"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."
Ignácio Ellacuría
quinta-feira, 31 de maio de 2007
O passado sempre parece ter algo bom!.Parece!
China e EUA disputam Angola!
Maluf angolano
http://www.jornaldeangola.com/artigo.php?ID=62365
El País: sociedade com o Lula?
Agora o Brasil dominará o mundo!
Sem espaço para idealismos!
A Paz no Mundo segundo Economist Intelligence Unit
A Economist Intelligence Unit unidade do grupo da revista The Economist fez um relatório sobre a paz no mundo considerando questões internas e externas. O mapa sintetiza os dados e abaixo segue a lista dos países por ordem de pontuação do mais pacífico para o mais conflituoso. Prestem atenção abaixo de quem o Brasil foi colocado.
Rank Country Score
1 Norway 1.357
2 New Zealand 1.363
3 Denmark 1.377
4 Ireland 1.396
5 Japan 1.413
6 Finland 1.447
7 Sweden 1.478
8 Canada 1.481
9 Portugal 1.481
10 Austria 1.483
11 Belgium 1.498
12 Germany 1.523
13 Czech Republic 1.524
14 Switzerland 1.526
15 Slovenia 1.539
16 Chile 1.568
17 Slovakia 1.571
18 Hungary 1.575
19 Bhutan 1.611
20 Netherlands 1.620
21 Spain 1.633
22 Oman 1.641
23 Hong Kong 1.657
24 Uruguay 1.661
25 Australia 1.664
26 Romania 1.682
27 Poland 1.683
28 Estonia 1.684
29 Singapore 1.692
30 Qatar 1.702
31 Costa Rica 1.702
32 South Korea 1.719
33 Italy 1.724
34 France 1.729
35 Vietnam 1.729
36 Taiwan 1.731
37 Malaysia 1.744
38 United Arab
Emirates 1.747
39 Tunisia 1.762
40 Ghana 1.765
41 Madagascar 1.766
42 Botswana 1.786
43 Lithuania 1.788
44 Greece 1.791
45 Panama 1.798
46 Kuwait 1.818
47 Latvia 1.848
48 Morocco 1.893
49 United Kingdom 1.898
50 Mozambique 1.909
51 Cyprus 1.915
52 Argentina 1.923
53 Zambia 1.930
54 Bulgaria 1.936
55 Paraguay 1.946
56 Gabon 1.952
57 Tanzania 1.966
58 Libya 1.967
59 Cuba 1.968
60 China 1.980
61 Kazakhstan 1.995
62 Bahrain 1.995
63 Jordan 1.997
64 Namibia 2.003
65 Senegal 2.017
66 Nicaragua 2.020
67 Croatia 2.030
68 Malawi 2.038
69 Bolivia 2.052
70 Peru 2.056
71 Equatorial
Guinea 2.059
72 Moldova 2.059
73 Egypt 2.068
74 Dominican
Republic 2.071
75 Bosnia and
Herzegovina 2.089
76 Cameroon 2.093
77 Syria 2.106
78 Indonesia 2.111
79 Mexico 2.125
80 Ukraine 2.150
81 Jamaica 2.164
82 Macedonia 2.170
83 Brazil 2.173
84 Serbia 2.181
85 Cambodia 2.197
86 Bangladesh 2.219
87 Ecuador 2.219
88 Papua New
Guinea 2.223
89 El Salvador 2.244
90 Saudi Arabia 2.246
91 Kenya 2.258
92 Turkey 2.272
93 Guatemala 2.285
94 Trinidad and
Tobago 2.286
95 Yemen 2.309
96 United States
of America 2.317
97 Iran 2.320
98 Honduras 2.390
99 South Africa 2.399
100 Philippines 2.428
101 Azerbaijan 2.448
102 Venezuela 2.453
103 Ethiopia 2.479
104 Uganda 2.489
105 Thailand 2.491
106 Zimbabwe 2.495
107 Algeria 2.503
108 Myanmar 2.524
109 India 2.530
110 Uzbekistan 2.542
111 Sri Lanka 2.575
112 Angola 2.587
113 Cote d'Ivoire 2.638
114 Lebanon 2.662
115 Pakistan 2.697
116 Colombia 2.770
117 Nigeria 2.898
118 Russia 2.903
119 Israel 3.033
120 Sudan 3.182
121 Iraq 3.437
Brasil como sócio estratégico da UE
Procura-se Berzoini!
http://www.sana.org/eng/21/2007/05/30/120835.htm
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Mosteiro de São Bento
A Praça da Sé é a síntese do Brasil
Ontem eu estava andando pela Praça da Sé e observando o Brasil. Uma enorme Catedral Católica que reflete o domínio católico no Brasil. Logo adiante três rodas de pessoas tendo no centro de cada uma um missionário, alguém tentando converter os transeuntes
Irã e EUA
Gás na Argentina e no Chile, e a Bolívia
Banco do Sul e o Paraguai
http://www.lanacion.com.py/noticias.php?not=160449
Robert Zoellick e o Banco Mundial
Míssil russo, míssil anti-americano
terça-feira, 29 de maio de 2007
Gilmore Girls
Atualmente as minhas séries preferidas são Law and Order (nas três versões), House, Monk, Close to Home, Cold Case, Boston Legal (Justiça sem limites), The West Wing, Friends, tentei gostar de Heroes, mas não consegui. Lost não me interessa. Só gostei das duas primeiras temporadas de The O.C, as duas últimas desisti de assistir. Séries divertidinhas: Psych, Old Christine, Two and a half men, According to Jim, Everybody hates Chris, Everybody loves Raymond. Agora a melhor série é sem dúvida Gilmore Girls, a última temporada foi uma passo fora do compasso, e a atual temporada começou mal, mas se recuperou. Os diálogos insólitos são muito divertidos, personagens inverossímeis sem que as piadas sejam de tipo pastelão. A Lorelai é uma grande personagem, teve diálogos memoráveis com o Luke e com a sua mãe, Emily. É uma pena que está chegando ao fim e que as reprises da Warner não estejam começando pelo primeiro episódio da primeira temporada.
