"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?
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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Barra do Garças, o coração do Brasil, no Jornal Hoje! Os 15 minutos de fama!

 

08/01/10 - 14h28 - Atualizado em 08/01/10 - 14h28

Janeiro é época de viajar muito

No quadro Tô de Folga de hoje vamos embarcar para o coração do Brasil. Vamos para Barra do Garças, em Mato Grosso.

Eunice Ramos - Barra do Garças, MT

Cercada pelos rios Garças e Araguaia, na divisa de Mato Grosso com Goiás, fica Barra do Garças, cidade entre morros no meio do cerrado com mais de cem cachoeiras.De Cuiabá são 500 quilômetros de carro pela BR-070 que está em boas condições.
A comida típica é à base de peixes. Uma das especialidades é o tucunaré na telha. Os preços variam entre R$ 10 e R$ 30 por pessoa. Hotéis e pousadas oferecem toda infra-estrutura com diárias que vão de R$ 40 a R$ 80.
"Aqui a gente tem roteiros de serra, roteiros de contemplação, roteiros de observação de pássaros”, explica Ralf Reis, guia.
Vamos começar pelo rio Garças. São R$ 50 pelo passeio de 28 quilômetros em canoas e caiaques, com acompanhamento de um guia. Várias aves cruzam nosso caminho. Araras, colhereiros e as garças, que dão o nome ao rio.
Na margem, movimentação na copa das árvores. São os macacos que percebem a presença da nossa reportagem. “É paz total, você chega quietinho, não espanta eles. Ta tudo tranquilo, aqui é muito bom”, fala Davi.
Outro roteiro imperdível é a Serra do Roncador. São 70 quilômetros pela BR-158 até o pé da serra. Subimos de carro até o ponto onde começam as trilhas. Depois é preciso ir a pé no meio do cerrado.
Nós estamos a 700 metros de altitude num dos pontos mais bonitos da Serra do Roncador. Este lugar é conhecido como Ponte de Pedra pela escultura que a natureza fez no local. E pensar que tudo isso um dia já esteve debaixo d’água...
"Exatamente, tem indícios aqui que toda essa região já esteve submersa e a natureza nos presenteou erguendo tudo isso e a gente pode vislumbrar toda essa paisagem magnífica que tem aqui”, explica Sérgio Ricardo, guia.
Outro passeio bastante procurado é o Complexo do Bateia. Por R$ 60 o turista pode chegar de jipe, cortando fazendas da região.
A primeira parada é na Cachoeira do Buraco. Ela ganhou este nome por causa da formação da rocha onde brota a água.
Num raio de dois quilômetros dá para conhecer 17 cachoeiras. A mais alta tem 75 metros de queda d’água. “É muito bonito ver a altura, é muito alto e a queda d’água. A luz refletindo é uma beleza sensacional”, comenta Mara.
Um dos balneários mais procurados da cidade são as cachoeiras do pé da Serra Azul. Uma das curiosidades é a diferença na temperatura da água. Em uma cachoeira, por exemplo, a água é morna. Em outra, é gelada.
A região é rica em águas termais. Por causa disso, Barra do Garças ganhou até um parque municipal com seis piscinas de água quente. Na piscina mais quente do parque a temperatura da água gira em torno dos 42ºC. "É para quem gosta de altas temperaturas. Aqui é o lugar certo”, diz Brenda Cabral, advogada.
Contudo, é a beleza de Barra dos Garças a maior atração.

http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL1439690-16022,00-JANEIRO+E+EPOCA+DE+VIAJAR+MUITO.html

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Ainda sobre viagens e o fim do mundo

