"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

E agora, Brasil?

A festa acabou,

A campanha ocorreu,

o povo votou,

a eleição acabou,

Honduras cansou,

e agora, Brasil?

e agora, você?

você que é sem poder,

que usa o dos outros,

você que faz discursos,

que grita protesta,

e agora, Brasil?


 

Está sem apoio,

Só tem um discurso

Palavras ao vento

Já não pode sair

Ainda não pode desistir

Nunca pode vencer

Os sonhos esfriaram

A realidade chegou

A história partiu

A esperança sumiu

Não veio a utopia

E tudo acabou

O Obama fugiu

Os princípios mofaram

Numa embaixada fechada

E agora, Brasil?


 

E agora, Brasil?

Sua defesa da democracia,

Seu instante de loucura,

Sua ambição e sacrifício,

Sua tradição,

Sua cadeira na ONU,

Sua liderança na América Latina,

Sua voracidade – e agora?


 

Com as palavras na boca,

Quer abrir a porta,

Não existe porta;

Quer profetizar no mundo,

Mas o mundo já não quer profetas;

Quer ir para o mundo,

Mas o mundo te manda voltar.

Brasil, e agora?


 

Se você gritasse

Se te ouvissem

Se você que decidisse

Se você dominasse

Se você acordasse

Se você lutasse

Se você vencesse...

Mas você não vence,

Você é fraco, Brasil!


 

Sozinho em Honduras

Qual bicho-do-mato,

Sem o mito da fronteira,

Sem o destino manifesto

Sem armas para se afirmar

Sem navios e aviões

Que suportem a ação

Você marcha, Brasil!

Brasil, para onde?

Brasil e Honduras

Independentemente do resultado que aponta para uma vitória dos golpistas apesar da derrota eleitoral dos mesmos (e de fato desconfio do candidato vencedor apesar de não ser do partido dos golpistas), o Brasil tomou a decisão acertada.

1. O Brasil é uma potência emergente, incensado pela imprensa, teria todo interesse em agir como a China e não fazer uma defesa de valores no sistema internacional, olhar apenas para os seus interesses econômicos e geopolíticos. Mas o Brasil mostrou que ainda que as relações internacionais sejam pautadas por interesses, há momentos em que os interesses devem ser deixados de lado para uma defesa de valores que são importantes, defender o princípio da democracia no América Latina é um valor importante, e compensa deixar de lado os interesses materiais para reafirmar este valor quando ele está ameaçado. O Brasil não é um grande potência, não deve se comportar como tal, passando por cima de qualquer valor. Este comportamento poderia se voltar contra seus interesses nas relações com os vizinhos.

2. Ao contrário do que diz a imprensa o Brasil não defendeu Manuel Zelaya, o Brasil defendeu um princípio. E neste caso não apenas a democracia, mas a idéia que um nacional não pode ser expulso de seu próprio país. Agora mesmo um dos líderes da luta pela independência do Saara Ocidental foi expulso do Marrocos, enviado para as Ilhas Canárias, e a Espanha defendeu os seus direitos? Não! Caso Zelaya tivesse sofrido um processo de impeachment legalmente sustentado não seria uma questão brasileira.

3. Nunca esteve em questão a incapacidade do Brasil impor uma solução em Honduras. O Brasil não mantém relações políticas e econômicas densas com Honduras para tenha condições de fazer pressão a ponto do governo de turno ceder diante da ação brasileira. O Brasil sempre dependeu da ação internacional, da cooperação internacional para encaminhar uma solução para a questão de Honduras. De fato sempre dependeu que os EUA se sentissem pressionados a atuar em favor da solução brasileira.

