba atômica.

sábado, 26 de maio de 2007

Jornalistas? Uma nova profissão de vida dupla!

Como decorrência das operações da Política Federal que desbaratou uma rede de corrupção e da insuportável Revista Veja descobriu-se as relações do presidente do Senado, Renan Calheiros, com empreiteiros. No que me cabe, não há surpresa com o fato que Calheiros seja corrupto, o que se esperava de alguém que foi da tropa de choque de Collor, foi ministro da Justiça de FHC e, apesar de ser de Alagoas, um estado pequeno, conseguiu se tornar uma liderança importante do PMDB. Esquisito é os políticos e a mídia se surpreenderem com a descoberta que Renan Calheiros sobrevive do dinheiro alheio para favorecer interesses privados.
O que me choca no caso Renan Calheiros é outra coisa. Um dos destinos dos recursos que Calheiros teria recebido era pagar a pensão alimentícia para uma filha que ele teve com a amante. Pouco importa que ele tenha amante e ela seja favorecida pela corrupção. O problema é que ela é JORNALISTA e isto virou uma praga no Brasil. As jornalistas em Brasília têm como segunda profissão serem AMANTES de políticos. E uso a palavra amante para ser suave, são piores do que isso. O FHC mantinha a sua amante com o filho bastardo em Portugal durante o seu mandato para isso não ser assunto. Apesar disso uma jornalista da Globo precisou ser transferida para Nova York durante o mandato FHC por ela estar tendo um caso com ele. A mesma amante de Renan Calheiros foi amante de Luís Eduardo Magalhães. E há outros casos. Isso nos coloca diante de um problema, os jornais no Brasil não são confiáveis, manipulam as informações; agora além de nos preocuparmos com a filiação partidária do jornalista, ou se o jornalista é corrupto, temos que nos preocupar de quem a jornalista é amante. E isso talvez explique porque não soubemos antes que Renan Calheiros é corrupto, será quantas amantes ele não tem para garantir o sigilo da ladroagem! Que triste país, por caminhos diversos todos sonham com a profissão mais antiga do mundo!

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Sobre a USP: predam o bandido e o carcereiro

Os governos do PSDB são marcados por retrocederem sempre em alguma política que representou um avanço quando da sua implementação, fazem o serviço da direita, e José Serra não fugiu ao figurino. É claro que a USP deve prestar contas à sociedade e ao governo do estado, mas isto é ex-post factum, é isto que significa que autonomia. Está sujeita ao controle e investigação do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Contas da União e do governo do estado. Os dirigentes podem ser punidos quando quebram a lei, mas devem manter a autonomia financeira. As universidades paulistas possuem direito a uma receita fixa do ICMS e é isto que permite que elas se coloquem bem adiante das universidades federais em termos de infra-estrutura física e planejamento dos investimentos. Visitem uma universidade federal e volte periodicamente e verá pode se levar 10 anos para construir um único prédio, ou para se reformar um laboratório. E as medidas do governo Serra são para, por um caminho tortuoso, reduzir os repasses, conseguir contingenciar os recursos destinados às universidades. Claro que o sistema não é perfeito, em outra oportunidade já critiquei aqui o fato dos salários serem pagos com estes recursos do ICMS, a "luta de classes" entra para dentro das universidades, onde professores e funcionários lutam para se apropriar de uma fração cada vez maior destes recursos como salário, e a internalização deste conflito não é boa para as universidades. Por outro lado, as universidades não se tornam uma paraíso por causa destes recursos basta visitar o prédio da FFLCH e o da FEA na USP para constatar como apenas com os recursos públicos é difícil manter a Universidade, a FEA tem uma infra-estrutura superior por captar recursos privados, coisa considerada inaceitável na FFLCH por razões ideológicas e também porque não tem o que vender. O que leva a outra questão, na imprensa e em blogs, alguns jornalistas colocam o debate como se fosse um conflito entre o pessoal legal e descolado da FFLCH e os mauricinhos e conservadores da Poli, porque o José Serra é engenheiro formado pela Poli. Bobagem, os dois estragam o país. A participação das universidades paulistas na arrecadação de ICMS ocorreu graças aos economistas da Unicamp que participaram do governo Quércia.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Você conhece o Leonardo?

Se vc ouviu a voz dele, mesmo que não tenha visto, já conhece o Leonardo. Ele tem uma banda, apesar dos demais membros da banda proibirem ele de cantar. Se quiser se divertir com a banda do Leonardo visite: http://www.youtube.com/watch?v=ginFC71ZGA0
Devo confessar que eu me poupei desta tortura!

A Igreja responde a Evo Morales

Los curas a rezar

José Gramunt de Moragas, S.J.*

La Iglesia debe decir si va a rezar o a hacer política”, dijo el señor Presidente como respuesta a la advertencia del Papa sobre la corriente de “gobiernos autoritarios” en América Latina, hecha al inaugurar la Conferencia Episcopal Latinoamericana en Aparecida (Brasil). Pues tenga por seguro el señor Presidente que, tanto los curas, monjas y hasta los obispos, que votaron por él —le aseguro que fueron muchos— como los que no lo hicieron, rezaron y siguen rezando para que don Evo guíe el país con sabiduría, justicia, cordura y honradez. También don Evo recibió el apoyo decidido de ONG relacionadas con la Iglesia, que le repararon la alfombra para que llegara al sillón presidencial. Y don Evo no les acusó de hacer política. Sé de muchos de ellos que ahora se arrepienten de haber votado por quien hoy les defrauda. ¿Y los buenos consejos que don Evo recibió de algunos obispos bondadosos que pusieron la confianza en él?
Y sepa también, él y su Ministro de la Presidencia, que los curas y monjas atienden a la gente pobre, hasta donde el Gobierno, pese a sus deseados éxitos macroeconómicos, no llega, porque está en permanente campaña propagandística. Esos buenos curas y monjas trabajan desinteresadamente sin necesidad de activistas que les preparen concentraciones de masas que les aplaudan y les adornen con guirnaldas. Los curas rezan. Pero también predican el bien común que comporta necesariamente opiniones de carácter sociopolítico. Y esto no es “hacer política” sino prevenir y condenar errores o desviaciones de quienes sí hacen política. El hecho de que las declaraciones del Presidente y de su ministro fueran precedidas por expresiones semejantes, aunque más groseras, del venezolano Hugo Chávez, revelan que, si bien el Papa no mencionó explícitamente como “autoritario” a ningún Gobierno, los de Venezuela y Bolivia se dieron por aludidos. También confirma el sometimiento del Palacio Quemado a todo lo que dice el Presidente venezolano. Ya lo advirtió el cardenal Terrazas: “Nadie desearía salir de una dependencia para caer en otra”.
Y todavía Chávez exige al Papa que pida perdón por los supuestos abusos de la Iglesia en tiempos coloniales con los pueblos originarios de América. Por lo visto, Chávez preferiría que esos pueblos siguieran ignorando el alfabeto, desconociendo la venida del Mesías Salvador de la humanidad, en fin, encerrados en un primitivismo, afortunadamente superado gracias a los aportes humanitarios y modernizadores de la cultura occidental, del mensaje cristiano.
Tengo la seguridad de que los bolivianos, católicos o no, obispos, curas, monjas y seglares, hacen votos para que el buen espíritu guíe los pasos, a veces errados, de don Evo y sus colaboradores. Y con esto no “hacen política” sino que, como buenos patriotas, contribuyen al bien común de este país atormentado por el espíritu de revancha fomentado por algunos políticos, como también lo advirtió oportunamente el Cardenal. ¿Por qué el Gobierno ha caído en el error de chocar con la Iglesia cuando tiene tantos problemas graves que enfrentar? Esperemos que pase el nubarrón y que el Gobierno y la Iglesia coordinen sus esfuerzos para resolver los conflictos que afligen, sobre todo a los más pobres.