A família dos meus pais é de Jataí-GO. E especialmente a da minha mãe ainda mora lá. E enquanto minha avó viveu, até 2005, eu sempre ia para Jataí. No entanto, depois que ela morreu não havia voltado lá. Aí depois do Ano Novo, resolvi avançar em direção ao fim do mundo visitando Jataí. Parêntesis, antes da viagem, deixe-me explicar Jataí. Ao contrário de Barra do Garças, Jataí é uma cidade velha, e o que é pior, parece uma cidade velha. Quem mora lá fala que há áreas que não parecem velha, nunca as encontrei. E parecem velhas, porque as casas em Jataí em geral não têm jardins visíveis, e usam tons de cores mortas como bege, verde claro, alguns tons marrons sem graça, e tende a dar muita homogeneidade entre as casas mesmo quando são novas, dá um ar triste e melancólico à cidade. E apesar da cidade ser grande para os padrões da região, tem mais de 100.000 habitantes, a maior parte da cidade parece em vias de se tornar cidade fantasma, parece uma cidade de evasão populacional, e não o destino de novas vidas. Nem as entradas da cidade têm vivacidade. Apenas a avenida Goiás e seu entorno imediato parecem ter vida, mas ainda assim não esconde antiguidade (essa área é realmente velha), e portanto, se descer um quarteirão abaixo da Goiás já parece ter voltado no século. Uma dificuldade que Jataí enfrenta e ter uma rival no cenário goiano a menos de 100km e que hoje é mais importante que é Rio Verde. Então com complexo de inferioridade, Jataí resolveu se transformar em cidade turística, mas Jataí não tem atrações turísticas (quem quer fazer turismo, deve vir para Barra do Garças), aí resolveram criar. Isso mesmo, resolveram criar atrações turísticas. O Brasil é mesmo um país engraçado. Um país pobre, as cidades cheias de carência e um prefeito resolve inventar atrações turísticas para a cidade (hoje a cidade, como o estado, vive um surto de febre amarela, o que mostra que havia coisa melhor no que se gastar o dinheiro no passado) e o povo não se revolta. E quais as atrações turísticas criadas? Fizeram uma praia artificial, isso mesmo, praia artificial. Colocaram também um Cristo Redentor em cima de um montinho, não se pode chamar aquilo de serra nem mesmo de monte. E passaram a fazer propaganda dos rios locais que nem nos anos 30 conseguiram seduzir meus tios, e em todas as histórias que ouço deles só ouço falar em córregos de Jataí, nada de rio. Então já constataram a megalomania né? Enfim, ficamos combinados assim, o que tem de bom em Jataí são os meus parentes, se vc não for com a cara deles não tem mais nada de interessante para se fazer em Jataí, não há graça em Jataí.
Voltemos à viagem ou quase. Jataí tem outra singularidade, tem apenas uma empresa de ônibus que atende a cidade independentemente do lugar para o qual vc quiser ir. Hoje estou exagerando um pouco, claro, porque como todos sabem a realidade é sempre triste, nunca engraçada, então não custa nada melhorarmos ela um pouquinho. É o Expresso São Luiz (se quiser conhecer www.expressosaoluiz.com.br). Se quiser viajar de Jataí para Goiânia, São Luiz. De Jataí para São Paulo, São Luiz, e assim para Cuiabá, Barra do Garças, Rio Verde e qualquer cidade que vc imaginar. Mas se assim já ruim, a realidade consegue ser pior, a maior parte das linhas é em trânsito, o ônibus não sai de Jataí, vc tem que ir para rodoviária e esperar o ônibus chegar para ver se há vagas e claro o ônibus sempre atrasa e sempre pode haver mais gente esperando do que vagas no ônibus. E vcs, pessoas inteligentes, perguntarão, e não há rede informatizada para venda de passagens? Pois é, também me pergunto isso. Parece que o São Luiz ainda não entendeu direito a idéia e tem força política para impedir os concorrentes, que conhecem a internet, de se instalarem no local. São amigos do ex-governador de Goiás e senador e jataiense Maguito Vilela, e dos outros também, vamos falar mal só do Maguito porque ele é de lá.
