A festa acabou,
A campanha ocorreu,
o povo votou,
a eleição acabou,
Honduras cansou,
e agora, Brasil?
e agora, você?
você que é sem poder,
que usa o dos outros,
você que faz discursos,
que grita protesta,
e agora, Brasil?
Está sem apoio,
Só tem um discurso
Palavras ao vento
Já não pode sair
Ainda não pode desistir
Nunca pode vencer
Os sonhos esfriaram
A realidade chegou
A história partiu
A esperança sumiu
Não veio a utopia
E tudo acabou
O Obama fugiu
Os princípios mofaram
Numa embaixada fechada
E agora, Brasil?
E agora, Brasil?
Sua defesa da democracia,
Seu instante de loucura,
Sua ambição e sacrifício,
Sua tradição,
Sua cadeira na ONU,
Sua liderança na América Latina,
Sua voracidade – e agora?
Com as palavras na boca,
Quer abrir a porta,
Não existe porta;
Quer profetizar no mundo,
Mas o mundo já não quer profetas;
Quer ir para o mundo,
Mas o mundo te manda voltar.
Brasil, e agora?
Se você gritasse
Se te ouvissem
Se você que decidisse
Se você dominasse
Se você acordasse
Se você lutasse
Se você vencesse...
Mas você não vence,
Você é fraco, Brasil!
Sozinho em Honduras
Qual bicho-do-mato,
Sem o mito da fronteira,
Sem o destino manifesto
Sem armas para se afirmar
Sem navios e aviões
Que suportem a ação
Você marcha, Brasil!
Brasil, para onde?
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