*José Gramunt es sacerdote jesuita y director de ANF.

Os sindicatos morreram e, ao contrário dos reis, continuam mortos!

Hoje um pouco antes das nove da manhã logo depois do Masp na avenida Paulista, havia uma manifestação dos bancários. Carro de som, gente discursando, faixas na frente dos bancos. Um suspiro do sindicalismo no Brasil. Já disse aqui como a CUT e a Força Sindical traem os trabalhadores. Falemos dos sindicatos dos bancários.
No início dos anos 90, os bancários ainda faziam greve, conseguiam aumentos salariais significativos. Os bancos mataram o sindicato dos bancários com a informatização. O enfraquecimento dos bancários junto com o enfraquecimento dos metalúrgicos etc. matou uma parte do futuro do Brasil, porque estes sindicatos passaram a olhar para o próprio umbigo e esqueceram o país. Chegando ao absurdo dos metalúrgicos reivindicarem incentivos fiscais para a indústria automobilística. Hoje a mobilização dos bancários é justa e necessária contra a Emenda 3, é um movimento que interessa ao país. Pena que é um movimento que não é apoiado pelas centrais sindicais, pois elas apóiam a reforma trabalhista mesmo que eventualmente digam algo em contrário. Os bancos mataram o sindicato dos bancários, a reestruturação industrial, o dos metalúrgicos. E o sindicalismo brasileiro foi assassinado pelo FHC em 1995. Os petroleiros iniciaram uma greve e o governo não negociou, não cedeu, deixou a greve se estender e entrou na justiça para processar os grevistas, em decisão insólita a justiça do trabalho estabeleceu uma multa milionária e colocou em xeque as greves no país. Se a ameaça de desemprego já era um problema, a possibilidade de multa tornava a situação mais periclitante para os sindicatos. Então há um refluxo do sindicalismo. As greves continuam no setor público apenas em setores irrelevantes (educação) e não geram qualquer conseqüência, pois como estes setores não se relacionam permanentemente com a sociedade podem fazer greve ad aeternum que os governos não se importam. No entanto, como as condições de greve no setor privado se tornaram muito complicadas, o setor público passou a controlar as centrais sindicais e isso fez mal para o Brasil, acentuou as tendências corporativistas que desembocaram no adesismo praticado pelas centrais sindicais. Pobre Brasil, aqui, nem sindicato funciona, e o pior é que o Celso Furtado dizia isso nos anos 60. Segundo ele as modificações que ocorriam na Europa graças aos sindicatos não ocorreriam no Brasil pela ação sindical, mas apenas poderiam ser desenvolvidos pelo Estado através do planejamento. Infelizmente, não ocorreu por nenhum dos dois caminhos. E agora o sindicalismo sobrevive de espamos quando os direitos trabalhistas estão em xeque, mas a massa dos trabalhadores nem assim se mobiliza, pois a maior parte já não tem acesso a estes direitos. Este é uma contradição do sindicalismo brasileiro. É o sindicalismo dos que estão empregados e bem colocados, a grande massa não é defendida pelos sindicatos, pois vivem na informalidade ou pertencem a setores onde a presença sindical é fraca.

domingo, 20 de maio de 2007

O presidente da República Tcheca não é burro!

O presidente da República Tcheca não é mais Vaclav Havel, mas Vaclav Klaus, entretanto a ignorância continua não sendo a marca da Presidência da República Tcheca! Ele disse que teme que o ambientalismo se torne um fundamentalismo religioso, o novo ópio do povo e que seja o responsável pelo cerceamento das liberdades individuais e coletivas. É claro que é uma posição conservadora. Mas é uma idéia pertinente.

Sempre que escrevo República Tcheco lamento não poder escrever Tchecoslováquia. Logo ninguém nem saberá escrever Tchecoslováquia. Quando na faculdade numa disciplina sobre nacionalismos e fiz um trabalho sobre o Quebec descobri que sou completamente contra qualquer forma de nacionalismo separatista, sou adepto da idéia que Estados para serem viáveis devem ter um território grande.

A unidade da Ortodoxia Russa

A Igreja Ortdoxa Russa foi unificada. Como eu já disse outra vez, houve a criação da Igreja Ortodoxa Russa no Exterior (conhecida pela sigla ROCOR) quando os comunistas chegaram ao poder. E depois da queda do comunismo havia algumas pendências que impediam a unificação. Agora segundo o St. Petersburg Times foram reunificados. Isso significa um aumento do poder do Patriarca de Moscou e de toda Rússia (o atual apesar de celebrar o acordo está numa batalha pela vida, onde muitos enxergam milagre) contra os demais patriarcados. Ao mesmo tempo reforça a posição da ortodoxia que se considera na defensiva no Leste Europeu em relação ao papado desde o fim da Guerra Fria. Aumenta também o poder político do patriarca dentro da própria Rússia. E claro tem conseqüências políticas relevantes nos países com grande concentração de imigrantes russos. Por exemplo, em São Paulo, as igrejas ortodoxas russas existentes são todas Rocor, então é fácil a transição, mas onde a comunidade for dividida poderá haver problemas. Apenas como curiosidade, há também uma Igreja Católica Russa ligada ao Vaticano.

Excelente artigo do mexicano "El Universal"

México y el mundo
Juan María Alponte
20 de mayo de 2007

Antes de morir, Beethoven, músico asombroso, sintiendo aproximarse la parca, pronunció su despedida: "Plaudite, amici, comoedia finita est" (Aplaudid, amigos, la comedia ha terminado). Cuando su mano, alzada en el delirio, cayó sobre su pecho, resonó como un trueno y toda Viena se alzó, sobre sus cenizas doradas, para acompañarle al cementerio. Veinte mil personas, se dice, siguieron su féretro por los caminos tapados por la nieve. Con su Himno de la Alegría recorrió Mitterrand, llevando a su lado a Melina Mercuri, ¿quién no?, y una multitud, entre el Elíseo y el Pantheon. Un Pantheon de los Hombres Ilustres donde la República no ha admitido a Robespierre porque defendió el Estado con la guillotina.

En los últimos días de su vida, Stefan Zweig, exiliado en Brasil, país final de su odisea, era un símbolo: un austriaco de origen judío huyendo de la Europa nazi. El prodigioso novelista dedicó toda su atención, en esos días últimos, a un pensador, Montaigne, (1533-1592), es decir, a un emisario de la inteligencia frente a la intolerancia y los fanatismos. Hombre del siglo XVI, Montaigne evocaba ya el mestizaje del siglo XXI: "No porque Sócrates lo haya dicho, sino porque es una verdad, yo estimo a todos los hombres como mis compatriotas y abrazo a un polaco como a un francés, superando lo nacional por lo universal".

Siempre me ha sobresaltado esa elección de Zweig previa a su muerte: recordarnos a Montaigne, autor de los Ensayos. Antes de abandonar Europa, Zweig había visitado en Londres, varias veces, a Sigmund Freud, que creía confirmada, con la Segunda Guerra Mundial y el nazismo, la barbarie. "Yo había negado -le dijo a Stefan Zweig- que la cultura supere los instintos y ahora, con la guerra, se ha confirmado mi tesis de la forma más terrible: el instinto de destrucción no puede ser extirpado del alma humana". Stefan Zweig lo recordaba, en la mañana helada de septiembre de 1939, en el Golder´s Green londinense, cuando pronunció la oración fúnebre por Freud. Guardaba, Zweig, un apunte que el joven pintor Salvador Dalí, de paso por Londres, hiciera de Sigmund Freud. No se lo mostró porque el dibujo de Dalí era el retrato de un hombre al morir. Freud dijo a Dalí, después de oírle y conocerle, "que le entraba el deseo de conocer la pintura de su generación".