Agora falemos dos ônibus. Os ônibus do São Luiz são em geral ruins, os que vão para Goiânia são melhorzinhos para não envergonhar muito a empresa na rodoviária, mas ainda assim quebram na estrada. Nos áureos tempos da linha Barra do Garças-Jataí, o ônibus sempre ia lotado, dois horários diários e sempre lotado. O pessoal viajava em pé (não havia ainda lei ou aqui a lei não era cumprida) de tão cheio. O ônibus era horrível, uma porcaria, sempre quebrava. Parava toda hora para pegar passageiro na estrada e para passageiros descerem. Era uma tortura. E apesar da distância ser de uns 300km, a viagem durava sempre umas oito horas. Porque além de tudo a estrada era de chão, nada de asfalto. E mais um exemplo de como o Brasil é um grande país, nos mapas oficiais e no guia 4 rodas, a estrada aparecia como asfaltada. Sempre era destinado dinheiro para o asfalto, mas ele saiu depois que eu utilizei a estrada por quase 20 anos. Uma vergonha. E ainda fizeram um asfalto vagabundo que estragou fácil. No último trecho que fizeram, logo que terminaram a obra houve um desmoronamento de um pedaço da pista e claro que não pensaram em consertar durante muito tempo.
Entre Barra do Garças e Jataí temos as seguintes cidades, Aragarças-GO que não conta(todo mundo que lê este blog tem que estar cansado de saber que Barra do Garças e Aragarças estão separadas apenas por um rio e duas pontes), aí Bom Jardim, Piranhas, aí quando vc se alegra e pensa que está indo para Goiânia, o ônibus toma a direção de Caiapônia, e de pois vem Jataí. Vcs não tem idéia do que é Caiapônia. Se imaginam que Aragarças é ruim, que Bom Jardim é ruim, que Piranhas é ruim, Caiapônia não é parâmetro para comparação do que é a ruindade, porque consegue ser pior (e vou fazer de conta que não tenho uma tia que é de Caiapônia). Sabem quando eu fico surpreso que haja imigrantes ilegais em Angola? Pois é, eu fico estarrecido de haver população em Caiapônia. Se eu que nasci em Barra do Garças para me redimir me mudei para Brasília e São Paulo para onde deve mudar quem nasce em Caiapônia para se libertar do espírito caiaponense, do jeito caiaponense de ser? Sério mesmo, quem nasce em Caiapônia deve ser imigrante ilegal em Angola, só pode. Bom jardim é uma cidade pobre, como também Aragarças, mas são cidades pobres como a maior parte das cidades brasileiras, pobres, mas não decadentes. Piranhas é uma cidade menos feia e menos pobre. Caiapônia é uma cidade decadente.
Voltando à viagem. Então resolvi viajar para Jataí. Obviamente de São Luiz. Iria o meu irmão e eu. Como os dois são, digamos, gordos, os dois lado a lado tornaria a viagem insuportável. Então como não é mais a época áurea das viagens, e os ônibus circulam relativamente vazios fui sentar em outra poltrona sozinho. Parêntesis nos coletivos urbanos uma coisa que me irrita é eu estar sentando e vir outro gordo e sentar do meu lado. E normalmente é mulher, porque, as que realmente são gordas, nunca se acham gordas como realmente são. Aí com um monte de lugar vazio, vem e senta do meu lado. Me seguro para não perguntar se ela não percebe que ela é gorda, eu sou gordo e que a viagem será ruim para os dois. Mudei de lugar. Felizmente ninguém sentou do meu lado, e quem sentou na poltrona de trás até a Caiapônia foi calado. Na Caiapônia sentou um casal e logo começaram a conversar ou melhor logo a mulher começou o monólogo dela. Era sobre a irmã e cunhado que ela estava falando, mas ela já aproveitava para dar um sermão indireto no marido que estava ao lado. Que horror! Fiquei sabendo tudo sobre a relação do Vinícius com a Amanda. Descobri que o Vinícius não vale nada e a Amanda é uma boboca que aceita tudo. O Vinícius queria casar com a Amanda, mas a Amanda era menor de idade, ou de menor como ela dizia. Então o pai precisava autorizar, assinar os papéis. Então foram ao juiz e o juiz disse para o Vinícius que com o histórico dele e por ele estar se casando com uma menor de idade exigiria um exame de DST. O consciencioso pai e a filha ficaram indignados com o juiz, então o juiz exigiu o exame também da moça. Após o exame o juiz casou o respeitável e saudável rapaz com a moça. Pouco antes do casamento, o rapaz sai do emprego a pedido do pai dele, mas a moça casa assim mesmo. Depois de casada, a irmã aconselha a moça a não engravidar, a tomar remédio, aí a irmã diz que não está tomando remédio porque o marido não tem dinheiro para comprar (vejam como é duro administrar um país, não basta distribuir os medicamentos de graça nos postos de saúde, ou camisinha, se não distribuir junto gotículas de cérebros, mas vamos em frente). Dois meses depois a criatura engravida. E vcs já imaginam a vida boa que o casal deve estar tendo agora já tem dois filhos. O casal havia ido morar em Goiânia, mas o pai do rapaz mandou um carro buscá-lo em Goiânia para trazê-lo de volta para Caiapônia, e acreditem o esperto do rapaz voltou. Deixou a mulher e os filhos e voltou. A moça, também espertíssima, voltou para casa dos pais dela em Caiapônia. Felizes por terem um genro esperto, os pais da moça chamaram-no para morar na casa com eles e a filha. E nesta ótima convivência familiar o genro contou para a sogra sobre a primeira vez que transou com a filha dela antes do casamento no meio do mato. E isso é só uma parte do que eu ouvi, não entendo as pessoas conversarem em ambientes públicos como se estivessem em casa. O pior é que um pesadelo me assombra, a mulher faladeira e o marido dele estavam indo para Jataí para pegar um ônibus para São Paulo, porque moram lá. E claro também são espertíssimos, ofereceram um emprego para o marido da mulher faladeira em Caiapônia e ela disse que se arrumarem um pra ela também quando ela terminar de construir a casa dela em São Paulo ela se muda para Caiapônia de novo. E eu pensando que a única coisa que eu não entendo é a imigração ilegal em Angola.
Em Jataí, apesar do meu primo ser radialista há muitos anos nunca tinha ouvido o programa dele. Aí resolvi escutar o Bate-Bola Musical da rádio Difusora de Jataí e descobri que o meu primo é o Milton Neves de Jataí. Como tem propaganda no programa. Descobri outra coisa, montar time de futebol no interior é uma desgraça mesmo, é perder dinheiro. No programa estavam distribuindo ingressos para o amistoso entre a Jataiense e o Ituiutaba, e os ouvintes que ligavam dispensavam os ingressos, muito engraçado, diziam que não iriam assistir o jogo. Quando estávamos vindo embora, o ônibus passou em frente ao estádio no horário do jogo, havia meia dúzia de pessoas, mas muitos carros do lado de fora. No interior, tudo é motivo pra festa. Agora vejam a situação, no dia anterior o Ituiutaba já havia feito um amistoso com o MEC (Mineiros Esporte Clube) e segundo meu primo o MEC mostrou ser um time muito fraco neste jogo, fiquei imaginando a força do Ituiutaba para ser convidado para fazer amistoso com dois times do interior de Goiás com um jogo no sábado e outro no domingo. Sinceramente, estes times deveriam desaparecer, é um desperdício de dinheiro, e o pior é que há times assim que recebem dinheiro das prefeituras. No mesmo programa fiquei sabendo que o Itumbiara está formando um esquadrão para o campeonato goiano e quer aparecer até no cenário nacional, pelo jeito o Corinthians que se cuide, a terceirona de 2009 não será fácil, o Itumbiara virá com tudo. Se perdeu entre tantas cidades? Pense, use um mapa. A viagem de volta não teve graça, só um passageiro chato, e posso garantir que não era eu.

