"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A reação russa

Putin apresenta programa de reformas até 2020

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que no mundo se desenvolve uma nova espiral da corrida aos armamentos, acusando a NATO e os Estados Unidos de estarem na origem desse processo.
“Isso não depende de nós, não fomos nós que a iniciámos. Nós cumprimos tudo o que foi acordado. Liquidámos as bases em Cuba e no Vietname, e o que recebemos? Novas bases americanas na Roménia e Bulgária. Alguns parceiros da NATO nem sequer ratificam alguns documentos, não os cumprem, exigindo de nós o cumprimento unilateral” – disse Putin hoje numa sessão alargada do Conselho de Estado da Rússia.
Trata-se da primeira sessão do Conselho de Estado da Rússia com honras de transmissão directa pela televisão, o que é visto por alguns analistas como mais uma acção da campanha eleitoral para as presidenciais, marcadas para 02 de Março.
“Os países desenvolvidos, apoiando-se na sua supremacia tecnológica, canalizam enormes meios, muito superiores às nossas despesas, para a criação de novos armamentos defensivos e ofensivos” – assinalou, discursando perante mais de setecentas pessoas no Kremlin.
Num discurso transmitido pelos dois canais públicos de televisão, o dirigente russo defendeu a necessidade do seu país elaborar uma nova estratégia de segurança tendo em conta as ameaças existentes.
“Para reforçar a segurança nacional é necessário uma nova estratégia de organização das forças armadas até 2020” – sublinhou, acrescentando que “é preciso fabricar novos tipos de armamentos com o emprego de tecnologias de ponta, mas as despesas devem ser adequadas”.
Porém, Vladimir Putin defendeu que a Rússia não se deve deixar envolver numa nova corrida aos armamentos, que esgote a sua economia e recursos.
“Deus deu-nos riquezas naturais. Como resultado, temos de enfrentar cada vez mais com novas manifestações da política de contenção, mas por detrás de tudo isso está, frequentemente, o desejo de nos impor concorrência desonesta e garantir o acesso aos nossos recursos” – considerou.
Segundo ele, nestas condições “é importante conservar firmeza nas avaliações e sangue frio, não nos deixar envolver num confronto dispendioso”. Vladimir Putin sublinhou que não vê da parte dos parceiros ocidentais vontade para encontrar compromisso quanto ao Tratado sobre Forças Convencionais na Europa.
No plano da política interna, Vladimir Putin fez um balanço dos oito anos à frente da Rússia, sublinhando ter conseguido travar o separatismo, dominar os “grupos oligárquicos” e alcançado êxitos económicos consideráveis.
“Nos últimos oito anos, a economia russa registou taxas de crescimento muito acima das alcançadas nos finais dos anos 90 do século passado e entrou no grupo das sete principais economias mundiais” – declarou.
Segundo Putin, “nos oito anos multiplicaram-se por sete os investimentos estrangeiros na economia russa. No período anterior, a saída líquida de capitais foi de 10 a 20 mil ilhões de dólares, chegando, em alguns anos, a 25 mil milhões”.
“Em 2007, a entrada líquida de capitais alcançou o seu máximo histórico e totalizou 82,3 mil milhões de dólares. A capitalização do mercado russo cresceu 22 vezes em relação a 1999. Em 2007, o PIB russo chegou aos 1.330 mil milhões de rublos. Quanto a este indicador, a Russia deixou para trás o México, Brasil e Coreia do Sul” – sublinhou ele.
A menos de um mês das eleições presidenciais, Vladimir Putin traçou um programa ambicioso de reformas até 2020, o que é visto por alguns analistas como um sinal dado pelo actual Presidente russo de que irá continuar nas esferas do poder. Durante a campanha eleitoral, Putin anunciou que iria dirigir o Governo russo se Dmitri Medvedev for eleito seu sucessor no Kremlin.
“O desenvolvimento do homem será o objectivo fundamental e a condição indispensável do progresso da sociedade moderna” – declarou Putin, sublinhando que “em 2002, pelo menos de 60 a 70 por cento da população deverá ser classe média e a diferenciação de rendimentos deverá diminuir”.
O Presidente Putin revelou as três tarefas fundamentais para colocar a Rússia entre as principais potências económicas mundiais: “a economia das possibilidades iguais para todos”, “a formação de motivação para o desenvolvimento inovador” e “a garantia do crescimento económico à custa do aumento da produtividade do trabalho”.
“No fim de contas, a Rússia deve transformar-se num dos centros financeiros mundiais. As reservas de ouro do país atingiram os 484 mil milhões de dólares” – prognosticou Putin.

 

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