"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Saudosismo

Dois eventos esta semana me deixaram saudosista. Em primeiro lugar ter ido à colação de grau festiva da turma de relações internacionais que conclui o curso no segundo semestre de 2007. Descobri que ainda vai demorar para eu ficar insensível em formaturas. Em primeiro lugar, porque gostei muito da minha. A minha colação de grau foi perfeita. E claro, antes que algum aluno/amigo se manifeste, pela linda homenagem do ano passado.

Acho que já contei sobre a minha formatura, mas irei recontar. Fiz questão de fazer parte da comissão de formatura para que a formatura tivesse um pouco a minha cara, e foi ótima. Primeiro, porque ocorreu no auditório do Senado Federal. As formaturas dos cursos de relações internacionais e ciência política ocorriam, naquela época, no auditório do Itamaraty (agora todas ocorrem na horrível tenda da UnB), mas eu detestava o auditório, um auditório, escuro, feio. Então, como o pessoal de ciência política era sempre insatisfeita das formaturas ocorrerem no Itamaraty o que demonstrava um predomínio do curso de relações internacionais, apoiei a idéia deles de fazer em outro lugar, e no caso decidimos que seria o Senado. Só havia um problema, o Senado havia proibido este tipo de evento lá. E para conseguir seria necessário conseguir uma autorização por parte do primeiro-secretário na época, senador Ronaldo Cunha Lima. Uma das formandas em ciência política era do Maranhão e a família dela era próxima do senador Edson Lobão. Então através do senador Edson Lobão conseguimos que o fosse liberado o auditório do Senado. Em retribuição agradeceríamos no convite de formatura aos dois senadores, mas esqueci disso, e aí só no discurso de formatura que eu agradeci aos dois.

Duas figuras lapidares morreram no ano que me formei. Darcy Ribeiro que foi fundador da UnB e Ruy Mauro Marini, teórico da dependência e professor do REL. Então alguns colegas sugeriram que dêssemos o nome do Darcy Ribeiro à turma, fui contra porque muita gente na UnB faria o mesmo. Outros nomes rotineiros, como Rui Barbosa, foram sugeridos. Ruy Mauro Marini seria um bom nome, mas não seria vencedor. Então eu sugeri Theotonio dos Santos. Theotonio dos Santos é também um dos pais da teoria da dependência, era professor apossentado do REL e ainda estava (e está) vivo. E para ganhar na votação ainda garanti que eu conseguiria trazê-lo para a colação de grau. Na véspera da formatura uma colega veio conversar comigo (ela tinha defendido outro nome) para me tranquilizar dizendo que se ele não viesse não haveria problema, ninguém ficaria chateado. Mas ele foi na formatura. Ainda organizamos uma palestra com ele na UnB para aquele período o que reduziu os custos da viagem para ele, e isso permitiu que eu lesse em primeira mão os textos que estão no livro Teoria da Dependência: balanço e perspectivas.

Para paraninfo nós convidamos o professor Cristovam Buarque, hoje senador e na época governador do DF, ele não só aceitou como compareceu. E eu ainda atrasei o início da cerimõnia para esperar uma amiga minha e dei um chá de cadeira no governador apesar da chateação de professores para começar logo, porque ele foi pontual e teve que ficar escondido para chegar só quando fosse começar, sendo o governador, pelo protocolo, ele não poderia entrar no recinto e aguardar que outra pessoa chegasse para a cerimônia começar. O Cristovam Buarque falou maravilhas sobre o meu discurso, inclusive levou a minha cópia, e disse que todos deveriam pedir uma cópia. E apesar desta bajulação quando ele foi candiato a presidente eu não votei nele, mas minha família votou.

Além disso na minha formatura teve outro fato que me deixou bastante contente, recebi uma homenagem surpresa dos demais formandos pela minha atuação na comissão de formatura. Então foi um dia radiante. Terminei o dia extremamente otimista.

O ano passado, ano em que completou dez anos da minha colação de grau, recebi uma homenagem linda da turma que concluiu o curso no final de 2006. Novamente uma homenagem supresa, porque eu não era o professor oficialmente homenageado, com direito à faixa e discurso, e presentes, garrafas de água como a que eu sempre levava para a sala. Este ano, oficialmente homenageado, não havia como não entrar no clima de formatura já que formaturas só me trazem boas lembranças. E no discurso este ano comecei citando o meu blog e a minha pesquisa sobre as razões que levam alguém a cursar relações internacionais.

Outro momento de saudosismo ocorreu nesta quarta-feira conversando com o cônsul da Venezuela em São Paulo que veio fazer uma palestra no Unibero.  Lembrei também da UnB, da Rel Júnior e do professor Galvão. A Rel Júnior é a empresa júnior de relações internacionais que criamos na UnB. Através da Rel Jr conheci o professor Galvão que trabalhava na área internacional da reitoria e tinha bom trânsito com diplomatas estrangeiros e adorava recepções diplomáticas. O primeiro evento que rpomovemos com ele foi levar um diplomata da República Tcheca para falar sobre a divisão da Tchecoslováquia. E logo no meu primeiro evento descobri que não podia contar com presença voluntária, havíamos colocado cartazes em toda FA, mas a sala estava vazia. Tive que cassar público nas salas de aula. Na UnB, as aulas não param para eventos, as coisas ocorrem simultaneamente, o aluno escolhe. Foi constrangedor, mas consegui público. Através do professor Galvão, um amigo e eu nos aproximamos da Representação de Taiwan no Brasil, que ficava na SCRN 714. Organizamos um seminário com o representante de Taiwan na UnB. O representante seria o embaixador caso o Brasil reconhecesse Taiwan como Estado soberano. Como o país não é reconhecido, eles dão enorme atenção a quem se interessa por eles. Almoçamos várias vezes com eles, nos deram vários livros de presentes, moedas comemorativas, e uma borboleta de ouro. Também fomos jantar na casa do representante de Taiwan no Lago Sul. Tive que comer coisas que eu não gostava. Duas coisas interessantes, os convidados foram distribuídos em várias mesas e com lugar marcado e com pessoas que vc não conhecia para obrigar a conhecer, felizmente eu fiquei na mesa do senhor Chang que era o segundo na hierarquia da representação e que era muito engraçado. Ele era engraçado sem querer ser engraçado, era o jeito dele mesmo que era engraçado. E nesse dia ele ainda levou uma bebida típica deles pra mesa que ele queria que todo mundo virasse o copo e bebesse de uma vez, obviamente eu fiz isso uma vez e só, mas ele continuou então no fim estava mais engraçado ainda. Outro fato curioso é que no convite trazia o horário de início e término do jantar. Quando deu o horário de término, o representante se levantou e começou a se despedir das pessoas para elas irem embora. A partir destes contantos o meu amigo chegou a ganhar uma viagem para conhecer Taiwan. Também fui fazer uma visita a alguns diplomatas da embaixada da China com o professor Galvão, mas eles eram mais fechados, conversaram menos. Também fui em ventos da embaixada do Irã, foi a primeira vez que comi caviar e detestei, nunca mais, realmente não gosto de nada que venha do peixe ainda que seja caro. Fui também num evento da embaixada da Hungria que eu já citei aqui no blog há algum tempo quando coloquei as frases de poetas húngaros que eu anotei, era a inauguração de uma exposição de fotografias de cemitérios húngaros e abixo de cada foto colocaram trechos de poesias húngaras, lamentei não ter levado papel, só pude anotar as frases que couberam no extrato bancário que estava na minha carteira. E ainda participei com o professor Galvão da articulação de uma candidatura de um professor da Faculdade de Educação para reitor. Mas logo a Rel Jr entrou em crise e eu me cansei destas coisas. Foi uma das experiências que me ajudaram a perceber que eu não gostaria de ser diplomata.

Nesta história de Taiwan nós conhecemos muita gente, entre elas, o mestre Wu, mestre em Tai Chi Chuan. Eu morava na 103N e o mestre Wu morava na 105, entre a SQN 104 e a SQN 105 há um espaço aberto gramado, uma quadra esportiva. E lá o mestre Wu dava aulas gratuitas de Tai Chi Chuan as 06 ou 06:30hs da manhã. E o inacreditável é que ele me convenceu a ir lá participar. Acordar de madrugada para fazer Tai Chi Chuan. Ele era especialista nestas coisas orientais, uma vez eu fui fazer acunputura com ele. Não adiantou eu insitir em pagar e deixar o cheque lá, ele não queria receber e nunca depositou o cheque em gratidão pela homenagem que havíamos feito a Taiwan. Aí também não voltei mais lá porque fiquei com vergonha.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Turquia, Kosovo e islamismo

Why Turkey recognized Kosovo

Tuesday, February 26, 2008

İlter TÜRKMEN

The bloodiest fighting of the post-Cold War era happened during the dividing-up process of Yugoslavia. The independence of Slovenia, Croatia, Macedonia, Bosnia Herzegovina and finally Montenegro were recognized one by one. Kosovo had not been part of the Federal Republic of Yugoslavia, but an independent region attached to Serbia, like Tatarstan and Chechnia were in Russia.  Consequently, it had had no right to separate from Serbia in principle.

However, the Serbian massacres and atrocities in Kosovo to put down the independence movement in 1999 forced NATO to intervene by air operations. Serbian forces that were forced to retreat were replaced by a U.N. administration and NATO force. In addition, the UN Security Council decision of June 10, 1999 granted Kosovo the right to autonomy and self-determination, as it also put UN members under the obligation to respect the hegemony and territorial integrity of Federal Republic of Yugoslavia, in other words, today's Serbia.

The passion for independence:

A lot has happened since 1999. The passion for independence in the U.N.-protected Kosovo grew stronger each day, helping to spread the belief that Kosovo could no longer be abandoned to Serbia's hegemony. Serbia was pushed more and more into international isolation. In the end, the U.S. and the EU became convinced that Kosovo inevitably had to become an independent state under U.N. supervision. They were also hoping that the attraction of full EU membership would be enough to remove the edge of Serbian resistance to this decision.

A committee lead by the special U.N. envoy and former Finnish President Marti Ahtisaari prepared a plan for the transformation of Kosovo into an independent state under international supervision. However, when Serbia rejected this plan despite the interference of Ahtisaari and of other U.N. representatives, the U.S. and some EU countries gave Kosovo the green light to take the initiative to declare its independence. Following the declaration of independence on Feb. 17, the U.S., some EU countries and Turkey recognized the new state while Serbia, Russia, China, Spain, Romania, Slovakia, Greece and Greek Cyprus refused to recognize Kosovo's independence.