Direto do fim do mundo

Apesar de ainda estar no MT, resolvi atualizar o blog. Falar um pouco de besteiras.
Começando pelo início, obviamente que no dia que eu fui pegar o avião para Goiânia Congonhas estava lotado apesar de ser 06:30hs da madrugada. Como todos sabem se tive que ir para o aeroporto neste horário, eu nem dormi. Fiquei conversando com uma amiga no msn e arrumando a casa (descongelando a geladeira a base de facadas) e as malas. Então, cheguei no aeroporto e o aeroporto estava lotado, um horror, será que a humanidade resolveu parar de dormir? Por que as pessoas madrugam? Haja comportamento irracional. Como o comportamento da TAM não é muito melhor, os guichês estavam distribuídos por cidades, no entanto, vc poderia ficar em qualquer fila. Que gênios! Claro que só soube disso depois e fiquei chocado com o tamanho da fila de Goiânia. Mas fui para lá. Depois que soube que poderia ficar em qualquer fila já tinha me acostumado com o tamanho da de Goiânia e parecia que ela andava, então fiquei por lá mesmo. Ainda bem! Porque quando deu o anúncio que era preciso fazer os procedimentos de embarque rapidamente, eles só atendiam os que estavam na fila certa. Aí passaram recolhendo os documentos de quem estava na fila e iria para Goiânia. E logo começaram a chamar pelos nomes. Eu e uma mulher chamada Nayara fomos os últimos que foram chamados para o vôo das 7:40hs, os outros que estavam na fila teriam que embarcar às 10:20hs. Claro que o benefício gerou uma corrida pelo aeroporto, a funcionária da TAM com os nossos tíquetes de passagens correndo e gritando para nós corrermos senão perderíamos o avião. Pelo menos o meu peso não foi culpado por nenhum atraso, porque a tal da Nayara estava com um salto alto, fino e pelo jeito nem sabia andar muito bem e não conseguia correr, então fui sempre o passageiro mais veloz. E depois, como desconfiava, corri à toa, porque quando cheguei no ônibus que levaria ao avião ainda tive que ficar esperando outros atrasados. Cheguei em Goiânia, e peguei um táxi para a rodoviária de Goiânia (que já foi comentada em outro post). Claro, estava morrendo de sono, era o meu horário de dormir, e peguei justo um táxi dirigido por uma mulher e animada para conversar, foi me falar sobre os gatos que ela criava, sobre como se comportavam como gente, etc. Aí quando cheguei na rodoviária de Goiânia fui procurar passagens para Barra do Garças, não fiquem chocados, mas há várias empresas que fazem a linha Goiânia-Barra do Garças e vários horários. Para a minha surpresa, além de muitas empresas e horários, há muita gente querendo vir para Barra do Garças. Então, apesar de ter chegado às nove da manha na rodoviária só encontrei passagem num ônibus extra (não surtem, é verdade, foi preciso colocar ônibus extras na linha) às 14:40hs. Eu estava morrendo de sono, fiquei circulando pela rodoviária-shopping, resolvi almoçar dez e pouco da manhã pra ver se o tempo passava mais rápido. Tentei enrolar depois de almoçar ficando sentado da praça de alimentação, mas o sono só aumentava, aí resolvi ir para um shopping de verdade (ou quase para os altos padrões de alguns paulistanos). Deixei minhas malas num guarda-volumes e fui para o Flamboyant, o mais antigo shopping de Goiânia. Quando eu era criança, o Flamboyant só era shopping no nome, não passava de uma galeria grande. Mas hoje é um shopping mesmo. Aí fui andar no Flamboyant para ficar acordado. Cheguei a dormir no táxi na ida e na volta do Flamboyant. Numa situação normal passo um dia sem dormir tranqüilamente, mas viajando não dá. Pensei em comprar um presente pro meu sobrinho, mas o que pensei em comprar meu irmão não gostaria, aí deixei pra lá. De volta à rodoviária ainda enrolei um pouco nas lojas Americanas, porque era onde havia o melhor ar condicionado. Aí fui pegar o ônibus da Barratur, que é um ótimo ônibus, infelizmente apesar de ser ônibus extra só consegui passagem na janela lá no fundo, número 29, em situações normais mudaria o horário da viagem ou de dia. Mas no caso não havia escolha. Eu tenho um problema sério com motoristas de ônibus e outros passageiros, pra mim, o ar condicionado deveria ficar na menor temperatura possível sempre, porque se em alguns lugares do ônibus fica muito frio, em outros não, no fundo em geral não, a temperatura fica alta para o meu gosto. Mas segundo um motorista me disse não tem como colocar a temperatura abaixo dos 17 graus, não acreditei muito, mas tudo bem. Felizmente, apesar de ter sido necessário um ônibus extra, ninguém sentou-se na poltrona ao meu lado e eu viajei sozinho e pude dormir bem. Em geral desço em todas as paradas. Os ônibus param em São Luís dos Montes Belos-GO, Iporá-GO, Piranhas-GO (piada fácil né?, mas não vou fazer, lá corre o rio Piranhas), e dependendo da empresa, em Bom Jardim-GO, no caso da Barratur não pára em Bom Jardim. Quando o ônibus parou em São Luís dos Montes Belos, eu acordei, mas não desci do ônibus, o mesmo aconteceu em Iporá. Mas depois de Iporá não consegui dormir mais e aí percebi que o motorista tinha algum parentesco com o Rubinho Barrichello. Meu Deus! O ônibus não andava, e cada parada foi uma eternidade apesar de não ter feito nenhuma parada na estrada (coisa que é normal no interior), a viagem que deveria durar seis horas, durou oito horas, e meu humor, claro, ficou ótimo.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Quer ir para Barra do Garças?