4. Aí aparece um erro da diplomacia brasileira. O Brasil acreditou em Obama. De fato pareceu ao Brasil que Obama não apenas representava a esperança, mas representaria de fato um novo momento nas relações entre os EUA e a América Latina. É possível que o próprio Obama em determinado momento no início da crise hondurenha tenha acreditado nisso. Mas logo foi enquadrado pelo establishment que domina e define a política externa norte-americana para a região. Se o Brasil não tivesse acreditado em Obama poderia ter pensando em alternativas de saída que não estivessem baseadas na “bondade” americana, poderia ter envolvido mais organizações internacionais como as Nações Unidas; poderia ter buscado mais apoio nos países da América Central. Evidentemente Oscar Árias é um aliado fiel dos EUA desde os anos 80, mas ele é muito mais vulnerável a pressão dos que os EUA, o Brasil poderia ter buscado uma aproximação da Costa Rica e pressionado o presidente Oscar Árias para apresentar um plano mais condizente com as demandas de democracia na América Latina, isso representaria uma pressão maior sobre os EUA. Se reconhecessem que Obama é apenas mais do mesmo, o Brasil poderia ter buscado o apoio do México. O México vive um período de ostracismo internacional, poderia ter interesse em afirmar sua presença na América Central atuando no caso. O México, apesar de recentemente ter praticamente um aliado incondicional dos EUA, ao longo do tempo manteve um discurso de política externa compatível com uma ação em defesa da democracia na região, o Brasil deveria ter mobilizado o México.

5. A irrelevância de Honduras no sistema internacional desde o início jogou a favor dos golpistas, quem se interessa pelo que se passa em Honduras? Qual país, grupo, movimento social estaria disposto a se sacrificar e realizar uma mobilização de longo prazo para defender a democracia em Honduras? Quem vai se preocupar se o presidente de Honduras é A, B, C ou D? Os países da região e ainda assim por pouco tempo, o que também favorece que mais cedo ou mais tarde as eleições realizadas em Honduras sejam aceitas.

6. Obama já teve vários momentos para demonstrar que representaria uma mudança na política internacional dos EUA. Não conseguiu demonstrar isso em nenhum caso. E teoricamente´é muito mais difícil alterar a política para a China, o Oriente Média, o Iraque, o Afeganistão  do que para Honduras. Se Obama não é capaz de alterar a política externa americana para Honduras, Obama não é capaz de alterar a política externa americana.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

76% acham que governo Lula foi melhor que governo FHC

76% acham que governo Lula foi melhor que governo FHC

Atualizado em 23 de novembro de 2009 às 12:30 | Publicado em 23 de novembro de 2009 às 12:17

CNT/Sensus: 76% preferem governo de Lula ao de FHC
23 de novembro de 2009 • 11h49 • atualizado às 11h51

Keila Santana, Direto de Brasília, no Terra
 

A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda feira traz uma comparação entre a percepção dos entrevistados sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para 76%, os sete anos do governo Lula são melhores que os oito anos da era FHC, 10% acreditam que Fernando Henrique foi melhor e 11,1% afirmaram que os dois governos são iguais. A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 16 e 20 de novembro e entrevistou 2 mil pessoas. A margem de erro é de 3%.

Segundo Clésio Andrade, a candidata do governo começa a estimular a guerra eleitoral, crescendo nas simulações e se favorecendo da avaliação negativa da imagem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"O Serra cai em função do apoio do Fernando Henrique, que fala em nome dele, independente dele querer ou não. O apoio ostensivo de FHC é prejudicial", disse Clésio Andrade, presidente da CNT.

Nas simulações para as eleições de 2010, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), continua liderando as intenções de votos em todas as listas em que o nome dele é incluído, mas apresenta queda nos percentuais de primeiro e segundo turnos.

"Ao longo dos últimos 12 meses, Serra perdeu 15 pontos nas intenções de voto", disse Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. Na primeira lista que inclui todos os prováveis candidatos à presidência da República, José Serra aparece com 31,8%, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), com 21,7%, o deputado federal Ciro Gomes (PSB)tem 17,5% das intenções de votos e a senadora Marina Silva (PV) apresenta 5,9%.

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/76-acham-que-governo-lula-foi-melhor-que-governo-fhc/

Não sabe fazer política externa, não sabe diferenciar entre as questões individuais e as questões de Estado


São Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009


TENDÊNCIAS/DEBATES
Visita indesejável

JOSÉ SERRA


O mesmo país que tentou oferecer segurança e consolo a vítimas do Holocausto estende honras a quem banaliza o mal absoluto?