Even if the independence of Kosovo were to be recognized by a great number of states, it still cannot join the U.N. at this stage, for the Security Council cannot accept new members without a General Assembly recommendation. China and Russia will be able to exercise their veto rights, which means that Kosovo has to wait for a long time to acquire the full independence status. Its economy is fragile in spite of the $ 2 billion aid it has received since 1999. It's rate of poverty and unemployment is as high as 40 percent, but it's potentially rich in lead, zinc, cobalt, silver and gold mines, and has the second largest lignite reserves in Europe. 

Iraq, Cyprus and Karabagh:

Almost all of the states that are reluctant to recognize Kosovo have problems with separatist movements or potentially dangerous minorities. As for Greek Cyprus, supported by Greece, it fears that Kosovo's independence will set a precedent for the Turkish Republic of northern Cyprus (TRNC). What pushed Turkey into being among the first to recognize Kosovo despite the risk of starting a long-term tension in its relations with Serbia? Could it be largely due to the fact that it would constitute a precedent for northern Cyprus? I don't think so, for the balances that surround the Cyprus issue vary greatly from those of Kosovo.

On the other hand, Kosovo's independence could really set a precedent for the possible independence of north Iraq or that of upper Karabagh. Turkey's urgency to recognize Kosovo probably originated from the fact that Muslims make up the majority of the Kosovo population and that the number of people of Kosovan origin living in Turkey is almost greater than that of Kosovo's population, apart from the increasing economic relations with Kosovo and the fact that the Kosovo Turks also want an independent Kosovo. Time will show if this decision will entail some complications or not in the future.

The translation of İlter Türkmen's column was provided by Nuran İnanç. (nuraninanc@gmail.com)

http://www.turkishdailynews.com.tr/editorial.php?ed=ilter_turkmen

China versus Índia: o conflito do futuro?

'China claims about 90,000 km of Indian territory'
27 Feb 2008, 2114 hrs IST
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NEW DELHI: China illegally claims approximately 90,000 square kilometres of Indian territory including Tawang in Arunachal Pradesh, External Affairs Minister Pranab Mukherjee said on Wednesday.
"Arunachal Pradesh is an integral part of India and the government has conveyed this fact to the Chinese side," Mukherjee told the Lok Sabha in a written reply.
In reply to another query, he said China disputes the international boundary with India.
Since 1993, the two governments have agreed to maintain peace and tranquillity along the line of actual control (LAC) in the India-China and border areas, without prejudice to their respective positions on the alignment of the LAC as well as on the boundary question, he said.
Mukherjee said both sides have agreed to clarify the LAC and to take up perceived violations through established mechanisms including the Joint Working Group, the Expert Group, border personnel meetings, flag meetings and diplomatic channels.
Kaladan: The Kaladan multi-modal transit transport facility providing connectivity between Indian ports on the eastern seaboard and the Sittwe port in Myanmar will be completed in five years from its date of commencement, Mukherjee said in reply to a separate question.
Work on the project will begin after the Agreement and protocols are signed by India and Myanmar, he said.
The project will provide an alternate route for transport of goods to north-east India through Myanmar, Mukherjee said.

http://timesofindia.indiatimes.com/China_claims_about_90000_km_of_Indian_territory/articleshow/2820604.cms

Bush está vencendo!

Conflicto religioso en Argelia

Argelia acosa a los cristianos

Los juicios y las amenazas de expulsiones inquietan a católicos y protestantes

IGNACIO CEMBRERO - Argel - 27/02/2008

Hace un par de meses, la paciencia del nuncio apostólico en Argelia, Thomas Yeh, y del arzobispo católico de Argel, Henri Tessier, llegó a su límite. Tomaron entonces una iniciativa sin precedentes desde la independencia, hace 45 años: organizaron una reunión con 15 embajadores occidentales en la nunciatura.

Hace un par de meses, la paciencia del nuncio apostólico en Argelia, Thomas Yeh, y del arzobispo católico de Argel, Henri Tessier, llegó a su límite. Tomaron entonces una iniciativa sin precedentes desde la independencia, hace 45 años: organizaron una reunión con 15 embajadores occidentales en la nunciatura.

Yeh les entregó una larga lista de agravios y trabas padecidos por los cristianos desde la Semana Santa de 2006. El más grave es, según la Iglesia católica, un intento encubierto de expulsión hace nueve meses. Tras recibir una circular del Ministerio del Interior, las autoridades locales, a veces el mismo wali (gobernador), convocaron en mayo a sacerdotes y monjas para, en la mayoría de los casos, "pedirles que se marchen con urgencia" del país a causa de la amenaza de Al Qaeda.

En las grandes ciudades, como Argel y Orán, y en varios remotos lugares del desierto, sólo les solicitaron que extremaran la prudencia e "informen a la policía de sus desplazamientos". "Ninguno aceptó marcharse", recalca con orgullo el documento remitido a los embajadores.

La presencia católica en Argelia es más bien testimonial. Se resume a unos miles de fieles repartidos en cuatro diócesis -Argel, Orán, Constantina y Gharadia-, en 110 sacerdotes y monjes y 175 monjas apoyados por un centenar de laicos. Se les han añadido recientemente los protestantes evangélicos, que han logrado atraer a miles de argelinos.

En Argelia hay, según algunas estimaciones, entre 70.000 y 120.000 sobre un total de 33 millones de habitantes. "Si no nos fuimos a mediados de los noventa, cuando nos mataban como chinches -19 asesinatos en dos años-, ahora tampoco hay motivos para hacer las maletas", explica un religioso.

El arzobispo Tessier pidió en mayo audiencia con el ministro de Interior, Yazid Zerhouni, y consiguió que redactase una segunda circular que rectificaba en parte la primera, que hubiese provocado un éxodo. No siempre Interior ha actuado así. En diciembre de 2006, el presidente de la Iglesia protestante de Argelia, el pastor suizo Ueli Senhauser, se vio obligado a abandonar el país al no serle renovada su residencia. Las dificultades para la obtención de visados de entrada son cada vez mayores hasta el punto de que el arzobispo de Nîmes o la madre superiora de las Hermanas Blancas han renunciado a sus viajes.

"Aunque bien intencionada, la lista del nuncio es incompleta", señala Youssef Ourahman, un pastor evangélico de Orán. "Bajo diversos pretextos a nosotros nos han cerrado siete iglesias en 2007", prosigue este argelino que se convirtió al cristianismo hace 30 años.

Desde la reunión en la nunciatura, la tendencia persiste. Pierre Wallez, un sacerdote francés, fue condenado el 30 de enero a un año de cárcel por un tribunal de Maghnia por haber rezado, un mes antes, con un puñado de cameruneses católicos que intentaban emigrar a España.

A Wallez se le aplicó una ley, aprobada hace dos años, que prohíbe cualquier culto no musulmán fuera de los edificios expresamente autorizados. Wallez rezó en medio de un bosque porque es allí donde malviven los subsaharianos. "La Iglesia católica de Argelia no comprende esta sentencia", señaló un comunicado del obispado de Orán.

Una semana después, un tribunal de esa ciudad condenó a tres pastores evangélicos a tres años de cárcel y una multa individual de 500.000 dinares (5.200 euros) por blasfemar y quebrantar la fe musulma, dos delitos recogidos en la ley de 2006.

Bouabdallah Ghamallah, el ministro de Asuntos Religiosos, insiste en sus intervenciones en que en Argelia "hay libertad de culto", pero justifica los veredictos. Los que montan iglesias clandestinas en garages, sótanos o casas particulares "caen en la ilegalidad", subrayó. "Desprecian la legislación y se colocan fuera de la ley".

"Un extranjero que pide a un argelino que cambie de religión atenta contra su dignidad", sostuvo Ghamallah ante los micrófonos de la radio pública. "Tenemos la impresión de que asistimos a un renacimiento del proselitismo del siglo XIX", se lamentó.

"Desde hace un tiempo, el proselitismo", denuncia, por su parte, el jeque Bouamran, presidente del Alto Consejo Islámico, "se ha convertido en un fenómeno más visible y cínico que antes de la independencia", cuando los padres blancos franceses recorrían el país. Por eso invitó públicamente a los servicios de seguridad a que tomen cartas en el asunto. Si la seguridad debe investigar es porque esos grupos tienen vínculos con Occidente. Los evangélicos "buscan constituir una minoría que dará un pretexto a las potencias extranjeras para inmiscuirse en los asuntos internos de Argelia", advirtió el ministro Ghamallah.

El presidente del Consejo de los Ulemas (doctores de la ley islámica), Abderramán Chiban, confirmó la injerencia extranjera cuando narró, la semana pasada, su entrevista con un diplomático de EE UU que le preguntó por "la persecución de los cristianos". "Le respondí que los musulmanes sí que están siendo perseguidos por los cristianos en sus países", afirmó con aplomo.

http://www.elpais.com/articulo/internacional/Argelia/acosa/cristianos/elppgl/20080227elpepiint_1/Tes

Octavio Paz é maior que o México!

Octavio Paz no
Mauricio Merino
27 de febrero de 2008

La semana pasada y tras meses de deliberación, la Comisión de Régimen, Reglamentos y Prácticas Parlamentarias de la Cámara de Diputados descartó la posibilidad de que el nombre de Octavio Paz fuera escrito con letras de oro en el llamado Muro de Honor del Palacio Legislativo. La razón que se esgrimió de manera unánime por los integrantes de esa comisión, según informa el dictamen correspondiente, fue que Octavio Paz no colaboró en la construcción del Estado mexicano.

No me sorprende. De un lado, la propuesta fue formulada hace casi dos años por un grupo de legisladores del PAN, dato que seguramente resultó mucho más importante que la vida y la trayectoria de Paz. En la lógica de los diputados, quien propone, marca. Pero de otro, es verdad que el poeta fue un firme opositor de los regímenes totalitarios de todo cuño, comenzando por el soviético. Que Octavio Paz haya tenido las agallas de renunciar a la embajada de México en India tras la matanza de Tlatelolco en 1968 fue siempre menos importante que su oposición al comunismo y al populismo, a los que combatió con tenacidad hasta el último día de su vida.

Octavio Paz defendía, en cambio, las libertades en todos los planos posibles y fue partidario inequívoco de la pluralidad y la democracia. Pero nunca se adscribió a ninguna iglesia política y se opuso a los dogmatismos que matan las ideas y, con mucha frecuencia, también a quienes las tienen. Paz sobrevivió a sus adversarios y lo seguirá haciendo, pero antes de morir físicamente su efigie fue quemada, eso sí, por un grupo de fanáticos que se proclamaba de izquierda, sin advertir que el poeta también quería la fraternidad como el único lazo que podía unir a la igualdad y la libertad, a las que veía como dos hermanas irreconciliables.