Zweig no pudo resistir, a su vez, la tragedia del mundo. Se suicidó con su bella y joven esposa, Lotte, en Brasil. Los brasileños lloraron en las calles de Petrópolis al saberlo. Encontraron a los dos en su lecho, tomados de la mano. No sé si había leído, Zweig, esta nota de Montaigne: "La más evidente prueba de sabiduría es la alegría constante". En 1942, con Europa ocupada por Hitler, Zweig, bajo el cielo de Brasil, creyó, cosa casi imposible de creer en Brasil, en el fin del mundo. No estamos, nosotros, en el fin del mundo, pero sí ante una inmensa necesidad de catarsis, de purificación de un modelo de comportamientos que hacen inviable la sabiduría en los términos que señala Montaigne. Esa catarsis tiene que culminarse, para evitar la barbarie, con la finalización del Pacto de Simulación. Stefan Zweig buscó esa catarsis rebelándose contra el Carnaval de Río cuando, en Europa, millones de hombres agonizaban. La agonía de Freud, en 1939, estaba, acaso, en su memoria. Había acordado Freud, con su médico -que vigilaba su cáncer- que cuando no pudiera soportarlo más "tomase las medidas adecuadas". Dice el doctor Marx Schur en su libro Freud: Living and Dying (Freud: Vida y Muerte) "que mientras estaba a su cabecera, le dijo Freud: usted me prometió que no me abandonaría cuando mi tiempo llegase. Esta tortura ya no tiene sentido". A continuación, tomándole la mano le dijo, en alemán, "Ich danke Ihnen" (Le doy las gracias) y a continuación, después de un momento de dudas, le añadió, también en alemán: "Dígaselo a Anna". Anna era su hija, que sería eminente. Añade el doctor Schur: "No mostraba la menor huella de sentimentalismo o de piedad hacia sí mismo, sino una plena conciencia de la realidad". Continúa: "Según el deseo de Freud, puse a Anna al corriente de la conversación y, cuando el sufrimiento de Freud se hizo insoportable, le apliqué la primera toma de morfina y 12 horas más tarde, la segunda. Murió a las tres de la madrugada del 23 de septiembre de 1939". Muerte asistida. Lo que llamamos eutanasia. De dos palabras griegas, eu y thanatos o "bien morir".

Estas lecturas, por caminos mentales distintos, han llegado hasta mí a la vera de las miles de ejecuciones (ninguna iluminada por el bien morir) que han invadido nuestro espacio humano sin que, de alguna suerte, hayamos superado el Pacto de Simulación. Lo que estamos viviendo es, históricamente, el fracaso de un Estado que no ha sabido cumplir con el primer fundamento de un Estado de Derecho: la seguridad de sus ciudadanos. Los episodios trágicos (y sarcásticos) que pueblan, cada día, nuestras vidas no son, solamente, la guerra entre el narcotráfico y las fuerzas del Estado. Detrás de esas "sombras" (como en la caverna platónica) no está solamente ese enfrentamiento, sino la crisis profunda y sin enigma de un Estado y una Sociedad que, por décadas y décadas, han visto destruirse el tejido esencial y, por tanto, las formas más profundas de la convivencia. Como otras veces he señalado, no es la pobreza el dilema, con la miseria (una de las connotaciones que posee la palabra mafia, miseria, que, con la de smáferi, "esbirros", conforma, entre nosotros, otra realidad diaria) que cruza la sociedad mexicana. Es, al contrario -no la pobreza- el problema de la desigualdad el centro de un proceso que, con la corrupción, deforma todas las maneras del existir como ciudadanía. Asumir que sólo hay una guerra, la del narcotráfico, es olvidar en qué escenarios sociales se ha desarrollado la Política sin la Ética. Si no somos capaces de decir "la comedia ha terminado", no encontraremos soluciones. Así le pasó a Stefan Zweig, pero nos dejó, al menos, su Montaigne. Resistió por otro camino: por el de la sabiduría. Es indispensable, frente al discurso mítico, encontrar la catarsis de la inteligencia.

O fundamentalismo religioso americano em luto!

Jornal da Costa Rica fala sobre a morte o líder evangélico fundamentalista dos EUA, que foi um dos responsáveis para que a extrema direita do partido Republicano conseguisse o controle do partido. O grande problema do mundo é que um sujeito como este não morre continua existindo dominando a mente dos homens. Azar do Iraque, do Afeganistão, nosso e do mundo.

Muerte de Jerry Falwell

Derecha religiosa perdió a su ‘imán’

Jerry Falwell organizó a los evangélicos para tomar poder político
Fue el artífice del triunfo republicano en EE. UU. desde 1980 con Reagan

Washington. Redacción y EFE. Así como el islamismo tiene a sus clérigos, llamados imanes, así la derecha religiosa de Estados Unidos, tan fundamentalista como algunos movimientos islámicos, tiene los suyos. Jerry Falwell fue, hasta el martes, uno de ellos.
El tele-evangelista y gestor del retorno de la política religiosa, murió el martes a los 73 años.
Falwell veía como una gran amenaza el secularismo, y, convencido de que la forma de luchar era desde el poder, fundó una organización llamada “Mayoría Moral” que, junto a la Coalición Cristiana, de Pat Roberson, alcanzaron gran influencia política a través del Partido Republicano.

El triunfo de Ronald Reagan en 1980, el de George Bush padre y también el de su hijo, se atribuyen al éxito de Falwell en reagrupar a los evangélicos a través de valores muy conservadores.
El pensamiento de Falwell se reflejó claramente dos días después de los atentados del 11 de setiembre del 2001, cuando dijo por televisión: “Los abortistas tienen que asumir su parte por esto, porque uno no se puede reír de Dios. Y cuando destruimos 40 millones de bebés inocentes hacemos enfadar a Dios”.
“A los paganos, los abortistas, las feministas, los gays y las lesbianas (...), a todos los que intentan secularizar Estados Unidos, les señalo a la cara y digo: ‘vosotros habéis contribuido a que esto pase’”.
Ese pensamiento conservador recibió gran respaldo, como lo muestran cifras citadas por el politólogo Constantino Urcuyo en un artículo para La Nación del 2004, según las cuales los evangélicos pasaron de cuatro millones en 1940 a 500 millones.
El 35% de la población de EE. UU. es hoy evangélica.
Ese capital humano fue puesto como capital electoral para el partido Republicano, a cambio de defender valores e intereses del grupo.
Tras la muerte de Falwell el diario Nuevo Herald , de Miami, se preguntaba si podrán los republicanos ahora “zafarse la coyunda de esta agenda sectaria y provinciana impuesta por el fanatismo evangélico”.
“La realidad es que estos fundamentalistas han secuestrado al Partido Republicano y, a cambio de otorgarle un respaldo que lo ha propulsado al poder, le han impuesto a sus políticos una camisa de fuerza ideológica”, señaló el diario en un editorial.
“Tiemblo al pensar dónde estaría hoy el país si la derecha religiosa no hubiese participado en la política, comentó Falwell en 1987.
La iglesia fundamentalista que inició Falwell en una planta embotelladora abandonada en 1956 se transformó en un imperio religioso cuyo foco fue la Iglesia Bautista Thomas Road, con capacidad para 22.000 personas, el programa religioso Old Time Gospel Hour transmitido en todo el país y la Liberty University, con 7.700 estudiantes.

