"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


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sexta-feira, 7 de março de 2008

Obscurantismo ou defesa da vida?

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Contrária à pesquisa que mata embriões, Igreja não é obscurantista, diz cardeal

Segundo Dom Odilo Scherer, procedimentos científicos devem respeitar a ética

Por Alexandre Ribeiro

SÃO PAULO, quinta-feira, 6 de março de 2008 (ZENIT.org).- A Igreja Católica não é «obscurantista» nem «contrária ao progresso da ciência» quando manifesta sua posição contra ao uso de embriões humanos na pesquisa científica, afirma o arcebispo de São Paulo.

O cardeal Odilo Scherer se manifestou sobre o assunto por meio de mensagem aos fiéis, na semana em que o Supremo Tribunal Federal do Brasil iniciou o julgamento da constitucionalidade ou não de uma lei aprovada pelo Congresso Nacional que permite o uso de embriões humanos na pesquisa científica.

Segundo Dom Odilo, «a Igreja defende a vida dos embriões humanos e considera ser contrário à ética e à lei moral o uso desses embriões na pesquisa científica, quando isso significa a danificação ou a destruição dos embriões».

Da mesma forma --prossegue o cardeal--, ela «julga ser contrária à dignidade humana a produção de embriões humanos em laboratório para estocá-los, sem ter em vista sua efetiva implantação no útero materno, para poder desenvolver-se normalmente».

O arcebispo reconhece que essa posição da Igreja «causa, por vezes, incompreensões e até acusações preconceituosas de que ela é "obscurantista" e contrária ao progresso da ciência».

«Fala-se, até mesmo, contrária ao bem de pessoas doentes, que vêem nesse tipo de pesquisa a esperança de cura para seus males.»

Mas «isso é injusto e não é verdadeiro», afirma o cardeal.

Dom Odilo explica que a Igreja tem essa posição «antes de tudo porque, baseada em sólidos dados científicos, ela afirma que a vida do ser humano começa na fecundação do óvulo, quer isso aconteça naturalmente no ventre da mulher, quer artificialmente, em laboratório».

Diante disso, segundo o arcebispo, a pesquisa com células-tronco embrionárias é reprovável porque nela é necessário matar o embrião para obter essas células.

O cardeal Scherer enfatiza que a Igreja «não é contra a  ciência; nem, muito menos, contrária ao bem de pessoas doentes».

«Mas afirma, com serena firmeza, que os procedimentos científicos, sendo uma atividade  humana, também devem respeitar a ética. Os fins não justificam os meios.»

Aos que precisam de cura e colocaram toda a sua esperança nas pesquisas com células tronco embrionárias humanas, o cardeal considera que, antes de tudo, é preciso dizer a eles «que a busca da cura é um desejo legítimo e a ciência deve ser apoiada e encorajada a encontrar soluções para as doenças e deficiências humanas».

«Mas não a qualquer custo», explica o arcebispo de São Paulo, «e sempre com métodos adequados e eticamente aceitáveis. De toda forma, não mediante a supressão da vida de outros seres humanos».

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