"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Japão: entre o keynesianismo e a via chinesa

Japão: entre o keynesianismo e a via chinesa

Escrito por Corival Alves do Carmo

01-Abr-2009

Em duas décadas o Japão passou da mais dinâmica economia capitalista, de modelo de desenvolvimento econômico comandado pelo Estado para a principal vítima da dinâmica financeira contemporânea. A década de 90 foi aberta com a crise financeira pesando sobre as principais economias desenvolvidas, desvalorizações cambiais.

Os ataques especulativos contra a lira italiana e a libra inglesa fizeram a fama de George Soros. Mas na medida em que se avançou na década de 1990, os EUA e a Europa conseguiram estabilizar as suas economias, a União Européia retomando inclusive o processo de integração monetária. A grande exceção foi o Japão.

As crises financeiras do início da década de 1990 deixaram a economia japonesa bastante combalida. Os bancos japoneses precisaram de receber forte apoio do governo. O Japão entrou numa situação de dilema de liquidez. Muitos recursos disponíveis, taxa de juros reais negativa a maior parte do tempo, baixo crescimento econômico, e ineficácia dos pacotes de estímulo da economia introduzidos pelo governo. O Japão consolidou-se na liderança mundial em relação ao déficit público, resultando num endividamento público crescente. A dívida pública japonesa representou 153% do PIB em 2008.

A economia japonesa se arrastou durante toda a década de 90 iniciando uma tímida recuperação apenas nos anos 2000, e ainda assim cresceu sempre abaixo da média das economias desenvolvidas. Além dos efeitos do baixo crescimento econômico interno, o Japão sofreu as conseqüências do deslocamento da sua economia pela China. A crescente importância da China como fornecedor de bens para os EUA, a integração da China com as economias do sudeste asiático, tudo isso significou uma reordenação da posição do Japão na economia mundial. Ou seja, a economia japonesa já se encontrava fragilizada antes mesmo da crise do subprime norte-americano se difundir por toda a economia mundial.
No último trimestre de 2008 o PIB caiu mais de 12% em comparação com o último trimestre de 2007. Comparado ao trimestre anterior a queda no PIB no último trimestre de 2008 foi de 3,2%. A pior retração da economia desde o choque do petróleo em 1973. Em 2008, o PIB japonês já acumulou uma baixa de 0,6% e as expectativas não são melhores para 2009.

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