Mais Venezuela

Dos 15 artigos de Opinião do jornal El Universal, todos que abordam política diretamente (são a maioria) criticam o Hugo Chávez, em outras partes do jornal há outros artigos e colunas contrárias ao Hugo Chávez. A favor, quantos eu encontrei? Nenhum. Isso sim é violar a liberdade de expressão. E não é excessão, é padrão na impresa venezuelana e sul-americana. Onde de vez em quando eu encontro reportagens que não são contrárias ao Chávez de modo ideológico é no jornal espanhol El País, e no México no jonrl La Jornada, mas este é ligado à UNAM (Universidade Autônoma do México), então tem a obrigação de dar voz à várias tendências políticas.

Solidariedade latino-americano: Estados que não pensam no poder?

Venezuela lleva campaña "Yo sí puedo" a Nicaragua

El presidente Daniel Ortega espera repetir la cruzada de 1979-1990 (AP)

Con el apoyo de Cuba esperan enseñar a leer y escribir a 870 mil personas

Managua.- El presidente de Nicaragua, Daniel Ortega, instaló formalmente ayer el Consejo Nacional de Alfabetización que dirigirá una ambiciosa campaña para enseñar a leer y escribir a unos 870.000 adultos, informaron fuentes oficiales, reseñadas por DPA.
Como parte de su apoyo a Nicaragua, Cuba ha aportado cinco asesores, 5 mil televisores y otros materiales pedagógicos, mientras que Venezuela envió 17 expertos capacitadores y donó unos 55 mil maletines con implementos para maestros.
Está previsto que más de 5 mil invidentes y sordos aprendan a leer y escribir con el método "Yo sí puedo" en sistema braille y lenguaje de señas, respectivamente, como parte del plan.En un acto en Niquinohomo, una pequeña localidad al este de Managua, dará por inaugurada una nueva fase de la campaña de alfabetización José Martí, que durará tres años y estará apoyada por Cuba y Venezuela.
Según lo informado, el Consejo Nacional de Alfabetización tendrá a su cargo la dirección del proyecto, que se espera inicie de lleno el próximo 19 de julio, en ocasión del 28 aniversario del triunfo de la revolución sandinista.
"Esta gran campaña es el programa central de este gobierno", dijo Rosario Murillo, esposa de Ortega y vocera presidencial, al reiterar que la meta es reducir el índice de analfabetismo de 35 a 5 por ciento a fines de 2009.
En la campaña se trabajará con el método cubano "Yo sí puedo", una novedosa técnica de alfabetización audiovisual con la que en los últimos años se han alfabetizado más de 70 mil personas en los municipios gobernados por el Frente Sandinista. El método fue implementado en Venezuela con el apoyo cubano y el Ejecutivo declaró al país "territorio libre de analfabetismo".

Es un segundo intento
Las autoridades planean reeditar la Cruzada Nacional de Alfabetización, considerada el gran éxito del primer gobierno sandinista (1979-1990) y que redujo el analfabetismo de 50,3 a 12,9 por ciento en seis meses.
En esa ocasión, casi 100 mil jóvenes brigadistas se movilizaron voluntariamente en todo el país para alfabetizar a más de 406 mil personas. Sin embargo, la tasa de analfabetismo volvió a aumentar en los años siguientes debido a la guerra que azotó a esa nación.
Tras asumir por segunda vez el gobierno, Ortega también restableció la gratuidad de la enseñanza pública, en un intento por atraer a las aulas a miles de niños de escasos recursos, marginados del sistema escolar.

E a direita em júbilo comemora! O caso RCTV!

Se algum dia, a Heloísa Helena for eleita presidente da República e vencer a concessão da rede Globo, ela teria todo direito de não renovar a concessão nos termos da lei. Do mesmo modo que hoje, o Hugo Chávez, nos termos da lei, tem o direito irrevogável de cancelar a concessão da RCTV. E isto não significa tolher a liberdade de expressão. Tolher a liberdade de expressão é proibir que certas opiniões sejam veiculadas, não é o que ocorre ma Venezuela, todos os jornais falam mal do Hugo Chávez todos os dias. A mídia, inclusive a RCTV teve papel de destaque, organizou o golpe contra Chávez, fez manifestos, conclamou a população. Seria normal o Chávez voltar ao poder e punir todas, normal e legal, porque golpismo é crime, defender a quebra da ordem constitucional é crime. Mas o Hugo Chávez não fez nada contra seus detratores. Chávez pode estar se vingando agora? Pode, e não há qualquer problema nisso na medida em que a lei amparar a sua decisão.
Agora, Chávez está correto? Não, se eu fosse presidente jamais faria algo similar nas circunstâncias políticas que o Hugo Chávez sobrevive. Ele não deve fechar a RCTV não por causa da ladainha que vigora por aí sobre liberdade de expressão. Não deve fechar a RCTV, porque isto fomenta o espírito opositor no povo. Mesmo que vença e consiga fechar a RCTV, Hugo Chávez sairá enfraquecido porque o povo lamentará perder a TV, não poder assistir os seus programas preferidos. É como se qualquer presidente no Brasil cancelasse a concessão da Globo, o povo ficaria desesperado, o discurso oposicionista ganharia espaço. Hugo Chávez tem 70% de apoio na população, mas não tem liberdade para fazer o que quiser, o povo não deu carta branca. Ao insistir na decisão sobre a RCTV fez com que a oposição pudesse recuperar terreno e promover uma grande manifestação em Caracas. E a direita mundial pode brindar a este percalço do líder bolivariano. Até na Colômbia se publicou artigo-editorial comemorando. Pobre América Latina, nunca se livra da direita golpista. Vale mais um Jean-Marie Le Pen que qualquer dos líderes direitistas da América Latina. Le Pen quer fazer o mal, mas quer fazer isso dentro das instituições. Por mais que a sua derrota seja prazerosa e as idéias asquerosas, ele se comporta melhor que as oposições de turno na América Latina. Espero que o Hugo Chávez sobreviva a esse erro, a sua presença no governo da Venezuela faz bem para a América Latina.

A Bruxa de La Paz

No link abaixo é possível ler uma reportagem sobre uma das bruxas da "rua da bruxas" em La Paz. Dois dos meus alunos foram para o Peru passando por La Paz apenas para se consultar com esta bruxa. Um até me deu um pingente elaborado pela bruxa que eu fiquei pensando que era magia negra, mas na reportagem ela diz que não faz magia negra. Sorte a minha!

http://www.la-razon.com/versiones/20070520_005912/nota_250_429234.htm

Que continuem sendo americanos e europeus, então!

Segundo o jornal El Mercurio do Chile há uma discussão sobre se o novo presidente do Banco Mundial deveria ser americano como vem ocorrendo desde a fundação. E cita que o líder da oposição boliviana diz que não e cita que FHC poderia ser dirigir o Banco Mundial e o Ernesto Zedillo, ex-presidente do México, poderia eventualmente dirigir o FMI. E eu que achava com Wolfowitz já penso em iniciar campanha mundial "Volta Wolfowitz". Colocar alguém como FHC ou Zedillo é fazer das organizações internacionais um circo e elas não merecem isso apesar dos grandes pesares. E depois ainda discutem porque os países mais débeis não tem voz nas organizações internacionais, é porque em quase 100% só abrem a boca para falarem besteiras. Países débeis são como alunos da turma do fundão, há alguns muitos bons, mas só abrem a boca quando é pra falar besteira.

Contra o imperialismo brasileiro!

No artigo abaixo, o autor protesta contra a influência do Lula na política paraguaia. Acredita que o Paraguai deve ser dar mais ao respeito mandando o Brasil passear, e por outras bandas.
O artigo não tem autor especificado na página, é uma coluna chamada "Carta del Centinela".