É DESCONFORTÁVEL recebermos no Brasil o chefe de um regime ditatorial e repressivo. Afinal, temos um passado recente de luta contra a ditadura e firmamos na Constituição de 1988 os ideais de democracia e direitos humanos. Uma coisa são relações diplomáticas com ditaduras, outra é hospedar em casa os seus chefes.
O presidente Ahmadinejad, do Irã, acaba de ser reconduzido ao poder por eleições notoriamente fraudulentas. A fraude foi tão ostensiva que dura até hoje no país a onda de revolta desencadeada. Passados vários meses, os participantes de protestos pacíficos são brutalizados por bandos fascistas que não hesitam em assassinar manifestantes indefesos, como a jovem estudante que se tornou símbolo mundial da resistência iraniana. Presos, torturados, sexualmente violentados nas prisões, os opositores são condenados, alguns à morte, em julgamentos monstros que lembram os processos estalinistas de Moscou.
Como reagiríamos se apenas um décimo disso estivesse ocorrendo no Paraguai ou, digamos, em Honduras, onde nos mostramos tão indignados ao condenar a destituição de um presidente? Enquanto em Tegucigalpa nos negamos a aceitar o mínimo contacto com o governo de fato, tem sentido receber de braços abertos o homem cujo ministro da Defesa é procurado pela Interpol devido ao atentado ao centro comunitário judaico em Buenos Aires, que causou em 1994 a morte de 85 pessoas?
A acusação nesse caso não provém dos americanos ou israelenses. Foi por iniciativa do governo argentino que o nome foi incluído na lista dos terroristas buscados pela Justiça. Se Brasília tem dúvidas, por que não pergunta à nossa amiga, a presidente Cristina Kirchner?
Democracia e direitos humanos são indivisíveis e devem ser defendidos em qualquer parte do mundo. É incoerente proceder como se esses valores perdessem importância na razão direta do afastamento geográfico. Tampouco é admissível honrar os que deram a vida para combater a ditadura no Brasil, na Argentina, no Chile e confratenizar-se com os que torturam e condenam à morte os opositores no Irã. Com que autoridade festejaremos em março de 2010 os 25 anos do fim da ditadura e do início da Nova República?
O extremismo e o gosto de provocação em Ahmadinejad o converteram no mais tristemente célebre negador do Holocausto, o diabólico extermínio de milhões de seres humanos, crianças, mulheres, velhos, apenas por serem judeus. Outros milhares foram massacrados por serem ciganos, homossexuais e pessoas com deficiência. O Brasil se orgulha de ter recebido muitos dos sobreviventes desse crime abominável, que não pode ser esquecido nem perdoado, quanto menos negado. O mesmo país que tentou oferecer um pouco de segurança e consolo a vítimas como Stefan Zweig e Anatol Rosenfeld agora estende honras a alguém que usa seu cargo para banalizar o mal absoluto?
As contradições não param por aí. O Brasil aceitou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e, juntamente com a Argentina, firmou com a Agência Internacional de Energia Atômica um acordo de salvaguardas que abre nossas instalações nucleares ao escrutínio da ONU. Consolidou com isso suas credenciais de aspirante responsável ao Conselho de Segurança e expoente no mundo de uma cultura de paz ininterrupta há quase 140 anos com todos os vizinhos. Por que depreciar esse patrimônio para abraçar o chefe de um governo contra o qual o Conselho de Segurança cansou de aprovar resoluções não acatadas, exortando-o a deter suas atividades de proliferação?
Enfim, trata-se da indesejável visita de um símbolo da negação de tudo o que explica a projeção do Brasil no mundo. Essa projeção provém não das ameaças de bombas ou da coação econômica, que não praticamos, mas do exemplo de pacifismo e moderação, dos valores de democracia, direitos humanos e tolerância encarnados em nossa Constituição como a mais autêntica expressão da maneira de ser do povo brasileiro.


JOSÉ SERRA, 67, economista, é o governador de São Paulo. Foi senador pelo PSDB-SP (1995-2002) e ministro do Planejamento e da Saúde (governo Fernando Henrique Cardoso) e prefeito de São Paulo (2005-2006).

