Soneto
Eu queria chorar pelos olhos secos,
Pelos olhos que não são fortes
Onde as mágoas se purificam e se libertam.
E que sangram obscura e silenciosamente.
Eu queria chorar pelas almas mártires
Que estão invisivelmente entre nós.
E pelos que escondem num sorriso
As decepções de uma incompreendida bondade.
Pelas almas que são como os desertos
E que não conhecem a libertação das lágrimas!
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