Você quer ir para Barra do Garças-MT e não sabe como? Vá até o terminal Tietê, procure a empresa Nacional Expresso e compre a sua passagem depois de 23 horas você estara em Barra do Garças. Quer ir mais rápido? Vá até o aeroporto, compra uma passagem para Goiânia. Chegando em Goiânia pegue um táxi para a rodoviária de Goiânia. Na rodoviária produre o guichê do Expresso Maia, ou Xavante, ou Barratur ou Araguarina e depois de umas seis horas você estará chegando em Barra do Garças.

domingo, 21 de outubro de 2007

Conheça a Serra do Roncador- Barra do Garças-MT

Este nome vem do ronco que muitos ouvem desta serra que tem sua história marcada por aventuras, lendas e mistérios como o desaparecimento do Coronel Fawcett em busca da Atlântida, fato que até hoje atrai expedições do mundo inteiro.
A origem da civilização inca, o paralelo 16, o templo de Ibez, o caminho de Ió, Agartha, Shamballah, o chácra do planeta, o Portal de Aquarius, vulcões extintos, fósseis de dinossauros e discos voadores são atrativos para cientistas, curiosos e místicos de toda parte.
Com diversas comunidades esotéricas instaladas, a cidade é conhecida mundialmente como santuário místico e metafísico.
MISTÉRIOS DO RONCADOR
Caverna dos Pezinhos – Através de uma trilha do Parque estadual da Serra Azul, chega-se a uma entrada de caverna, bloqueada por rochas. Nesta entrada, tanto nas paredes quanto no teto, várias marcas de pegadas de animais e humanas (?), muitas delas com 6 dedos. O que significam? Como foram parar nas paredes e no teto? Seriam pegadas ou inscrições? Porque a visitação é restrita pela Aeronáutica?
Portais no Roncador – Lendas e mistérios envolvem a Serra do Roncador. O que seriam os portais do Roncador? Onde estão? Para onde levam? Porque tantos buscam Atlântida ou Shamballah no Roncador? O que seriam os crânios de cristal que algumas pessoas procuram?
Lagoa Encantada – Esta lagoa se encontra em território indígena e é muito profunda, sem ter sido ainda determinada. Apesar da imensa quantidade de água, não existe nenhuma forma de vida nela. Localiza-se à entrada de uma caverna, também muito profunda e inexplorada. Os índios não entram na lagoa por medo e na caverna, apenas o cacique é autorizado, pois dizem que é habitada por seres. Quem seriam estes seres? Porque nenhuma forma de vida sobrevive na lagoa? Porque os índios guardam a entrada desta caverna?
Gruta Seca – Uma ampla câmara inicial se abre em vários túneis e outras câmaras. Uma destas câmaras abriga um mobiliário de pedra muito interessante, semelhante aos modernos. Outra delas tem no centro uma formação de estalactites e estalagmites com forma de imensa árvore, com uma espécie de parlatório no alto e um dos túneis não se consegue chegar ao final, pois qualquer forma de iluminação utilizada se apaga. Quem viveu ali? Para onde vai o túnel?
Cel. Percy Fawcett – Esteve pelo Roncador em suas andanças e descobriu alguma coisa aqui. A prova disto é que seu sobrinho-neto Timothy Fawcett veio aqui 2 vezes ao ano por 19 anos, rastreando os caminhos do tio-avô, através dos relatos das cartas que mandava para sua esposa Nina. Timothy dizia que os relatos oficiais de Fawcett eram diferentes para despistar e que a família conhece a verdade. Ao final de sua pesquisa, Timothy afirmava que o último vestígio do tio-avô seria na Gruta Seca. O que aconteceu com Fawcett? Para onde foi? O que teria descoberto? O que contam seus relatos para a família?
Pedra S. S. Arraya – A pedra que hoje se encontra em exibição no Porto dos Pioneiros tem a ver com a história de fundação da cidade, colonizada por levas de garimpeiros atraídos pela história de uma garrafa de diamantes enterrada sob ela, no leito do Rio Araguaia, por garimpeiros que fugiam de um ataque de índios. Quando retornaram para buscar a garrafa, o rio estava mais cheio e escreveram na pedra o nome de um deles, para facilitar a busca mais tarde. O curioso é que quando a pedra foi retirada do rio para ser exposta, várias outras marcas foram observadas, muito mais antigas, vários círculos concêntricos, como nas pedras de altares incas. Estas inscrições existem em outras pedras no rio, no mesmo local de onde esta pedra foi retirada. Quem fez as inscrições? Porque motivo? Qual a ligação do Araguaia com os incas?
Tribos indígenas – Os Xavantes falam com medo de grandes bolas de fogo no céu ou focos de luz do céu iluminando a aldeia à noite. O que seriam estas bolas de fogo? Que tipo de equipamento apareceria à noite em regiões isoladas?
Pedras em formato de disco – Porque em locais onde existem mais ocorrências aparecem várias pedras em formato de disquinhos? Qual o seu significado? Como se formaram?
Discoporto – Local demarcado por lei na Câmara Municipal para construção de um futuro discoporto. A Serra Azul (braço da Serra do Roncador) foi escolhido por serem os relatos de aparições sempre associados à esta serra (ou vêm de lá ou vão para lá). Qual a relação da serra com as aparições? Porque os relatos nunca incluem um pouso? Porque as aparições sempre “somem na serra” ou “saíram da serra”?

sábado, 2 de junho de 2007

Barra do Garças de novo!

