“O Professor pergunta para o aluno: - Você consegue imaginar uma solução para acabar com o desemprego?
- Sim, professor! Eu colocaria os homens todos numa ilha e as mulheres numa outra.
- E depois o que eles fariam?
- Construiriam barcos!”
"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."
Ignácio Ellacuría
“O Professor pergunta para o aluno: - Você consegue imaginar uma solução para acabar com o desemprego?
- Sim, professor! Eu colocaria os homens todos numa ilha e as mulheres numa outra.
- E depois o que eles fariam?
- Construiriam barcos!”
Gostaria de fazer um agradecimento e um elogio públicos ao senador Eduardo Suplicy.
Desde o primeiro contato com a assessoria do senador fui impecavelmente atendido. Fiz o convite para dar uma palestra no Unibero e quando retornaram, já o fizeram aceitando o convite e propondo uma data. Mesmo quando disse que provavelmente a palestra teria que ser numa sala de aula para 70 alunos, porque não havia auditório disponível, não foi colocada qualquer dificuldade. O senador faria a palestra ainda que fosse numa sala de aula.
Na sexta-feira, dia 24/04, para variar choveu em São Paulo e o trânsito se complicou. O senador pessoalmente me ligou para dizer que estava há uma hora parado no trânsito, mas que chegaria ainda que se atrasasse. E logo depois ligou novamente para avisar que haviam conseguido se livrar do congestionamento e já estavam chegando, estavam no quarteirão acima. De fato, nem se atrasou. Não chegou rodeado de assessores como sempre imaginamos os políticos, havia apenas o motorista com ele. Nenhum cordão de puxa-sacos.
Antes de ir para o anfiteatro fez tranquilamente um lanche na lanchonete da faculdade ainda que parando para tirar fotos com os alunos que se aproximaram.
O senador aparentou ser uma pessoa tímida, mas diante do público de alunos se transformou num verdadeiro showman. Interagiu com os alunos fazendo perguntas, instigando o interesse deles pelo tema. E junto destes momentos mais leves e engraçados, destilou toda a sua cultura para apresentar o tema que move sua atuação política atualmente, a Renda Básica de Cidadania. Não fez simplesmente um discurso político, mas uma ampla apresentou da questão típica dos meios acadêmicos, citou uma enorme quantidade de autores que provavelmente a maioria dos alunos nunca havia ouvido falar por ter uma enorme diversidade de cursos no auditório.
Ao fim da palestra, que os alunos adoraram, o senador apesar de já estar tarde e ter compromisso ainda tirou uma enorme quantidade de fotos e deu autógrafos para vários alunos.
Sempre que faz elogios a políticos corre-se o risco de parecer apenas bajulação, mas de fato o povo ter contato com políticos no Brasil é raro fora das eleições, e mais raro ainda ter contato com políticos que têm idéias. Então certamente foi uma situação proveitosa para todos os que acompanharam a aula do senador.
O senador deixou três livros de sua autoria para a biblioteca do Unibero: “Um notável aprendizado: a busca da verdade e da justiça do boxe ao Senado”, “Renda básica de cidadania: a resposta dada pelo vento”; “Renda de cidadania: a saída é pela porta”.
Desde criança gostei de política, sempre acompanhei. No início da década de 80, se não me engano, 1982, passei a receber o jornalzinho da prefeitura da minha cidade. Porque sempre ficava fazendo perguntas e minha mãe falou para eu escrever para o prefeito perguntando e falando das minhas preocupações. A assessoria do prefeito respondeu e partir dali passei a receber sempre o informativo da prefeitura até mudar o prefeito. O sucessor foi o segundo pior prefeito que a minha cidade teve. O pior veio logo depois, Barra do Garças aparecia na imprensa nacional de vez em quando pelas denúncias de corrupção que o deputado da cidade fazia na Câmara dos Deputados contra o prefeito. Quando da eleição deste aí que eu descobri o quanto brasileiro é complicado. Uma senhora que trabalhava na faxina no Banco Real tinha votado no sujeito, mesmo sabendo dos problemas dele e votaria de novo. Aí ela falou que votou porque ele a tinha ajudado (ele era médico). Eu na minha ingenuidade disse, mas a senhora pode votar em outro candidato que ele nem vai ficar sabendo o voto é secreto. E ela: não ele vai ficar sabendo sim, é só olhar. Na visão dela um político conseguiria vigiar os eleitores para acompanhar quem votou ou não nele. E isso quando o voto era em papel, fico imaginando o que não pensam hoje quando o voto é na urna eletrônica.
Quando o Tancredo Neves foi eleito, uma das primeiras cidades que ele visitou foi Barra do Garças. Ele iria se encontrar lá com o governador de Mato Grosso e com o governador de Goiás. Mas como em Barra do Garças não tinha aeroporto na época, ele posou em Aragarças. Conforme pode ser visto na imagem abaixo, a esquerda está Aragarças-GO, no meio, já no Mato Grosso, o Pontal do Araguaia (na época ainda parte do município de Torixoréu) e a direita (e não apenas no mapa) Barra do Garças.
Perturbei meus pais para ir lá. Aí fui esperar pra ver o Tancredo Neves no aeroporto de Aragarças, uma longa espera no sol. E depois fomos acompanhar a visita dele à Câmara de Vereadores de Barra do Garças, onde se reuniria com os políticos locais e os governadores. Obviamente Tancredo Neves foi muito aplaudido. Mas lá por aquelas bandas, o mais popular era sem dúvida o governador de Goiás Íris Rezende. E o impopular era certamente o governador do Mato Grosso, Júlio Campos. Nos discursos para o povo, obviamente o governador Íris Rezende foi muito mais aplaudido. Graças a isso, Barra do Garças ganhou um aeroporto, porque Júlio Campos ficou revoltado e disse que nunca mais pousaria em Goiás e mandou construir um aeroporto na Barra.
Da pré-escola à oitava série estudei em escola católica particular das freiras salesianas, onde não havia segundo grau ou melhor havia apenas o magistério. Por idiossincrasia local, o colégio dos padres salesianos, onde havia segundo grau, era público, estadual, e em geral todo mundo fazia o segundo grau lá. No ano que eu deveria começar no segundo grau, ou no ano anterior eu não lembro, abriu um colégio Objetivo. Eu não quis ir para nenhum dos dois. Fui para uma outra escola pública onde começaria a primeira turma de segundo grau. Nem irei comentar o contraste entre a escola de onde eu estava saindo e a que eu estava indo. O que interessa é que era 1989 e todos os professores eram petistas. A escola era uma animação, não para estudar, mas para fazer política. E isso foi muito bom. Mas como eu ainda não podia votar mais observava e analisava do que qualquer outra coisa. Porque lá eu era suspeito, porque todo mundo sabia que a minha família não só era antipetista, mas nutria muitas simpatias pela UDR e o Ronaldo Caiado. Eu não era nem uma coisa nem outra, o que meus irmãos e eu fizemos nestas eleições foi visitar todos os comitês de candidato que tinham na cidade pegando propaganda. Se a minha mãe não jogou fora estão todas arquivadas. Foi uma eleição histórica. Obviamente que o material mais fácil de conseguir era o Collor, portanto do candidatos mais conhecidos é o que tem mais. Apesar do PMDB ser forte lá, o cuidado do Ulisses Guimarães foi abandonado então tem pouco, como tem pouco material do Lula, porque a maior parte do material de campanha não era dado, mas vendido pela escassez de recursos para propaganda. Certamente o que mais contribuiu para o crescimento do Lula, além evidentemente dos problemas do país, foi a rede povo, os programas de TV eram ótimos. Também tem muito material do Guilherme Afif Domingos e seus dois patinhos na lagoa, que também tinha um grande comitê na cidade. O PL era uma alternativa para a direita local que não ficou no PFL. Por falar no PFL, nem sei se tem material do Aureliano Chaves. Se o João Baptista Figueiredo não fosse burro, o Aureliano Chaves teria sido presidente e imagino que um presidente melhor que o Sarney.
Nas eleições de 1994, eu estava na UnB. O Centro Acadêmico, agora nem sei se foi o Carel, o capol, ou cadir, ou todos juntos, resolveu convidar os presidenciáveis para um debate na UnB. Foi um fracasso, porque depois que a campanha engrena é difícil conseguir que presidenciáveis pareçam em eventos desta natureza. O então senador Espiridião Amin aceitou participar, mas a UnB entrou em greve, e aí quando ele foi lá havia pouquíssimos alunos no anfiteatro Joaquim Nabuco da FA. Mas ele foi ótimo, porque fez o discurso dele, conversou com todo mundo. E mostrou o que é um político tradicional. Dois dos meus colegas de turma eram de Santa Catarina, estado do senador, quando eles disseram que eram de SC, o senador disse de quais cidades eram as famílias deles, fez perguntas sobre pessoas que eles deveriam conhecer e etc. Idéias, propostas para discutir, ele não tinha. Mas até minha amiga de SC que era muito esquerdista na época quase foi seduzida politicamente pelo senador. E é engraçado como certas coisas marcam, eu já tinha uma visão positiva do senador Espiridião Amin de quando ele foi governador de Santa Catarina no início da década de 80. Houve uma grande enchente em Santa Catarina em 1983 ou 1984 quando ele era governador, que assistindo pela TV a presença e a ação dele nos lugares afetados pela enchente, e isso me marcou na época. Dentre a direita brasileira, e da Santa Catarina em particular, melhor Espiridião Amin do que Jorge Bornhausen. E não sei não, mas acho que melhor Espiridião Amin do que Ideli Salvati.
Após as eleições para prefeito de 1996, o então deputado José Genuíno foi até a UnB para discutir os resultados das eleições. Foi uma noite qualquer lá, a discussão foi numa sala de aula, não foi uma palestra, foi feito um círculo composto pelo deputado e os presentes. O deputado respondeu todas as questões. Depois os colegas reclamaram, porque eu monopolizei um pouco a palavra, sempre atropelando para perguntar e questionar antes. Por incrível que pareça retrospectivamente, o que eu mais questionei foi a ausência de uma política de alianças, e pior a traição das alianças para manter o PT sempre na cabeça de chapa. Nas eleições de 1996, o caso emblemático sobre o comportamento do PT foi a eleição para a prefeitura de Belo Horizonte. O mui honrado presidente Cardoso ainda não tinha inventado a reeleição. Então o Patrus Ananias, hoje ministro, era o prefeito e o Celso de Castro do PSB era o vice-prefeito. O natural era que o candidato da coligação fosse o Celso de Castro, mas o PT não aceitou dar a cabeça da chapa para o PSB e então saiu duas candidaturas ligadas ao governo, o Celso de Castro pelo PSB e outra candidatura do PT. E o PT perdeu as eleições. (Depois como o FHC inventou a reeleição, o Celso de Castro podia ser candidato a reeleição, então aí o PT aceitou ser vice na chapa) Voltando ao José Genuíno, neste debate toda vez que eu queria questionar o que ele havia dito usava o caso de Belo Horizonte. Fui um chato! Especialmente porque já então o Genuíno já era o grande defensor da política de alianças dentro do PT.
