"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Sobre a USP: predam o bandido e o carcereiro

Os governos do PSDB são marcados por retrocederem sempre em alguma política que representou um avanço quando da sua implementação, fazem o serviço da direita, e José Serra não fugiu ao figurino. É claro que a USP deve prestar contas à sociedade e ao governo do estado, mas isto é ex-post factum, é isto que significa que autonomia. Está sujeita ao controle e investigação do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Contas da União e do governo do estado. Os dirigentes podem ser punidos quando quebram a lei, mas devem manter a autonomia financeira. As universidades paulistas possuem direito a uma receita fixa do ICMS e é isto que permite que elas se coloquem bem adiante das universidades federais em termos de infra-estrutura física e planejamento dos investimentos. Visitem uma universidade federal e volte periodicamente e verá pode se levar 10 anos para construir um único prédio, ou para se reformar um laboratório. E as medidas do governo Serra são para, por um caminho tortuoso, reduzir os repasses, conseguir contingenciar os recursos destinados às universidades. Claro que o sistema não é perfeito, em outra oportunidade já critiquei aqui o fato dos salários serem pagos com estes recursos do ICMS, a "luta de classes" entra para dentro das universidades, onde professores e funcionários lutam para se apropriar de uma fração cada vez maior destes recursos como salário, e a internalização deste conflito não é boa para as universidades. Por outro lado, as universidades não se tornam uma paraíso por causa destes recursos basta visitar o prédio da FFLCH e o da FEA na USP para constatar como apenas com os recursos públicos é difícil manter a Universidade, a FEA tem uma infra-estrutura superior por captar recursos privados, coisa considerada inaceitável na FFLCH por razões ideológicas e também porque não tem o que vender. O que leva a outra questão, na imprensa e em blogs, alguns jornalistas colocam o debate como se fosse um conflito entre o pessoal legal e descolado da FFLCH e os mauricinhos e conservadores da Poli, porque o José Serra é engenheiro formado pela Poli. Bobagem, os dois estragam o país. A participação das universidades paulistas na arrecadação de ICMS ocorreu graças aos economistas da Unicamp que participaram do governo Quércia.

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