Dicen los diputados que no merece estar en el Muro de Honor del Palacio Legislativo porque no contribuyó a la construcción del Estado mexicano. Pero quizá hubiera sido mejor que nos dijeran, con toda franqueza, que no quisieron hacerlo porque Octavio Paz sigue despertando polémicas y sigue siendo inaceptable para un amplio grupo de las izquierdas y del viejo régimen.

Lo más fácil hubiera sido decir, sin más, que era inaceptable escribir su nombre en ese muro porque jamás podrán perdonarle su militancia democrática, ni su independencia, ni la fuerza de sus ideas. Para algunos de ellos, Octavio Paz sigue siendo un autor maldito. Y en el mejor de los casos, un representante del pensamiento de la derecha. ¿Por qué, si no, lo propuso el PAN?

Sin embargo, sospecho que no todos los diputados que le negaron un sitio en el recinto legislativo (¿o acaso alguno?) han leído la obra de Octavio Paz. Si lo hubieran hecho, sabrían que su decisión significa, en realidad, la concesión de un honor mucho mayor que el de haber escrito su nombre en ese lugar. Y con mayor razón, por los argumentos que se inventaron para negarlo.

Según dice la prensa, los diputados “se basaron estrictamente en los requisitos que establece el decreto de creación del muro”. Una respuesta burocrática casi perfecta, que explica por sí misma la calidad intelectual y política de quienes se dieron a la tarea de juzgar si Octavio Paz había contribuido o no a la construcción del Estado mexicano.

No hace mucho que, en la sobremesa con un grupo de amigos, echábamos de menos la presencia de Octavio Paz en el escenario de México. Nadie ha logrado llenar el hueco que dejó su pluma polémica, pero exacta, alerta y comprometida con el verdadero sentido del debate público.

Tras la muerte de Octavio Paz, el país ha cambiado de régimen de manera definitiva y se han multiplicado las voces que participan en la opinión y la discusión de la vida política del país. Pero nos falta la referencia válida que aportaba el poeta, así fuera para contradecirla. Y sobre todo, nos falta su precisión y su claridad.

¿Qué diría Octavio Paz, preguntábamos, ante la pobreza de ideas y el egoísmo ramplón y machista que se ha adueñado del espacio público mexicano? Cuando escribía sobre los asuntos del día, Paz le imprimía otra dimensión al debate: una que tenía, al mismo tiempo, sentido histórico y profundidad analítica. Y aunque no siempre compartiéramos su opinión, había que leerlo dos veces: una para disfrutarlo y otra para discutirlo.

No obstante, los diputados piensan que Octavio Paz no contribuyó a la construcción del Estado mexicano, quizás porque no fue general ni político. Tampoco fue diputado, ni quiso competir por puestos de elección popular, ni poner su nombre en la inauguración de las obras públicas. Hacer Estado, para los diputados, probablemente quiere decir hacer leyes, pertenecer a las burocracias y ejercer el poder público. O tal vez formular proclamas y encabezar rebeliones, o al menos haber sido mártir de alguno de los antihéroes favoritos del panteón patrio.

Esos son los requisitos estrictos que establece el decreto de los honores legislativos. Porque en la definición del Estado que tienen los diputados solamente caben los poderosos. No los escritores ni los poetas, aunque con su obra hayan hecho las mejores aportaciones para comprender la identidad de los mexicanos y hayan ensanchado las puertas de la reflexión democrática del país. Para ellos, eso no es el Estado.

Lo peor es que el tema no importa. Yo lo descubrí en un rincón de la sección cultural del periódico. En cambio, las páginas más relevantes de los diarios estaban pletóricas, como siempre, de las declaraciones de quienes consideran que el Estado es asunto de los políticos y de nadie más.

No importa porque no se refiere a la contienda retórica más reciente, al último agravio que debe vengarse, ni repite las palabras de los dirigentes de cada partido en defensa de las mejores causas de la nación. Este es un asunto menor, que apenas merece un vistazo. Una decisión de trámite, avalada con el consenso de todas las fracciones parlamentarias, para desechar el nombre de Octavio Paz del muro de honor del Palacio Legislativo. Y para rendirle, de esa manera poética, el más honroso de los homenajes que pueda tenerse en esta hora de México.

Profesor investigador del CIDE

http://www.eluniversal.com.mx/editoriales/39888.html

Entenda o conflito entre Colômbia e Nicarágua

Corte de La Haya abrió una caja de Pandora

Mauricio Herrera U. y agencias. | mherrera@nacion.com

En 1928 Nicaragua y Colombia firmaron el tratado Esguerra Bárcenas en el que Nicaragua aceptó la soberanía colombiana sobre las islas San Andrés, Providencia y Santa Catalina.

Sin embargo, en 1980 el gobierno sandinista desconoció aquel tratado, volvió a reclamar la posesión de las islas y de los cayos Roncador, Serrana y Quitasueños y objetó el límite establecido en el meridiano 82.

Nicaragua ha sostenido que los islotes y bancos situados en esa región forman parte de su plataforma continental y por lo tanto no acepta que el meridiano 82 fije la línea divisoria.

En el 2001, Nicaragua interpuso una demanda ante la Corte Internacional de La Haya para resolver de una vez por todas el diferendo con Colombia.

El 13 de diciembre pasado, la Corte resolvió que la soberanía sobre las islas ya había quedado resuelta en 1928 y se declaró sin jurisdicción sobre ese tema.

Sin embargo, la Corte sí se declaró competente para dirimir el conflicto sobre las coordenadas exactas de la frontera marina.

El litigio también deberá resolver otras cuestiones territoriales como la soberanía de los cayos, formaciones rocosas sin habitantes y regentadas hasta ahora por Colombia.

La disputa se acentúa por el hecho de que Nicaragua pretende explotar económicamente las riquezas de esa zona. La revista nicaragüense Confidencial informó en el 2003 que el Gobierno entregó a seis compañías estadounidenses las primeras licencias para la exploración petrolera en la zona en disputa.

Colombia amenazó con demandar a las compañías que iniciaran tareas de exploración.

“El meridiano 82 llega a menos de 100 millas náuticas de las costas, cuando la zona económica exclusiva establece 200 millas náuticas y la plataforma continental 350 millas náuticas”, dijo a la revista Mauricio Herdocia, asesor legal de la Cancillería de Nicaragua.

http://www.nacion.com/ln_ee/2008/febrero/27/mundo1440395.html

O jogo sujo da política!

LOS OPOSITORES ACUSAN A OBAMA DE MUSULMAN

Una foto del senador con turbante, eje de la polémica

LA IMAGEN DE LA DISCORDIA. MUESTRA A OBAMA CON UN TRAJE TIPICO DE LOS MUSULMANES SOMALIES, DURANTE UNA VISITA AL PAIS NATAL DE SU PADRE, KENIA, EN 2006. LA DIFUNDIO EL SITIO DE INTERNET DRUDGE REPORT, Y AFIRMO QUE LA ENVIO EL EQUIPO DE HILLARY, PERO ESTO FUE DESMENTIDO. OBAMA NIEGA SER MUSULMAN, COMO AFIRMAN ALGUNOS DETRACTORES.

 

Una foto que se difundió en Internet de Barack Obama vestido con ropas tradicionales musulmanas durante una visita a Kenia en 2006 agitó más aún las aguas de la cada vez más tensa contienda por la nominación presidencial demócrata.
La imagen muestra a Obama vestido con el traje típico de los musulmanes somalíes de una zona rural del noreste de Kenia. Se trata de una camisa roja con una túnica blanca que le cubre las piernas y que termina anudada en forma de cruz sobre el pecho. Y, tal vez lo más llamativo, un turbante blanco. El fallecido padre de Obama era keniano y el senador por Illinois visitó ese país africano en 2006, donde tuvo una recepción multitudinaria.
El sitio web de noticias y chismes The Drudge Report colocó la foto en su portal el lunes y afirmó que fue difundida por "personas del equipo de Hillary Clinton", la rival demócrata de Obama para las presidenciales de noviembre en EE.UU.
El jefe de la campaña de Obama, David Plouffe, acusó al equipo de Hillary de armar "la más penosa y repugnante maniobra para crear temor".
Enseguida, los asesores de la ex primera dama salieron a desmentir la movida. "No he visto esta fotografía con anterioridad", dijo el vocero de Clinton, Howard Wofson. "No tengo conocimiento de que alguien en este equipo de campaña tenga algo que ver con eso", remarcó.
La foto en sí no debería pasar de una anécdota, pero la asociación de Obama con el islamismo está cobrando cada vez más importancia en la campaña. Hace un mes circuló el rumor de que es musulmán, porque su segundo nombre es Hussein. El propio candidato salió públicamente a asegurar que es cristiano.

http://www.clarin.com/diario/2008/02/27/elmundo/i-02503.htm

Igreja católica e a abertura cubana

El enviado del Papa, el primero en ver como presidente a Raúl Castro

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Por: LA HABANA. ANSA Y AFP

El Vaticano se convirtió ayer en el primer Estado en saludar en persona al nuevo presidente de Cuba, Raúl Castro, en la persona del enviado papal Tarcisio Bertone. Castro fue ungido presidente el domingo último por la Asamblea Nacional como sucesor de su legendario y hoy convaleciente hermano mayor, cFidel Castro.
Bertone fue recibido por el flamante mandatario en el Palacio de la Revolución, en el marco de la agenda pastoral y política que llevó a la isla del Caribe el enviado de la Santa Sede, y durante la cual calificó de "éticamente inaceptable", como había hecho el anterior papa, Juan Pablo II, el embargo de Estados Unidos contra Cuba.
Bertone, número dos del Vaticano, ya había visto al canciller Felipe Pérez Roque y a otros funcionarios, y en los días que duró su visita, finalizada ayer, dio misas en varias ciudades y mantuvo contactos con la Iglesia Católica.
Ayer, antes de ingresar al despacho de Raúl, dijo que las autoridades comunistas le "prometieron más acceso a la prensa escrita y a la radio y, en caso excepcional, a la televisión" a mensajes de la Iglesia. "Esperamos más apertura porque nada es imposible", dijo, según la agencia de noticias eclesiástica Sir. Bertone, junto con Pérez Roque, dio una conferencia de prensa y dijo que "el cambio en Cuba llega en un bueno momento". La Iglesia ha pedido al gobierno más espacio en los medios e influencia en la educación, en un país con millones de comunistas y de católicos.
Ayer el diario Granma, órgano oficial del Partido Comunista, por primera vez publicó completa la posición, fijada en un comunicado, de la Conferencia de Obispos de Cuba.
En un hecho sin precedentes, el diario publicó el texto del comunicado del lunes en el cual ese organismo pide a Raúl llevar adelante de forma "progresiva", pero "con decisión", las medidas que puedan comenzar a satisfacer las ansias e inquietudes de los cubanos. El comunicado ya había sido leído íntegramente en la edición estelar del noticiero de televisión, la noche del lunes, tras lo que fue difundida la conferencia de prensa de Bertone con el canciller de Cuba.
Allí Bertone dijo que Raúl Castro seguiría la "línea fundamental" de su hermano Fidel, que "el momento del cambio es muy importante" para la isla y abogó por "gestos buenos" para los disidentes detenidos.
Granma dedicó la mayor parte de su segunda página a reseñar ese diálogo con los periodistas locales y extranjeros, particularmente las declaraciones de Bertone contra el embargo económico que aplica EE.UU. desde hace 47 años.
La publicación de la conferencia, sin editar, también constituye un hecho inédito.

http://www.clarin.com/diario/2008/02/27/elmundo/i-02101.htm

O crescimento econômico que não muda a face social dos países

Caracas, miércoles 27 de febrero, 2008
Opinión

¿Qué opinan los latinoamericanos?