Barra do Garças-MT de novo e eu nem sou louco pela cidade. Do lado direito está Barra do Garças, entre os dois rios a cidade de Pontal do Araguaia e do lado esquerdo a histórica cidade de Aragarças. O rio do lado esquerdo é o rio Garças, o outro é o rio Araguaia. Caminhando um pouco encima da serra afastando-se do Cristo pelo lado direito chega-se à área reservada para o discoporto, área de pouso de disco voadores.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Serra do Roncador

Depois do Inferno, do Pelicano, agora no fim da página coloquei a Serra do Roncador. A Serra do Roncador se espalha pela região da minha cidade, Barra do Garças. Como eu já disse lá há uma entrada para os mundos internos da Terra. A dúvida sobre os mundos internos é se os habitantes são terráqueos mesmos ou se são extra-terrestres. Em outra oportunidade já mencionei o livro a Terra Oca que fala sobre as entradas para o interior da Terra que existiriam no Pólo Norte e no Pólo Sul. Então a Serra do Roncador é uma alternativa. Outra teoria sobre os mundos internos está no livro A Cidade dos Sete Planetas de Pólo Noel Atan, que é o pseudônimo de um paulista do interior que teria visitado uma civilização de origem extra-terrestre no interior da Cordilheira dos Andes.

sábado, 28 de abril de 2007

Comentários diversos sobre Barra do Garças

Como todos estão cansados de saber sou de Barra do Garças MT, que fica na divisão entre Goiás e Mato Grosso, onde os rios Garças e Araguaia se encontram. Parêntesis, as duas pontes estão quebradas, a que liga Aragarças ao Pontal do Araguaia e a que liga Pontal do Araguaia à Barra do Garças. Está um caos, é preciso pegar uma balsa para atravessar o Rio Araguaia e ir para Barra do Garças, e depois quem quiser ir para o Pontal pega a ponte de volta, mas passando um carro por vez. Há duas balsas que pode levar 40 carros, mas a espera pode chegar ser de mais de três horas, um horror. Ficar parado no trânsito de São Paulo, Rio de Janeiro ainda vá lá, mas em Barra do Garças é fim da picada. Obviamente fugi do assunto. Voltando, todo Estado ou cidades tem as suas expressões locais e é este o assunto.
Por exemplo, tenho uma amiga, da qual gosto mundo, que logo que nós conhecemos disse que na cidade dela ao se atender ao telefone se dizia “de gol”, como eu gosto muito dela, quando ela me telefonou e falou isso, eu falei também. Não custava nada me fazer de besta. Mas até hoje não acredito que alguém diga, como não vou telefonar pra outras pessoas na cidade, ficarei com a dúvida. Mas por causa disso, quis saber se na minha cidade havia alguma esquisitice que eu desconhecesse. Então falei pra minha mãe conversar com o sr. Valdon Varjão, dono do cartório, criador do discoporto, ex-vereador, ex-senador biônico, ex-prefeito e historiador por conta própria. Ele escreveu algumas dezenas de livros sobre a região, então ele tinha que saber. Mas segundo ele, não é ignorância minha, não há mesmo expressões locais, formas de falar específicas da cidade. No entanto, há expressões de Mato Grosso e especialmente de Cuiabá. Entretanto na minha cidade isso não circula porque o vínculo de Barra do Garças é muito mais com Goiânia do que com Cuiabá. Quem fica doente vai para Goiânia, entre passear na capital de MT e na capital de GO, a opção é pela de Goiás. Eu nunca fui à Cuiabá, enquanto sempre vou a Goiânia. Assiste as retransmissoras de televisão de Goiânia e não de Cuiabá. Enquanto o fuso horário de MT é atrasado em uma hora em relação ao de Brasília. Em Barra do Garças segue-se o fuso horário de Brasília (exceto no horário de verão). Em meados dos anos 80, o prefeito, se não me engano era o Carolino Gomes dos santos, inventou de adotar o fuso de Cuiabá e colocar as emissoras de Cuiabá no ar, foi um problema, pra mim as pessoas que apareciam nos comerciais das emissoras cuiabanas eram tão estranhas que pareciam de outro país. Obviamente o prefeito voltou atrás na medida, ele só não abalou mais a minha infância do que o José Sarney com o Plano Cruzado que provocou o desabastecimento dos produtos que eu gostava. Mas enfim esta ligação com Goiás faz com que nós não tenhamos sotaque cuiabano, mas também não temos sotaque goiano. Pelo menos para o meu ouvido. Mas ninguém gosta também quando chamam a região de mato-grosso goiano.