No Congresso baixaria não tem limite
Comentário tardio: Menem
Venezuela: A Revolução não será televisionada
http://www.youtube.com/view_play_list?p=DB51597A34FF6E89
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Não brindemos à ignorância ou Maria Hermínia Tavares de Almeida
Agora quanto aos municípios. O Giannetti tem razão quando diz que temos muitos munícipios financeiramente inviáveis. Mas os municípios foram criados de forma descontrolada inclusive pelo governo dele, o de FHC. E agora o que fazer? Parar de fornecer recursos para estes municípios e deixar a vida da população se deteriorar para um patamar pior do que já é? É claro que o Brasil deveria ter menos municípios, mas mesmo que houvesse ainda haveria transferência de recursos para os municípios, o que o Giannetti critica é inerente a solidariedade federativa. Não há o que fazer exceto buscar melhorar os mecanismos de gestão dos recursos públicos e tentar conscientizar a população da necessidade de fiscalizar as ações dos governos municipais.
Serra do Roncador
Esvaziamento da esquerda
domingo, 27 de maio de 2007
Futebol brasileiro, futebol ruim
Vampeta é Corinthiano mesmo!
Contenha a inveja
Uma mulher para presidente do Paraguai e a Virgem Maria
RCTV
Escravo na Islândia?
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=244007&idselect=10&idCanal=10&p=200
Isso é a CPLP!
É de sentar e chorar!
http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=17790&catogory=Mo%E7ambique
O Irã gosta de criar problemas
Manias de Grandeza
http://www.turkishdailynews.com.tr/article.php?enewsid=74172
Espiões e a hipocrisia
O Paquistão e a Índia fizeram um acordo para trocar informações geradas pela espionagem sobre atividades terroristas. Agora, o Paquistão acusa a Índia de não estar fornecendo as informações.
A soberania é claramente a hipocrisia organizada como define Krasner. Um é hipócrita o suficiente para violar a soberania do outro através da espionagem ao mesmo tempo que exige que o outro cumpra as normas internacionais. No outro caso, um país em permanente estado de guerra com outro quer que acreditemos que ele repassa informações sobre o inimigo do inimigo para o inimigo. E que para sua surpresa, o seu inimigo não pratica a reciprocidade. Este é o mundo, o idealismo quando se materializa não passa de hipocrisia. Talvez a grande diferença do Irã é que ultimamente não está com muita paciência para ser hipócrita.
Indianos ou brasileiros?
http://o3.indiatimes.com/india_poised_india_shining/archive/2007/05/22/4355167.aspx
De volta ao Irã!
sábado, 26 de maio de 2007
Jornalistas? Uma nova profissão de vida dupla!
Como decorrência das operações da Política Federal que desbaratou uma rede de corrupção e da insuportável Revista Veja descobriu-se as relações do presidente do Senado, Renan Calheiros, com empreiteiros. No que me cabe, não há surpresa com o fato que Calheiros seja corrupto, o que se esperava de alguém que foi da tropa de choque de Collor, foi ministro da Justiça de FHC e, apesar de ser de Alagoas, um estado pequeno, conseguiu se tornar uma liderança importante do PMDB. Esquisito é os políticos e a mídia se surpreenderem com a descoberta que Renan Calheiros sobrevive do dinheiro alheio para favorecer interesses privados.
O que me choca no caso Renan Calheiros é outra coisa. Um dos destinos dos recursos que Calheiros teria recebido era pagar a pensão alimentícia para uma filha que ele teve com a amante. Pouco importa que ele tenha amante e ela seja favorecida pela corrupção. O problema é que ela é JORNALISTA e isto virou uma praga no Brasil. As jornalistas em Brasília têm como segunda profissão serem AMANTES de políticos. E uso a palavra amante para ser suave, são piores do que isso. O FHC mantinha a sua amante com o filho bastardo em Portugal durante o seu mandato para isso não ser assunto. Apesar disso uma jornalista da Globo precisou ser transferida para Nova York durante o mandato FHC por ela estar tendo um caso com ele. A mesma amante de Renan Calheiros foi amante de Luís Eduardo Magalhães. E há outros casos. Isso nos coloca diante de um problema, os jornais no Brasil não são confiáveis, manipulam as informações; agora além de nos preocuparmos com a filiação partidária do jornalista, ou se o jornalista é corrupto, temos que nos preocupar de quem a jornalista é amante. E isso talvez explique porque não soubemos antes que Renan Calheiros é corrupto, será quantas amantes ele não tem para garantir o sigilo da ladroagem! Que triste país, por caminhos diversos todos sonham com a profissão mais antiga do mundo!
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Sobre a USP: predam o bandido e o carcereiro
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Você conhece o Leonardo?
Devo confessar que eu me poupei desta tortura!
A Igreja responde a Evo Morales
Los curas a rezar
José Gramunt de Moragas, S.J.*
Os sindicatos morreram e, ao contrário dos reis, continuam mortos!
Hoje um pouco antes das nove da manhã logo depois do Masp na avenida Paulista, havia uma manifestação dos bancários. Carro de som, gente discursando, faixas na frente dos bancos. Um suspiro do sindicalismo no Brasil. Já disse aqui como a CUT e a Força Sindical traem os trabalhadores. Falemos dos sindicatos dos bancários.
