"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sábado, 14 de novembro de 2009

Telefônica sofre revés em estratégia para adquirir GVT

São Paulo, sábado, 14 de novembro de 2009


Vivendi quer 100% das ações da GVT

Seguindo regra do mercado, grupo francês vai estender a todos os acionistas preço pago pelo controle da tele brasileira
Vivendi se aproveitou do fato de as ações da GVT estarem pulverizadas no mercado e conseguiu superar a investida da Telefônica

Antoine Antoniol - 1º.set.09/Bloomberg

JULIO WIZIACK
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

O grupo francês de mídia Vivendi adquiriu ontem o controle da GVT. Atuando nos bastidores, a Vivendi comprou 57,5% das ações da operadora que estavam no mercado por R$ 3,88 bilhões. Todas as ações da GVT têm direito a voto. Com isso, a Vivendi tirou a Telefônica da disputa.
A manobra dos franceses só foi possível porque a maior parte do capital da GVT estava pulverizada e nas mãos de fundos estrangeiros. Em comunicado, a Vivendi informou que assinou um acordo com a Swarth Investments LLC, a Swarth Investments Holdings LLC e a Global Village Telecom (Holland) BV, fundadores e controladores da GVT. Por esse acordo, ela pagou R$ 56 por ação e ficou com os 29,9% das ações dos controladores da GVT.
O restante (27,6% dos papéis) estava com investidores estrangeiros, principalmente fundos de investimento dos EUA e Europa. Segundo a Vivendi, o preço por ação, nesse caso, foi de R$ 55.
Seguindo as regras do mercado brasileiro, a Vivendi anunciou que vai registrar na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) oferta pública para adquirir até 100% das ações da GVT por R$ 56 cada uma. Tal operação é destinada a proteger os acionistas minoritários que queiram vender seus papéis devido à mudança do controle. Se a compra for completada, o valor total da operação será de R$ 7,2 bilhões. Nessa hipótese, a Vivendi fecharia o capital da GVT e lançaria suas próprias ações na BM&FBovespa, como disse que avalia fazer.
Fim da disputa
A disputa pela GVT começou no início de setembro, quando os seus controladores anunciaram um acordo de venda para a Vivendi por R$ 42 cada ação.
Um mês depois, a Telefônica fez uma oferta agressiva pela GVT. Como o capital estava pulverizado, eles anunciaram uma OPA (Oferta Pública para Aquisição de Ações), oferecendo R$ 48 por ação. No entanto, havia uma barreira para as duas interessadas. No estatuto da GVT, existia uma cláusula proibindo a venda caso a oferta não fosse 25% maior que o preço de mercado.
Com a retirada dessa cláusula pelos acionistas, a Telefônica ainda aumentou o lance -segundo analistas, para frear nova ofensiva da Vivendi-, propondo-se a pagar R$ 50,50 por ação. A OPA estava marcada para o dia 19, e a Telefônica dependia apenas da anuência prévia da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para que ocorresse. Anteontem, a agência deu o sinal verde à Telefônica, com diversas restrições. A oferta da Vivendi, por não atuar no mercado brasileiro, recebeu o aval sem o pedido de contrapartidas.
Com a compra de 57,5% do controle da GVT pela Vivendi, a OPA da Telefônica fica automaticamente cancelada porque a empresa só iria ao mercado caso tivesse a chance de ficar com pelo menos 51% das ações.
A GVT é uma operadora de telefonia fixa e de banda larga criada em 2000 como empresa "espelho" na área de concessão da Brasil Telecom -adquirida pela Oi, em 2008. Hoje é a principal concorrente da Oi e compete com a Telefônica e a própria Oi no mercado corporativo em grandes cidades do país fora de sua área de concessão.
Em nota, a Telefônica manifestou seus melhores desejos de "boa sorte" à GVT.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1411200902.htm

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