Lula proporá à China o uso do yuan e do real nas suas relações comerciais. Isto significa duas coisas: a primeira que o Lula está se achando (rsrs); e a segunda que a China não é e não caminha para uma situação de superpotência no curto prazo. O Brasil não faria uma proposta de usar reais nas relações comerciais para os EUA e para a União Européia. Se a China tivesse no caminho para grande potência que muitas vezes aparece na mídia, o Brasil naturalmente começaria a aceitar yuans nas relações Brasil-China. O Brasil não aceita porque o yuan “não tem valor”. Do mesmo modo, o real não tem valor, nem o Brasil tem importância no comércio internacional a ponto de fazer sentido para os outros países receber reais no pagamento das transações comerciais mesmo que apenas bilaterais. Sendo assim, é bastante improvável, para não dizer impossível, que a China aceite receber reais no comércio bilateral. Mas o fato do Lula poder propor a idéia e não ouvir uma gargalhada geral mostra o aumento das margens de autonomia do Brasil. Nunca antes na história deste país um presidente teve audácia de propor a moeda brasileira do momento como moeda internacional. O fato também elucida outra questão, agora teórica, os liberais tendem a colocar a conversibilidade da moeda como resultado apenas de um ato de vontade. A situação brasileira atual ilustra bem o equívoco da tese, o Brasil gostaria de introduzir a conversibilidade da moeda, mas não consegue porque não tem poder para garanti-la. Por fim, ao invés de insistir com a China nesta idéia, deveria era torná-la efetiva na América do Sul. Aqui a livre conversibilidade das moedas da região significaria de fato, a conversibilidade do real. Por que quem desejaria receber bolivianos? Na prática a Bolívia efetuaria os pagamentos em reais, o mesmo para Paraguai, Uruguai, Venezuela, Peru. A busca da hegemonia do real na América do Sul é viável. Mas para isso é preciso que o Brasil eleve e muito sua demanda por importações dos países da região.
04.04.2009Clarín.comEl Mundo
China y Brasil, sin el dólar
Por: Eleonora Gosman
China y Brasil se encaminan a una solución bilateral para dejar de usar el dólar como moneda de referencia. Fue una propuesta que le hizo directamente el presidente Lula da Silva a su colega chino Hu Jintao durante la entrevista que tuvieron en Londres el miércoles por la noche. En su última conferencia de prensa en este viaje, el jefe de Estado brasileño acordó visitar Beijing a fines de este mes.
El plan guarda algunas semejanzas con el compromiso firmado la semana pasada entre China y Argentina, donde los chinos le extendieron un préstamo a los argentinos de 70.000 millones de yuan (la divisa asiática) equivalentes a 10.000 millones de dólares. En este caso, tanto Brasil como China pretenden avanzar rápidamente en el comercio que no precise de dólares: los brasileños son grandes exportadores de commodities agrícolas al gigante asiático y traen de China una diversidad de productos industrializados. De acuerdo con Lula, de lo que se trata es de "realizar el intercambio comercial con yuanes y con reales". Un esquema similar se implantó entre argentinos y brasileños hace poco menos de un año y el sistema probó ser eficiente. A nadie le escapa que el yuan es visto, cada vez más, como una de las monedas fuertes. Y tener reservas en esa divisa ya no preocupa a nadie más que a aquellos que no quieren que sus divisas pierdan la supremacía. Es de hecho, una vía práctica alternativa que podrá imponer a lo largo del tiempo una sustitución del dólar y hasta del euro. No se trata, según Lula "de crear una nueva moneda, sino de modificar las relaciones comerciales entre los países".
http://www.clarin.com/diario/2009/04/04/elmundo/i-01890948.htm
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