No início dos anos 90, os bancários ainda faziam greve, conseguiam aumentos salariais significativos. Os bancos mataram o sindicato dos bancários com a informatização. O enfraquecimento dos bancários junto com o enfraquecimento dos metalúrgicos etc. matou uma parte do futuro do Brasil, porque estes sindicatos passaram a olhar para o próprio umbigo e esqueceram o país. Chegando ao absurdo dos metalúrgicos reivindicarem incentivos fiscais para a indústria automobilística. Hoje a mobilização dos bancários é justa e necessária contra a Emenda 3, é um movimento que interessa ao país. Pena que é um movimento que não é apoiado pelas centrais sindicais, pois elas apóiam a reforma trabalhista mesmo que eventualmente digam algo
domingo, 20 de maio de 2007
O presidente da República Tcheca não é burro!
Sempre que escrevo República Tcheco lamento não poder escrever Tchecoslováquia. Logo ninguém nem saberá escrever Tchecoslováquia. Quando na faculdade numa disciplina sobre nacionalismos e fiz um trabalho sobre o Quebec descobri que sou completamente contra qualquer forma de nacionalismo separatista, sou adepto da idéia que Estados para serem viáveis devem ter um território grande.
A unidade da Ortodoxia Russa
Excelente artigo do mexicano "El Universal"
Juan María Alponte
20 de mayo de 2007
Antes de morir, Beethoven, músico asombroso, sintiendo aproximarse la parca, pronunció su despedida: "Plaudite, amici, comoedia finita est" (Aplaudid, amigos, la comedia ha terminado). Cuando su mano, alzada en el delirio, cayó sobre su pecho, resonó como un trueno y toda Viena se alzó, sobre sus cenizas doradas, para acompañarle al cementerio. Veinte mil personas, se dice, siguieron su féretro por los caminos tapados por la nieve. Con su Himno de la Alegría recorrió Mitterrand, llevando a su lado a Melina Mercuri, ¿quién no?, y una multitud, entre el Elíseo y el Pantheon. Un Pantheon de los Hombres Ilustres donde la República no ha admitido a Robespierre porque defendió el Estado con la guillotina.
En los últimos días de su vida, Stefan Zweig, exiliado en Brasil, país final de su odisea, era un símbolo: un austriaco de origen judío huyendo de la Europa nazi. El prodigioso novelista dedicó toda su atención, en esos días últimos, a un pensador, Montaigne, (1533-1592), es decir, a un emisario de la inteligencia frente a la intolerancia y los fanatismos. Hombre del siglo XVI, Montaigne evocaba ya el mestizaje del siglo XXI: "No porque Sócrates lo haya dicho, sino porque es una verdad, yo estimo a todos los hombres como mis compatriotas y abrazo a un polaco como a un francés, superando lo nacional por lo universal".
Siempre me ha sobresaltado esa elección de Zweig previa a su muerte: recordarnos a Montaigne, autor de los Ensayos. Antes de abandonar Europa, Zweig había visitado en Londres, varias veces, a Sigmund Freud, que creía confirmada, con la Segunda Guerra Mundial y el nazismo, la barbarie. "Yo había negado -le dijo a Stefan Zweig- que la cultura supere los instintos y ahora, con la guerra, se ha confirmado mi tesis de la forma más terrible: el instinto de destrucción no puede ser extirpado del alma humana". Stefan Zweig lo recordaba, en la mañana helada de septiembre de 1939, en el Golder´s Green londinense, cuando pronunció la oración fúnebre por Freud. Guardaba, Zweig, un apunte que el joven pintor Salvador Dalí, de paso por Londres, hiciera de Sigmund Freud. No se lo mostró porque el dibujo de Dalí era el retrato de un hombre al morir. Freud dijo a Dalí, después de oírle y conocerle, "que le entraba el deseo de conocer la pintura de su generación".
Zweig no pudo resistir, a su vez, la tragedia del mundo. Se suicidó con su bella y joven esposa, Lotte, en Brasil. Los brasileños lloraron en las calles de Petrópolis al saberlo. Encontraron a los dos en su lecho, tomados de la mano. No sé si había leído, Zweig, esta nota de Montaigne: "La más evidente prueba de sabiduría es la alegría constante". En 1942, con Europa ocupada por Hitler, Zweig, bajo el cielo de Brasil, creyó, cosa casi imposible de creer en Brasil, en el fin del mundo. No estamos, nosotros, en el fin del mundo, pero sí ante una inmensa necesidad de catarsis, de purificación de un modelo de comportamientos que hacen inviable la sabiduría en los términos que señala Montaigne. Esa catarsis tiene que culminarse, para evitar la barbarie, con la finalización del Pacto de Simulación. Stefan Zweig buscó esa catarsis rebelándose contra el Carnaval de Río cuando, en Europa, millones de hombres agonizaban. La agonía de Freud, en 1939, estaba, acaso, en su memoria. Había acordado Freud, con su médico -que vigilaba su cáncer- que cuando no pudiera soportarlo más "tomase las medidas adecuadas". Dice el doctor Marx Schur en su libro Freud: Living and Dying (Freud: Vida y Muerte) "que mientras estaba a su cabecera, le dijo Freud: usted me prometió que no me abandonaría cuando mi tiempo llegase. Esta tortura ya no tiene sentido". A continuación, tomándole la mano le dijo, en alemán, "Ich danke Ihnen" (Le doy las gracias) y a continuación, después de un momento de dudas, le añadió, también en alemán: "Dígaselo a Anna". Anna era su hija, que sería eminente. Añade el doctor Schur: "No mostraba la menor huella de sentimentalismo o de piedad hacia sí mismo, sino una plena conciencia de la realidad". Continúa: "Según el deseo de Freud, puse a Anna al corriente de la conversación y, cuando el sufrimiento de Freud se hizo insoportable, le apliqué la primera toma de morfina y 12 horas más tarde, la segunda. Murió a las tres de la madrugada del 23 de septiembre de 1939". Muerte asistida. Lo que llamamos eutanasia. De dos palabras griegas, eu y thanatos o "bien morir".
Estas lecturas, por caminos mentales distintos, han llegado hasta mí a la vera de las miles de ejecuciones (ninguna iluminada por el bien morir) que han invadido nuestro espacio humano sin que, de alguna suerte, hayamos superado el Pacto de Simulación. Lo que estamos viviendo es, históricamente, el fracaso de un Estado que no ha sabido cumplir con el primer fundamento de un Estado de Derecho: la seguridad de sus ciudadanos. Los episodios trágicos (y sarcásticos) que pueblan, cada día, nuestras vidas no son, solamente, la guerra entre el narcotráfico y las fuerzas del Estado. Detrás de esas "sombras" (como en la caverna platónica) no está solamente ese enfrentamiento, sino la crisis profunda y sin enigma de un Estado y una Sociedad que, por décadas y décadas, han visto destruirse el tejido esencial y, por tanto, las formas más profundas de la convivencia. Como otras veces he señalado, no es la pobreza el dilema, con la miseria (una de las connotaciones que posee la palabra mafia, miseria, que, con la de smáferi, "esbirros", conforma, entre nosotros, otra realidad diaria) que cruza la sociedad mexicana. Es, al contrario -no la pobreza- el problema de la desigualdad el centro de un proceso que, con la corrupción, deforma todas las maneras del existir como ciudadanía. Asumir que sólo hay una guerra, la del narcotráfico, es olvidar en qué escenarios sociales se ha desarrollado la Política sin la Ética. Si no somos capaces de decir "la comedia ha terminado", no encontraremos soluciones. Así le pasó a Stefan Zweig, pero nos dejó, al menos, su Montaigne. Resistió por otro camino: por el de la sabiduría. Es indispensable, frente al discurso mítico, encontrar la catarsis de la inteligencia.
O fundamentalismo religioso americano em luto!
Muerte de Jerry Falwell
Derecha religiosa perdió a su ‘imán’
Fue el artífice del triunfo republicano en EE. UU. desde 1980 con Reagan
Washington. Redacción y EFE. Así como el islamismo tiene a sus clérigos, llamados imanes, así la derecha religiosa de Estados Unidos, tan fundamentalista como algunos movimientos islámicos, tiene los suyos. Jerry Falwell fue, hasta el martes, uno de ellos.
El tele-evangelista y gestor del retorno de la política religiosa, murió el martes a los 73 años.
Falwell veía como una gran amenaza el secularismo, y, convencido de que la forma de luchar era desde el poder, fundó una organización llamada “Mayoría Moral” que, junto a la Coalición Cristiana, de Pat Roberson, alcanzaron gran influencia política a través del Partido Republicano.
El triunfo de Ronald Reagan en 1980, el de George Bush padre y también el de su hijo, se atribuyen al éxito de Falwell en reagrupar a los evangélicos a través de valores muy conservadores.
El pensamiento de Falwell se reflejó claramente dos días después de los atentados del 11 de setiembre del 2001, cuando dijo por televisión: “Los abortistas tienen que asumir su parte por esto, porque uno no se puede reír de Dios. Y cuando destruimos 40 millones de bebés inocentes hacemos enfadar a Dios”.
“A los paganos, los abortistas, las feministas, los gays y las lesbianas (...), a todos los que intentan secularizar Estados Unidos, les señalo a la cara y digo: ‘vosotros habéis contribuido a que esto pase’”.
Ese pensamiento conservador recibió gran respaldo, como lo muestran cifras citadas por el politólogo Constantino Urcuyo en un artículo para La Nación del 2004, según las cuales los evangélicos pasaron de cuatro millones en 1940 a 500 millones.
El 35% de la población de EE. UU. es hoy evangélica.
Ese capital humano fue puesto como capital electoral para el partido Republicano, a cambio de defender valores e intereses del grupo.
Tras la muerte de Falwell el diario Nuevo Herald , de Miami, se preguntaba si podrán los republicanos ahora “zafarse la coyunda de esta agenda sectaria y provinciana impuesta por el fanatismo evangélico”.
“La realidad es que estos fundamentalistas han secuestrado al Partido Republicano y, a cambio de otorgarle un respaldo que lo ha propulsado al poder, le han impuesto a sus políticos una camisa de fuerza ideológica”, señaló el diario en un editorial.
“Tiemblo al pensar dónde estaría hoy el país si la derecha religiosa no hubiese participado en la política, comentó Falwell en 1987.
La iglesia fundamentalista que inició Falwell en una planta embotelladora abandonada en 1956 se transformó en un imperio religioso cuyo foco fue la Iglesia Bautista Thomas Road, con capacidad para 22.000 personas, el programa religioso Old Time Gospel Hour transmitido en todo el país y la Liberty University, con 7.700 estudiantes.
Mais Venezuela
Solidariedade latino-americano: Estados que não pensam no poder?
Venezuela lleva campaña "Yo sí puedo" a Nicaragua
Con el apoyo de Cuba esperan enseñar a leer y escribir a 870 mil personas
Managua.- El presidente de Nicaragua, Daniel Ortega, instaló formalmente ayer el Consejo Nacional de Alfabetización que dirigirá una ambiciosa campaña para enseñar a leer y escribir a unos 870.000 adultos, informaron fuentes oficiales, reseñadas por DPA.
E a direita em júbilo comemora! O caso RCTV!
Se algum dia, a Heloísa Helena for eleita presidente da República e vencer a concessão da rede Globo, ela teria todo direito de não renovar a concessão nos termos da lei. Do mesmo modo que hoje, o Hugo Chávez, nos termos da lei, tem o direito irrevogável de cancelar a concessão da RCTV. E isto não significa tolher a liberdade de expressão. Tolher a liberdade de expressão é proibir que certas opiniões sejam veiculadas, não é o que ocorre ma Venezuela, todos os jornais falam mal do Hugo Chávez todos os dias. A mídia, inclusive a RCTV teve papel de destaque, organizou o golpe contra Chávez, fez manifestos, conclamou a população. Seria normal o Chávez voltar ao poder e punir todas, normal e legal, porque golpismo é crime, defender a quebra da ordem constitucional é crime. Mas o Hugo Chávez não fez nada contra seus detratores. Chávez pode estar se vingando agora? Pode, e não há qualquer problema nisso na medida em que a lei amparar a sua decisão.
