Angola vai ajudar a construir um novo país: São Tomé e Príncipe
- 18-Sep-2009 - 16:47
O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe convidou esta semana Estados e empresas privadas a apoiarem a transformação do país numa plataforma de prestação de serviços, de negócios e de turismo para a subregião do Golfo da Guiné.
À margem do VI Encontro das Fundações da CPLP, que decorreu na quarta-feira e ontem na capital são-tomenses, Joaquim Rafael Branco disse que o “ciclo do cacau terminou”, o que levou o governo a procurar “uma nova visão” para ultrapassar “as grandes dificuldades” actuais e “iniciar um novo ciclo económico”.
Desenhando o perfil de São Tomé e Príncipe como uma economia que dependeu da produção e exportação de cacau e café nos últimos séculos, o chefe do governo defendeu que se aproveitem as mais-valias do arquipélago em termos de posição geoestratégica e sistema político consolidado, que tem “uma população amável e uma natureza generosa”.
Por outro lado, o país, que partilha a exploração de petróleo nas águas conjuntas com a Nigéria, terá em breve o estatuto de zona franca “offshore”.
Para trilhar esse caminho, onde se “perfilam todas as expectativas, das mais felizes e das que preocupam mais”, o governo de Rafael Branco conta com o apoio de parceiros essenciais – Angola e Portugal.
“São duas parcerias estratégicas que estabelecemos: com Angola em África e com Portugal na Europa, sem minimizar a importância dos países vizinhos e das relações que temos com os mais variados países do mundo”, disse.
“A relação estratégica com Angola e Portugal é fundamental, porque se baseia nos laços de história, de cultura e de identidade, aliados a uma vontade política de participar no desenvolvimento de São Tomé e Príncipe”, salientou o governante.
A mudança de ciclo económico depende também da captação de investimento privado, estrangeiro e nacional, já que prevê a construção de um porto de águas profundas, a renovação do aeroporto, investimentos para melhorar o fornecimento de energia, as telecomunicações, as infra-estruturas turísticas e na formação dos recursos humanos nacionais.
“Nos projectos principais desta nova visão para o país há lugar para os Estados e para empresas privadas”, disse, acrescentando que, ao nível institucional, Portugal apoia São Tomé e Príncipe no ensino, e das empresas, a Sonangol é “parceira importante em vários desses projectos”.
“Mas há lugar para todos os outros.
Estamos convencidos que vai haver oportunidades para empresas portuguesas, angolanas e são-tomenses na construção desse novo país, desse novo ciclo que queremos para São Tomé e Príncipe”, realçou o chefe do governo, exemplificando que vai ser uma empresa francesa a construir o porto de águas profundas.
Em São Tomé e Príncipe, um país arquipelágico de cerca de 1.000 quilómetros quadrados e com 160 mil habitantes, há empresas angolanas ou de capital misto a operar na área da banca, combustíveis, imobiliário e de transportes aéreos.
Fonte: O País
"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."
Ignácio Ellacuría
domingo, 25 de outubro de 2009
São Tomé e Príncipe quer superar o ciclo do cacau, onde está o Brasil no projeto?
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