Estava na Feira do Livro de Brasília em 1993 ou 1994, quando anunciaram nos auto-falantes que acabava de adentrar ao recinto o Exmo. sr Presidente da República, Itamar Franco. O Itamar se comportava como uma pessoa normal dentro do possível, óbvio. Ele estava namorando na época uma policial militar de Minas Gerais. Eles se sentaram numa arquibancada que tinha lá local. Não houve tumulto, aglomeração e nem havia seguranças em volta impedindo as pessoas de chegarem perto. Então criei coragem, porque sou tímido, e fui lá conversar com ele e pedir um autógrafo. Ele autografou em um dos livros que eu havia comprado, o livro do Robert Dahl, Um prefácio a democracia econômica.
Em 1994, eu estava no Conjunto Nacional em Brasília indo para a Rodoviária pegar o ônibus para ir para a UnB. Aí quando eu olho, o Lula está lá na plataforma superior da rodoviária fazendo campanha de rua, aproveitei e peguei um autógrafo no meu caderno e matei de inveja minha amiga petista de Santa Catarina. Em 1994, eu já votaria no PT, em hipótese alguma no FHC. Como minha família nunca votaria no Lula então, eu fiz campanha em família para votarem em outro. Que votassem no Espiridião Amin, até no Quércia se fosse o caso. Mas no FHC não. Não adiantou nada, mas pelo menos três votos eu consegui tirar do FHC.
As eleições em Brasília eram uma festa. Um ótimo lugar para se vivenciar as eleições. Em 1994, as eleições para governador de Brasília foram contagiantes, altamente polarizadas entre Valmir Campelo, o candidato do Roriz, porque o FHC ainda não tinha inventado a reeleição, e Cristovam Buarque, o candidato do PT. O Cristovam Buarque venceu as eleições e civilizou Brasília pelo menos durante seu mandato. Quando ele foi eleito governador já tinha feito a disciplina Formação Econômica do Brasil na UnB, onde o professor utilizou parte do livro “A Revolução nas Prioridades”, eu tirei xerox, e nem gostei da parte que lemos, porque entendo ser teoricamente equivocado tratar dos dez erros da sociedade brasileira, porque a sociedade não erra, conceitualmente não faz sentido dizer que uma sociedade errou, porque de fato uma sociedade não para e decide, é o processo histórico que define o que a sociedade é hoje, e não escolhas propriamente. E eu só não tive a disciplina com ele, porque ele estava em campanha. Depois de eleito, ele continuou dando aulas e sempre estava lá na UnB. Encontrei-o um dia na livraria do Chiquinho no ceubinho (área de lanchonetes, xerox, livraria no ICC-Norte ou ainda minhocão), e puxei o primeiro livro dele que achei no stand para ele autografar pra mim. Depois quando fui formar, a turma o escolheu para paraninfo, e ele esteve presente na colação de grau. Ele chegou pontualmente, mas aí e ali ele era o governador, e, portanto, ele não entraria no recinto para ficar esperando começar. Ele só viria quando fosse efetivamente começar e eu dei um chá de cadeira no governador. Toda hora chegava pra mim, alguém falando que o governador já havia chegado e não podia deixar ele ficar esperando. Mas uma amiga minha estava atrasada, não havia chegado, e eu não deixaria começar sem ela. Enquanto ela não chegasse, eu não autorizaria começar. E fiz com que o ensaio e as instruções fossem repetidas várias vezes, quando ela chegou, eu disse agora acabou o ensaio, podemos começar. E minha amiga disse, bem que minha mãe me falava no carro que você não deixaria começar antes de chegarmos. O governador chegou, e aí como já contei aqui outra vez, a participação dele foi ótima, porque o discurso dele foi elogiar o meu discurso.
Também já contei aqui outra coisa da formatura. Mas como este post é sobre política, políticos e eu. As colações de grau dos cursos de relações internacionais e ciência política eram sempre no Itamaraty, mas o pessoal de pol achava ruim porque o Itamaraty era mais identificado obviamente com o curso de rel. Eu não gostava do auditório do Itamaraty, um lugar escuro e feio. Então apoiei o pessoal de pol para ser em outro lugar. Obviamente que para ser em outro lugar tinha que ser num lugar que chamasse tanta a atenção quanto o MRE. Então decidimos ver para ser no auditório do Senado. Mas o Senado havia proibido a realização de formaturas lá. Só que a família de uma das formandas de pol era do Maranhão e tinha relações de amizade com o Edson Lobão, senador e atualmente ministro. Na época o primeiro secretário que é o responsável por estas coisas era o senador da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima. Então esta colega falou com o Edson Lobão que falou com o Ronaldo Cunha Lima, que liberou para que nossa colação de grau fosse no auditório do Senado, sem dúvida um auditório maior e mais bonito do que o do Itamaraty. Se conseguir o auditório não foi difícil, conseguir a colaboração dos funcionários do Senado responsável pelo auditório foi, o chefe lá queria nos boicotar, porque ficar cuidando de som de formatura era difícil. Mas depois de ter dito que não daria para fazer o serviço, ele voltou atrás e saiu quase tudo certo. Erraram na hora de colocar uma música. E como parêntesis, é impressionante como mestre de cerimônias erra nomes, erra o que é ensaiado e os fáceis com a mesma naturalidade. Eu ensaie com ele todos os nomes difíceis, mostrando como se pronunciava. A criatura foi errar justo um fácil, um dos sobrenomes da minha amiga do parágrafo anterior, só vi a cara da mãe dela olhando pra mim.
Ainda morando em Brasília, gostava de circular pelo Congresso Nacional, agora é mais chato, porque há controle de fato na passagem da Câmara para o Senado. Mas naquela época não havia e podia-se circular tranquilamente por todas as dependências das duas Casas. O melhor para fazer isso era dizer na portaria que você iria na biblioteca. Eu sempre digo que vou à biblioteca, porque aí é certeza que não vão ligar para ninguém para pedir autorização, vc entra e pronto, pode ir onde quiser. Já circulei em todos os corredores das prédios principais, mesmo onde não passa ninguém, onde fica os gabinetes que ninguém quer. A primeira vez que eu fui ao Congresso e visitei a Esplanada dos Ministérios foi quando estava fazendo cursinho em Goiânia. Aí o sindicato de professores de Goiás ia em alguns ônibus protestar contra o substitutivo Darcy Ribeiro, que finalmente foi aprovado e hoje é a atual LDB, e uma das minhas primas professoras perguntou pra outra prima e pra mim se nós não queríamos ir e aí lá fomos nós conhecer o Congresso e a Esplanada dos Ministérios.
Em 1996, ou início de 1997, eu estava cursando a disciplina Movimentos Sociais e o trabalho final era pesquisar um movimento social e precisava entrevistar alguém do movimento social. Resolvi fazer sobre o MST. Iria entrevistar o deputado Adão Pretto do RS e falecido agora em 2009. Eu passei o dia anterior da entrevista, o dia inteiro em pé fazendo boca de urna na eleição para reitor da UnB. Nessa eleição já havíamos montado a Rel Jr, aí um dos apoiadores deste candidato a reitor havia dado muito apoio para nós. De fato o apoio dele era mais importante para conhecer gente do que para negócios, porque esse professor era arroz de festa, como ele trabalhava na área internacional na UnB, ele vivia nas recepções nas embaixadas. Tem umas frases de escritores húngaros que já postei uma vez no blog, que acho lindas, que copiei numa exposição de fotos de cemitérios húngaros promovida pela Embaixada da Hungria. Ele também nos apresentou aos representantes de Taiwan no Brasil e ganhamos alguns presentes com isso, até massagem grátis por organizar uma palestra na UnB com o representante de Taiwan expondo a bandeira de Taiwan e tocando o hino, o que em tese não deveria ocorrer oficialmente no Brasil, porque o Brasil não reconhece Taiwan, e por isso eles são sempre emotivos quando se faz isso. Como este professor estava nos ajudando e era ligado a um dos candidatos a reitor, ele nos apresentou o candidato e o candidato nos convidou para ir tomar um chá com eles na casa do candidato que fica no Lago Sul, uma casa muito bonita, com uma vista mais bonita ainda. E depois das conversas típicas de políticos sobre projetos e etc. quando estávamos no carro indo embora, eu perguntei pro meu amigo, foi impressão minha ou ele estava nos oferecendo cargo se ele for eleito? Chegamos a uma consenso que sim, que ele insinuou isso sim. Então diante de tal oferta como não fazer campanha? rsrsrs Nada disso, como já estava comprometido politicamente com o professor que ajudava a Rel Jr não havia como não fazer campanha. Passei o dia em pé fazendo boca de urna e a noite fui para a apuração. E depois do sacrifício perdemos a eleição. Então no dia seguinte eu estava morto de cansado, desesperado para dormir e ficar com os meus pés quietinhos sem tocar o chão. Mas era preciso entregar o trabalho no dia seguinte, e a entrevista estava marcada e lá fui eu. Como sempre ocorre nestas situações, o deputado estava preso no plenário e eu teria que aguardar, e os minutos e horas vão passando e eu praticamente dormindo sentado, com o pé latejando de dor. E sempre a secretária falando que o deputado está preso no plenário. Desisti meu sono e meus pés são mais importantes que um trabalho de faculdade. Entreguei o trabalho sem nenhuma entrevista. E engraçado foi a professora me dizer depois que ao ler o trabalho achava ruim não poder me dar SS (A), e dar MS (B), mas que eu merecia mesmo era um MM (C).
Como considero estes contatos com a política e os políticos importante. Sempre penso que meus alunos devem ter isso de algum modo. O ano passado convidei o deputado Aldo Rabello para fazer uma palestra na faculdade. Sendo um dos poucos deputados que se interessam por política externa demos sorte dele estar, naquele momento, postulando uma vaga de candidato a prefeito e foi bastante proveitoso ouvir a análise do deputado sobre as relações externas do Brasil e sobre o papel da Câmara dos Deputados nestas questões.
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Atualizada às 15h20
A ministra da Casa Civil Dilma Rousseff confirmou a retirada de um linfoma - câncer no sistema linfático - da axila esquerda. Em entrevista coletiva concedida na tarde deste sábado (25) no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, a ministra afirmou que o linfoma não se espalhou pelo corpo, mas que terá de se submeter à quimoterapia.
"Como qualquer pessoa, fazer quimioterapia é algo desagradável. Mas, vou ter um processo de superação desta doença", afirmou a ministra.
De acordo com a oncologista Yana Novis, Dilma terá de fazer quimioterapia por quatro meses, uma sessão a cada três semanas.
A ministra está confiante em uma recuperação plena. Dilma disse que não deverá alterar seu ritmo de trabalho. "Este será mais um fator para impulsionar meu trabalho", afirmou.