Agora, Chávez está correto? Não, se eu fosse presidente jamais faria algo similar nas circunstâncias políticas que o Hugo Chávez sobrevive. Ele não deve fechar a RCTV não por causa da ladainha que vigora por aí sobre liberdade de expressão. Não deve fechar a RCTV, porque isto fomenta o espírito opositor no povo. Mesmo que vença e consiga fechar a RCTV, Hugo Chávez sairá enfraquecido porque o povo lamentará perder a TV, não poder assistir os seus programas preferidos. É como se qualquer presidente no Brasil cancelasse a concessão da Globo, o povo ficaria desesperado, o discurso oposicionista ganharia espaço. Hugo Chávez tem 70% de apoio na população, mas não tem liberdade para fazer o que quiser, o povo não deu carta branca. Ao insistir na decisão sobre a RCTV fez com que a oposição pudesse recuperar terreno e promover uma grande manifestação
A Bruxa de La Paz
http://www.la-razon.com/versiones/20070520_005912/nota_250_429234.htm
Que continuem sendo americanos e europeus, então!
Contra o imperialismo brasileiro!
Lula y la oposición
Lo mismo se puede decir de los empresarios. Nosotros somos teóricamente dueños de nuestro país y nada de lo que diga Lula debe poder cambiar nuestra posición al respecto de las políticas internas. La apertura de los mercados no depende de Lula, ni aquí ni en el Brasil, depende de un concepto que hemos preferido ignorar hasta ahora: La competitividad.
Ocurre que otra vez, como siempre, estamos tratando de negociar prebendas y privilegios. Negociar cupos, no libertad de comercio. Después de tres décadas de intentos de integración seguimos tratando de imponer la bilateralidad.
Todo el mundo sabe que el Brasil y la Argentina han sido preponderantes en el Paraguay desde Cerro Corá. Y nos ha ido de mal en peor. Los cincuenta años han sido de hegemonía brasileña apenas disfrazada. Y ahora, que se vislumbra una nueva aurora, acudimos en masa ante el Emperador a solicitarle instrucciones.
¿Merecemos realmente ser independientes? Cuando le digo esto a los políticos me dicen que "la política es administración de realidades" y la hegemonía brasileña es una realidad, que sin el Brasil no se puede gobernar el Paraguay. Entonces ¿merecemos realmente ser independientes?
Brasil pone, quita y determina gobiernos en el Paraguay. Lula vendrá a averiguar quién es más sumiso y traidor para apoyarlo; no hará otra cosa, y parece que el apoyo brasileño es fundamental para ganar elecciones; ellos tienen la clave original que permite cargar las urnas electrónicas que definirán las elecciones, sea lo que fuere que los paraguayos voten. El caballo de Troya fue aceptado y ya ha dado el resultado esperado. Nicanor es presidente sin haber ganado las internas y Alderete usurpa la Junta de Gobierno de la ANR haciéndose pasar como "interino".
No hay un solo político, que yo sepa, que se atreva a decir "Me entrevistaré con Lula cuando sea presidente y para hablarle de igual a igual". Ninguno. Todos reconocen la hegemonía brasileña como una realidad irreversible, que les obliga a hablar con Lula haciendo reverencias y luego caminando hacia atrás para no darle la espalda. Un pronunciamiento de esos puede determinar que ese político desaparezca de la escena, sepultado por votos cibernéticos.
Lula se ha dado el gusto de decir al gobierno y a los políticos que viene de visita de cortesía y no negociará nada de nada, y nadie, vuelvo a repetir, nadie, dijo esta boca es mía. Otro país, Uruguay por ejemplo, le hubiera dicho: "Si no viene a negociar, no es necesario que venga".
Si las cosas siguen como están y no hay cambios radicales, dentro de una década sobre el Palacio de López ondeara la bandera del Brasil. Primero les entregamos nuestro comercio; les entregamos nuestras leyes y nuestra Justicia se le sometió; ahora les estamos entregando nuestra energía por un puñado de dólares; pronto entregaremos nuestras tierras y enseguida la independencia. Antes de cumplir dos siglos, la habremos dilapidado.
Cuando venga Lula habrá alfombra roja y cortesanos empujándose para aparecer en las fotografías, como corresponde a una visita imperial.
Paraguai e o expansionismo brasileiro
Segundo, o jornal descreve o expansionismo brasileiro como fruto da aliança com os EUA em relação ao etanol. Nos dados que eles apresentam, o Paraguai produz mais etanol que o Brasil. Apesar do interesse do Brasil em investir no Paraguai neste momento, o jornal lembra que o governo FHC fez a mesma promessa, assinou acordos relacionados ao etanol e tudo ficou no papel.
Terceiro, colocam a questão se não seria essa apenas mais uma parceria que destriria o Paraguai como foi o caso da invasão brasileira em função da soja, que destruiu as pequenas propriedades, expulsou os camponeses do campo, empobreceu a agricultura familiar, acelerou o desflorestamento, e aumentou a emigração.
Por fim, defende que a questão das tarifas alfandegárias do Brasil são a questão mais importante para o Paraguai.
O Peru ainda sente
http://www.apostolado-angola.org/articleview.aspx?id=443
Angola: disputada pelos EUA e China ou o país que ninguém quer?
RUMOS DA POLÍTICA AMERICANA SOBRE ANGOLA
Os Estados Unidos dizem não estar preocupados com a presença chinesa em Angola, mas gostariam que houvesse transparência na forma como os dois países fazem negócios.