Lula y la oposición

Los políticos de la oposición ya han anunciado que quieren entrevistarse con el presidente del Brasil para hacerle propuestas; también los empresarios. Me parece que son gestos de sometimiento que no se deberían dar.

Lula no tiene que tener ninguna influencia en los gobiernos paraguayos, como actualmente la tiene, y es preciso comenzar desde el principio a proceder con alguna dignidad. ¿Qué consultaría la oposición con Lula? ¿Qué le propondría?

Lo mismo se puede decir de los empresarios. Nosotros somos teóricamente dueños de nuestro país y nada de lo que diga Lula debe poder cambiar nuestra posición al respecto de las políticas internas. La apertura de los mercados no depende de Lula, ni aquí ni en el Brasil, depende de un concepto que hemos preferido ignorar hasta ahora: La competitividad.

Ocurre que otra vez, como siempre, estamos tratando de negociar prebendas y privilegios. Negociar cupos, no libertad de comercio. Después de tres décadas de intentos de integración seguimos tratando de imponer la bilateralidad.

Todo el mundo sabe que el Brasil y la Argentina han sido preponderantes en el Paraguay desde Cerro Corá. Y nos ha ido de mal en peor. Los cincuenta años han sido de hegemonía brasileña apenas disfrazada. Y ahora, que se vislumbra una nueva aurora, acudimos en masa ante el Emperador a solicitarle instrucciones.

¿Merecemos realmente ser independientes? Cuando le digo esto a los políticos me dicen que "la política es administración de realidades" y la hegemonía brasileña es una realidad, que sin el Brasil no se puede gobernar el Paraguay. Entonces ¿merecemos realmente ser independientes?

Brasil pone, quita y determina gobiernos en el Paraguay. Lula vendrá a averiguar quién es más sumiso y traidor para apoyarlo; no hará otra cosa, y parece que el apoyo brasileño es fundamental para ganar elecciones; ellos tienen la clave original que permite cargar las urnas electrónicas que definirán las elecciones, sea lo que fuere que los paraguayos voten. El caballo de Troya fue aceptado y ya ha dado el resultado esperado. Nicanor es presidente sin haber ganado las internas y Alderete usurpa la Junta de Gobierno de la ANR haciéndose pasar como "interino".

No hay un solo político, que yo sepa, que se atreva a decir "Me entrevistaré con Lula cuando sea presidente y para hablarle de igual a igual". Ninguno. Todos reconocen la hegemonía brasileña como una realidad irreversible, que les obliga a hablar con Lula haciendo reverencias y luego caminando hacia atrás para no darle la espalda. Un pronunciamiento de esos puede determinar que ese político desaparezca de la escena, sepultado por votos cibernéticos.

Lula se ha dado el gusto de decir al gobierno y a los políticos que viene de visita de cortesía y no negociará nada de nada, y nadie, vuelvo a repetir, nadie, dijo esta boca es mía. Otro país, Uruguay por ejemplo, le hubiera dicho: "Si no viene a negociar, no es necesario que venga".

Si las cosas siguen como están y no hay cambios radicales, dentro de una década sobre el Palacio de López ondeara la bandera del Brasil. Primero les entregamos nuestro comercio; les entregamos nuestras leyes y nuestra Justicia se le sometió; ahora les estamos entregando nuestra energía por un puñado de dólares; pronto entregaremos nuestras tierras y enseguida la independencia. Antes de cumplir dos siglos, la habremos dilapidado.

Cuando venga Lula habrá alfombra roja y cortesanos empujándose para aparecer en las fotografías, como corresponde a una visita imperial.

Paraguai e o expansionismo brasileiro

Hoje o jornal La nación do Paraguai noticia que o Lula deve chegar ao país neste domingo e o principal motivo é o etanol, a nova base do expansionismo brasileiro na região. Primeiro, o jornal noticia o desânimo dos empresários com a visita já que acreditam que ela será improdutiva para reduzir o protecionismo brasileiro e permitir que as exportações paraguaias aumentem. Então lição número 1, o Brasil não pratica com os pobres o que espera que os ricos pratiquem com ele.
Segundo, o jornal descreve o expansionismo brasileiro como fruto da aliança com os EUA em relação ao etanol. Nos dados que eles apresentam, o Paraguai produz mais etanol que o Brasil. Apesar do interesse do Brasil em investir no Paraguai neste momento, o jornal lembra que o governo FHC fez a mesma promessa, assinou acordos relacionados ao etanol e tudo ficou no papel.
Terceiro, colocam a questão se não seria essa apenas mais uma parceria que destriria o Paraguai como foi o caso da invasão brasileira em função da soja, que destruiu as pequenas propriedades, expulsou os camponeses do campo, empobreceu a agricultura familiar, acelerou o desflorestamento, e aumentou a emigração.
Por fim, defende que a questão das tarifas alfandegárias do Brasil são a questão mais importante para o Paraguai.

O Peru ainda sente

O Peru ainda sente a guerra com o Chile no século XIX, discute-se se o presidente Prado foi ou não um traidor da pátria por ter ido para a Europa durante a guerra. Não tenho dúvida que se o Peru algum dia voltasse a ter potência militar iria violentar o Chile como retaliação à penetração chilena em território peruano há mais de 100 anos.

http://www.apostolado-angola.org/articleview.aspx?id=443

Angola: disputada pelos EUA e China ou o país que ninguém quer?

RUMOS DA POLÍTICA AMERICANA SOBRE ANGOLA

Os Estados Unidos dizem não estar preocupados com a presença chinesa em Angola, mas gostariam que houvesse transparência na forma como os dois países fazem negócios.
Frank G. Wisner, diplomata americano de carreira, exprimiu esta posição em teleconferência que concedeu em directo a partir de Washington a jornalistas concentrados ontem no final da tarde na embaixada americana em Luanda.
O também enviado especial de Washington no Kosovo é um dos presidentes da Comissão do Conselho de Relações Exteriores (CRE) que redigiu o relatório intitulado "Com Vistas a Uma Estratégia para Angola: Prioridade para as Relações entre Angola e os Estados Unidos da América", recentemente divulgado na capital americana.
Na teleconferência, Wisner destacou a alvitre da Comissão no sentido de «os investimentos de qualquer nação ou empresa em Angola, desde o trabalho na reconstrução, até aos acordos em matéria de petróleo, sejam transparentes, visíveis de forma a criarem confiança».
Frisou ainda que «Comissão independente que elaborou o relatório a pedido do CRE, um dos mais conceituados "think tanks" (núcleos de reflexão) de Washington, exorta o governo norte-americano a assumir a responsabilidade de dialogar com a República Popular da China».

Data para as eleições
Em relação aos problemas da democracia angolana e aos relatos de violações de direitos humanos, Wisner insistiu que «o relatório contém factos e recomendações e procura evitar os juízos de valor».
Admitiu que seria bom «andar para a frente com a data das eleições porque não ajuda à imagem exterior do país».
«O relatório considera que a marcação de uma data para as eleições e o estabelecimento de estruturas que assegurem eleições livres e justas é um passo necessário que deve ser dado pelo governo angolano para fortalecer as bases sobre as quais construir e aprofundar as relações entre os Estados Unidos e Angola», estimou ainda o teleconferencista.

http://www.apostolado-angola.org/articleview.aspx?id=443

Não está no mapa? Não, não está!

Vejam só apenas a partir desta segunda-feira será possível utilizar cartões Visa de débito ou crédito em Angola. Não é que agora poderão ser utilizados numa determinada empresa ou setor econômico, poderá ser utilizada pela primeira vez no país. Não consegui confirmar se existia Mastercard no país, mas seja como for, a África está fora do mundo, do mundo que conta até no que se relaciona à exploração. Nem ser eleitos para terem seu povo roubado os países africanos conseguem.

