"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

domingo, 30 de março de 2008

E São Tomé e Príncipe se parece com o Brasil no pior

FMI aconselha moderação salarial na Função Pública


O Fundo Monetário Internacional desaconselhou o governo são-tomense a utilizar o financiamento externo para aumentar os salários na Administração Pública.


Uma delegação do FMI, que se encontra em São Tomé para avaliar a situação macroeconómica do país, reconhece que o arquipélago está a ser “negativamente influenciado” pela conjuntura internacional marcada pelo subida constante do preço de petróleo e de produtos alimentares, mas considera mesmo assim que é preciso encontrar formas internas de suportar as despesas.

Num seminário realizado hoje nas instalações do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que reuniu técnicos do banco central, do ministério das Finanças, de bancos privados, operadores comerciais e de várias outras instituições, o chefe da missão do FMI afirmou que, apesar do relativo crescimento económico e do perdão da dívida pública, a “estrutura económica do país está muito debilitada”. “O governo está nesse momento a elaborar o orçamento, mas uma coisa é desde já muito clara: este país tem que viver dentro dos meios que possui”, disse Jian-Yewang.

O Orçamento Geral do Estado (OGE) deverá entrar ainda esta semana no Parlamento para discussão e aprovação em meados de Abril, mas o aumento salarial ainda está por definir. Mais de 80 por cento deste orçamento é financiado pelos parceiros internacionais. Entre eles está o Banco Mundial que já garantiu para o próximo OGE mais de quatro milhões de dólares, bem como o Taiwan que, todos os anos, financia o orçamento do estado são-tomense com cerca de 15 milhões de dólares.

O primeiro-ministro Patrice Trovoada, em recente entrevista a televisão pública, evitou falar no aumento salarial, defendendo apenas a necessidade de se “abrir uma discussão sobre o salário mínimo nacional”.

As autoridades nacionais dizem que a produção é praticamente nula. Com uma taxa de inflação de 27,7 por cento, em 2007 São Tomé e Príncipe produziu pouco mais de três milhões de dólares, e importou cerca de 30 milhões de dólares.

Os trabalhadores da administração pública são-tomense recebem actualmente como salário mínimo 500 000,00 Dobras (pouco mais de 37,00 USD). Um estudo recente efectuado pelo Instituto Nacional de Estatística indica que um cidadão são-tomense auferindo oito milhões de Dobras mensais (cerca de 330 Euros) ainda está a viver dentro dos parâmetros da pobreza.

Recorde-se que o principal motivo invocado pelos partidos da oposição, o Acção Democrática Independente (ADI) e o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social-democrata (MLSTP/PSD) para rejeitar o orçamento do governo do ex primeiro-ministro, Tomé Vera Cruz, foi justamente a não definição dos aumentos salariais dos trabalhadores da função publica no OGE.

Para melhorar a sustentabilidade fiscal, o Jian-Yewang sublinha que o governo precisa definir uma politica que reduza a inflação de uma forma sustentada, melhorar a gestão das reservas em divisas e, por último, melhorar o rendimento interno.

Nenhum comentário: