RUMOS DA POLÍTICA AMERICANA SOBRE ANGOLA
Os Estados Unidos dizem não estar preocupados com a presença chinesa em Angola, mas gostariam que houvesse transparência na forma como os dois países fazem negócios.
Frank G. Wisner, diplomata americano de carreira, exprimiu esta posição em teleconferência que concedeu em directo a partir de Washington a jornalistas concentrados ontem no final da tarde na embaixada americana em Luanda.
O também enviado especial de Washington no Kosovo é um dos presidentes da Comissão do Conselho de Relações Exteriores (CRE) que redigiu o relatório intitulado "Com Vistas a Uma Estratégia para Angola: Prioridade para as Relações entre Angola e os Estados Unidos da América", recentemente divulgado na capital americana.
Na teleconferência, Wisner destacou a alvitre da Comissão no sentido de «os investimentos de qualquer nação ou empresa em Angola, desde o trabalho na reconstrução, até aos acordos em matéria de petróleo, sejam transparentes, visíveis de forma a criarem confiança».
Frisou ainda que «Comissão independente que elaborou o relatório a pedido do CRE, um dos mais conceituados "think tanks" (núcleos de reflexão) de Washington, exorta o governo norte-americano a assumir a responsabilidade de dialogar com a República Popular da China».
Data para as eleições
Em relação aos problemas da democracia angolana e aos relatos de violações de direitos humanos, Wisner insistiu que «o relatório contém factos e recomendações e procura evitar os juízos de valor».
Admitiu que seria bom «andar para a frente com a data das eleições porque não ajuda à imagem exterior do país».
«O relatório considera que a marcação de uma data para as eleições e o estabelecimento de estruturas que assegurem eleições livres e justas é um passo necessário que deve ser dado pelo governo angolano para fortalecer as bases sobre as quais construir e aprofundar as relações entre os Estados Unidos e Angola», estimou ainda o teleconferencista.
http://www.apostolado-angola.org/articleview.aspx?id=443
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