En América Latina se estaría incrementando la discriminación por ser "pobre"

Del 2003 al 2007 América Latina tuvo la mayor tasa de crecimiento económico anual promedio desde los 80, el 4.7%. Ayudaron factores como el aumento de los precios de las materias primas, las bajas tasas de interés de los mercados internacionales, y el importante ingreso, sin contrapartida alguna que representaron las remesas enviadas por los millones de latinoamericanos pobres emigrados por necesidad (en el 2007 las remesas fueron 65.000 millones de dólares).

Carencias
Sin embargo, las carencias siguen siendo agudas. La pobreza ha descendido porcentualmente pero se estima que hay actualmente 190 millones de pobres, un 35.1% de la población (eran en 1980,137 millones). Según la Cepal hay muchos otros millones con ingresos apenas superiores a la línea de la pobreza y, por ende, muy vulnerables. No podrían afrontar una crisis. Según el Latinbarómetro a fines del 2007 el 36% de las personas no tenían instalaciones sanitarias adecuadas, el 66% no tenía agua caliente, el 23% no tenía un refrigerador. La gran mayoría estaba fuera del mundo de la internet, el 76% no tenía un computador, y el 66% no había entrado nunca en internet. El 81% no tenía acceso a una pensión o jubilación.

Una razón central de porqué el crecimiento económico no se transforma en mejora mayor en la vida de la gente, es según múltiples investigaciones, la alta desigualdad. Un trabajo del Banco Mundial estima que a bajas desigualdades un 1% de aumento en el Producto Bruto puede reducir la pobreza extrema en un 4%, a altas desigualdades en cambio tiene cero efecto. En América Latina las brechas sociales multiplican por 5 las de España, y por 8 las de Noruega o Finlandia.

Los latinoamericanos lo saben. El 80% dice en el Latinbarómetro que la distribución del ingreso es muy injusta o injusta. Las desigualdades no son sólo de ingresos, hay activas discriminaciones hacia la población indígena, la afroamericana, y las mujeres. Junto a ellas, una no tan mencionada pero que enfatizan los entrevistados en el Latinbarómetro, la discriminación por ser pobre.

Preocupación
Todo ello hace que la mayoría esté profundamente preocupada. Lo expresa, entre otros aspectos, en su falta de confianza en las instituciones. Ante la pregunta: ¿En quién confían?, las instituciones básicas (Partidos Políticos, Congreso, Poder Judicial, Policía) sacan puntajes bajos, la empresa privada tiene solo 42%, y encabezan la tabla los bomberos 75%, la Iglesia 74%, los pobres 57%, y la radio 56%.

Si bien los datos varían según los países, hay un clamor que surge de ellos, la gente quiere la democracia, pero una democracia de mejor calidad, donde sean protagonistas reales. Entre sus componentes esperan genere políticas públicas activas que abran oportunidades para todos, ayuden a superar las discriminaciones, y sean muy eficientes, erradique la corrupción, e impulse una alta responsabilidad social de la empresa privada. Esperan, en una palabra, que la gente sea la prioridad principal.

Kliksberg@aol.com

http://opinion.eluniversal.com/2008/02/27/opi_12173_art_que-opinan-los-lati_716637.shtml

A influência da Revolução Cubana sobre a literatura latino-americana

Castro y la literatura latinoamericana

Juan Gabriel Vásquez

sábado, 23 de febrero de 2008

Fidel Castro ha dejado el poder en Cuba después de 49 años de ejercicio. Ahora mismo varios de mis vecinos de página estarán comentando la noticia, pero no sé si alguno haga referencia a una de las relaciones más extrañas de la revolución castrista: la que ha tenido con la literatura latinoamericana, o más bien la que tuvo durante poco más de una década con eso que llamamos “boom”.
Decir que sin Cuba no habría existido el “boom” puede parecer una exageración, pero no lo es tanto. Porque no me refiero a los libros: Vargas Llosa y Cortázar y Fuentes y García Márquez y Donoso y Cabrera Infante habrían cumplido su destino como escritores aunque Fidel Castro no hubiera entrado triunfante en La Habana en enero de 1959. Pero la manera en que emergió esta generación —y el hecho mismo de que se hable de generación, de que se englobe en un grupo a unos escritores que nunca tuvieron la más mínima intención gremial— tiene mucho que ver con la identidad política que Cuba dio a estos escritores, y también con el apoyo que recibió de ellos.
El “boom” fue, durante poco más de una década, uno de los pilares sobre los cuales se sostuvo la reputación internacional de la revolución. Entre la Casa de las Américas en Cuba y los cuatro novelistas más notorios y notables de esta generación se estableció una relación intensa, algo muy parecido a una luna de miel; si podemos decir que la Casa de las Américas y las revistas asociadas a ella fueron una especie de altavoz que le comunicó al mundo latinoamericano la llegada de una nueva novela al continente, también es cierto que esos nuevos novelistas se tomaron muy en serio el papel de presentar al mundo la palabra de la revolución. No es gratuito que Cortázar haya asociado tantas veces su despertar político a la revolución, ni que Fuentes haya terminado La muerte de Artemio Cruz en La Habana, ni que Vargas Llosa y García Márquez fueran firmantes asiduos de manifiestos procastristas. Ni es gratuito, tampoco, que la primera vez que se habló de la muerte del “boom”, hacia 1971, fuera como consecuencia del momento histórico en que, a raíz del caso Padilla, Vargas Llosa rompió con la revolución.
Eso ocurrió hace poco más de 35 años, y sin embargo la longevidad y la resistencia de Castro han creado la ilusión de que es cosa de hace unos meses. Heberto Padilla había escrito un libro de poemas, Fuera del juego, y había ganado con él un premio; pero lo ganó a pesar de las presiones con que las autoridades cubanas, que se habían enterado del contenido “antirrevolucionario” del libro, quisieron obligar al jurado a cambiar de opinión. Cinco años más tarde Padilla leyó en público unos poemas de su nuevo libro, y eso bastó para que se le acusara de actividades subversivas: fue arrestado, fue obligado a hacer la consabida autocrítica, a confesar ante un tribunal y un público de propagandistas sus errores más graves (tener amigos homosexuales como Lezama Lima y Virgilio Piñera). Fue humillado y perseguido, o tal vez perseguido primero y humillado después; fue una de las primeras víctimas, o por lo menos de las más célebres, de la intolerancia y la brutalidad de esa revolución que ya viraba hacia el estalinismo.
Las protestas que se oyeron, desde los nada contrarrevolucionarios Sartre y Simone de Beauvoir hasta Vargas Llosa y Fuentes, acabaron forzando su liberación. Pero la consecuencia que hoy parece más notoria no tiene nada que ver con la vida de Padilla: fue la ruptura de algunos escritores latinoamericanos con el sistema que toleraba esos abusos. Enfrentarse a la Revolución Cubana en 1971 exigía integridad y valentía. Esta semana Fidel Castro ha renunciado al poder después de 49 años de justificar con creces todos los temores que aquellos escritores tenían en 1971. Ellos tenían razón, y nunca sobra decirlo.

http://www.elespectador.com/elespectador/Secciones/Detalles.aspx?idNoticia=22442&idSeccion=25

Igreja Católica e Bolívia

La Iglesia "neutral"

En el discurso del Canciller de la República, al imponer la más alta condecoración nacional, el Cóndor de los Andes, al representante personal del Papa y Embajador de la Santa Sede, Mons. Ivo Scapolo, el ministro destacó el hecho de que la Iglesia en Bolivia se había mantenido neutral frente a las diferencias políticas que comporta una democracia. No podía ser de otra manera si las relaciones Iglesia-Estado respetan los derechos de cada uno. Sí hubo algunas diferencias. Una de ellas fue sobre la educación religiosa en las escuelas. La solución fue mantenimiento de la libertad de cultos, aceptando la voluntad de la mayoría ciudadana que se declara católica y respetando el ejercicio de otras creencias religiosas.

Pero advirtamos que la Iglesia no puede ser neutral cuando esta neutralidad es quebrantada por un Estado que legisla contra normas morales fundamentales. Pongamos por caso los crímenes de lesa humanidad, la violación de los derechos humanos, la injusticia que es causa de la pobreza de millones de niños y de hombres y mujeres de todas las edades, la escuela atea, y muchas desviaciones de la moral natural, no pueden ser admitidos por la Iglesia ni por persona alguna con un mínimo de sentido ético. Y, para mencionar otros casos igualmente ilegítimos, añadamos el racismo, la ahora llamada ´trata de personas´ que antes tenía otro nombre más explícito, la prohibición absoluta de la libre asociación o de la libre expresión. Ninguno de estos casos deja indiferente a la Iglesia Católica.

Asimismo, no puede silenciar la desnaturalización del matrimonio cuando se equipara la legítima unión de hombre y mujer con la asociación de dos personas del mismo sexo. Por cierto que las culturas originarias de Bolivia, también repugnan de estas uniones. En este último caso y presuponiendo la inmoralidad de las prácticas sexuales de tales situaciones ´contra natura´, y siendo muy tolerantes, la ley civil podría ´legitimar´ un contrato o pacto de convivencia libre, basada en la unión por un tiempo indefinido, sujeta a la libre ruptura por causas legalmente previstas y con determinados efectos jurídicos. El ordenamiento jurídico civil tiene a mano muchas formas de ´legalizar´ distintas formas de asociación entre dos personas. Pero que no se le llame ´matrimonio´, palabra que proviene de madre y se relaciona con la maternidad. El matrimonio homosexual no cumple la función de interés social en lo que se refiere a la perpetuación de la especie humana ni a garantizar la subsistencia de la sociedad, pues se trata de uniones estériles que no generan hijos por la vía natural.