Tentando ser intelectual através do dinheiro

Em outro post eu afirmei que depois falaria sobre Luiz Carlos Bresser Pereira. O Bresser se tornou um intelectual graças ao fato de trabalhar no Pão de Açúcar e se tornou ministro pela mesma razão. Com seu alto salário financiou a publicação de suas obras, criou um centro de estudos e uma revista que publica os seus artigos, mas especialmente permite que ele publique o dos outros e consolide as relações de amizade. No entanto, ele não conseguiu alcançar prestígio intelectual, é pouco lido, pouco citado e quando é, normalmente é para ser criticado. A falta de prestígio dele é inversamente proporcional ao ego. O Bresser se considera como o fundador das principais correntes de pensamento do país desde os anos 60. Ele se considera um dos pais da teoria da dependência na versão FHC, se considera um dos criadores da teoria da inflação inercial, se considera fundador de uma nova corrente que sustentaria as reformas estruturais no Brasil, se considera também pai de uma nova visão do Estado. Só há um problema ninguém, mas ninguém mesmo concorda com isso. Por isso como eu disse em outro post, ele promoveu na Argentina um seminário em sua própria homenagem. Esta é outra característica do Bresser se no Brasil ninguém o respeita intelectualmente, no exterior ele tem penetração em alguns pequenos nichos específicos.

Outro que não te qualquer respeito intelectual é o nosso grande ministro da Fazenda Guido Mantega. Na minha qualificação de mestrado exigiram que tirasse as menções a ele. E estavam certo apesar das razões para o professor ter dito isso não serem nobres.

André Gunder Frank

No post abaixo eu mencionei André Gunder Frank. Frank é alemão, naturalizado americano, doutor em economia pela Universidade de Chicago. Após ter concluído o doutorado veio para América Latina, fui um dos primeiros professores da Universidade de Brasília e foi para o Chile após o golpe militar. De fato, a vida de André Gunder Frank foi basicamente assim mudando de um país para outro de acordo com as circunstâncias políticas. Seu primeiro artigo importante afirmou a ausência de feudalismo na agricultura brasileira e latino-americana, afirma que sempre foi capitalista negando a tese feudal afirmada pelos partidos comunistas no Brasil e mesmo por setores tradicionais. Apesar de Frank ter pautado o debate na América Latina e no Mundo é preciso reconhecer que Caio prado Júnior já havia dito isso. Frank radicalizou a tese sobre a relação entre satélites e metrópoles, mostrando a sua continuidade e concluindo que a periferia só avança quando a metrópole está em crise. O autor também a anuncia a teoria da dependência com a idéia de desenvolvimento do subdesenvolvimento. O golpe do Chile faz com que Frank tenha que se exilar e permite alguns belos textos sobre a América Latina, mas também encerrará a etapa latino-americanista de Frank. Após o golpe do Chile vendo os seus ex-professores da Universidade de Chicago, George Harberler e Milton Friedman, sendo conselheiros econômicos de Pinochet e elogiando as políticas dos golpistas, Frank escreve uma Carta aberta George Harberler e Milton Friedman, onde ele procura explicar como a América Latina difere do que os manuais de economia de Chicago dizem e como as visões deles a respeito do golpe estavam equivocadas. Passada a fase latino-americanista, Frank participa do desenvolvimento das teorias do sistema mundial. Nesta fase, o ponto culminante da obra foi um artigo sobre 5.000 anos de história, onde afirma que a história mundial forma uma unidade de 5000 anos, onde apenas varia o locus principal da acumulação de capital. A partir desta teoria procura explicar o deslocamento da acumulação capitalista para o oriente no livro Reorient. Escreveu também uma autobiografia intitulada subdesenvolvimento do desenvolvimento, onde narra a sua via acadêmica e política e ao mesmo faz uma crítica da teoria do desenvolvimento. André Gunder Frank fez parte do grupo de economistas que compartilharam no Chile do mesmo momento de efervescência intelectual no interior da Cepal e arredores. Entre outros, Theotonio dos Santos, Vania Bambirra, Ruy Mauro Marini, José Serra, Fernando Henrique Cardoso, Maria da Conceição Tavares, entre outros. Frank, Theotonio e FHC disputam a paternidade da Teoria da Dependência. Um autor comparou a trajetória de Frank e FHC e na avaliação final dizia o seguinte, prefiro ser um Frank solitário do que pagar o preço necessário pra ter a corte de FHC. É verdade as duas coisas. Frank sempre foi um intelectual solitário, radicaliza as suas posições a tal ponto que as críticas vinham de todos os lados, mas morreu íntegro em todos os sentidos, em especial intelectualmente. De FHC, claro, nunca ninguém poderá dizer o mesmo.

Diante do que o mundo é, ser pessimista é pouco!

Alguns jogadores da seleção de futebol da Eritréia depois de terem jogado contra a seleção de Angola em Luanda pediram asilo devido às condições de violação de direitos humanos e insegurança. Foi um jogo válido pelas seletivas para a Copa da África. E Angola disse "não", explicando que haverá campeonatos internacionaios de diferentes esportes em 2007, 2008 e 2010, se der asilo a estes jogadores estimulará novas demandas no futuro. Vejam só, os jogadores querem deixar a Eritréia para se fixar em ANGOLA, não é na Áustria, ou na Bélgica, ou nos EUA ou mesmo no Brasil. Pobre África, sofre pelo capitalismo que lhe violou e pelo capitalismo que não lhe violou suficientemente. O continente que não está no mapa anseia pela redescoberta e pela reconquista, enquanto as forças internas se esvaem na debilidade dos Estados nacionais, incapazes de sustentarem projetos de superação do atraso e do subdesenvolvimento. No sempre sábio trocadilho do saudoso Andre Gunder Frank (ele valia mais mesmo que um FHC), é o permanente desenvolvimento do subdesenvolvimento. E para piorar ainda não conseguimos superar o subdesenvolvimento do desenvolvimento para continuar com os títulos de Frank.

Alguns presidentes são excelentes ex-presidentes

Lendo no Iran News sobre a condenação que Jimmy Carter fez a Tony Blair por ter apoiado Bush lembrei-me de uma idéia corrente e verdadeira há políticos que são melhores ex-presidentes do que presidentes e Carter é um deles. No Brasil, FHC seria um excelente ex-presidente se não tivesse sido presidente, é um caso particular. E curiosamente não temos bons ex-presidentes porque já que eles não respeitam a instituição da Presidência da República, os brasileiros não os respeitam após deixar a presidência. Já me antecipo, o Lula vair conseguir ser pior ex-presidente que o FHC porque estará fazendo o impossível para o governo fracassar para que ele possa voltar em 2014, o que certamente provaria que Deus não é brasileiro, mas que o Diabo está querendo se naturalizar.

Governo de coalizão na Palestina: sempre voluntários e pacíficos

Islamismo militante

O ismamismo militante está crescendo no Paquistão, admite e lamenta o Presidente do Paquistão, e também diz ser necessário combatê-lo. Esta é uma daquelas típicas relações dialéticas. A aproximação com os EUA para combater o islamismo milatante no Afeganistão fortalece o extremistas. Por outro lado, se tentarem reverter a vinculação com os EUA pode-se ter como resultado a tomada do poder pelos extremistas. O Islamismo não se combate dando novos motivos para a Jihad, mas ao contrário. Também é preciso entender que durante muitos séculos a Guerra Santa fez parte da cultura do Ocidente. O que fez nobre e valoriza a vida de santa Joana D'Arc? Liderar uma guerra santa. São Luís lidera cruzadas e vários outros. Muitos não foram para a guerra, mas fizeram a apologia da guerra. Isso ocorre nas três versões do cristianismo, no catolicismo, no protestantismo, e na Igreja Ortodoxa. Leaim um livro que eu já mencionei aqui que é A mística da guerra de Dag Tessore.

http://www.chinadaily.com.cn/world/2007-05/20/content_876320.htm

sábado, 19 de maio de 2007

A loucura do poder ou monumento ao erro?