Frank G. Wisner, diplomata americano de carreira, exprimiu esta posição em teleconferência que concedeu em directo a partir de Washington a jornalistas concentrados ontem no final da tarde na embaixada americana em Luanda.
O também enviado especial de Washington no Kosovo é um dos presidentes da Comissão do Conselho de Relações Exteriores (CRE) que redigiu o relatório intitulado "Com Vistas a Uma Estratégia para Angola: Prioridade para as Relações entre Angola e os Estados Unidos da América", recentemente divulgado na capital americana.
Na teleconferência, Wisner destacou a alvitre da Comissão no sentido de «os investimentos de qualquer nação ou empresa em Angola, desde o trabalho na reconstrução, até aos acordos em matéria de petróleo, sejam transparentes, visíveis de forma a criarem confiança».
Frisou ainda que «Comissão independente que elaborou o relatório a pedido do CRE, um dos mais conceituados "think tanks" (núcleos de reflexão) de Washington, exorta o governo norte-americano a assumir a responsabilidade de dialogar com a República Popular da China».
Data para as eleições
Em relação aos problemas da democracia angolana e aos relatos de violações de direitos humanos, Wisner insistiu que «o relatório contém factos e recomendações e procura evitar os juízos de valor».
Admitiu que seria bom «andar para a frente com a data das eleições porque não ajuda à imagem exterior do país».
«O relatório considera que a marcação de uma data para as eleições e o estabelecimento de estruturas que assegurem eleições livres e justas é um passo necessário que deve ser dado pelo governo angolano para fortalecer as bases sobre as quais construir e aprofundar as relações entre os Estados Unidos e Angola», estimou ainda o teleconferencista.
http://www.apostolado-angola.org/articleview.aspx?id=443
Não está no mapa? Não, não está!
Tentando ser intelectual através do dinheiro
Em outro post eu afirmei que depois falaria sobre Luiz Carlos Bresser Pereira. O Bresser se tornou um intelectual graças ao fato de trabalhar no Pão de Açúcar e se tornou ministro pela mesma razão. Com seu alto salário financiou a publicação de suas obras, criou um centro de estudos e uma revista que publica os seus artigos, mas especialmente permite que ele publique o dos outros e consolide as relações de amizade. No entanto, ele não conseguiu alcançar prestígio intelectual, é pouco lido, pouco citado e quando é, normalmente é para ser criticado. A falta de prestígio dele é inversamente proporcional ao ego. O Bresser se considera como o fundador das principais correntes de pensamento do país desde os anos 60. Ele se considera um dos pais da teoria da dependência na versão FHC, se considera um dos criadores da teoria da inflação inercial, se considera fundador de uma nova corrente que sustentaria as reformas estruturais no Brasil, se considera também pai de uma nova visão do Estado. Só há um problema ninguém, mas ninguém mesmo concorda com isso. Por isso como eu disse em outro post, ele promoveu na Argentina um seminário em sua própria homenagem. Esta é outra característica do Bresser se no Brasil ninguém o respeita intelectualmente, no exterior ele tem penetração em alguns pequenos nichos específicos.
Outro que não te qualquer respeito intelectual é o nosso grande ministro da Fazenda Guido Mantega. Na minha qualificação de mestrado exigiram que tirasse as menções a ele. E estavam certo apesar das razões para o professor ter dito isso não serem nobres.
André Gunder Frank
Diante do que o mundo é, ser pessimista é pouco!
Alguns presidentes são excelentes ex-presidentes
Islamismo militante
http://www.chinadaily.com.cn/world/2007-05/20/content_876320.htm
sábado, 19 de maio de 2007
A loucura do poder ou monumento ao erro?
http://www.chinadaily.com.cn/world/2007-05/20/content_876346.htm
China, internet e desrespeito ao professor
Em Brasília, na faculdade onde dei aulas trabalhava uma professora cubana. Ela sempre dizia, em Cuba, se o professor estiver na sala nem o ministro da Educação nem Fidel Castro entram sem serem autorizados, aqui aluno e entra e sai da sala e não diz nada. Ela achava, por exemplo, um horror um aluno tirar o calçado dentro da sala de aula, certo dia ela se revoltou pegou os calçados de um aluno e jogou para fora da sala. Eu sempre dizia para ela não se preocupar porque no Brasil no máximo se pode contar com alunos brasileiros mesmo, não há o que ser feito, não há como ter educação cubana.
Não acredito no que vou dizer!
Não acredito que irei recomendar que alguém leia Luiz Carlos Bresser-Pereira, mas farei isso, o que ele diz na entrevista abaixo puclicada na Folha é bastante pertinente.
19/05/2007 - 20h35
Para Bresser, Brasil deve crescer pouco
CRISTIANE BARBIERI
da Folha de S.Paulo
O ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira lança, nesta semana, o livro "Macronomia da Estagnação". Resultado de sete anos de pesquisas sobre a economia brasileira, o livro faz sérias críticas ao modelo que orientou a política econômica brasileira nos últimos anos.
Bresser propõe em seu livro o que chama de "terceiro discurso". O novo desenvolvimentismo, como foi batizado, seria um modelo intermediário entre a ortodoxia "ditada pelo Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial para os países em desenvolvimento" e o velho desenvolvimentismo, baseado na forte intervenção do Estado na economia.
Para ele, o Brasil vive hoje "numa armadilha, um ciclo vicioso formado pelos juros altos, baixa taxa de câmbio e ajuste fiscal frouxo". Ele recebeu a Folha para a seguinte entrevista:
Folha - O que é o novo desenvolvimentismo?
Luiz Carlos Bresser-Pereira - É um terceiro discurso entre a ortodoxia convencional e o velho desenvolvimentismo. A ortodoxia é o conjunto de diagnósticos, recomendações e pressões que os países ricos, por meio do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, fazem aos países
Folha - O segundo mandato do governo Lula está dando passos nessa direção?