La descendencia procurada por métodos artificiales tampoco sustituye la naturaleza y función normal y específica del padre y de la madre biológicos. Cada uno de ellos, además de cumplir una misión propia en la familia, han contraído unos deberes ante la ley. No ignoro —y es lamentable— que existen muchos matrimonios propiamente dichos, sean religiosos o civiles —sobrentiendo que entre un varón y una mujer— que no cumplen debidamente su elevada misión de criar y educar debidamente a sus hijos. Pero lo que en este caso es un atentado a la moral, no puede justificar la creación de un derecho a hacer lo mismo.

*José Gramunt
es sacerdote jesuita y
director de ANF.

http://www.la-razon.com/versiones/20080227_006195/nota_246_555090.htm

Crise energética no Chile, mais uma oportunidade para Chávez!

Fuerte alza en uso del diésel en generación eleva variable clave para las tarifas eléctricas

Miércoles 27 de febrero de 2008

Dicho recurso pasó a representar un tercio de la matriz de electricidad.


DANILO BUSTAMANTE ROCHA

Poco a poco surgen en 2008 factores que han venido a hacer más compleja la situación energética del país. Si bien el año pasado el escenario fue sumamente estrecho, las dificultades tendieron a agudizarse a medida que pasaban los meses.

La actual temporada, en tanto, comenzó cuesta arriba. Como muestra de aquello está la matriz energética que tuvo el Sistema Interconectado Central (SIC) durante enero, la cual fue dominada por la generación térmica (54%), como consecuencia de la menor disponibilidad de agua para las hidráulicas (46%), según constató el informe mensual que elabora la oficina Electroconsultores.

Al contrastar la matriz de enero de 2008 con la del mismo mes del año pasado, resulta evidente el fuerte avance que tuvo en el sistema la generación en base a diésel, la que pasó de representar un marginal 2% a ocupar un tercio del total de la matriz (33%).

Al medirlo como energía generada, el uso del diésel para generación de electricidad aumentó en cerca de 1.600%.

El primer efecto directo del diésel en la matriz energética son los mayores costos marginales de generación, los que pasaron de promediar US$ 56,3 a US$ 246,5. Pese a esto, la influencia de estas alzas en las cuentas residenciales no es directa; esto, porque los costos marginales funcionan como referencia para los contratos de los grandes clientes -industrias-; los precios de éstos son uno de los componentes de indexación para el precio nudo de energía que afecta a los consumidores.

En tanto, el precio promedio de mercado de la energía es el que incide totalmente en el valor nudo, que actualmente representa cerca de dos tercios de las cuentas de electricidad.

La última cuantificación de este valor llegó a US$ 176,7, un 51% más que el que había a comienzos del año pasado. Si bien la falta de agua es la principal variable a considerar a la hora de justificar el mayor uso del combustible -el aporte hidroeléctrico a la matriz cayó de 67 a 46%-, el escaso gas argentino también tomó protagonismo en este cambio: pese a los menores envíos del recurso en 2007, las centrales térmicas que usaban este suministro aportaron el 15% del total de energía producida en enero del año pasado. En enero de 2008 ese aporte cayó a 1%.

Cabe destacar que esta situación podría revertirse, en parte, a contar de este mes, debido a la mayor llegada de gas tras el acuerdo de "swap" -intercambio- que lograron Colbún y la central trasandina Puerto tras las gestiones realizadas por el Gobierno en el marco de la comisión binacional creada para discutir el problema "gas". Dichos envíos permiten operar una central de 360 MW.

Cambios El diésel pasó de representar el 6% de la generación térmica en enero de 2007 al 61% de la termoelectricidad del mes pasado. La generación total de energía se incrementó en 2,8%, llegando a 3.691 GWh.

‡ Firmas eléctricas comenzaron desde ayer a aplicar reducción de voltaje

Ayer se hizo oficial el decreto que, entre otras iniciativas, permite a las compañías eléctricas reducir en 10% el voltaje habitual (220 kv) del suministro eléctrico. Esta medida estará vigente hasta el 31 de agosto de este año. La baja llegará a 12,5% en las zonas rurales. "Mientras mayor sea el esfuerzo y más se ahorre, menor será el riesgo de que existan cortes programados", consignó el ministro de Energía, Marcelo Tokman, sobre la publicación del decreto.

Las medidas también permiten otras acciones tendientes a reducir los problemas de estrechez que posee el sistema eléctrico como el uso más conservador de las aguas a contar de abril a través de la modificación de los procedimientos utilizados habitualmente por el Centro de Despacho Económico de Carga (CDEC) del Sistema Interconectado Central (SIC).

Además, establece el sistema que compensará económicamente a los clientes que se vean afectados por cortes programados de electricidad en caso de un posible racionamiento.

Una vez publicado el decreto en el Diario Oficial, al mediodía de ayer la Superintendencia de Electricidad y Combustible (SEC) remitió hasta las diversas compañías de distribución eléctrica -los encargados de disminuir el voltaje- la resolución exenta que pone en marcha la iniciativa.

Desde la industria explicaron que para llevar a cabo la reducción, dependiendo de la tecnología que posean, las firmas deben realizar una variación tecnológica remota o una manual directamente en las subestaciones. En ambos casos los clientes residenciales ni siquiera deberían notar esta baja.

De hecho, desde ayer Chilectra -principal distribuidor eléctrico del país- ya comenzó con la reducción gradual del voltaje. En tanto, CGE afirmó que comenzará esta baja a contar de esta semana.

La firma vinculada a las familias Marín, Del Real y el grupo Almería capacitó a su personal del Call Center para atender las consultas de los clientes respecto a inquietudes y dudas sobre la disminución de voltaje.

>> Señora K respaldó los envíos de gas a Chile

La Presidenta de Argentina, Cristina Fernández, defendió ayer los acuerdos que han permitido enviar mayores cuotas de gas a Chile.

La Mandataria comenzó explicando los alcances de la reunión que había sostenido con los Presidentes de Bolivia y Brasil durante el fin de semana, reunión en la cual, destacó, sí se habían alcanzado logros. Entre ellos, el aumento de la disponibilidad eléctrica que se había conseguido para el año que comienza.

Entonces fue cuando se refirió a nuestro país, aludiendo a ciertos medios que habían criticado la decisión de su Gobierno de recortar las cuotas de gas para los taxistas, en pos de poder continuar con las exportaciones de gas a Chile.

Cristina Fernández destacó la necesidad de integración entre todos los países de Latinoamérica, agregando que ésta es fundamental para darle sustento al crecimiento. Y frente a los medios que criticaron las restricciones de gas natural hacia los taxis para poder continuar con los envíos de gas a Chile, explicó que "de eso se trata la integración", según informó Infobae.com.

También en materia de integración, la Mandataria agregó que era muy importante contar con el gobierno de Hugo Chávez como socio del Mercosur. "Necesitamos a Venezuela en la ecuación energética latinoamericana, para hacer sustentable el crecimiento", sentenció.

Quando a oposição não é interna ou como os EUA fazem política na América latina

El dulce oficio de hacer oposición en Bolivia y Paraguay
Luis Agüero Wagner
La noticia sobre la constante intromisión de James Cason en los asuntos internos de Paraguay, sus sospechadas vinculaciones con grupos opositores, brotes de fiebre amarilla e incluso un atentado contra la vida del presidente paraguayo Nicanor Duarte Frutos, así como las repetidas ocasiones en que la Embajada estadounidense en Bolivia le ha pedido a voluntarios de los Cuerpos de Paz (Peace Corps) y luego a un becario del programa Fulbright que espíen a ciertas personas en ese país, son asuntos mucho más serios de lo que opina cierta prensa en la región.
De hecho, en relación a solapadas actividades en Paraguay y Bolivia financiadas por la Agencia para el Desarrollo Internacional de Estados Unidos (Usaid, por sus siglas en inglés) y la Fundación Nacional para la Democracia (National Endowment for Democracy – NED), existen motivos para una investigación por parte del Congreso de los Estados Unidos. Estas acciones refuerzan las afirmaciones hechas por funcionarios de estos gobiernos sudamericanos en las que dicen que Washington busca desestabilizar e incluso derrocar gobiernos democráticos, cuando les molesta el izquierdismo, nacionalismo o populismo de sus líderes.

No es sorprendente que el partido político de George W. Bush, habituado a ubicarse en el lado equivocado cuando se trata de derechos civiles, siga teniendo con respecto a estos países una visión congelada en los años de la guerra fría. Del mismo modo no es extraño que el flujo de fondos de la Fundación Nacional para la Democracia (NED), entidad oficialmente creada el 6 de noviembre de 1982 por Ronald Reagan, bajo el protectorado bipartidista de ese país y con fondos del Congreso y del Departamento de Estado, a través de USAID , haya aumentado considerablemente con destino a grupos disidentes en los últimos tiempos. Para conocer las intenciones de la NED basta saber quiénes la han dirigido: por su Consejo administrativo han pasado filántropos como Otto Reich, John Negroponte, Henry Cisneros o Elliot Abrams, verdaderas leyendas vivas en la historia de las acciones clandestinas de la CIA.

En ocasión de su vigésimo aniversario, la NED hizo un balance de sus acciones, del que se desprende que este organismo financia y dirige actualmente más de 6 mil organizaciones políticas y sociales a través del mundo. La NED hoy admite haber creado enteramente el sindicato Solidaridad en Polonia y la CIA haber montado en 1968 la “Primavera de Praga” o “Revolución de tercio pelo”alentando, según su confesión, el documento firmado por los intelectuales checos, llamado la “Carta de los 77”, donde exhortaban a cambiar el rumbo del Partido Comunista de Checoslovaquia, que luego provocó la repudiada intervención soviética a ese país.