A embaixada americana no Iraque é maior missão diplomática que os EUA já tiveram. Pode mostrar o domínio ou a ausência dele no Iraque, mas demonstra de forma inequívoca a importância que a gestão Bush atribui ao Iraque.

http://www.chinadaily.com.cn/world/2007-05/20/content_876346.htm

China, internet e desrespeito ao professor

Um dos jornais da China faz uma reportagem sobre o acesso à internet que os jovens chineses passaram a ter, dizem que internet abriu as portas do mundo para os jovens, mas está erodindo o respeito dos jovens pelos professores, pela tradição. O interessante é que perguntar e discordar do professor já é considerado desrespeito, se um professor chinês viesse ao Brasil visitar nossas salas de aula voltaria para China traumatizada e querendo políticas de prevenção a brasileirização da educação chinesa.
Em Brasília, na faculdade onde dei aulas trabalhava uma professora cubana. Ela sempre dizia, em Cuba, se o professor estiver na sala nem o ministro da Educação nem Fidel Castro entram sem serem autorizados, aqui aluno e entra e sai da sala e não diz nada. Ela achava, por exemplo, um horror um aluno tirar o calçado dentro da sala de aula, certo dia ela se revoltou pegou os calçados de um aluno e jogou para fora da sala. Eu sempre dizia para ela não se preocupar porque no Brasil no máximo se pode contar com alunos brasileiros mesmo, não há o que ser feito, não há como ter educação cubana.

Não acredito no que vou dizer!

Não acredito que irei recomendar que alguém leia Luiz Carlos Bresser-Pereira, mas farei isso, o que ele diz na entrevista abaixo puclicada na Folha é bastante pertinente.

19/05/2007 - 20h35

Para Bresser, Brasil deve crescer pouco

CRISTIANE BARBIERI

da Folha de S.Paulo

O ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira lança, nesta semana, o livro "Macronomia da Estagnação". Resultado de sete anos de pesquisas sobre a economia brasileira, o livro faz sérias críticas ao modelo que orientou a política econômica brasileira nos últimos anos.

Bresser propõe em seu livro o que chama de "terceiro discurso". O novo desenvolvimentismo, como foi batizado, seria um modelo intermediário entre a ortodoxia "ditada pelo Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial para os países em desenvolvimento" e o velho desenvolvimentismo, baseado na forte intervenção do Estado na economia.

Para ele, o Brasil vive hoje "numa armadilha, um ciclo vicioso formado pelos juros altos, baixa taxa de câmbio e ajuste fiscal frouxo". Ele recebeu a Folha para a seguinte entrevista:

Folha - O que é o novo desenvolvimentismo?

Luiz Carlos Bresser-Pereira - É um terceiro discurso entre a ortodoxia convencional e o velho desenvolvimentismo. A ortodoxia é o conjunto de diagnósticos, recomendações e pressões que os países ricos, por meio do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, fazem aos países em desenvolvimento. Já o desenvolvimentismo era baseado na forte intervenção do Estado na economia, que o Brasil não precisa mais. O país ainda precisa de política industrial mas, o essencial, é ter uma estratégia nacional de desenvolvimento, o novo desenvolvimentismo.

Folha - O segundo mandato do governo Lula está dando passos nessa direção?

Bresser - Estou mais otimista e esperançoso em relação ao segundo governo Lula. Ele montou um ministério competente. O ministro da Fazenda [Guido Mantega] é muito melhor do que o primeiro ministro, não tem comparação. No BNDES, temos o Luciano Coutinho e, no FMI, o Paulo Nogueira Batista, excelentes economistas. O PAC não resolve nossos problemas mas é um passo correto.

Folha - Por que não resolve?

Bresser - Porque o que não fizemos ainda foi mudar a política macroeconômica. Esse é o tema fundamental do livro, que está todo organizado em cima da taxa de câmbio, da taxa de juros, da taxa de inflação e do ajuste fiscal.

Folha - As tão faladas reformas estruturais não são essenciais para o crescimento mais vigoroso?

Bresser - Elas são importantes, mas não é por falta de reformas que o Brasil não está crescendo. Estamos fazendo reformas como devem ser feitas,graduais. O Brasil não cresce porque não consegue uma verdadeira estabilidade macroeconômica.

Folha - Como assim?

Bresser - A ortodoxia define estabilidade macroeconômica como estabilidade de preços. Ganhamos muitos elogios vindos do Norte por isso mas, o fato de estarmos quase estagnados há 27 anos não importa.

Folha - O que é, então, a estabilidade macroeconômica?

Bresser - É ter estabilidade de preços, taxa de juros moderada que garanta o equilíbrio fiscal, taxa de câmbio competitiva que garanta o equilibrio das contas externas e, finalmente, o pleno emprego. Hoje temos inflação controlada e, no momento, equilíbrio das contas externas. Mas estamos com sofrendo da doença holandesa que é incompatível como o equilíbrio das contas externas a longo prazo.

Folha - O que é a doença holandesa?

Bresser - É a doença que atinge os países produtores de petróleo ou que têm recursos naturais abundantes e baratos, como ferro e agronegócios, no Brasil. Chama-se doença holandesa porque, na década de 1960, foi descoberto gás de petróleo na Holanda e a taxa de câmbio começou a se valorizar. Com isso, perceberam que o país estava ameaçado de trocar a Philips, por exemplo, pelo gás de petróleo.

Folha - Por que?

Bresser - Porque países que sofrem da doença holandesa têm dinheiro, mas as indústrias que estejam utilizando tecnologia no estado da arte internacional são impedidas de serem competitivas por causa da apreciação do câmbio.

Folha - Qual foi a solução?

Bresser - Eles colocaram um imposto de exportação no gás e trouxeram a taxa de câmbio para patamares mais próximos do interesse de toda indústria.

Folha - Colocar um imposto em setores fortemente exportadores não vai contra tudo o que o país faz hoje? O barulho não seria enorme?

Bresser - Esse imposto causa um receio muito grande nos exportadores mas sem motivo. Atividades como mineração e agronegócio são muito importantes para o Brasil. São tecnologicamente sofisticadas, com empresários modernos e competentes. Se colocarmos um imposto de R$ 0,50 sobre uma taxa de câmbio de R$ 2, eles não perdem nada. Ao contrário, até ganham um pouco na venda de seus produtos com o câmbio valorizado. E toda a economia em geral ganha mais.

Folha - O senhor citou o caso da Holanda na década de 1960. Funcionaria nos dias de hoje, da economia globalizada?

Bresser - O Chile faz isso hoje com o cobre. Mas quem faz isso com maestria é a Noruega, que descobriu petróleo no Mar do Norte, 20 ou 30 anos atrás. O dinheiro do imposto de exportação foi colocado num fundo de títulos e ações internacionais. Assim, o dinheiro não entra na economia e não pressiona câmbio e inflação. Só o rendimento líquido desse fundo entra na Noruega.

Folha - Por que o senhor diz que o brasileiro é hoje um refém?

