"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

terça-feira, 18 de março de 2008

Vitória de Chávez

18/03/2008 - 10h50

Justiça inglesa anula bloqueio de ativos da PDVSA pedido pela ExxonMobil

da Efe, em Londres

Um juiz inglês anulou nesta terça-feira o bloqueio de US$ 12 bilhões em ativos mundiais da PDVSA que o Tribunal Superior da Inglaterra e de Gales tinha ordenado a pedido da companhia petrolífera americana ExxonMobil.

"Concluí que a ordem judicial (...) deveria ser cancelada", afirmou o juiz Paul Walker ao ditar seu veredicto, em uma audiência realizada no Tribunal Superior, com a presença do embaixador da Venezuela no Reino Unido, Samuel Moncada.

Para o diplomata venezuelano, a resolução judicial é uma "vitória total para a PDVSA e para a Venezuela", e significa que "a Exxon foi derrotada plenamente".

"A Exxon abusou das táticas legais, o que na Venezuela se chama terrorismo judicial, e perdeu", disse Moncada à imprensa no mesmo tribunal, ao final da audiência.

Por enquanto, não se sabe se a ExxonMobil apresentará um recurso de apelação contra a decisão judicial.

A ExxonMobil, o maior grupo petroleiro do mundo, anunciou o fevereiro passado que conseguiu com essa mesma Corte uma ordem internacional de bloqueio de ativos da PDVSA no valor de US$ 12 bilhões.

Com essa medida, o gigante americano buscava garantir o pagamento de uma eventual indenização pela nacionalização de seu projeto na Venezuela.

A medida --que inclui ativos em refinarias em Dundee (Escócia) e em Ellesmere Port (Inglaterra)-- foi tomada enquanto está pendente um processo de arbitragem em Nova York para a resolução do conflito.

Durante o julgamento deste caso, que começou em 28 de fevereiro e terminou em 6 de março, Gordon Pollock, advogado da PDVSA, reiterou que o Tribunal Superior não tem jurisdição para bloquear ativos mundiais da companhia venezuelana, devido a sua pouca presença --e da ExxonMobil-- na Inglaterra, e pediu a anulação da ordem judicial.

Catharine Otton-Goulder, advogada da ExxonMobil, alegou que esse tribunal tem poder para ditar uma ordem de bloqueio mundial de ativos e acusou a empresa venezuelana de "má fé".

A disputa começou em 1997, quando a Mobil (adquirida depois pela Exxon) e a PDVSA definiram uma associação estratégica para operar em Cerro Negro, zona situada na Faixa do Orinoco, na Venezuela, uma das jazidas petrolíferas mais ricas do mundo.

No entanto, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, emitiu no ano passado um decreto que concedia à firma estatal e suas filiais uma participação de pelo menos 60% nas novas empresas mistas que exploram o Orinoco.

Algumas companhias estrangeiras aceitaram essas condições, mas ExxonMobil negou e agora quer uma indenização pela suposta ruptura de obrigações contratuais por parte da PDVSA.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u382999.shtml

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