Novamente questionada sobre uma possível candidatura à presidência em 2010, Dilma voltou a dizer que não confirma a participação "nem amarrada". A ministra é pré-candidata pelo PT e tem o apoio do presidente Lula.
O tumor
O linfoma tinha 2 centímetros e foi detectado no estágio inicial, durante um exame de rotina há 30 dias com o cardiologista Roberto Kalil.
A equipe médica afirmou que as chances de cura são de mais de 90% e que, após o tratamento, a ministra deverá apenas realizar exames periódicos.
Dilma colocou um cateter chamado "porth cath" de longa permanência que facilita o tratamento quimioterápico e o uso de medicamentos.
O que é linfoma?
Os linfomas são tumores malignos que se originam nos gânglios linfáticos, que agem no combate a infecções do corpo.
O câncer acontece quando os linfócitos agrupados nos gânglios - localizados no pescoço, nas axilas e na virilha - começam a multiplicar-se e crescer de forma desordenada. Os linfomas podem ser encontrados em qualquer parte do corpo onde os linfócitos circulem.
Os linfomas podem ser de dois tipos: Hodgkin ou não Hodgkin. A diferença é que no primeiro caso, o tumor apresenta uma célula específica que foi descrita pela primeira vez pelo médico inglês Thomas Hodgkin.
Os principais sintomas são aumento nos linfonodos do pescoço, axilas ou virilha, mas pode ocorrer também febre, coceira e sudorese. O tratamento clássico é com quimioterapia e/ou radioterapia.
http://noticias.uol.com.br/politica/2009/04/25/ult5773u1094.jhtm
Brasileiro se queima em treino e diz que vantagem de Brawn foi anulada
Publicado em 25/04/2009 - 14h09 De Sakhir
Além de não conseguir um lugar nas duas primeiras filas para o GP do Bahrein, Rubens Barrichello ganhou uma bela queimadura nas costelas.
O piloto da Brawn foi surpreendido por uma parte solta dentro do carro, que aqueceu muito a temperatura dentro do cockpit, lesionando o brasileiro durante a classificação.
"Tive uma queimadura de primeiro grau nas costelas, por causa que deixaram uma das partes da caixa preta aberta. Aquele ar me queimou. Devia estar uns 70ºC dentro do carro".
Para Barrichello, que sai bem leve, o problema na tomada foi o tráfego no Q3. "Tinha um bolo de pilotos andando devagar, e não aqueci o pneu. Com isso, acabei não fazendo uma volta ideal."
Mas, mesmo sem o imprevisto, Rubinho disse que não acreditava numa pole. "Não somos mais os favoritos comos pensamos ontem. Até a McLaren foi surpreendente e, independente da quantidade da gasolina, não faríamos a pole."
O piloto admitiu que a Brawn não é mais a favorita dos tempos de Melbourne. "Ontem, nosso ritmo de corrida com gasolina era dos melhores. Hoje, tiramos um pouco e esperavamos segundo, terceiro, primeiro... Mas quarto e sexto não é bom."
"Foi um belo balde de água fria. O carro precisa de melhorias. Meu pensamento era que conseguiríamos liderar as oito primeiras provas, mas nosso carro, que é o mesmo de Melbourne, não é competitivo o suficiente."
Para a corrida, Barrichello prevê confusão na primeira curva. "Vai ser bem difícil. Será uma largada para tomar cuidado, pois é a primeira com esse povo que usa Kers na frente".
"Sair da primeira curva com o bico limpo, inteiro, pode ser o mais interessante. O problema é que não consigo ficar sem arriscar", analisou Rubens, que reclamou do forte calor em Sakhir. "Aqui faz um calor seco, diferente da Malásia. E, por isso, não podemos deixar entrar ar no carro. É como fazer exercício na sauna".
Whether they like it or not, Dawkins, Amis, Hitchens and company have become weapons in the war on terror
One side-effect of the so-called war on terror has been a crisis of liberalism. This is not only a question of alarmingly illiberal legislation, but a more general problem of how the liberal state deals with its anti-liberal enemies. This, surely, is the acid test of any liberal creed. Anyone can be tolerant of those who are tolerant. A community of the broad-minded is a pleasant place, but requires no great moral effort. The key issue is how the liberal state copes with those who reject its ideological framework. It is fashionable today to speak of being open to the "Other". But what if the Other detests your openness as much as it does your lapdancing clubs?
There is no quarrel about how to treat those whose scorn for liberal values takes the form of blowing the legs off small children. They need to be locked up. But socialists as well as Islamists reject the liberal state, so what is to be done about them? Are they to be indulged only until they successfully challenge the state, at which point they too will find themselves behind bars with the zealots of al-Qaida?
It is not, of course, that the left rejects civil liberties: the working-class movement fought to secure so many of them. Marx had undying admiration for the great revolutionary legacy of middle-class liberalism. Even so, there is a fundamental conflict between liberals and leftists. Liberalism holds that the state should tolerate any opinion that does not seek to undermine that very tolerance. It is an ironic kind of politics. As Tony Blair warned: "Our tolerance is part of what makes Britain Britain. So conform to it, or don't come here." Whether this is comically self-contradictory or properly paradoxical depends on your view of the liberal state.
That state is not too bothered about what you believe, as long as it does not thwart the right of others to their beliefs. A more cynical view is that advanced capitalism is inherently faithless; as long as you pay your taxes and refrain from beating up police officers, your opinions are mostly neither here nor there. The agnosticism peddled by Richard Dawkins and Christopher Hitchens as subversive stuff is part of late capitalism's everyday routine. The liberal state has no view on whether witchcraft is more valuable than all-in wrestling. Like a tactful publican, it has as few opinions as possible. Many liberals suspect passionate convictions are latently authoritarian. But liberalism should surely be a passionate conviction. Liberals are not necessarily lukewarm. Only the more macho leftist suspects that they have no balls. You can be ardently neutral, and fiercely indifferent.
Any honest liberal, however, will acknowledge that the neutrality of the state is a form of partisanship. There should be laissez-faire in the realm of belief, just as there should be in the marketplace. The left objects to the liberal case not because it believes in crushing those who differ, or dislikes the idea of a partisan state, but because this case rules out the kind of partisan state that socialism requires. It rules out, for example, a state that would not be neutral on whether cooperation or individualism should reign supreme in social and economic life.
If the test of liberalism is how it confronts its illiberal adversaries, some of the liberal intelligentsia seem to have fallen at the first hurdle. Writers such as Martin Amis and Hitchens do not just want to lock terrorists away. They also tout a brand of western cultural supremacism. Dawkins strongly opposed the invasion of Iraq, but preaches a self-satisfied, old-fashioned Whiggish rationalism that can be wielded against a benighted Islam. The philosopher AC Grayling has an equally starry-eyed view of the stately march of Western Progress. The novelist Ian McEwan is a freshly recruited champion of this militant rationalism. Both Hitchens and Salman Rushdie have defended Amis's slurs on Muslims. Whether they like it or not, Dawkins and his ilk have become weapons in the war on terror. Western supremacism has gravitated from the Bible to atheism.
The irony is clear. Some of our free literary spirits are defending liberal values in ways that threaten to undermine them. In this, they reflect the behaviour of western states. Liberals are supposed to value nuanced analysis and moral complexity, neither of which are apparent in the slanderous reduction of Islam to a barbarous blood cult. They are noted for their judicious discriminations, rather than the airy dismissal of all religion as so much garbage. There is also an honorable legacy of qualifying too-absolute judgments with an awareness of context: the genuine liberal is appalled by Islamist terrorism, but conscious of the national injury and humiliation that underlie it. None of the writers I have mentioned is remarkable for such balance. On the whole, they are more preoccupied with freedom of expression than freedom from imperial rule.
There is an irony or paradox built into liberal thought: you must be properly intolerant of assaults on tolerance. But this irony is in perpetual danger of getting out of hand. For the liberal state to accommodate a diversity of beliefs while having few positive convictions is one of the more admirable achievements of civilization. But such neutrality, once under pressure, can easily slide into superiority, as sitting loose to other people's faith comes to look like rising disdainfully above it. It is then only a short step from superiority to supremacism.
http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2009/apr/25/liberal-islam
By Jamil Anderlini in Beijing and Javier Blas in London
Published: April 24 2009 09:31 | Last updated: April 24 2009 19:06
China has quietly almost doubled its gold reserves to become the world’s fifth-biggest holder of the precious metal, it emerged on Friday, in a move that signals the revival of bullion after years of fading importance.
Gold rose to a three-week high of more than $910 an ounce after Hu Xiaolian, head of the secretive State Administration of Foreign Exchange, which manages the country’s $1,954bn in foreign exchange reserves, revealed China had 1,054 tonnes of gold, up from 600 tonnes in 2003.
The news could spark interest in gold among other central banks. “When the largest holder of foreign exchange reserves discloses an increase in gold holdings, other countries may decide to think more carefully about underweight gold positions,” said John Reade, a precious metals strategist at UBS.
The increase in China’s gold reserves has come primarily from domestic production and refining. However, the news raises questions about the future of Beijing’s foreign reserves policy.
Ahead of the G20 summit in London this month, China suggested global reliance on the US dollar as a reserve currency should be reduced.
China has been diversifying away from the dollar since 2005, when it broke the renminbi’s peg to the US currency and officially marked it to a basket of currencies, but it still holds more than two-thirds in US dollar-denominated assets by most estimates.
As its trade surplus and forex reserves ballooned in recent years, Beijing continued to buy huge amounts of US Treasury bonds while raising the proportion of purchases it allotted to other currencies and to gold.
China’s accumulation of gold has taken place as European central banks have gradually cut back back gold sales following a 1999 agreement to prevent the market from being flooded after prices were dragged sharply lower after the UK decided to sell part of its reserves.
“China’s announcement signals a broader shift in central banks’ attitude towards gold,” said Philip Klapwijk, chairman of GFMS, the precious metal consultancy.
Suki Cooper, a gold analyst at Barclays Capital, said China’s move was “reigniting gold’s relevance as a monetary asset”.
European central banks agreed to limit gold sales to 500 tons a year in 1999, under the Central Bank Gold Agreement after a UK decision to sell part of its gold reserves dragged prices sharply lower.
Since 1999, central banks in Europe have sold large amounts of gold, investing the proceeds into bonds. But in the past two years they have curtailed their sales significantly while central banks outside Europe became net buyers of bullion.
China’s forex reserves grew from $623bn at the start of 2005 to $1,906bn at the end of September last year but in the last six months the spectacular growth has slowed to a virtual stop, with reserves rising by just $7.7bn (€5.8bn, £5.2bn) in the first quarter.
That means smaller new purchases of everything from US Treasuries to gold.
Paul Atherley, Beijing-based managing director of Leyshon Resources, said that even after the latest purchases China had a very small percentage of its reserves in gold, far below the US or other developed countries.
“Those [gold] holdings are still too low in terms of the size of its economy and the growing significance of its currency,” he said.