Bresser - Os brasileiros são reféns porque a ortodoxia ameaça o tempo todo: "se vocês baixarem os juros, a inflação volta". Mentira! Volta coisa nenhuma! Se fizerem o que proponho e isso envolve depreciação da taxa de câmbio, a inflação vai voltar um pouco, sim.

Folha - Mas isso não é arriscado?

Bresser - A inflação sobe um pouquinho e depois volta para baixo se os preços públicos forem desindexados.

Folha - Economistas dizem que suas idéias pertencem ao passado.

Bresser - Sei que vou ser chamado de nacionalista atrasado. Ser nacionalista é vestir a camisa do seu país. É entender que no mundo da globalização existe a possibilidade e a necessidade da cooperação entre povos e nações, mas que a regra fundamental é da competição.

Folha - O que isso significa?

Bresser - O capitalismo é baseado na competição não apenas entre empresas, mas também entre os Estados-nação. Se a globalização é uma grande competição, o desenvolvimento econômico é o sucesso dessa competição. Nós estamos fracassando miseravelmente há 27 anos. Estamos ficando para trás, para trás e para trás.

Folha - Por que?

Bresser - Com a crise dos anos 80, o Brasil perdeu a idéia de nação e voltou a aceitar uma estratégia dada pelos concorrentes, que não têm interesse em que sejamos bem-sucedidos.

Folha - Qual é a solução?

Bresser - Há países que estão crescendo extraordinariamente, como China, Índia, Malásia, Rússia e, agora, Argentina porque têm estratégias nacionais de desenvolvimento a seu modo, definindo sua taxa de câmbio, pondo juros a níveis civilizados, com ajuste fiscal e um pouco de política industrial.

Folha - No seu livro, o senhor diz que esses fatores levaram o Brasil a uma armadilha.

Bresser - O Brasil vive uma armadilha de altos juros, baixa taxa de câmbio e ajuste fiscal frouxo. O Brasil só voltará a crescer quando tiver taxa de juros moderada, câmbio competitivo e um ajuste fiscal para valer, como estão fazendo esses países.

Folha - Como romper esse ciclo?

Bresser - A coisa fundamental hoje para o Brasil é neutralizar a doença holandesa. Para isso, o câmbio tem de ser administrado, mantendo-o flutuante. Sou contra voltar o câmbio fixo, mas deve-se mantê-lo flutuante. Já se viu que a compra de reservas não é suficiente. Mas pode-se fazer com controle de entradas. Há países que têm feito isso sistematicamente. Não funciona 100%, mas razoavelmente bem.

Folha - Não é intervencionismo demais?

Bresser - Insisto muito na idéia de que hoje a intervenção que o Estado precisa fazer na economia é muito menor do que antes. O Brasil estava num outro estágio de desenvolvimento. Se você fizer uma política econômica decente, neutralizar a doença holandesa e alguma política industrial, também limitada, como nossos concorrentes fazem, a coisa funciona perfeitamente. O mercado é que vai coordenar a economia.

Folha - As palavras ajuste fiscal estão presentes em todo discurso de quem se identifica com as teorias das quais o senhor discorda. Por que o senhor diz que, no fundo, no fundo, eles não querem o ajuste fiscal?

Bresser - Não é no fundo, no fundo. É no raso, no raso mesmo. A ortodoxia não tem interesse em que o ajuste fiscal aconteça. Primeiro, eles não usam o conceito de déficit público porque inventaram o superávit primário, para esconder os juros. Mas é uma conta é simples. Para o Brasil zerar o déficit público teria de ter um superávit primário de 7,5% a 8% do PIB, que é o que ele paga de juros reais. No entanto, eles colocam como meta de superávit 4,25% e aceitam 3% a 3,5% de déficit público. Estão fazendo um ajuste frouxo. Para fazer ajuste duro, tem de cortar despesas corrente do Estado, mas tem de cortar os juros também.

Folha - É possível baixar as taxas de juros como o senhor propõe?

Bresser - Claro, só tem de fazer a reforma. O setor financeiro faz suas ameaças, dizendo que eles pararão de financiar o Estado e a dívida não rolará.

Folha - Que reforma?

Bresser - A reforma não é reduzir juros de uma hora para outras, mas determinar a suspensão definitiva da emissão de qualquer título pós-fixado. Os títulos que estão nos bancos continuarão sendo honrados, mas vão acabando e sendo substituídos por novos que não são pós-fixados.

Folha - Não haveria uma gritaria?

Bresser - Os investidores vão reagir no começo, mas eles não têm onde por o dinheiro e continuarão financiando o governo. Não há perigo.

Folha - Por que o senhor considera o câmbio o problema mais importante do Brasil?

Bresser - O câmbio se valoriza nos países em desenvolvimento por quatro razões. Uma, política, é que, valorizada, ela aumenta salário e facilita a reeleição dos governantes, enquanto não resultar numa crise. Outra é que a taxa de câmbio valorizada abaixa a inflação. Essas duas coisas, juntas, dão origem ao chamado populismo cambial.

Folha - Quais são as outras?

Bresser - Uma é a doença holandesa. Mas, a razão mais grave é a aceitação, pelos países em desenvolvimento, da política recomendada pela ortodoxia convencional de crescimento com poupança externa. A tese foi dita e repetida infinitamente no Brasil nos anos 90: que o país só poderia crescer se tivesse acesso à poupança externa. Isso é uma grande tolice. Quando você recorre à poupança externa pensa que está aumentando o investimento mas não, você está aumentando principalmente o consumo.

Folha - Como assim?

Bresser - Há uma alta taxa de substituição da poupança interna pela externa. No Brasil dos anos 90, essa taxa foi mais de 100%. É uma substituição total. É um desastre para o país.

Folha - O senhor diz que seu livro não foi escrito apenas para economistas. É comum em outros países a população entender tão a fundo teoria econômica?

Bresser - Quanto mais forte for o Estado, suas instituições e a organização do Estado que garante essas instituições, menos você precisa de governo. Na Suíça, por exemplo, imagino que o debate econômico deva ser muito pequeno porque as questões nacionais são garantidas pelo Estado. Já num país como o Brasil, o Estado ainda não está bem organizado, as instituições que o Estado garante e define não estão bem formuladas, de forma que o governo é muito decisivo.

Folha - É possível comparar o crescimento atual do Brasil com o da China? Ela não está vivendo agora um período bem-sucedido pelo qual passamos há muitos anos?

Bresser - Brasil e China estão em desenvolvimento, sua renda por habitante é muito menor do que os países ricos. Temos uma faixa empresarial importante, uma classe média grande e instituições razoáveis, mas deveríamos crescer a taxas bem mais elevadas para alcançarmos os países ricos.

Folha - Por que o senhor diz que o Brasil precisa ter um sentimento de nação para voltar a crescer?

Bresser - Uma nação é um grande acordo entre empresários, trabalhadores, classe média e os técnicos do governo, a burocracia pública e os intelectuais. Todos eles podem ter conflitos entre si, debates mas, quando se trata de competir internacionalmente eles estão juntos. E têm uma estratégia nacional para competir, portanto. Não é tudo escritinho, mas todos sabem para onde vão e como estão indo. O governo tem de criar condições favoráveis para ao investimento privado, ao mesmo tempo em que monta uma sociedade mais equilibrada, por meio de uma série de compromissos feitos entre os grupos. É isto que todos os países fazem e é isto que perdemos a capacidade de fazer no momento em que nos subordinamos à ortodoxia convencional. Aceitamos essa taxa de câmbio, essa taxa de juros e todos os elogios que recebemos todos os dias dos representantes de Washington, Nova York, Paris, Londres, Frankfurt. O que me interessa é voltar a crescer e este livro é uma tentativa de contribuir para o debate sobre esse assunto.