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2311200908.htm

Patentes abusivas

São Paulo, domingo, 22 de novembro de 2009


Patentes abusivas preocupam países ricos

EUA, União Europeia e Austrália questionam supostos exageros no sistema que dá monopólio a autores de invenções
Excesso de proteção está atrapalhando esforços de inovação, dizem críticos; nova jurisprudência pode forçar mudança em tratado

Fabrice Coffrini/France Presse

ONG faz manifestação no lago de Genebra, na Suiça, contra exageros em patentes de remédios
CLAUDIA ANTUNES
DA SUCURSAL DO RIO
A ampliação do escopo dos produtos considerados patenteáveis -isto é, passíveis de receberem direito temporário de exploração por monopólio- está provocando reação política e batalhas jurídicas em países desenvolvidos. O debate diz respeito principalmente a possíveis invenções em biotecnologia, farmácia, tecnologia da informação e métodos de negócios, e provoca divisões dentro de governos e entre setores industriais e científicos.
A questão central é em que medida o sistema de patentes, globalizado a partir de 1994 com o acordo Trips da OMC (Organização Mundial do Comércio), contribui para promover a inovação ou pode tolhê-la -ao aumentar o custo dos royalties para os que querem fazer pesquisas e lançar produtos em áreas protegidas.
"A maior parte da literatura econômica sugere que há uma relação de "U" invertido entre a inovação e a proteção por patente. Maior proteção é bom, pelo menos por um tempo. Em algum ponto, porém, a relação se torna negativa. Parte da literatura sugere que o nível ótimo de proteção é menor em países menos avançados", diz Josh Lerner, especialista em inovação tecnológica da Escola de Negócios de Harvard.
Nos EUA, onde o jornal "Financial Times" identificou uma "pandemia de patentes", a Suprema Corte realizou no dia 9 a primeira audiência do caso Bilski e Warsaw contra Kappos. Aparentemente banal, ele pode mudar a jurisprudência sobre a área de bens não tangíveis -software, transações financeiras, técnicas médicas-, em que o país é dos poucos que dão proteção patentária.
Bernard Bilski e Rand Warsaw recorrem de decisão que lhes negou patente de um processo que ajudaria a planejar gastos com energia. Um dos juízes da corte chegou a questionar, com ironia, se seu "maravilhoso método de ensinar lei antitruste" seria patenteável.
Gigantes como Microsoft e Google -frequentemente acionadas por pequenas empresas que reclamam ter inventado tecnologias usadas por elas- puseram-se contra os litigantes. Do lado deles, ficaram empresas da área biomédica.
Ataque aos genéricos
Na Europa, um relatório da Comissão Europeia, de julho, acusou farmacêuticas de usar táticas para adiar a entrada de genéricos no mercado, incluindo pedidos de novas patentes para substâncias já protegidas. O documento aponta declínio, nesta década, no lançamento de novos remédios, possível indicação de prejuízo à inovação.
O Escritório Europeu de Patentes defendeu as empresas, afirmando que as patentes ditas secundárias "também são esteio do processo de inovação" e merecem até escrutínio similar ao da substância original.
Na Austrália, a patente conjunta dos genes isolados BRCA1 e BRCA2, nos quais mutações causam câncer de mama, e de um teste para sua identificação, provocou a criação de uma Comissão de Inquérito no Senado, ainda em andamento.
A firma australiana que tem a licença da patente americana argumenta que seus direitos sobre a molécula isolada ou artificialmente produzida não se estendem à encontrada no corpo humano. Ela acabou recuando da cobrança de royalties do maior hospital público para tratamento de câncer.
Problema conceitual
Por trás desses casos está questão difícil sobre o que constitui um invenção e não uma descoberta ou a extensão óbvia de tecnologias existentes -na Lei de Propriedade Industrial brasileira, de 1996, isso é definido "por exclusão", explica o advogado Luiz Leonardos, da área de marcas e patentes.
Luigi Palombi, da Universidade Nacional da Austrália, defensor de revisão radical do sistema mundial de patentes, afirma que o isolamento de um gene é uma descoberta, posição que é também de Luís Carlos Wanderley, coordenador de Propriedade Intelectual da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Mas a divisão de posições se dá sobretudo em função de interesses. Muitos na comunidade científica, exemplifica o americano Lerner, "se beneficiam por poder comercializar suas ideias, e não poderiam obter fundos para suas pesquisas sem a proteção da patente".
Por outro lado, diz ele, patentes que limitam pesquisas são preocupantes. "Nos EUA, acabamos com a exceção para a pesquisa, que permitia infringir patentes com esse fim. Há o perigo real de que a proliferação de patentes biomédicas e agrícolas possa coibir inovação nessa área crítica."
Até os anos 1970, diz Palombi, a maioria dos países europeus -e o Brasil também- só permitia patentes de processos, não de produtos. "A análise histórica mostra que você não precisa do nível de patentes que há hoje para encorajar inovações. É preciso equilíbrio."