The announcement boosted gold prices to a three week high above $910 an ounce as investors bet other countries could follow.
Russia has being an active buyer, following Beijing’s similar pattern of purchases from local miners. China became last year the world’s largest producer of gold, outranking South Africa.
Since the financial crisis started, investors have piled record amounts of money into gold, boosting prices to above $1,000 an ounce. Gold hit a low of $250 an ounce a decade ago, when central banks started selling the metal.
Additional reporting by Chris Flood
Copyright The Financial Times Limited 2009
¿Cuál fue el punto de la reunión del G-20?
Immanuel Wallerstein
Casi todo el mundo tomó demasiado en serio la reunión del G-20 en Londres, el 2 de abril. Los expertos y los críticos la han analizado como si hubiera sido diseñada para lograr algún cambio en las políticas de los estados que participaron. El hecho es que todos los que fueron sabían desde antes que nada que tuviera alguna significación cambiaría como resultado de reunirse, y que los cambios menores que fueron adoptados podrían muy fácilmente haberse arreglado sin dicha reunión.
El punto de la reunión –para Estados Unidos, para Francia y Alemania, para China– fue mostrar a sus públicos en casa que estaban haciendo algo
acerca de la calamitosa situación económica mundial cuando de hecho no hacían nada que de algún modo significativo salvara el barco del hundimiento.
Probablemente la reunión fue de lo más importante para el presidente Obama. Él fue a demostrar tres cosas: que era popular en lo personal por todo el mundo; que se presentaría a sí mismo con un estilo diplomático muy diferente de aquel de George W. Bush; que esas dos cosas juntas harían la diferencia.
Obama ciertamente demostró las dos primeras. Fue aclamado por las multitudes en todas partes –en Londres, en París, en Estrasburgo, en Alemania, en Praga y en Turquía, así como por los soldados estadunidenses en Irak. También lo hicieron con Michelle Obama. Y ciertamente empleó un estilo diplomático diferente. Todos sus interlocutores dijeron que los tomaba en serio, que los escuchaba con atención, que admitió los errores pasados y limitaciones de Estados Unidos, y que pareció abierto a soluciones de compromiso en cuanto a las disputas diplomáticas –nada de lo que podrían haber acusado a Bush.
¿Pero hizo esto alguna diferencia en lograr los objetivos diplomáticos estadunidenses? Es difícil verlo de este modo. No se resolvió en lo absoluto el debate entre, por un lado, el enfoque estadunidense de reavivar la economía-mundo (con más estimulo
), enfoque apoyado por Gran Bretaña y Japón, y, por otro lado, el enfoque germano-francés (más regulación
internacional de las instituciones financieras). Más allá de los méritos de ambos argumentos, ambos lados se plantaron en su postura y el comunicado simplemente obvió las diferencias.
Es cierto que el G-20 accedió a reunir un paquete de 1.1 billones de dólares para otorgarlo al Fondo Monetario Internacional (FMI) para que emita los llamados Derechos Especiales de Giro (DEG) como parte de un plan global de recuperación a una escala sin precedentes
. Pero como han señalado muchos comentaristas, la escala del esfuerzo es mucho menor de lo que está implicado. Primero que nada, parte de esto no es dinero nuevo. Segundo, esto es para financiar y no necesariamente gastar. Tercero, 60 por ciento de los DEG se irán para Estados Unidos, Europa y China, que no los necesitan. Y cuarto, 1.1 billones no es tanto cuando se les coloca junto a los 5 billones que ya fueron destinados a los planes de estímulos fiscales por todo el globo.
Todos salieron contra el proteccionismo y propusieron hacer cosas al respecto. Pero no se adoptaron medidas vinculantes. Además, hay tres clases diferentes de proteccionismo en cuestión.
La primera es la protección de las industrias propias, algo que virtualmente todos los miembros del G-20 ya hacían y que probablemente seguirán haciendo. La segunda es la regulación de los fondos de cobertura y de las agencias de calificación crediticia. Los chinos se alegran por esto, mientras que Estados Unidos y Europa occidental están dudosos. La tercera es regular los paraísos fiscales. Los europeos impulsan esto, los chinos permanecen inmutables y Estados Unidos se halla entre ambos. Nada cambió en Londres.
Pareció que los franceses y los alemanes utilizaron la reunión de Londres más para demostrar que los compromisos geopolíticos que rehusaron hacer con Bush también se rehusarán a hacerlos con Obama. El diario alemán Der Spiegel fue rudo en su juicio. Dijo que la causa del desastre financiero era que George W. Bush era un cultivador de amapola
que había inundado el mundo entero [con dólares baratos], creando un crecimiento falso y causando una burbuja especulativa
. Y lo peor: el cambio en el gobierno de Washington no ha traído un regreso a una autorrestricción y una solidez. Por el contrario, conduce a más abandono
. Su conclusión fue: la canciller alemana Angela Merker tiene razón. Occidente bien puede estarse inyectando una sobredosis fatal.
En el ámbito geopolítico, el enfoque franco-alemán hacia Afganistán se mantuvo sin cambio –respaldo verbal de los objetivos estadunidenses, pero no más tropas. ¿Recibirían a los prisioneros liberados de Guantánamo? Alemania continúa diciendo que no. Francia accedió, con gran magnanimidad, a aceptar uno –sí, uno.
Obama dio un discurso importante en Praga delineando un llamado al desarme nuclear –supuestamente un gran cambio con respecto a la posición de Bush. El diario conservador francés Le Figaro informa que la célula diplomática del círculo interno de Sarkozy asumió un punto de vista muy abrasivo
acerca del discurso. Meras relaciones públicas, dijeron, que enmascaran el hecho de que las negociaciones entre Estados Unidos y Rusia sobre la cuestión no están llegando a ningún lado. Es más, Francia ya no va a aceptar reprimendas morales de los estadunidenses. En eso se resume el nuevo estilo diplomático de Obama que intenta apaciguar a los europeos occidentales.
En otros lados, tampoco le funcionó mucho mejor con las poblaciones de Europa centro-oriental, donde el primer ministro saliente, conservador, de la República Checa, Mirek Topolanek, denunció las propuestas de Obama, de más estímulo, como un camino al infierno
. El discurso de Obama en el parlamento turco le ganó gran aplauso de todas las facciones (excepto de la derecha protofascista) por su enfoque concreto y modulado relativo a las cuestiones turcas. Pero los observadores anotaron que el lenguaje en torno a las cuestiones de Medio Oriente fue tradicional y vago.
Lo que China quería de la reunión del G-20 es que ocurriera esta reunión. China quería ser incluido en el círculo interno de quienes toman las decisiones en el mundo. Celebrar una reunión del G-20 hizo posible esta nueva realidad. Cuando el G-20 decidió reunirse de nuevo, confirmó el lugar de China. ¿Se volverá a reunir el G-8 alguna vez? Dicho esto, China mostró su reserva acerca de las decisiones que ocurrieron, en muchas formas. Ofreció una cantidad irrisoria al nuevo paquete del FMI. Después de todo, no le dieron garantías de que habrá una reforma real de la gobernanza del FMI, que podría acordar un papel apropiado para China.
En suma lo que podemos decir es que los principales actores desfilaron por la escena mundial. ¿Alguna vez tuvieron la intención de hacer algo más que eso? Probablemente no. El declinar económico mundial continúa su camino tendido, como si la reunión del G-20 nunca hubiera ocurrido.
http://www.jornada.unam.mx/2009/04/25/index.php?section=opinion&article=030a1mun
Obama imita a Bush y deja a Zapatero fuera
La nueva administración norteamericana tampoco invita a España a reunión del G-20
La reunión de los ministros de Finanzas y los gobernadores de los bancos centrales del Grupo de los Siete países más industrializados (G-7) tuvo lugar antes del encuentro del G-20, al que no ha sido invitada Salgado, según ha confirmado la embajada española en Washington.
El presidente del Gobierno, José Luis Rodríguez Zapatero, reivindica un puesto dentro del Grupo de los Veinte, donde España está representada de forma indirecta por la Unión Europea, a diferencia de otros países como Italia, Francia o Alemania.
Después de un intenso despliegue diplomático lanzado por el Ejecutivo de Madrid, que reivindica ese lugar como octava potencia mundial, Zapatero había estrenado la presencia de España en una cita del G-20 a mediados del pasado mes de noviembre en Washington, cuando en la Casa Blanca todavía se encontraba al frente George W. Bush .
25.04.2009Clarín.comEl Mundo
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El presidente, sin embargo, no usó la palabra genocidio. Eso provocó polémicas.
Por: WASHINGTON. AP, AFP Y CLARIN.
El presidente norteamericano Barack Obama respaldó ayer la denuncia por la masacre de "1.5 millones de armenios" a manos del Imperio Otomano. De ese modo modificó la actitud negacionista permanente sobre esa tragedia que caracterizó a su antecesor George W. Bush. Turquía aún hoy no reconoce ese episodio, niega que hayan muerto 1,5 millones de personas y no tiene relaciones diplomáticas con Armenia.
El mandatario lo hizo al conmemorarse el 24 de abril el 94 aniversario del holocausto de ese pueblo. Pero Obama no usó la palabra genocidio con lo que traicionó una pública promesa que había formulada en plena campaña electoral cuando aseguró que de llegar a la Casa Blanca llamaría de ese modo a lo que en la práctica fue el primer genocidio del Siglo XX.
"Hace 94 años comenzó una de las mayores atrocidades del siglo veinte. Cada año debemos recordar al millón y medio de armenios que fueron masacrados o enviados a su muerte en los días finales del Imperio Otomano", dijo Obama en un comunicado.
Recomendó luego que Armenios y turcos "encaren los hechos de ese pasado como parte de sus esfuerzos para avanzar", en alusión a las negociaciones para encarar un mapa de ruta que permita la reanudación de los vínculos diplomáticos binacionales. Turquía, además, mantiene cerradas las fronteras desde 1993 en solidaridad con su aliado Azerbaijan. La razón fue la guerra librada con Armenia que recuperó el dominio del enclave de Nagorno Karabaj.
La ausencia del término Genocidio irritó a los armenios de todo el mundo. La web en inglés Asbarez Post (www.asbarez.com) que refleja las opiniones de la diáspora y de Armenia en general, trató de traidor a Obama en su principal titular.
El enojo es porque se sostiene que el presidente norteamericano, quien recientemente hizo una visita oficial a Turquía, al no elevar como genocidio el episodio lo "convierte en una mera cuestión política que puede ser negociada", según dijo el presidente del Comité Armenio Norteamericano (ANCA) Ken Kachikian.
Turquía ha exigido que los armenios cesen con su campaña de reconocimiento internacional del crimen como condiciones para encarar las negociaciones. Pero Erevean lo ha rechazado. También rechazó la formación de una comisión propuesta por Ankara con intelectuales de los dos países que revisen lo que sucedió en esos años.