Bresser - Estou mais otimista e esperançoso em relação ao segundo governo Lula. Ele montou um ministério competente. O ministro da Fazenda [Guido Mantega] é muito melhor do que o primeiro ministro, não tem comparação. No BNDES, temos o Luciano Coutinho e, no FMI, o Paulo Nogueira Batista, excelentes economistas. O PAC não resolve nossos problemas mas é um passo correto.
Folha - Por que não resolve?
Bresser - Porque o que não fizemos ainda foi mudar a política macroeconômica. Esse é o tema fundamental do livro, que está todo organizado em cima da taxa de câmbio, da taxa de juros, da taxa de inflação e do ajuste fiscal.
Folha - As tão faladas reformas estruturais não são essenciais para o crescimento mais vigoroso?
Bresser - Elas são importantes, mas não é por falta de reformas que o Brasil não está crescendo. Estamos fazendo reformas como devem ser feitas,graduais. O Brasil não cresce porque não consegue uma verdadeira estabilidade macroeconômica.
Folha - Como assim?
Bresser - A ortodoxia define estabilidade macroeconômica como estabilidade de preços. Ganhamos muitos elogios vindos do Norte por isso mas, o fato de estarmos quase estagnados há 27 anos não importa.
Folha - O que é, então, a estabilidade macroeconômica?
Bresser - É ter estabilidade de preços, taxa de juros moderada que garanta o equilíbrio fiscal, taxa de câmbio competitiva que garanta o equilibrio das contas externas e, finalmente, o pleno emprego. Hoje temos inflação controlada e, no momento, equilíbrio das contas externas. Mas estamos com sofrendo da doença holandesa que é incompatível como o equilíbrio das contas externas a longo prazo.
Folha - O que é a doença holandesa?
Bresser - É a doença que atinge os países produtores de petróleo ou que têm recursos naturais abundantes e baratos, como ferro e agronegócios, no Brasil. Chama-se doença holandesa porque, na década de 1960, foi descoberto gás de petróleo na Holanda e a taxa de câmbio começou a se valorizar. Com isso, perceberam que o país estava ameaçado de trocar a Philips, por exemplo, pelo gás de petróleo.
Folha - Por que?
Bresser - Porque países que sofrem da doença holandesa têm dinheiro, mas as indústrias que estejam utilizando tecnologia no estado da arte internacional são impedidas de serem competitivas por causa da apreciação do câmbio.
Folha - Qual foi a solução?
Bresser - Eles colocaram um imposto de exportação no gás e trouxeram a taxa de câmbio para patamares mais próximos do interesse de toda indústria.
Folha - Colocar um imposto em setores fortemente exportadores não vai contra tudo o que o país faz hoje? O barulho não seria enorme?
Bresser - Esse imposto causa um receio muito grande nos exportadores mas sem motivo. Atividades como mineração e agronegócio são muito importantes para o Brasil. São tecnologicamente sofisticadas, com empresários modernos e competentes. Se colocarmos um imposto de R$ 0,50 sobre uma taxa de câmbio de R$ 2, eles não perdem nada. Ao contrário, até ganham um pouco na venda de seus produtos com o câmbio valorizado. E toda a economia em geral ganha mais.
Folha - O senhor citou o caso da Holanda na década de 1960. Funcionaria nos dias de hoje, da economia globalizada?
Bresser - O Chile faz isso hoje com o cobre. Mas quem faz isso com maestria é a Noruega, que descobriu petróleo no Mar do Norte, 20 ou 30 anos atrás. O dinheiro do imposto de exportação foi colocado num fundo de títulos e ações internacionais. Assim, o dinheiro não entra na economia e não pressiona câmbio e inflação. Só o rendimento líquido desse fundo entra na Noruega.
Folha - Por que o senhor diz que o brasileiro é hoje um refém?
Bresser - Os brasileiros são reféns porque a ortodoxia ameaça o tempo todo: "se vocês baixarem os juros, a inflação volta". Mentira! Volta coisa nenhuma! Se fizerem o que proponho e isso envolve depreciação da taxa de câmbio, a inflação vai voltar um pouco, sim.
Folha - Mas isso não é arriscado?
Bresser - A inflação sobe um pouquinho e depois volta para baixo se os preços públicos forem desindexados.
Folha - Economistas dizem que suas idéias pertencem ao passado.
Bresser - Sei que vou ser chamado de nacionalista atrasado. Ser nacionalista é vestir a camisa do seu país. É entender que no mundo da globalização existe a possibilidade e a necessidade da cooperação entre povos e nações, mas que a regra fundamental é da competição.
Folha - O que isso significa?
Bresser - O capitalismo é baseado na competição não apenas entre empresas, mas também entre os Estados-nação. Se a globalização é uma grande competição, o desenvolvimento econômico é o sucesso dessa competição. Nós estamos fracassando miseravelmente há 27 anos. Estamos ficando para trás, para trás e para trás.
Folha - Por que?
Bresser - Com a crise dos anos 80, o Brasil perdeu a idéia de nação e voltou a aceitar uma estratégia dada pelos concorrentes, que não têm interesse em que sejamos bem-sucedidos.
Folha - Qual é a solução?
Bresser - Há países que estão crescendo extraordinariamente, como China, Índia, Malásia, Rússia e, agora, Argentina porque têm estratégias nacionais de desenvolvimento a seu modo, definindo sua taxa de câmbio, pondo juros a níveis civilizados, com ajuste fiscal e um pouco de política industrial.
Folha - No seu livro, o senhor diz que esses fatores levaram o Brasil a uma armadilha.
Bresser - O Brasil vive uma armadilha de altos juros, baixa taxa de câmbio e ajuste fiscal frouxo. O Brasil só voltará a crescer quando tiver taxa de juros moderada, câmbio competitivo e um ajuste fiscal para valer, como estão fazendo esses países.