La CIA hoy distribuye para estas actividades $5 billones (léase billones) de dólares, luego que se le incrementara el mismo en un 50% a solicitud de George W. Bush. Los casos en Bolivia y Paraguay, donde Golberg y Cason son prácticamente los principales líderes opositores, no sorprenden si uno conoce que estos organimos imperialistas han logrado establecer una red mundial de institutos satélites, en países tan ricos como Alemania con la Friedrich Ebert, Friedrich Naunmann, Hans Seidal y la Heinrich Boell Stiftung, , utilizadas como retransmisores financieros en aquel país en lugar de los propios institutos alemanes. Siguiendo el mismo principio, la NED encontró corresponsales en diversos Estados aliados, miembros de la OTAN, entre ellos: la Westminter Foundation for Democracy, (Reino Unido), el International Center for Human Rights an Democratic Development (Canadá), la Fondation Jean Jaurés y la Robert Schuman (Francia), el International Liberal Center (Suecia), la Alfred Mozer Foundation (Holanda).

En Bolivia y Paraguay, las sangrientas intervenciones de la CIA y el soborno a dictadores militares hoy han dado lugar al intervencionismo de la chequera, confiando que en países miserables es fácil obtener reyezuelos vendidos que aman la metrópoli, aunque sean simples ecos que ya nada tengan que decir a sus hermanos.

En Paraguay, imponiendo su Plan Umbral (herramienta de penetración imperialista que busca sobre todo afianzar el esquema neoliberal) como un instrumento de combate a la corrupción en Paraguay, la embajada norteamericana que dirige una figura que ya es histórica en materia de intervencionismo yanqui, mister James Cason, el imperio ha logrado infiltrar -distribuyendo dólares- instituciones tan vitales como el Ministerio Público, la Corte Suprema de Justicia, la Contraloría General de la República, Auditoría General del Poder Ejecutivo, el Ministerio del Interior, la Corte Suprema de Justicia y el mismo Congreso Nacional. En materia económica, ejercen control sobre la Subsecretaria de Estado de Tributación del Ministerio de Hacienda, Dirección Nacional de Aduana, Unidad de Investigación Tributaria, Unidad de Investigación Aduanera, y Unidad de Investigación Interna del Ministerio de Hacienda, Ministerio de Industria y Comercio y Corte Suprema de Justicia, Consejo Nacional de las Industrias Maquiladoras de Exportación. Con gente de su confianza en muchas de estas instituciones, Cason ha logrado en varias ocasiones enfrentar entre sí a burócratas del mismo gobierno, e incluso ha utilizado fiscales para perseguir algunos hombres del oficialismo que no son de su agrado.

Es frecuente que sea James Cason quien ponga en posesión de su cargo a muchos funcionarios, en su calidad de Virrey del Paraguay, y con un estilo chocarrero incluso gasta bromas durante los actos. Cuando un fiscal de apellido Rodgers fue nombrado en sus funciones, Cason le calzó un sombrero blanco al estilo del Far West, comparándolo con Roy Rogers, el popular cowboy y cantante de los años 30 y 40 que interrumpía sus tiroteos para entonar música country.

Por si no fuera suficiente, ha organizado un entramado de ONGs que respaldan a partidos opositores con los dólares que distribuye la embajada, grupos entre los que se encuentran algunos que se presentan ante la opinión pública como izquierdistas y gozan de grandes espacios en los medios más populares, el diario ABC color y la radio Ñandutí, ambos dirigidos por incondicionales propagandistas del imperialismo con un largo historial de colaboracionismo. Estos medios presionan al gobierno para que rinda cuentas entre otras a organizaciones no gubernamentales como Transparencia Internacional, financiada por la ultraderecha de Washington, aunque ésta última no rinda cuentas a nadie excepto a James Cason.

Todas estas favorables condiciones han creado toda una capa de dirigentes políticos en Paraguay que hoy se dedica a hacer una muy bien remunerada oposición, entre suntuosas recepciones en la embajada, viajes constantes en primera clase para rendir pleitesía en Washington, y el dulce sabor de la fama con que lo arropa la prensa adicta al imperio.

Nota de redacción: En una reciente entrevista con el diario ABC de España, el presidente del Comité Cívico pro Santa Cruz Branco Marinkovic, cabeza visible de la conspiración separatista, declaró que él y los suyos se sienten más cercanos a Paraguay que a La Paz, ciudad sede de gobierno de Bolivia.

Conheça a história da Revista Veja

O jornalista Luís Nassif está escrevendo uma série excelente sobre a podridão da Veja, não deixe de ler. Veja como a Veja abandonou o jornalismo para fazer negócios.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Onde está Deus?

Este semestre na disciplina de Tópicos Avançados em Relações Internacionais, que aborda a questão do Desenvolvimento e da América Latna, resolvi começar de forma insólita. Pedi para os alunos lerem o primeiro capítulo do livro de Jon Sobrino "Onde está Deus?". Para quem não conhece Jon Sobrino é um padre jesuíta de El Salvador que milita na Teologia da Libertação. O livro em princípio é sobre o terremoto que abateu El Salvador no início de 2001 e como sempre as maiores vítimas foram os mais pobres. A questão sobre onde estava Deus é um ponto de partida para analisar a situação social de El Salvador e do povo. Mas ao mesmo tempo, a questão é verdadeiramente posta, onde está Deus diante das tragédias que se abatem sobre o ser o humano. E a resposta foi a mesma dada a pergunta onde estava Deus em Auschwitz? Em Auschwitz, em Dachau, etc. Ou seja Deus está onde estão aqueles que sofrem. Em cada tragédia social que se abate sobre a humanidade, Deus está ao lado dos sofredores e dos oprimidos segundo o autor, e Deus nos convida nestes momentos à conversão. Não uma conversão abstrata e metafísica, mas uma conversão ao outro, voltar-nos ao outro, voltar-nos para os problemas do outro como sendo um problema de toda a humanidade e, portanto, um problema particular também nosso, voltar-nos ao outro com a solidariedade de quem se coloca no lugar do outro e não com a pena ou a piedade de quem olha de cima os inferiores e incapazes. E o texto parece ter surtido o efeito que eu deseja que era colocar em questão o realismo teórico que eu mesmo professo em sala de aula, mas que não serve de base para o mundo. Uma aluna me fez uma pergunta a respeitocolocando um questionamento sobre a forma como ela vê que o mundo é e como ela acha que o mundo deveria ser. Deixando de lado a questão que nomralmente quando pensamos o modo como o mundo deveria ser estamos pensando na verdade o modo como o outro deveria ser e não o modo como nós mesmos deveríamos ser, respondi o que aprendi no primeiro semestre da faculdade com o E. H. Carr em Vinte Anos de Crise, só se pode ser realista, mas não se pode ser apenas realista. Ser realista é reconhecer como mundo de fato é, olhar o mundo (e vc mesmo) sem ilusões, reconhecendo todos os defeitos e limitações, todas as chagas, a exclusão, a violência, a doença,a miséria, as pessoas que nós  colocamos para viver nas ruas, a guerra, o arbítrio. Agora diante disto qual a reação? O apenas realista dirá que o mundo só pode ser isso, que nada pode ser mudado e cavará um poço ainda mais profundo. A posição de Carr é outra, este realismo é estéril, o realismo frutífero é o que vê a realidade tal qual ela é, porque só se pode resolver os problemas a partir desta constatação, transformar o mundo a partir do que ele é, não construir um mundo ideal a partir das idéias desenvolvidas na nossa cabeça, mas mudar o mundo mundando as ações que constróem e reconstróem o mundo no dia-a-dia, é na prática que se muda o mundo (e a si mesmo) e não pensando como o mundo deveria ser. Ou seja, é na nossa reação aos problemas do outro qu escolhemos o nosso realismo, se estamos no grupo que ajuda a cavar um poço cada vez mais fundo, ou se somos construtores de laços de solidariedade social. Para voltar a Jon Sobrino, a questão é se optamos por estar do mesmo lado de Deus ou pelo outro lado.

Pensar, só se pensa sozinho! Aprender, só se aprende com os outros!

Há alguns dias estava dando um sermão numa das salas e dizia que eles que deveriam inserir os estudos na vida deles, que deveria fazer parte da vida e não um intervalo entre uma e outra atividade. E que o melhor modo de inserir os estudos na vida é fazer com ele faça parte da relação entre os amigos, é conversar sobre o que se está estudando, é usar o que está sendo estudado na conversa com os amigos, é pensar o conjunto de fatos da vida a partir das visões de mundo, das teorias que se aprende na faculdade. Dizia inclusive que pode-se tonar as fofocas sobre os colegas mais interessantes colocando por exemplo Maquiavel na história, qualquer pessoa e as suas relações no mundo se tornam mais interessantes quando olhadas pelos olhos de Maquiavel. Então entre uma balada e outra, eles deveriam utilizar os amigos para conversar mais ilustradas ainda que fosse fofoca.

As pessoas não aprendem apenas lendo livros ou estudando solitariamente. É preciso colocar as idéias em debate, é preciso colocar as idéias em discussão, é preciso para testar se elas são boas mesmo, e o seu domínio sobre elas. Pensar só se pensa sozinho, cada indivíduo isoladamente, e por isso, o pensar é livre, pode-se pensar qualquer coisa, qualquer besteira e desenvolver o pensamento. Agora é preciso lançar o pensamento no mundo para que ele seja debatido, questionado, testado, conversado, e que para daí possa resultar alguma conhecimento. É nesta elaboração coletiva do conhecimento que o aprendizado ocorre. Por isso até para aprendermos de verdade precisamos de amigos, precisamos dos outros. Na série de tv, House, vemos isso de forma radical, como os diagnósticos do dr. House são feitos? Cada um dos médicos auxiliares e ele vão lançando idéias sobre qual seria a doença, discutem, discordam, e aí vão fazer exames para testar a melhor hipótese que sobrou após a discussão. Caso o diagnóstico estivesse errado (e como é série de tv o primeiro diagnóstico nunca está certo) volta-se a discussão. Esta é uma situação generalizável se não se conversar, debater sobre o que se estuda, não se aprende.