Erevan sostiene que la documentación es vasta para que no haya dudas sobre el hecho. Para muchos armenios la propuesta de Turquía tiene los mismos tonos desagradables que el presidente iraní Mahmud Ahmadinejad le formuló a Israel para investigar el Holocausto del pueblo judío, oferta que escandalizó al mundo y elevó una ola de repudios contra el jefe de Estado persa.
Fuentes diplomáticas de Erevan dijeron que no es solo el tema del genocidio el que separa a los dos países. También el del futuro del enclave de Nagorno. Ese territorio perteneció históricamente a Armenia pero José Stalin lo cedió de modo inconsulto a Azerbaijan. Cuando acabó la Unión Soviética los armenios lanzaron la guerra que les permitió recuperarlo.
http://www.clarin.com/diario/2009/04/25/elmundo/i-01905235.htm
25.04.2009Clarín.comEl País
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Por: Natasha Niebieskikwiat
El gobierno de Michele Bachellet presentará ante las Naciones Unidas su propio reclamo sobre la plataforma continental del llamado Territorio Antártico Chileno que se superpone en partes con el de Argentina y en su totalidad con el de Gran Bretaña. Según reconoció ayer a la prensa el vicecanciller Alberto van Klaveren, la presentación de Chile representará una oposición a la que hizo el gobierno argentino ante la Comisión de Límites de la Plataforma Continental de ONU a principios de la semana pasada.
"En la medida que hay una superposición nosotros vamos a presentar una reserva, pero eso es simplemente para efectos de un 'téngase presente' no hay que dramatizar esto", señaló Van Klaveren, quien resaltó que no había molestias con Argentina. Dijeron lo mismo aquí en la Cancillería. Pero atrás quedaron los ánimos de hacer presentaciones conjuntas sobre temas limítrofes tan sensibles. Con todo, de ello hablarán el martes el ministro Jorge Taiana y su colega Mariano Fernández, de visita en Buenos Aires.
Más fuerte resultó la reacción de funcionarios británicos, citados sin nombre por The Guardian. Al referirse a la extensión sobre la plataforma que también hizo Argentina sobre Malvinas e islas del Atlántico Sur señalaron que "no había bases" para la misma, y anticiparon que Londres hará su propia presentación por este territorio en disputa "antes del 13 de mayo", cuando vence el plazo dado por ONU para estas presentaciones.
http://www.clarin.com/diario/2009/04/25/elpais/p-01905221.htm
Cristina Kirchner detestou a publicação dessa notícia, quando o jornal foi questionar Lula sobre as informações constantes na reportagem, Cristina Kirchner que estava ao lado tentou que o Lula não respondesse nada, se era verdade ou não.
20.04.2009Clarín.comEl País
00:00
El presidente de Brasil hizo el pedido a través de emisarios que se reunieron en Trinidad y Tobago con altos funcionarios de Barack Obama. Considera que la Argentina es un país clave para la región y que merece respaldo politico y financiero.
Por: Eleonora Gosman
Brasil le pidió a Estados Unidos que reevalúe su relación con Argentina, que le preste más atención política y la apoye para encontrar soluciones a las necesidades financieras del país.
El planteo tuvo lugar en una reunión paralela a los encuentros presidenciales de la cumbre de las Américas que concluyó ayer en esta ciudad caribeña.
El encuentro tuvo como protagonistas, por un lado, al Secretario Nacional de Seguridad de la gestión de Barack Obama, el general retirado James Jones; y por el otro, al brasileño ministro de Defensa Nelson Jobim y al asesor para Asuntos Internacionales del presidente brasileño Marco Aurelio García.
En esa reunión del más alto rango ministerial entre ambos países, los colaboradores de Lula da Silva, que hablaron en nombre del jefe de Estado, no ocultaron a Jones la preocupación que siente el gobierno brasileño por cierto grado de calculada indiferencia que parecería imperar en Washington hacia la Argentina.
Al general de la Marina, retirado, le dijeron que Argentina es "un país crucial en el proceso de integración y resulta clave para la seguridad regional".
Jones, elegido por Obama como el responsable de trazar las estrategias que no sólo competen a la seguridad internacional sino también involucra la política exterior de la nueva administración, fue una sorpresa en el gabinete elegido por el presidente de Estados Unidos y que deberá acompañarlo en esta primera gestión. Es que el ex oficial de los marines es amigo personal del candidato derrotado en noviembre, el republicano John McCain.
No hubo nada que permita afirmar que haya existido algún pedido de la presidenta Cristina Kirchner a Lula para que interceda ante Estados Unidos. Es más, según fuentes brasileñas, todo sugiere que la iniciativa partió del presidente brasileño luego de evaluar los daños que podría ocasionar a Brasil la apatía estadounidense frente al gobierno argentino.
El presidente Lula da Silva, dijeron los analistas consultados por Clarín, considera que si Argentina se debilitara sería un gran obstáculo al objetivo mayor de Lula que es consolidar la integración de América del Sur. A Brasil "no le conviene un gobierno argentino enflaquecido"; pero además dejó entrever que sería "injusto" que, eventualmente, algún organismo financiero internacional no colocara a la Argentina entre los países que "aplican" para préstamos sin condiciones destinados a "economías sanas" que sufren por la crisis internacional. El FMI acaba de concederle 5.000 millones de dólares a México sin ningún requisito. Y hará otro tanto con las llamadas economías del Este europeo.
Ayer, en una conferencia de prensa, el propio presidente de Brasil se acercó a esta corresponsal, le extendió la mano y le mencionó: "¿Qué le pareció la entrevista publicada hoy? Le dimos una mano a Cristina, ¿no?". Se refería a declaraciones suyas a la prensa porteña en las que sostuvo: "No puedo imaginar a la Argentina y a Brasil separados". Lo cierto es que la presidenta no obtuvo en Trinidad y Tobago el encuentro aparte que hubiera querido mantener con Obama. No le hubiera venido mal una palmadita amable en el hombro del personaje político más importante del mundo, cuando el poder kirchnerista parece estar en declive frente a un proceso electoral complicado. Sobre todo cuando éste se acercó sin problemas y les tendió una mano ostensible a los llamados "presidentes conflictivos", el venezolano Hugo Chávez y el boliviano Evo Morales. También se dio tiempo para conversar con el colombiano Alvaro Uribe, el peruano Alan García y el ecuatoriano Rafael Correa.
Igual, la presidenta Cristina Kirchner tuvo en Puerto España dos reuniones importantes. Una de ellas fue con Luis Alberto Moreno, el titular del Banco Interamericano de Desarrollo (BID). Otra se concretó con Pamela Cox, vicepresidenta para América Latina y el Caribe del Banco Mundial. Hasta ayer no habían trascendido resultados concretos.
Por otra parte, Cristina pasó por esta ciudad caribeña con pocas urgencias de verse con los principales socios de la Argentina, que desfilarán en breve por Buenos Aires: Lula da Silva llegará este miércoles por la noche; y el viernes habrá una reunión trilateral a la que se sumará Chávez.
http://www.clarin.com/diario/2009/04/20/elpais/p-01901540.htm
Carta a uma velha
Escrito por Frei Betto
24-Abr-2009
Para Nina Garcia Alencar.
Querida amiga Nina,
Por que a trato com familiaridade? Ora, agora você me conhece intimamente: meu nome é Velhice. É bem verdade que muitas pessoas de avançada idade se sentem constrangidas, até humilhadas, ao se aproximarem de mim. Como se a Velhice fosse um mal a ser evitado.
Não se conformam com a progressiva e irrefreável degradação do organismo: a audição reduzida, as restrições alimentares, a mobilidade contida, o uso de bengala etc. Por isso, até se recusam a pronunciar meu nome. Esquecem que, à decadência do corpo deveria corresponder à ascendência do espírito. Mas a vida ensina que não se colhe o que não se plantou.
Já não convém chamar uma pessoa de velha. Inventam-se eufemismos, como se a cobertura do bolo modificasse o sabor do recheio: terceira idade, melhor idade, dign/idade... Ora, se devemos encarar a realidade, sugiro ‘eterna idade’, já que os velhos estão mais próximos dela.
Aterrorizadas pela certeza de que um dia serão velhas, e iludidas pela busca ilusória de imortalidade, muitas pessoas, respaldadas pelos simulacros científicos que prometem juventude perene, se esforçam ao máximo para evitar o encontro comigo. Ingerem drágeas que prometem reduzir o desgaste das células, fazem cirurgias plásticas, passam horas a malhar o corpo. E ainda se dão ao ridículo de se fantasiarem de jovens, de adotar vocabulário de jovens, de freqüentar festas de jovens. Como é triste ver uma velha de 70 anos bancando a mocinha de 20! Peruca na cabeça vai bem, mas na alma...
Nina, sei o quanto a sua vida valeu a pena: a família, a fé, as flores de seu acalanto, a sabedoria de permanecer numa cidade do interior e não acompanhar os filhos no rumo das metrópoles.
O que a faz longeva? O que lhe permite celebrar saudáveis 95 anos sem ter recorrido a nenhum desses artifícios? A paz de espírito. Você escolheu cultivar bens infinitos, aqueles que se guardam no coração, e não bens finitos, que envaidecem sem jamais saciar a sede de Absoluto. Você escolheu a amorosa maravilha da cotidianeidade, essas miudezas que, como miçangas, colorem a linha da felicidade: a oração, a freqüência à igreja, o encontro com as amigas, o socorro aos pobres, o cuidado da casa e, no crepúsculo da vida, dar-se ao direito de espiar o mundo pelas janelas dos livros, dos jornais, da TV.
Sonho com o dia em que as mulheres descubram que o auge da beleza reside em encontrar a mim, a Velhice. Essa beleza emoldurada pelas rugas da intensidade de vida e pelos cabelos alvos, fundada na sabedoria de espírito, na capacidade de relativizar tantas coisas que os mais jovens encaram como absolutas. Beleza de quem já não recorre a artifícios exteriores para enfeitar a vaidade; basta o sorriso luminoso, a delicadeza dos gestos, o dom de recolher-se em silêncio ainda que, em volta, todos disputem a palavra aos gritos.
Você bem sabe, Nina, que estar comigo é experimentar algo que, cada vez mais, poucos conhecem: a serenidade. Uma pessoa se torna serena quando se dá conta de que vive num palácio de inúmeros aposentos – a vida –, mas já não sente o menor ímpeto de percorrê-los, perdeu toda curiosidade em relação a eles. Basta-lhe um aconchegante quartinho onde suas plantas recebam um pouco de sol.
Nina, acolhe o meu afetuoso abraço de feliz idade! Curta a minha companhia sem nenhuma ansiedade frente aos desígnios de Deus. Ele a colherá desta vida, como um jardineiro à sua flor, no momento oportuno. Então, sim, você descobrirá que, do outro lado, a vida é terna.
O carinho de sua companheira,
Velhice.
Frei Betto é escritor, autor de "A arte de semear estrelas" (Rocco), entre outros livros.
