"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

terça-feira, 1 de maio de 2007

O tempo, o cristianismo criou o tempo

Ontem estava lendo um livro chamado "Padres do deserto. Homens embriagados de Deus" de Jacques Lacarrière. o livro trata do cristianismo primitivo especialmente no Egito, ou seja, o cristianismo copta que é adepto do monofisismo e considerado herético, o foco do texto são os monges do deserto, os que abandonam tudo para viverem no deserto, a utor busca explicar as razões pelas quais o cristinianismo se desenolveu com estas características naquela região. Logo no início do livro já encontri uma frase muito interessante:
"Para os gentios - em outras palavras, os pagãos -, vivendo num Tempo cíclico em que as cerimônias religiosas, as festas, os sacrifícios recomeçavam infatigavelmente os mesmos eventos primordiais, no seio de um universo que se repete, logo, de um universo eterno, o cristianismo trazia a brusca, angustiante reveleção de um Tempo que progride, evolui, se consuma, de um universo em transformação e, portanto suscetível de acabar um dia."
É interessante como antes do cristianismo não existia a idéia de tempo linear, de evolução, para todas as grandes civilizações anteriores, o tempo era entendido como cíclico, sempre se repetindo, talvez daí venha a idéia da reencarnação. Com o cristianismmo surge a idéia de evolução, desenvolvimento, e história como fatos contínuos. De fato, foi santo Agostinho que fundou teoricamente a história linear ao escrever "A Cidade de Deus", e colocar o encontro entre a Cidade de Deus e a Cidade dos Homens como o fim da história. Então a história passa a ser um contínuo que vai da separação entre o homem e Deus até o reencontro do homem com Deus. Com a laicização do mundo, Deus desaparece do fim da história, mas a história se mantém linear e no fim da história está a plena libertação do homem, seja isso comunismo, liberalismo, república, dependendo da corrente teórica do autor. A idéia de história cíclica continua existindo dentro de minorias religiosas, mas não tem nenhuma relevância do ponto vista intelectual e científico.

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