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2211200901.htm

domingo, 22 de novembro de 2009

Espiões de Cuba nos EUA são condenados

Espías para Cuba se declaran culpables

El Universal
Sábado 21 de noviembre de 2009

WASHINGTON (AP).— Un trabajador retirado del Departamento de Estado y su esposa, acusados de participar en un complot de tres décadas a fin de espiar para Cuba, se han declarado culpables en una corte federal.

Walter Kendall Myers, de 72 años, y su esposa Gwendolyn, de 71, fueron descubiertos en una operación encubierta del FBI, arrestados en junio y retenidos sin derecho a fianza.

El juez de distrito federal Reggie Walton aceptó las declaraciones de culpabilidad ayer por la tarde.

Walter Myers se declaró culpable de planear la comisión de un acto de espionaje y de fraude por medios electrónicos, y accedió a pasar en prisión el resto de su vida.

Su esposa se declaró culpable del cargo menor de participar en un complot para recabar y transmitir información de defensa nacional, y acordó cumplir una condena de entre seis y siete años y medio en prisión. Ambos accedieron además a cooperar plenamente con los investigadores.

Poco antes, un documento del Departamento de Justicia señaló que Walter Kendall admitiría que él era conocido como el “agente 202” y que junto con Gwendolyn comenzó a conspirar en 1979 para proveer información de seguridad nacional al gobierno de Cuba. La pareja se casó tres años después.

Un segundo documento anticipó que Gwendolyn, conocida como “agente 123”, planeaba declararse culpable de conspirar para compilar y transmitir información de seguridad nacional. Las autoridades estadounidenses dicen que los Myers entregaron secretos a agentes cubanos en los últimos 30 años usando un radio de onda corta, intercambiando cartas en una tienda de víveres y en al menos un encuentro cara a cara con el entonces presidente cubano Fidel Castro, en La Habana.

Operativo del FBI

Una evidencia clave en el caso provino de una operación encubierta en la que un agente del FBI se acercó a Myers en la calle, el día del cumpleaños del acusado, el 15 de abril. El agente le dio a Kendall un puro, le dijo que conocía a su contacto cubano y le pidió que se encontrase con él más tarde. El plan dio resultado y los Myers se reunieron con el agente tres veces en hoteles en Washington en las dos semanas siguientes. El FBI grabó secretamente los encuentros, en los cuales, asegura, la pareja hizo numerosas declaraciones incriminatorias sobre sus actividades de espionaje.

En una de esas sesiones, Gwendolyn Myers presuntamente propuso al agente del FBI que su esposo podría ser instructor en una academia cubana de espionaje.

http://www.eluniversal.com.mx/internacional/64481.html

Com o que contribuiu o conhecimento da verdade?

CIA aporta datos sobre masacre en El Salvador

El Universal
Sábado 21 de noviembre de 2009

MADRID (AP).— Decenas de documentos desclasificados de la Agencia Central de Inteligencia (CIA) podrían revelar nuevas claves sobre el asesinato de seis sacerdotes católicos jesuitas y dos trabajadoras en San Salvador, al cumplirse 20 años de aquella matanza, se informó ayer.