Está en tratativas la posible exportación a Chile de energía eléctrica paraguaya procedente de la represa del Acaray. Los datos que se vienen manejando en el marco de dicha negociación demuestran el abuso de que viene siendo objeto el Paraguay por parte del Brasil. De acuerdo a los precios de mercado en el Sistema Integrado del Norte Grande (SING) de Chile –que son establemente elevados en los últimos años, por encima de 100 US$/MWh–, el Paraguay podría obtener beneficios netos del orden de 60 US$/MWh, unas 20 veces más de lo que el Brasil nos paga de compensación (3 US$/MWh) por la electricidad de Itaipú que le cedemos hasta ahora en forma totalmente exclusiva.
En la cumbre de Salvador, Bahía, realizada a fines del año pasado, se reunieron las presidentas de Chile y Argentina, así como el presidente Fernando Lugo, ocasión en que la Argentina dio su acuerdo para que el Paraguay pueda exportar por territorio argentino electricidad de Acaray –hasta 200 MW– a Chile. El pasado 13 de abril se reunieron en Mburuvicha Róga el secretario de Energía de la Argentina y el director general argentino de Yacyretá, por parte de la Argentina, con el presidente de la ANDE y el mismo presidente Lugo, por parte de nuestro país, a fin de definir los aspectos técnicos de tal exportación políticamente ya autorizada. De acuerdo a la información, se estableció un plazo máximo de 60 días para poner a punto el borrador de acuerdo y procederse así a esta histórica negociación.
Calificamos de “histórica” esta operación por varios motivos. Primero, porque se exportará a un país como Chile, con el cual no se tiene frontera, es deficitario en electricidad y que está muy interesado en importar cantidades aún mayores de nuestra principal riqueza en explotación, la hidroelectricidad nacional. Igualmente, porque es la primera operación que se hará estrictamente a precios de mercado. Y es allí, justamente, donde radica su enorme importancia.
El mercado chileno de electricidad soporta elevados precios, aún con las relativamente bajas cotizaciones internacionales del petróleo crudo en este momento. Ello se debe a que Chile tiene una reducida capacidad de generación hidroeléctrica, de casi imposible expansión por motivos de política ambiental, y sin posibilidades de acceso a gas natural, por el también insoluble diferendo con Bolivia en relación a la salida al mar de este último país. Aún si Chile llegara a resolver la cuestión marítima con Bolivia, este último país tiene reducidas reservas, igual que la Argentina, por lo que tampoco las reservas de gas de la región podrán ser auxilio de importancia alguna para el sistema eléctrico chileno. Estas condiciones objetivas han despertado el interés chileno en la abundante hidroelectricidad paraguaya.
De acuerdo a los precios de mercado en el Sistema Integrado del Norte Grande (SING) de Chile –que son establemente elevados en los últimos años, por encima de 100 US$/MWh–, el Paraguay podría obtener beneficios netos del orden de 60 US$/MWh, unas 20 veces más de lo que el Brasil nos paga de compensación (3 US$/MWh) por la electricidad de Itaipú que le cedemos hasta ahora en forma totalmente exclusiva. Resaltemos que la desproporción es entre lo que más importan, los beneficios netos, y no entre tarifas.
En las negociaciones que está sosteniendo nuestro país con el Brasil, este se niega a aumentar la compensación por la cesión de energía con el argumento de que poseerían otras centrales hidroeléctricas, como las del río Madeira, que generan a menor costo y que, por lo tanto, ya no hay margen para una mayor compensación. Lo sostenido por funcionarios brasileños es una media verdad. El Brasil está incapacitado de satisfacer su creciente demanda eléctrica exclusivamente con centrales hidroeléctricas propias, las que, por otra parte, cada vez quedan más lejos de sus centros de consumo y cuyo aprovechamiento requiere medidas socioambientales de cada vez mayor costo. Salvo excepciones, como podrían ser las represas del río Madeira, al Brasil le resulta imposible sustituir la energía paraguaya de Itaipú, incluso a un costo similar al inflado costo del servicio de Itaipú. Inflado –decimos– por la ilegítima deuda no pagada por empresas eléctricas brasileñas y que por razones de justicia y legalidad debería desaparecer del pasivo de Itaipú. Recordemos que 2/3 del costo del servicio de electricidad de Itaipú es pago de la deuda, que en su mayor parte debió ser abonada por las empresas eléctricas brasileñas en su momento, y no lo fue. Al costo real, es decir, excluyendo la deuda “espuria” y el consiguiente pago ilegítimo de la deuda a Eletrobras y el Tesoro brasileño, es totalmente imposible que el Brasil pueda sustituir nuestra energía a un precio competitivo. Menos aún considerando otras fuentes de generación eléctrica más caras, como la nuclear, el carbón y el gas natural, ahora ya imprescindibles en la matriz energética brasileña. Más importante todavía es el hecho de que Chile ofrece pagarnos mucho más que el mercado eléctrico brasileño, mucho más que la compensación prevista en el Tratado de Itaipú.
Ante la evidencia de que la exportación de nuestra hidroelectricidad a Chile nos daría muchos más beneficios que la cesión al Brasil, este país tiene una disyuntiva de hierro: o le paga al Paraguay lo que Chile está dispuesto a pagar, o permite que el Paraguay disponga libremente de su energía, como reclama nuestro país desde hace más de tres décadas, y, así, posibilita que lleguemos a un acuerdo a largo plazo con Chile, bajo condiciones mucho más ventajosas para nosotros.
La negativa del Brasil de permitir que exportemos libremente nuestra energía viola todos los acuerdos de la Organización Mundial de Comercio (OMC) y, de persistir, debería ser inmediatamente denunciada por nuestro país ante dicho foro internacional y todos los otros que sean competentes.
Jorge A. Chávez Presa
Un sistema financiero para la competitividad
25 de abril de 2009
¿En qué medida está contribuyendo o restando el sector financiero a la competitividad del resto de las actividades económicas que requieren de sus servicios? ¿Por qué si se supone que es tan rentable el sector financiero, y en par-ticular los bancos, no hay más inversión a esta actividad a través de nuevos intermediarios? ¿Está protegido el usuario de servicios financieros o requiere más regulaciones contra abusos?
La primera pregunta que sienta en el banquillo de los acusados al sistema financiero mexicano la provoca el hecho de que existe la percepción de que los servicios financieros son caros tanto por las tasas de interés, comisiones, primas y tarifas que cobra, así como por los bajos rendimientos que paga al ahorrador, el acceso difícil y la poca oportunidad del financiamiento.
Estos son parte de los cuestionamientos que pesan sobre los intermediarios del sector financiero, principalmente instituciones de banca múltiple, casas de bolsa, administradoras de fondos para el retiro, compañías de seguros, almacenes generales de depósito, arrendadoras financieras, casas de cambio, empresas de factoraje financiero, entidades de ahorro y crédito popular, instituciones de fianzas, sociedades financieras de objeto limitado, sociedades financieras de objeto múltiple reguladas, sociedades de inversión, uniones de crédito.
Los números revelan claroscuros. Por ejemplo, hay una gran competencia por atender a los corporativos de las grandes empresas, donde los márgenes financieros, esto es, la diferencia entre la tasa que se cobra y el costo de fondeo, son muy bajos. Hace poco más de una década era inconcebible imaginarse el acceso a créditos hipotecarios a plazos mayores a 15 años y a tasas de interés de alrededor de 12% anual.
Las quejas recientes, en particular sobre el sistema bancario, se han buscado justificar por lo observado en el mercado aparentemente más rentable: el del crédito al consumo y en especial el canalizado a consumidores de muy bajo poder adquisitivo. Este segmento, atendido antes por prestamistas y usureros, ahora se lo disputan microfinancieras, tiendas de electrodomésticos y bancos ofreciendo al por mayor tarjetas de crédito con réditos de hasta 80% anual, todo sin considerar los casos de ventas atadas.
No obstante que estas acusaciones pudieran justificarse, el reclamo se concentra en el crédito al consumo bancario, que representa menos de 22% del total del crédito de la banca comercial, pero que sin lugar a dudas ha sido el más dinámico, pues en sólo ocho años el saldo del crédito al consumo casi aumentó nueve veces. En el último año los bancos han sido mucho más cautelosos en dar de este crédito, como resultado de que la cartera vencida en este rubro ha aumentado más de 41% en términos reales.
El crédito otorgado por los bancos a las empresas, y a las entidades financieras y gubernamentales (crédito comercial), es el más importante en cuanto a monto se refiere, ya que la cartera total del crédito comercial representa más de 64% de la cartera total, y su cartera vencida es de sólo 1% del total del crédito comercial. Sin embargo, el saldo de esta cartera ha permanecido casi estático (creció 2.1% en términos reales de diciembre de 2000 a diciembre de 2008, con ello bajando su participación dentro del PIB de 14% a 9%), pues es en este segmento donde se ha observado una gran competencia con instrumentos como papel comercial y otros que no emite la banca, aunque probablemente sí el grupo financiero.
El crédito a la vivienda es una de las carteras en las que los bancos han sido sumamente cautelosos. El saldo del crédito a la vivienda representa 14.2% del total de la cartera a diciembre de 2008, y el índice de morosidad de este tipo de créditos es de 3.51, ligeramente superior respecto al índice de la cartera total. En el periodo 2000-2008 el saldo de este crédito ha crecido 58%.
Al observar una dinámica tan diferente entre estos tres tipos de crédito, se ha criticado a la banca por no financiar actividades industriales y al campo, y por lo tanto de extraer grandes utilidades de explotar el crédito al consumo. Sin embargo, esta crítica estaría mejor fundamentada si tomara en cuenta los altos riesgos y costos de recuperación en el crédito al consumo, y las reservas que los bancos deben crear para compensar la expectativa de pérdidas.
Uno de los factores que eleva el costo del otorgamiento del crédito y por ende su oferta en la economía mexicana es la dificultad de los bancos para ejecutar las garantías en caso de incumplimiento de las obligaciones por parte de los prestatarios, como lo han documentado el IMCO y el BID. Este riesgo asociado a los créditos se refleja en una mayor tasa de interés activa, la cual podrá reducirse en la medida que disminuya el tiempo y costo de ejecutar garantías. Esta es una gran ventana de oportunidad que tiene el país, en la cual debe trabajarse tanto a nivel federal como estatal para impulsar la competitividad de la economía nacional. Una oportunidad más concreta está en lograr una mayor eficiencia y transparencia en los registros públicos de la propiedad.
Respecto a la captación de recursos de los bancos, en 2000-2008 aumentó 36.5% en términos reales y representó 19.7% del PIB a diciembre de 2008. Los depósitos de exigibilidad inmediata y a plazo representan 48% y 42% respectivamente de la captación bancaria, y son sus principales componentes.