Quando mudei para Brasília descobri que goiano é palavrão. É um dos alívios de ser mato-grossense, ninguém diz nada a favor, mas também não tem uma crítica pronta. Então em Brasília, se você quer xingar outro motorista, chama de goiano. O que em São Paulo é baianada, em Brasília é goianada. A primeira faculdade que eu dei aula ficava no entorno de Brasília, ou seja, em Goiás, em Cidade Ocidental se eu não me engano, anteriormente Luziânia. Os professores sempre diziam (excluindo eu obviamente) se a gente conseguir ensinar economia pra goiano, podemos dar aula em qualquer lugar. E pior é que a primeira turma de goianos que fez Provão (o do governo FHC) ficou com nota B, a maior da faculdade e superior a todas as faculdades particulares de Brasília e Goiás. Até que hoje eu não acredito, acho que foi algum tipo de anomalia estatística que colocou aquela turma no patamar superior e tornou a vida das turmas melhores muito mais difícil. Parêntesis, uma das explicações para o sucesso foi o meu método de ensino que havia sido generalizado, já contei como lá passaram a conversar era com os professores que davam muitas notas altas e aprovavam todo mundo. Aí o curso que teve o pior desempenho foi o de pedagogia, eles ficaram revoltados não só porque as teses libertárias falharam, mas porque agora queriam que eles fossem chatos como eu. Se a pedagogia moderna não funciona com os pedagogos, imagina com o resto.
Voltando à Barra do Garças, se não há formas de expressão, há crendices. As pessoas acreditam em tudo de disco voador, entrada para os mundos subterrâneos. Meu pai tinha uma fazenda no município de Torixóreu quando meus irmãos e eu éramos crianças, crescemos lá até chegar o período de ir para a escola. Depois que aprendemos a andar a cavalo sempre íamos junto com o vaqueiro para ajudá-lo (nem sempre o resultado era esse), os locais que mais gostávamos de ir eram o pasto das éguas e os pastos que ficavam depois dele, especialmente um. O pasto das éguas era meio sombrio, primeiro porque era longe da sede da fazenda e portanto era silencioso, além disso tinha mata de galeria fechada, e numa estrada, a mata cobria toda a estrada impedindo a passagem do sol. Então quando nós éramos crianças gostávamos de ir a cavalo nessa região, mas também tínhamos medo. Um dos vaqueiros lá da fazendo acreditava em todas as histórias sobre fim do mundo, monstros e etc. E foi justo nesse lugar que ele inventou de começar a contar história sobre a lagoa que se você atravessar nunca acha o caminho de volta, e sobre o fim do mundo, foi a primeira vez que eu ouvi a expressão dos dois mil não passarás. E como ele insistiu nestas bobagens. E óbvio quando ele viu que nós ficamos com medo aí que as histórias aumentaram. Infelizmente não vou poder contar as histórias dele, porque tenho péssima memória pra isso e claro os fatos são de meados dos anos 80. Meu irmão que é bom para contar a história, guarda todas as besteiras que aconteceram com a gente desde pequeno.
O Beto era um sujeito que em várias épocas diferentes trabalhou como vaqueiro pro meu pai. Eu achava o Beto muito chato, mas para quem gosta de história inventada ele é ótimo. Depois de um longo período sem ele trabalhar pro meu pai e sem termos notícias dele, ele apareceu na livraria da minha com um sujeito que havia escrito um livro sobre os acontecimentos misteriosos da região, depoimento de várias pessoas que participaram ou presenciaram os fatos. Um dos depoimentos era do Beto contando sobre ter visto um disco voador. Claro que a minha mãe pegou um exemplar pra mim, mas num livro onde o Beto é testemunha não se pode acreditar. O livro não vendeu. Mas o meu ainda tenho.