Estos y otros muchos papeles, hasta 13 mil folios, de acuerdo con la información que tiene la abogada Almudena Bernabéu, serán incorporados la próxima semana al proceso judicial abierto en España contra 14 militares salvadoreños acusados de participar en la matanza de los jesuitas, cinco de ellos españoles, en la Universidad Centroamericana (UCA). El juez Eloy Velasco, que instruye el caso, envió una citación a El Salvador para que declaren los 14 procesados en febrero del año que viene en la sede de la Audiencia Nacional, en Madrid.

“Tiene una gran relevancia. Una gran importancia”, dijo Bernabéu, quien representa a una de las dos organizaciones querellantes. “Hoy, 20 años después, podemos llegar a comprender mejor lo que ocurrió”.

Los archivos forman parte de cerca de 5 mil documentos de la CIA, el departamento de Estado y el de Defensa en Estados Unidos. El secreto que pesaba sobre ellos fue eliminado en los años 90.

Decenas de los documentos contienen información referente a la guerra civil que vivió El Salvador y a la muerte, el 16 de noviembre de 1989, de los sacerdotes, entre los que se encontraba Ignacio Ellacuría, rector de la UCA entonces, y una de las voces más importantes de la llamada Teología de la Liberación en América Latina.

Bernabéu dijo que no podía adelantar el contenido de los documentos, pero aseguró que podría modificar las versiones comúnmente aceptadas sobre cómo y cuando se planificó la muerte de los jesuitas. “Creemos que podemos contribuir de esta forma a derogar la amnistía existente y a que se haga justicia en El Salvador”, añadió. En 1991, algunos militares fueron a juicio por la masacre. La mayoría fueron absueltos.

http://www.eluniversal.com.mx/internacional/64486.html

A estratégia econômica mexicana aprofunda os efeitos da crise internacional

Repensar la estrategia económica

Rubén Migueles Tenorio
El Universal
Viernes 20 de noviembre de 2009

ruben.migueles@eluniversal.com.mx

Las declaraciones del premio Nobel de economía, Joseph Stiglitz, en torno al mal manejo de la crisis por parte del gobierno mexicano, es un llamado de atención sobre la necesidad de repensar la estrategia económica que ha seguido el país para enfrentarla.

Hoy se da a conocer el comportamiento del Producto Interno Bruto (PIB) al tercer trimestre del año. Ante el deterioro de las expectativas sobre la recuperación del país, el presidente Felipe Calderón adelantó que la economía habría logrado un crecimiento de 2.7% respecto al trimestre inmediato anterior, lo que significaría una caída de 7.4% con relación al tercer trimestre de 2008, tasa menor al desplome de 10.4% registrado en el segundo trimestre.

Más allá de que se corroboren estas cifras, los resultados de la actividad industrial a septiembre de este año confirman está tendencia. Durante el tercer trimestre de 2009 la producción fabril logró un crecimiento de 3% respecto al segundo trimestre, en tanto que el repunte de la actividad manufacturera fue de 4.4% para el mismo periodo.

Estos resultados son una señal de que las condiciones de la planta productiva del país están mejorando, sin embargo, la perspectiva no es muy alentadora. De acuerdo con las estimaciones gubernamentales más recientes, la economía mexicana para el próximo año alcanzará en el mejor de los casos un crecimiento de apenas un 3% contra una caída de poco más del 7% para este año.

El gobierno mexicano junto con la mayoría priísta en el Congreso definieron una política tributaría fundamentalmente recaudatoria, privilegiando la estabilidad de las finanzas públicas, en detrimento de los consumidores con el aumento del IVA y de asalariados por el aumento al ISR; en contra de lo que están haciendo otros países para estimular la reactivación de sus economías.

A pesar de que el próximo año el gasto público será uno de los más elevados en su historia reciente (24.3% del PIB), su capacidad para estimular la economía será relativamente limitado, toda vez que buena parte de las erogaciones están dirigidas a paliar los efectos de la crisis a través del gasto en desarrollo social, más que a impulsar una estrategia agresiva de inversiones que estimule la reactivación y el empleo.

La inversión física del sector público para el próximo año será similar a la presupuestada en 2009, con el riesgo de que se vuelva a repetir el fenómeno de los subejercicios.