Los tres bancos más importantes concentran casi 59% de los activos totales del sector bancario mexicano. Si bien es una alta concentración de mercado, no es la más alta de América Latina, pero sí superior a de Brasil y Chile. La concentración en México ha podido disminuirse ligeramente como resultado de que en los últimos años las autoridades financieras han facilitado la entrada de nuevos competidores que se espera introduzcan disciplina a este sector en el mediano plazo. De 2000 a 2008 el número de bancos aumentó de 36 a 43. Asimismo, otros intermediarios financieros e instrumentos como afores, sociedades de inversión y emisiones de papel comercial ofrecen más opciones al público ahorrador, y por lo tanto introducen competencia a los bancos.
Una variable importante para evaluar el desarrollo de un mercado financiero eficiente es el acceso de las personas a los servicios financieros. En 2008 el Banco Mundial, en su publicación Finance for All?: policies and pitfalls in expanding access (¿Financiamiento para todos?: medidas y fallas en la expansión del acceso), mostró en una encuesta que sólo 25% de la población adulta en México tiene acceso a una cuenta con un intermediario financiero. Este dato contrasta con países como Dinamarca, Finlandia y Suecia (99%), Singapur (98%), Canadá y Francia (96%), España (95%), Estados Unidos y Reino Unido (91%). Aun con países como Chile, Brasil, Argentina y Perú esta encuesta reveló porcentajes del 60%, 43%, 28% y 26%, respectivamente.
La densidad de cajeros automáticos por población así como por penetración es baja. México tiene por cada 100 mil habitantes casi 17, Canadá 135, España 127, Estados Unidos 121 y Corea del Sur 90. El número de cajeros por cada mil kilómetros cuadrados para México es de 8.91 y para los países antes mencionados, conservando su orden, es de 4.6, 104.1, 38.43, 436.8.
En México existen 9.6 sucursales bancarias por cada 100 mil habitantes, de acuerdo con la Comisión Nacional Bancaria y de Valores, siendo el Distrito Federal y Nuevo León las entidades con mayor número de sucursales (18.9 y 18.1, respectivamente); Chiapas y Oaxaca son las entidades con menor número de sucursales: 4.3 y 4.5, respectivamente. En México es necesaria una mayor penetración y profundización de los servicios financieros.
El sistema financiero mexicano tiene un gran desafío: transformarse para impulsar la competitividad del país, esto es, que atraiga y retenga inversiones que impulsen el crecimiento nacional. No ha sido gratuito que los legisladores tengan la inquietud y, desde luego, la motivación electoral de imponer topes y más regulaciones a la actividad bancaria por el cobro tan alto de comisiones y tasas de interés que se están observando en varios servicios bancarios. Tampoco hay que soslayar la importancia de la educación financiera, pues un factor básico para introducir mayor eficiencia y disciplina a esta actividad es que los usuarios de los servicios financieros sí sean sensibles a los rendimientos y costos de los distintos instrumentos financieros que ofrecen los otros intermediarios.
"La situación es seria, grave e imprevisible”, indicó la directora general del organismo, Margaret Chan, quién llamó a aumentar la vigilancia en los demás países.
AFP
Publicado: 25/04/2009 08:32
Ginebra. El virus de la gripe porcina que ha dejado al menos 20 muertos en México e infectó ocho personas en Estados Unidos tiene "claramente un potencial pandémico", advirtió este sábado la Organización Mundial de la Salud (OMS), que llamó a aumentar la vigilancia en los demás países.
Una pandemia está definida como una "enfermedad epidémica que se extiende a muchos países o que ataca a casi todos los individuos de una localidad o región". La epidemia, por su parte, es "una enfermedad que se propaga durante algún tiempo por un país, acometiendo simultáneamente a gran número de personas".
La directora general de la OMS, Margaret Chan, indicó que la aparición de un "nuevo virus" de gripe porcina que se transmite al hombre constituye una "situación grave" que debe ser seguida de cerca.
"Un nuevo virus es responsable de los casos registrados en México y en Estados Unidos", explicó Chan, en una rueda de prensa telefónica, en la que precisó que "la situación es seria y tiene que ser seguida de cerca".
La evolución de la situación es "imprevisible", recalcó; sin embargo, acotó, no podemos decir basándonos en la evidencia disponible de tipo clínico, epidemiológico y de laboratorio si causará o no una pandemia".
La agencia sanitaria de Naciones Unidas lleva años advirtiendo que una nueva cepa del virus podría desatar una pandemia de gripe en todo el mundo y causar la muerte de millones de personas.
La nueva cepa de gripe porcina, una mezcla de virus de gripe porcina, humana y aviaria que habría causado la muerte de 68 personas en México entre mil 004 supuestos casos e infectado a ocho en Estados Unidos, es poco conocida y la situación evoluciona rápidamente, dijo Chan.
Actualmente no existen indicios de brotes similares en otros lugares del mundo, añadió.
"Sería prudente que los funcionarios sanitarios en otros países estén alerta a brotes de enfermedades similares a la gripe o la neumonía, sobre todo si ocurren en los meses fuera de la habitual temporada alta de la gripe", sostuvo Chan, una ex funcionaria médica en Hong Kong.
Las autoridades también deberían estar alerta ante casos de enfermedades similares a la gripe que sean graves o mortales en grupos que no sean niños o ancianos, las edades normalmente en riesgo por la influenza estacional.
La mayoría de los muertos en México tenían entre 25 y 35 años.
Falta información
La OMS ha enviado a expertos a México para ayudar a las autoridades a afrontar el brote de la enfermedad, los diagnósticos y la gestión clínica.
"Los virus de la gripe son conocidos por ser impredecibles y llenos de sorpresas, como estamos viendo ahora", afirmó Chan.
"Necesitamos saber cómo se está extendiendo el virus, cuál es el modelo de transmisión y si va a causar o no una enfermedad grave y en qué grupo etario", sostuvo.
Un comité de emergencia formado por expertos, que reunirá a la brevedad el sábado, asesorará a la directora de la OMS sobre asuntos que incluyen la posibilidad de cambiar el nivel de alerta pandémica de la OMS, que es actualmente de 3 en una escala del 1 al 6.
Es "demasiado prematuro en este momento" para que la OMS emita alguna alerta sobre viajes, debido a que aún se requieren los análisis de los casos y otros datos clínicos, aseguró la funcionaria.
También es muy pronto para que la agencia de Naciones Unidas aconseje a los laboratorios que empiecen a producir una vacuna contra la nueva cepa del virus, aparte de su tradicional producción de vacunas estacionales para la gripe, sostuvo.
A análise das tendências recentes da integração na América do Sul aponta para uma situação onde apesar das diferenças de projetos políticos, de propostas de desenvolvimento, os atuais líderes da região enxergam no processo de integração uma forma de consolidar e dar continuidade ao processo de mudança que foi iniciado internamente. Deste modo, reproduz-se aqui, em outra escala obviamente, a situação européia após o final da Segunda Guerra Mundial, onde os diferentes países possuíam razões estratégicas para apostar no processo de integração. Chávez, Lula, Morales, Correa, Lugo, o casal Kirchner, todos enxergam na integração um mecanismo capaz de gerar ganhos políticos que consolidem o governo e o projeto político que eles representam.
Além disso, os atuais projetos de integração surgem num contexto altamente favorável nas relações entre a América Latina, América do Sul em particular, e os EUA. Diante da ameaça terrorista, o governo Bush “esqueceu” a América Latina, isto ampliou as margens de manobra dos diferentes governos da região, um importante peso foi retirado da mesa de negociações. A posição frente à ALCA que era uma fonte de conflito entre os países da região, deixou de sê-lo pois após o 11 de setembro, o tema praticamente desapareceu a agenda norte-americana. Olhando retrospectivamente, por exemplo, todo o debate em 2002 sobre qual seria a posição do futuro presidente Lula sobre a ALCA, como o Brasil se posicionaria nas negociações, parece completamente sem sentido. Pois de fato, outros temas se sobrepuseram na agenda das relações Brasil-EUA.
Mesmo os conflitos entre o governo Bush e a Venezuela de Hugo Chávez, exceto pelo rápido apoio americano ao “governo provisório” que assumiu após o golpe contra Chávez em 2002, não tiveram as conseqüências e repercussões que teriam se houvessem ocorrido em outro período. As ações externas concentradas no combate ao terrorismo, nas invasões do Iraque e do Afeganistão, tornaram as contestações chavistas secundárias para os EUA. Até, por isso, as relações econômicas entre as duas partes nunca foram rompidas apesar dos eventuais diálogos ásperos entre as chancelarias dos dois países. Ora, com o governo Obama este quadro não deve ser alterado. Os EUA devem continuar fora da América Latina seja devido a crise econômica interna, seja porque ainda há questões internacionais que se sobrepõem à América Latina, e América do Sul em particular, na agenda americana.
Voltando para o cenário sul-americano, Hugo Chávez assumiu o governo venezuelano numa posição relativamente isolada dos demais países da região. Com o conjunto dos países vinculados ainda explicitamente ao projeto neoliberal, Chávez aparecia para seus colegas como uma ameaça. Chávez desmontava e criticava a prática política que estava em curso nos países vizinhos. Especialmente na confrontação aos EUA, a Venezuela ficou numa posição completamente isolada, e numa situação contraditória, pois ao mesmo tempo que tinha nos EUA o principal parceiro comercial, posicionava-se contra a ALCA. Entretanto, o projeto de Chávez de transformar economicamente a Venezuela e reduzir a dependência em relação aos EUA, somente seria exeqüível, ou ganharia alguma viabilidade, caso a Venezuela encontrasse parceiros comerciais alternativos tanto como destino das suas exportações como origem das importações. Caso a ALCA se concretizasse certamente não seria na América do Sul, ou na América Latina de um modo geral, que Chávez encontraria parceiros alternativos (obviamente não substitutos para os EUA). Portanto, Chávez se opõe com veemência ao projeto norte-americano e lança a ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas). Desde então, com a mudança no cenário político latino-americano e caribenho, a ALBA atraiu alguns aliados para a Venezuela. Diferentemente dos demais projetos de integração da região, a ALBA é um projeto político, com objetivos políticos explícitos, muito mais que um instrumento de integração econômica, não está baseada numa visão liberal da integração regional. Sendo assim, o próprio Chávez tem consciência que o projeto da ALBA é incapaz de atrair países como o Brasil e a Argentina. De fato, a ALBA não romperia o isolamento relativo da Venezuela nem seria capaz de dar garantias institucionais à continuidade do projeto bolivariano na Venezuela. Portanto, continua sendo importante para a Venezuela ingressar no MERCOSUL.