Na UnB eu aprendi a estudar em biblioteca graças aos meus amigos. Estudar é algo metódico, significa definir qual o conteúdo será estudado, escolher qual material será utilizado, colocar a bunda na cadeira e começar a estudar. Evidentemente, o ambiente mais propício para estudar é numa biblioteca, numa boa biblioteca. Como sempre tive boa biblioteca em casa nunca tive o hábito de ir estudar em bibliotecas até o segundo grau. Aprendi a estudar na biblioteca da UnB graças à Raquel, ao Jeferson, à Giovana, à Renata. A Raquel, a Renata e a Giovana moravam em casas muito cheis, não eram propícias ao estudo, então iam para a biblioteca. A Renata e a Giovana moravam na casa dos tios da Giovana, ótimas pessoas, sempre cabia mais um na casa, mas para se concetrar nos estudos não dava. A Raquel morava na casa de irmã dela com sobrinhos pequenos, então também era melhor ir para a biblioteca. Depois a Raquel foi morar no C.O., onde o Jeferson morava. O C.O. é o Centro Olímpico da UnB, obviamenteo ninguém mora lá, mora no CEU que fica ao lado, mas todo mundo chama de C.O. O CEU não é o céu, é o Casa do Estudante Universitário, para o meu espírito seria impossível habitar lá, mas os apartamentos são duplex (não se enganem com essa informação), relativamente espaçosos, mas com gente demais ( o que dificulta estudar se os colegas de quarto estiverem lá) e com um defeito generalizado em Brasília com concreto exposto. Já disse isso antes no blog, não vejo beleza no concreto. Eu morava sozinho num local mínimo e, portanto, não tinha como trazer os livros que estavam em Barra do Garças, e como estava somente a seis meses em Brasília ainda não havia compreado livros suficiente para dizer que tinha uma biblioteca em casa, mas ainda sem ter espaço ela cresceu rápido. Então mesmo para mim a melhor coisa seria estudar na biblioteca, mas eu jamais teria ido se lá não estivessem a Raquel, a Renata, a Giovana, o Jeferson. E a Renata nem fazia relações internacionais, estudava odontologia. O curso de Introdução á Economia com professor Antônio Dantas começou desastroso, todo mundo foi mal, a minha pior nota na faculdade foi na primeira prova do Dantas, tirei 3, que no sistema de notas da UnB é MI, e no sistema ABC, seria D, mas na nota semestral fiquei com SS, que seria no sistema usado em São Paulo A. E isso graças aos meus amigos, graças às horas de estudo em grupo, com quem eu conversaria sobre conceito de demanda e oferta? Com quem eu poderia conversar sobre custo marginal decrescente? Ora, se não for com os seus amigos, ou mesmo apenas colegas de turma, só sobra o professor, porque o resto da humanidade não está interessada. E o professor lhe dará resposta para perguntas, não resolve o seu problema, porque as palavras do professor vc vai querer é decorar como resposta sem se preocupar em entender e questionar. Por isso aprende-se mais conversando com os amigos. E com isso biblioteca passou a fazer parte da minha vida de estudante, durante todo o período na UnB sempre estudava na biblioteca e sempre com tempo para conversas teóricas e para me atualizar nas fofocas. As longas conversas com a Ana Patrícia sobre o neoliberalismo e sobre os autores liberais foram fundamentais para o que eu penso hoje. Na minha dissertação de mestrado, nos agradecimentos, agradeci ao Fernando por sempre me atualizar sobre o que pensa a direita brasileira, sobre os erros da direita brasileira. Claro que coloquei assim para encher saco. Mas é verdade. Conheci o Fernando na graduação em relações internacionais na UnB, e conversar com ele sobre o Brasil e omundo sempre foi ótimo para desenvolver a tolerância com a divergência (não concordamos sobre quase nada) e para ver as frauqezas dos meus próprios argumentos. Para a Raquel, eu disse qu ela é minha consciência ética. Poucas pessoas são tão íntegras quanto à Raquel, então é óbvio que conversando com ela, ouvindo-a, eu estava aprendendo. Como a idéia já ficou clara não irei me estender mais, mas é evidente que no mestrado foi a mesma coisa. Aprendi pelas conversas que tive sobre o Brasil e o mundo. Então o que somos intelectualmente deve-se mundo ás conversas que estabelecemos, aos nossos interlocutores, se não os temos não percorreremos um caminho frutífero.

Já escrevi aqui no ano passado um libelo sobre uma das turmas que vi formar, que só tiveram a melhor formação, só foram a melhor turma, porque se dedicaram coletivamente, porque foram um bom grupo. Então se quer aprender, se quer crescer intelectualmente encha o saco dos seus colegas e amigos para que eles também queiram e participem deste processo.

PS 1: A biblioteca da UnB é a melhor biblioteca universitária que eu conheço pelo horário de funcionamento. Funciona praticamente 24 horas, das 08:00hs da manhã até às 06:00 hs da manhã do dia seguinte.

PS 2: Em São Paulo, voltei a ser comodista. Tenho que reaprender a usar bibliotecas públicas apesar da minha ser quase sempre mais do que suficiente.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Quer ler sobre a economia venezuelana?

Quem tiver interesse numa análise da economia da Venezuela contemporânea pode baixar uma análise em espanhol aqui em formato pdf.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Nova Enquete!!!!!

Coloquei uma nova enquete no Blog. Na enquete anterior todos votaram que o Chávez era o melhor presidente do mundo por ser amigo do Fidel. Fiquei profundamente surpreso com o resultado. Agora a enquete é "Por que você estuda relações internacionais?". Obviamente que como a pesquisa é do meu próprio blog, eu não posso responder, mas se eu fosse responder certamente diria que é porque eu sou discípulo de Gandhi e quero promover a paz no mundo.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Atenção Alunos! É hora de estudar os direitos humanos! Seminário Internacional sobre a Tortura

DIREITOS HUMANOS
Seminário internacional debate a tortura

Nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro, o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP realiza o 1º Seminário Internacional sobre a Tortura, que tem por objetivo promover uma ampla discussão sobre a tortura e os mitos que tentam justificá-la. O evento acontece no Auditório Aristo Mila, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, e terá tradução simultânea (leia a programação abaixo).

Segundo os organizadores, dois fatores motivam a realização do encontro:

• o retorno da discussão sobre a pertinência da tortura em determinadas condições, como, por exemplo, a "guerra contra o terror", onde diante de um perigo iminente a tortura seria justificável para a obtenção de informações que evitassem danos maiores (argumento da "ticking time bomb").

• a persistência da tortura na sociedade brasileira, mesmo depois de mais de 20 anos do retorno à democracia.

O evento será o primeiro de dois debates. O segundo acontecerá no próximo, em parceria com a Organização Mundial contra a Tortura, e terá por tema "A Prevenção da Tortura e Outras Formas de Violência: Agindo sobre as Causas Econômicas, Sociais e Culturais". Os dois encontros têm como propósitos:

• promover um debate esclarecido sobre a tortura e o impacto que a diminuição das restrições contra ela possa ter sobre a democracia;

• promover o intercâmbio sobre o tema entre instituições acadêmicas/pesquisadores nacionais e internacionais;

• estimular as redes de contato entre instituições acadêmicas brasileiras para que o debate público sobre a questão seja subsidiado prontamente com novas informações e análises.

A possibilidade de a democracia se consolidar diante de tantas violações tem sido o foco do programa de pesquisa do NEV. A discussão sobre a tortura reveste-se de extrema importância para os debates sobre o futuro da democracia e dos direitos humanos. Nesse contexto, os pesquisadores do NEV consideram que é hora de um amplo debate intelectual sobre os mitos que alimentam e sustentam a prática da tortura, não somente no contexto brasileiro, mas também nas democracias sob a ameaça de ataques terroristas.

O primeiro seminário conta com o apoio do CNPq, Fapesp, FAU/USP, IEA (através da Cátedra Unesco de Educação para a Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância) e a colaboração do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo e da Associação Nacional de Direitos Humanos — Pesquisa e Pós-Graduação.

1º SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE A TORTURA
25 a 27 de fevereiro — Auditório Prof. Francisco Romeu Landi da EP/USP

Os interessados em participar do seminário devem efetuar inscrição por meio de formulário presente no site do NEV (www.nevusp.org). Mais informações podem ser obtidas no mesmo site, por intermédio do telefone (11) 3091-4951 ou pelo e-mail tortureseminar@gmail.com. A FAU/USP fica na Rua do Lago, 876, Cidade Universitária, São Paulo (mapa).

PROGRAMAÇÃO

25 de fevereiro — segunda-feira

19h

SESSÃO DE ABERTURA

Abertura: Celso Lafer (Faculdade de Direito da USP e Fapesp)
Keynote: Henry Shue (Universidade de Oxford, Reino Unido)

26 de fevereiro — terça-feira

9h — 12h30

PAINEL I — MEDO E TORTURA: ÉTICA, VALORES E CRUELDADE NOS DIAS ATUAIS

Expositores: Dinah PoKempner (Human Rights Watch), Jean Maria Arrigo (International Intelligence Ethics Association) e Yuval Ginbar (Anistia Internacional)
Moderador: Paulo de Mesquita Neto (NEV-USP)

14h — 17h30

PAINEL II — TORTURA E A GUERRA CONTRA O TERROR:
O MUNDO DEPOIS DE 11 DE SETEMBRO

Expositores: David Luban (Universidade de Georgetown, EUA), Fritz Allhoff (Universidade do Oeste de Michigan, EUA), William Scheuerman (Universidade de Indiana, EUA)
Moderador: Nancy Cardia (NEV/USP)

27 de fevereiro — quarta-feira

9h — 12h30

PAINEL III — TORTURA E JUSTIÇA CRIMINAL

Expositores: Roy King (Instituto de Criminologia da Universidade de Cambridge, Reino Unido), David DeBatto (Ex-Agente Especial do Serviço de Contra-Informação do Exército Americano) e David Rodin (Centro Uehiro de Ética Prática da Universidade de Oxford, Reino Unido)
Moderador: Sérgio Adorno (NEV/USP)

14h — 17h30

PAINEL IV — O LEGADO DA TORTURA PARA A DEMOCRACIA

Expositores: Martha Huggins (Universidade Tulane, EUA), Henrik Ronsbo (Centro de Pesquisa e Reabilitação de Vítimas de Tortura, Dinamarca), Jessica Wolfendale (Universidade de Melbourne, Austrália)
Moderador: Emílio Dellasoppa (Uerj)

Endereço: Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, Caixa Postal 12.072, CEP 05508-970,
Cidade Universitária, São Paulo, SP (mapa) — Telefones: (11) 3091-3919 e 3091-3927 — E-mail: iea@usp.br

Angola domina Portugal?