Folha - Como romper esse ciclo?
Bresser - A coisa fundamental hoje para o Brasil é neutralizar a doença holandesa. Para isso, o câmbio tem de ser administrado, mantendo-o flutuante. Sou contra voltar o câmbio fixo, mas deve-se mantê-lo flutuante. Já se viu que a compra de reservas não é suficiente. Mas pode-se fazer com controle de entradas. Há países que têm feito isso sistematicamente. Não funciona 100%, mas razoavelmente bem.
Folha - Não é intervencionismo demais?
Bresser - Insisto muito na idéia de que hoje a intervenção que o Estado precisa fazer na economia é muito menor do que antes. O Brasil estava num outro estágio de desenvolvimento. Se você fizer uma política econômica decente, neutralizar a doença holandesa e alguma política industrial, também limitada, como nossos concorrentes fazem, a coisa funciona perfeitamente. O mercado é que vai coordenar a economia.
Folha - As palavras ajuste fiscal estão presentes em todo discurso de quem se identifica com as teorias das quais o senhor discorda. Por que o senhor diz que, no fundo, no fundo, eles não querem o ajuste fiscal?
Bresser - Não é no fundo, no fundo. É no raso, no raso mesmo. A ortodoxia não tem interesse em que o ajuste fiscal aconteça. Primeiro, eles não usam o conceito de déficit público porque inventaram o superávit primário, para esconder os juros. Mas é uma conta é simples. Para o Brasil zerar o déficit público teria de ter um superávit primário de 7,5% a 8% do PIB, que é o que ele paga de juros reais. No entanto, eles colocam como meta de superávit 4,25% e aceitam 3% a 3,5% de déficit público. Estão fazendo um ajuste frouxo. Para fazer ajuste duro, tem de cortar despesas corrente do Estado, mas tem de cortar os juros também.
Folha - É possível baixar as taxas de juros como o senhor propõe?
Bresser - Claro, só tem de fazer a reforma. O setor financeiro faz suas ameaças, dizendo que eles pararão de financiar o Estado e a dívida não rolará.
Folha - Que reforma?
Bresser - A reforma não é reduzir juros de uma hora para outras, mas determinar a suspensão definitiva da emissão de qualquer título pós-fixado. Os títulos que estão nos bancos continuarão sendo honrados, mas vão acabando e sendo substituídos por novos que não são pós-fixados.
Folha - Não haveria uma gritaria?
Bresser - Os investidores vão reagir no começo, mas eles não têm onde por o dinheiro e continuarão financiando o governo. Não há perigo.
Folha - Por que o senhor considera o câmbio o problema mais importante do Brasil?
Bresser - O câmbio se valoriza nos países em desenvolvimento por quatro razões. Uma, política, é que, valorizada, ela aumenta salário e facilita a reeleição dos governantes, enquanto não resultar numa crise. Outra é que a taxa de câmbio valorizada abaixa a inflação. Essas duas coisas, juntas, dão origem ao chamado populismo cambial.
Folha - Quais são as outras?
Bresser - Uma é a doença holandesa. Mas, a razão mais grave é a aceitação, pelos países em desenvolvimento, da política recomendada pela ortodoxia convencional de crescimento com poupança externa. A tese foi dita e repetida infinitamente no Brasil nos anos 90: que o país só poderia crescer se tivesse acesso à poupança externa. Isso é uma grande tolice. Quando você recorre à poupança externa pensa que está aumentando o investimento mas não, você está aumentando principalmente o consumo.
Folha - Como assim?
Bresser - Há uma alta taxa de substituição da poupança interna pela externa. No Brasil dos anos 90, essa taxa foi mais de 100%. É uma substituição total. É um desastre para o país.
Folha - O senhor diz que seu livro não foi escrito apenas para economistas. É comum em outros países a população entender tão a fundo teoria econômica?
Bresser - Quanto mais forte for o Estado, suas instituições e a organização do Estado que garante essas instituições, menos você precisa de governo. Na Suíça, por exemplo, imagino que o debate econômico deva ser muito pequeno porque as questões nacionais são garantidas pelo Estado. Já num país como o Brasil, o Estado ainda não está bem organizado, as instituições que o Estado garante e define não estão bem formuladas, de forma que o governo é muito decisivo.
Folha - É possível comparar o crescimento atual do Brasil com o da China? Ela não está vivendo agora um período bem-sucedido pelo qual passamos há muitos anos?
Bresser - Brasil e China estão em desenvolvimento, sua renda por habitante é muito menor do que os países ricos. Temos uma faixa empresarial importante, uma classe média grande e instituições razoáveis, mas deveríamos crescer a taxas bem mais elevadas para alcançarmos os países ricos.
Folha - Por que o senhor diz que o Brasil precisa ter um sentimento de nação para voltar a crescer?
Bresser - Uma nação é um grande acordo entre empresários, trabalhadores, classe média e os técnicos do governo, a burocracia pública e os intelectuais. Todos eles podem ter conflitos entre si, debates mas, quando se trata de competir internacionalmente eles estão juntos. E têm uma estratégia nacional para competir, portanto. Não é tudo escritinho, mas todos sabem para onde vão e como estão indo. O governo tem de criar condições favoráveis para ao investimento privado, ao mesmo tempo em que monta uma sociedade mais equilibrada, por meio de uma série de compromissos feitos entre os grupos. É isto que todos os países fazem e é isto que perdemos a capacidade de fazer no momento em que nos subordinamos à ortodoxia convencional. Aceitamos essa taxa de câmbio, essa taxa de juros e todos os elogios que recebemos todos os dias dos representantes de Washington, Nova York, Paris, Londres, Frankfurt. O que me interessa é voltar a crescer e este livro é uma tentativa de contribuir para o debate sobre esse assunto.