O ingresso da Venezuela no MERCOSUL se no curto prazo deve favorecer comercialmente muito mais o Brasil do que a Venezuela, para a Venezuela o ingresso no MERCOSUL significa uma legitimação por parte do Brasil do projeto político chavista e das reformas sociais, políticas e econômicas que estão sendo implantadas ao mesmo tempo que de fato acaba com o isolamento político da Venezuela. E assim o Brasil se torna institucionalmente um anteparo entre os EUA e a Venezuela. Para o governo Lula, o ingresso da Venezuela no MERCOSUL também funciona como um mecanismo de controle. O Brasil busca consolidar sua liderança na América do Sul e se projetar no sistema internacional como um todo, nestas condições todo problema envolvendo a Venezuela seria, na prática, um problema também brasileira. As tentativas de golpes, as crises políticas na Venezuela sempre se colocariam como um desafio apara a liderança brasileira. O ingresso no MERCOSUL aparece como uma forma de realizar um controle institucional da Venezuela, inclusive com a cláusula democrática, que hoje é usada pela oposição brasileira para questionar o ingresso da Venezuela no bloco, mas com a incorporação serviria para bloquear eventuais ações golpistas.
Por outro lado, a capacidade de países como a Venezuela de Chávez, a Bolívia de Morales, ou o Equador de Correa ou outros não membros alterarem os rumos do MERCOSUL são bastante diminutas. O ingresso no bloco implicará a aceitação das regras e do programa político que está por trás deste processo de integração. Conseqüentemente, o MERCOSUL não satisfaz a demanda por integração esboçada por estas novas lideranças sul-americanas, o que vai resultar em um novo projeto de integração, a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL). Um projeto, que não se engaja no anti-americanismo, mas que possui objetivos mais amplos do que o MERCOSUL, que na visão de um líder como Morales aparece como uma proposta liberal, e sem um projeto político de mudança para a região. A UNASUL preencheria esta lacuna. Do mesmo modo, projetos a ela associados como o Banco do Sul e a integração energética, que merece uma análise a parte.
A integração energética é uma variável fundamental, pois é do interesse de todas as lideranças. Para Chávez, a integração energética da Venezuela com os países da região seria o maior obstáculo para uma reversão do seu modelo econômico no momento em que ele deixar o governo, ao mesmo tempo em que permite ampliar o político ao realizar investimentos no Paraguai, Bolívia, Equador e países da América Central e do Caribe. Estes países seja por escassez de fontes energéticas seja por escassez de recursos para investimento encontram na Venezuela o parceiro ideal, pois em princípio pede como contrapartida “apenas” apoio político. Para o Brasil, certamente o principal consumidor de combustíveis da região, mesmo com a descoberta de novas reservas interessa a integração para aprofundar os vínculos com os países vizinhos de modo que estas relações sustentem a expressão da liderança brasileira fora da região sul-americana.
As iniciativas recentes de integração na América do Sul não partiram de iniciativas do Brasil, mas evidentemente todo o processo gira em torno do Brasil. As posições mais radicais de Chávez nunca foram contestadas diretamente pelo governo Lula. Porque, neste momento de declínio das idéias liberais, não interessava ao governo Lula, por questões internas do partido presidente e para não afrontar os vizinhos mais radicais, confrontar as idéias mais esquerdizantes e anti-americanas. Mas, o Brasil, ao se incorporar nestes projetos, UNASUL, Banco do Sul, entre outros, procurou suavizar os projetos de poder envolvidos na integração e dar cara mais técnica e instrumental. Deste modo, ao mesmo tempo em que mantinha na liderança da região transmitia para a comunidade internacional que o Brasil era uma liderança confiável, que pautava a sua ação internacional em projetos concretos e não na retórica política típica das lideranças terceiro-mundistas que ao longo do tempo assustou os EUA e a Europa. Ou seja, propostas que para os outros líderes sul-americanos deveriam ser instrumento de confrontação, nas mãos do Brasil se tornavam instrumento para a sua legitimação frente à comunidade internacional. Neste sentido, o Brasil procura ocupar o espaço deixado pela “ausência” norte-americana na região. O resultado insólito pode ser o efetivo avanço do processo de integração na América do Sul. Pode-se dizer, neste sentido, que se recuperou na América do Sul uma parte do otimismo que envolvia a América Latina em parte dos anos 50 e 60.
Neste quadro, onde as diferentes propostas de integração sul-americana devem avançar, o México, importante país da América Latina, deve acabar isolado dada a sua opção preferencial pela integração com os Estados Unidos. Diante da crise econômica interna e das posições políticas de Barack Obama não há que se esperar um aprofundamento da integração no NAFTA no sentido que “favoreceria” o México, aprofundamento da liberalização acelerando o processo de transferência de empresas americanas para o México. Do mesmo modo, o volume de exportações do México para os EUA passa a ser uma preocupação no contexto da crise que faz com que as responsabilidades pelos problemas, como recessão e desemprego, sejam externalizadas.
CAMBRIDGE – Qué diferencia ha significado la crisis para el Fondo Monetario Internacional. Apenas unos meses atrás esta importante pero poco querida institución, símbolo de los acuerdos económicos globales de post-guerra, parecía destinada a la irrelevancia.
Por largo tiempo el FMI ha sido una cabeza de turco tanto para la izquierda como la derecha, la primera por el énfasis del Fondo en la rectitud fiscal y la ortodoxia económica, y la otra por su papel en el rescate financiero de las naciones endeudadas. Las naciones en desarrollo siguieron sus consejos a regañadientes, mientras que las naciones avanzadas, que no necesitaban el dinero, no les prestaban la menor atención. En un mundo en que los flujos de capitales privados empequeñecían los recursos a su disposición, el FMI había llegado a parecer un anacronismo.
Y, cuando algunos de los mayores deudores del FMI (Brasil y Argentina) comenzaron a prepagar sus deudas hace unos años sin que hubiese nuevos deudores a la vista, era como si le hubieran puesto el último clavo al ataúd. El FMI parecía condenado a que sus ingresos se acabaran, además de perder su razón de ser. Redujo sus presupuestos y comenzó a aminorar su tamaño, y si bien se le atribuyeron nuevas responsabilidades en el intertanto -vigilancia de la "manipulación del tipo de cambio", en particular-, sus deliberaciones demostraron ser en gran medida irrelevantes.
Sin embargo, la crisis ha fortalecido al FMI. Bajo su capaz director ejecutivo, Dominique Strauss-Kahn, el Fondo ha sido una de las pocas entidades oficiales que se ha mantenido por delante de la curva. Hizo raudamente lo necesario para crear una línea de crédito de emergencia con desembolso rápido para aquellos países que tuviesen políticas “razonables”. Lideró la promoción de un estímulo fiscal global del orden de un 2% del PGB mundial, lo que es todavía más destacable si se considera su tradicional conservadurismo en cuanto a asuntos fiscales. Y, con anterioridad a la cumbre del G-20 en Londres, replanteó profundamente sus políticas para la otorgación de préstamos, restando énfasis a su condicionalidad tradicional y facilitando el proceso para que los países opten a préstamos.
Lo que es incluso más significativo, el FMI ha salido del encuentro de Londres con recursos sustancialmente mayores, así como con nuevas responsabilidades. El G-20 prometió triplicar la capacidad de préstamo del Fondo (de 250 a 750 mil millones de dólares), emitir 250 mil millones de dólares de nuevos Derechos Especiales de Giro (un recurso de reserva compuesto por una canasta de monedas principales), y permitir que el Fondo solicite préstamos en los mercados de capitales (algo que nunca ha hecho), si es necesario. El FMI también fue designado como una de las dos principales agencias -junto con un Foro de Estabilidad Financiera ampliado (llamado ahora Junta para la Estabilidad Financiera)- a cargo de dar alertas tempranas sobre riesgos macroeconómicos y financieros y emitir las recomendaciones que sean necesarias sobre políticas a adoptar.
Otra buena noticia es que ahora los europeos han renunciado a su pretensión de nombrar al director ejecutivo del FMI (como lo hacen los estadounidenses con la presidencia del Banco Mundial). En lo sucesivo, estas altas autoridades se han de seleccionar a través de "un proceso de selección abierto, transparente y basado en méritos”. Esto permitirá un mejor gobierno (aunque la presidencia de Strauss-Kahn ha sido ejemplar) y mejorará la legitimidad de ambas instituciones a los ojos de las naciones en desarrollo.
De manera que, una vez más, el FMI se encuentra en el centro del universo económico. ¿Cómo escogerá implementar su poder recobrado?
El mayor riesgo es que vuelva a exagerar su alcance e influencia, que es lo que ocurrió en la segunda mitad de los años 90, cuando comenzó a pregonar la liberalización de las cuentas de capitales, aplicó remedios fiscales exageradamente estrictos durante la crisis asiática y trató de rediseñar por cuenta propia las economías de ese continente. Desde entonces, la institución ha reconocido sus errores en todas esas áreas, pero está por verse si se han internalizado completamente, y si tendremos un FMI más amable en lugar de uno rígido y doctrinario.
Un factor que nos ayuda a ser optimistas es el hecho de que, casi con seguridad, los países en desarrollo tendrán más influencia sobre cómo se maneja el Fondo, lo que asegurará que en el futuro las naciones más pobres sean escuchadas con más empatía.
No obstante, dar a las naciones en desarrollo un mayor poder de voto no significará una gran diferencia si la cultura organizacional del FMI no cambia también. En el Fondo trabaja una gran cantidad de economistas de talento que no están muy vinculados con las realidades institucionales de los países sobre los que trabajan ni las aprecian demasiado. Sus conocimientos profesionales están avalados por sus grados académicos avanzados, en lugar de sus logros en el diseño de políticas en el mundo real. Esto tiende a alimentar una actitud arrogante y una sensación de vacía superioridad con respecto a sus contrapartes, autoridades a cargo de diseño de políticas que deben equilibrar múltiples y complejos intereses.
Para contrarrestar esto, será necesario que los altos funcionarios del FMI hagan esfuerzos claros de captación, dotación de personal y ascensos. Una opción sería aumentar sustancialmente la cantidad de nuevos funcionarios que se encuentren en la mitad de su desarrollo profesional y que tengan experiencia práctica real en países en desarrollo. Esto haría que el personal del FMI conozca mejor el valor del conocimiento local con respecto a la experiencia teórica.
Otra estrategia sería reubicar a parte del personal, incluido el que trabaja en departamentos funcionales, en "oficinas regionales", medida que probablemente genere gran resistencia en quienes se han acostumbrado a las comodidades de Washington D.C. Sin embargo, no hay mejor manera de apreciar el papel del contexto que experimentarlo personalmente. El Banco Mundial, que llevó a cabo una descentralización similar hace un tiempo, ha mejorado desde entonces la manera como sirve a sus clientes (aunque ha tenido dificultades en reclutar profesionales de primera calidad.)
Este es un momento importante para el FMI. La comunidad internacional está esperando mucho del juicio y el desempeño del Fondo; para llenar cabalmente esas expectativas, será necesario que implemente reformas internas.
Dani Rodrik, Profesor de Economía Política de la Escuela John F. Kennedy de la Universidad de Harvard, es la primera persona en recibir el Premio Albert O. Hirschman del Consejo de Investigación en Ciencias Sociales. Su último libro es One Economics, Many Recipes: Globalization, Institutions, and Economic Growth.