Economistas questionam dimensão da influência angolana via Sonangol
- 20-Feb-2008 - 17:32
O investimento angolano em empresas estratégicas portuguesas, através da petrolífera Sonangol, dá a Luanda capacidade de influenciar decisões em Lisboa, mais do que permitir a diversificação de activos externos, defendem economistas ouvidos pela Lusa.
Enquanto alguns vêem com preocupação a entrada de gestores angolanos ligados ao Estado na administração de empresas como a Galp ou o Millennium Bcp, outros, como o gestor do programa angolano do Banco Mundial, Alberto Chueca, pensam que Luanda está principalmente interessada em ter uma palavra a dizer na gestão de grupos que têm importantes operações em Angola.
"Faria perfeito sentido que por detrás da decisão da Sonangol investir em empresas portugueses pudesse estar uma intenção estratégica de influenciar o tipo de decisões administrativas destas empresas em Angola", disse à Lusa Alberto Chueca, que afirma ser "legítima" e de "todo o bom-senso" esta postura.
"Temos muitas dúvidas de que a Sonangol tenha qualquer intenção e/ou alavancagem para desempenhar um papel" de "influenciar a política doméstica em Lisboa", adianta o responsável do Banco Mundial.
Ao contrário dos restantes economistas, Chueca faz questão de diferenciar o governo de Angola da Sonangol, que, enquanto empresa pública, "deve maximizar o lucro depois canalizado para o Estado de Angola", pelo que "não há nada de errado em fazer investimentos fora de Angola e em diferentes sectores, assegurando que o racional económico é sólido e sensato".
O comércio e os fluxos de investimento entre Portugal e Angola estarão em destaque na visita oficial de três dias que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, inicia quinta-feira à antiga colónia portuguesa.
"As relações comerciais são um aspecto importante da nossa relação. O incremento das trocas comerciais e do investimento (português) em Angola, como também de Angola em Portugal, é uma realidade que o poder político dos dois estados não pode ignorar", afirmou terça-feira à noite o ministro Luís Amado.
Para o economista e ex-secretário de Estado das Finanças Nogueira Leite, a Sonangol "actua como um fundo soberano" do Estado angolano, mas são vários os investidores do género em Portugal, pelo que Angola não deve ser marginalizada.
Exemplo, disse à Lusa, é o do banco La Caixa, que tem por detrás o governo catalão.
É certo que Espanha é um país democrático que pertence a um bloco económico de que Portugal faz parte, mas ao mesmo tempo, salienta, "diz-se que a [empresa pública russa do sector energético] Gazprom vai entrar na Galp, e a Rússia não é propriamente uma democracia".
"Temos de ser consistentes, e não pedir aos empresários que sejam políticos", enquanto o primeiro-ministro e o Presidente da República se desdobram em apelo ao investimento angolano, afirmou o economista.
Mais céptico, um economista e professor universitário português que pediu anonimato, salienta que, com as participações na Galp ou Millennium, Angola passa a ter "capacidade de pressão" sobre as empresas e a economia portuguesa, que em casos-limite pode até ser transformada em "poder de chantagem".
Se "de repente, por razões políticas, Angola ameaçasse vender a sua participação" em empresas como a Galp ou o Millennium, tal poderia causar grande perturbação nos mercados de capitais, exemplifica o mesmo economista.
Embora levando em conta que a "relação financeira é também uma relação de poder", o ex-ministro da Economia Daniel Bessa mostra-se bastante mais optimista em relação ao investimento angolano.
"Sou dos que entendem que só pode haver uma atitude a um tempo correcta e descomplexada para com o investimento angolano em Portugal. Como português, cidadão de um país com um défice da balança de transacções correntes da ordem dos 10% do PIB, com consequente défice de poupança interna, só posso sentir-me agradecido e lisonjeado por esta disponibilidade do Estado angolano para investir em Portugal", adianta.
Para Bessa, o Estado português "não tem sequer o direito de interferir na escolha das entidades a quem os interesses privados portugueses entendem alienar os seus activos", devendo deixar esse papel a estes agentes e aos reguladores.
Isto, à excepção de "situações extremas" que, "em minha opinião, não se aplicam hoje ao Estado angolano", frisa.
"Se isso nos constitui numa situação de alguma fragilidade... é a vida. Não se pode ter `sol na eira e chuva no nabal´, sendo dos livros que, nestas matérias, a relação de poder é sempre assimétrica, em benefício dos credores e dos investidores em geral", afirma Bessa.
Para o economista e analista político angolano Justino Pinto de Andrade, a Sonangol “não é a mão directa” do Estado angolano.
A petrolífera “detém liberdade e maioridade”, e acaba por ser protagonista da "internacionalização" do país apenas porque é praticamente a única empresa com capacidade para tanto.
“Por outro lado, os investimentos da Sonangol em Portugal, e noutros mercados mais competitivos, permitem a Angola obter conhecimentos que não existem internamente", disse à Lusa.
Manuel Alves da Rocha, economista e professor na Universidade Católica de Angola, também vê a Sonangol assumir-se como protagonista da "estratégia de internacionalização pela via financeira” delineada pelo governo - é o “instrumento mais poderoso” de Luanda nesta área.
Apesar de melhorias, Alves da Rocha afirma que “há ainda muito a fazer” no que diz respeito à transparência do sector petrolífero angolano.
“É consensual que há determinadas questões que devem constituir segredo de Estado, especialmente nesta área onde a concorrência dita regras, mas é também verdade que nem tudo pode ser segredo”, afirmou à Lusa.

http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=20596&catogory=Angola

E agora Lula?

Reservas superam dívida e Brasil torna-se credor externo pela 1ª vez, diz BC

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O Banco Central estima que as reservas internacionais já superam o total da dívida externa e que, dessa forma, o Brasil tornou-se um credor externo pela primeira vez. Essa condição deve-se à melhora das contas externas desde 2003, segundo análise que consta do boletim "Indicadores de Sustentabilidade Externa do Brasil - Evolução Recente", divulgado nesta quinta-feira.

"[A dívida líquida externa] passou de US$165,2 bilhões, ao final de 2003, para US$ 4,3 bilhões, estimativa para 2007. No primeiro mês de 2008, já se estima que esse montante se tornará negativo em mais de US$ 4 bilhões, significando que, em termos líquidos, o país passou a credor externo, fato inédito em nossa história econômica", relata o documento.

A dívida externa total líquida resulta quando se reduz da dívida externa bruta os ativos que o país possui no exterior, que basicamente são as reservas internacionais.

Reservas

Ao final de 2007, as reservas estavam em US$ 180,3 bilhões, um crescimento de 110% no ano. A expansão foi consequência, principalmente, das compras de dólares efetuados pelo BC ao longo do ano passado.

Entre 2003 e 2007, período de análise do documento, as compras chegaram a US$ 141,3 bilhões, sendo que 55,6% desse total foi realizado no ano passado.

O relatório destaca ainda a elevação do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil quando expresso em dólares. Esse indicador é visto pelo BC como um dos principais para mensurar a sustentabilidade externa do país.

O PIB em dólares passou de US$ 504,4 bilhões em 2002 para US$ 1,310 trilhão (valor estimado) no ano passado. Esse crescimento deve-se, principalmente, à valorização do real frente ao dólar.

A dívida bruta em relação ao PIB passou de 41,8% em 2003 para 15,1% em 2007. Considerando a dívida líquida, a relação passou de 32,7% para 0,3%.

Liquidez global

Para o BC, essa trajetória foi possível devido a melhoras na política econômica e também a uma situação de liquidez global.

"A implementação de políticas macroeconômicas consistentes e a confortável liquidez global propiciaram ingressos recordes de divisas no país, enquanto o desempenho das empresas exportadoras e o dinamismo da economia mundial se traduziram em resultados recordes para as exportações, a balança comercial e as transações correntes", afirma o documento.

Por que o Brasil insiste com este Acordo?

Escrita: Brasil aguarda ratificação
Acordo Ortográfico reaquece ânimos
A possibilidade de ratificação a breve prazo do Acordo Ortográfico, assinado em 1990 por sete países de expressão oficial portuguesa, aqueceu os meios políticos e editoriais.

Ontem, a Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura (CPESC) aprovou um ambicioso programa apresentado pelo seu presidente, Luís Marques Guedes, para a realização, em 31 de Março, de uma conferência internacional e uma audição pública destinadas a debater o tema.
Também para Março está a ser preparada uma iniciativa da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e União dos Editores Portugueses (UEP) destinada a debater aquilo que o presidente da primeira daquelas entidades, António Baptista Lopes, considera ser um “acordo por via do qual não vemos que possa trazer qualquer benefício para a língua portuguesa”.
Os ânimos aparentam ter aquecido depois de o novo ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, ter manifestado o desejo de que “haja condições para que muito rapidamente [o Acordo] seja também ratificado por Portugal”. A crispação suscitada entre partidos da oposição, editores e escritores pela possibilidade de ratifficação, no início de Novembro passado, havia sido esbatida posteriormente pela então titular da pasta da Cultura.
De facto, Isabel Pires de Lima manifestou-se favorável à adopção de uma moratória de dez anos. Ninguém ainda conhece as intenções do actual ministro mas Luís Marques Guedes afirmou ao CM querer “dar mais informação aos deputados e ouvir todos os especialistas sobre o assunto”.
DATAS-CHAVE
1931
Aprovado primeiro acordo ortográfico entre Portugal e Brasil. Contudo, a unificação entre os sistemas não aconteceu.
1943
Assinada Convenção Ortográfica. Cada país publica respectivo vocabulário. Divergências profundas inviabilizam-no.
1945
Assinada Convenção Ortográfica Luso-Brasileira num encontro em Lisboa. Portugal aplicou acordo, o Brasil não.
1975
Projecto de acordo estabelecido entre Academia das Ciências de Lisboa e Academia Brasileira de Letras não é aprovado.
1986
Acordo Ortográfico assinado por Portugal, Brasil e cinco países africanos é inviabilizado por reacções portuguesas.
1990
Acordo Ortográfico assinado por sete países (Timor-Leste juntou-se mais tarde) carece de ratificação para vigorar.
MUDANÇAS
Alfabeto:
23 letras (agora) / 26 letras, novas:k, w, y (depois)
Consoantes mudas:
acção (agora) / ação (depois)
actor (agora) / ator (depois)
respectiva (agora) / respetiva (depois)
Acento diferencial:
pólo (agora) / polo (depois)
pêlo (agora) / pelo (depois)
Terminações verbais êem:
vêem (agora) / veem (depois)
dêem (agora) / deem (depois)
Ditongo tónico ói (palavras graves):
bóia (agora) / boia (depois)
heróico (agora) / heroico (depois)
Hífen (eliminação/fusão em alguns casos):
pára-quedas (agora) / paraquedas (depois)
auto-estrada (agora) / autoestrada (depois)
Hífen (eliminação em alguns casos):
fim-de-semana (agora) / fim de semana (depois)
Hífen (supressão em formas do verbo haver):
hás-de (agora) / has de (depois)
hei-de (agora) / hei de (depois)
Hífen (separação dos elementos):
microndas (agora) / micro-ondas (depois)
electróptica (agora) / electro-ótica (depois)
Maiúsculas/minúsculas:
Janeiro (agora) / janeiro (depois)
Primavera (agora) / primavera (depois)

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=278713&idselect=13&idCanal=13&p=200