El pendiente más importante de la política económica ha sido su incapacidad de contener el creciente desempleo que padece el país. Al tercer trimestre del año, el número de subempleados y desempleados en el país llegó a 5.7 millones de personas, de los cuales casi 3 millones se encuentran en el desempleo abierto, es decir 6.2% de la población económicamente activa, la tasa más alta de la que se tenga registro.

La recesión ha traído como consecuencia la expansión de la economía informal. Hasta septiembre 12.3 millones de personas se encontraban ocupados en la informalidad, cifra similar al número de trabajadores permanentes asegurados en el IMSS.

Es necesario repensar la estrategia económica seguida hasta ahora para enfrentar la crisis, en particular por lo que se refiere a la manutención y generación de empleos.

La reforma laboral puede ser una pieza clave para facilitar la contratación de personal y estimular el consumo doméstico.

Stiglitz advierte que la recuperación de México no puede seguir dependiendo de la reactivación de la economía estadounidense, es necesario apuntalar los motores internos de la economía a través de la inversión y el consumo privado, de no ser así, se corre el riesgo de que la recuperación económica sea más lenta y las presiones sociales aumenten.

http://www.eluniversal.com.mx/finanzas/75365.html

Procura-se mulher inteligente para casar!

Hombres casados con mujeres inteligentes viven más

Redacción
El Universal
Ciudad de México
Sábado 21 de noviembre de 2009

Los consejos de una fémina lista sobre un estilo de vida saludable podrían evitar a los varones enfermedades y hasta accidentes, revela un estudio realizado por científicos suecos

Un pensamiento común entre muchas mujeres es que los hombres no valoran la inteligencia tanto como el físico a la hora de buscar pareja. Esto podría cambiar gracias a un estudio que asegura que aquellos casados con chicas listas viven más tiempo.

Más que un halago para la inteligencia de las mujeres, la investigación realizada por científicos suecos se refiere a que éstas son mejores para dar consejos a sus maridos relacionados con la salud, según publica el Times Online.

"Las mujeres bien educadas son mejores para entender los estilos de vida saludables y aconsejar a los que están a su alrededor sobre la mejor forma de alimentarse", señala el texto.

La vigilancia sobre el colesterol, continúa, es sólo la punta del iceberg. Los constantes consejos sobre hacer ejercicio, no salir a la calle en temperaturas frías con el cabello mojado o usando ropa delgada también son parte importante para que los hombres se mantengan saludables y eviten accidentes.

Otras de las acciones que se mencionan en el artículo, y que presuntamente ayudan a los hombres a vivir más son masticar chicle, prender una fogata en un campamento, cocinar sin camisa, hablar por celular mientras se anda en bicicleta, etc.

Según algunas de las conclusiones, sin una mujer inteligente en la casa los hombres seguramente se enfermarían más o tendrían más accidentes.

http://www.eluniversal.com.mx/notas/641347.html

Acordo Rússia-Alemanha para gasoduto que não passe pela Europa Oriental

The Molotov-Ribbentrop Pipeline

Posted by Alexandros Petersen in categories EU on November 10th, 2009

Rügen is best known as a popular German tourist destination. But now the Baltic Sea island has taken on a new role as staging point for an energy project that is as ambitious as it is controversial: the Nord Stream gas pipeline from Russia to Germany. Next spring the first pipeline segments will likely be dropped to the sea floor in a line that will wind through Russian, Finish, Swedish, Danish and German waters—conspicuously avoiding the Baltic states and Poland.

This is because the Nord Stream project is part of an exclusionary agreement between Moscow and Berlin—nicknamed in circumvented Warsaw the “Molotov-Ribbentrop Pact,” after the 1939 Soviet-Nazi deal to carve up Poland. It would have been much cheaper to build an overland pipeline through Eastern Europe, but the purpose of Nord Stream from the beginning was to bypass countries Moscow still considers to be part of its sphere of influence.

Russia’s geopolitical message here is clear: It doesn’t trust the new EU member states as transit countries or even as energy consumers and is willing to incur enormous costs to bypass them. The other message—or implied threat—is that Nord Stream will allow the Kremlin to cut off gas deliveries to Eastern Europe through current pipelines without reducing energy supplies to Germany. But what sort of message does Germany, a fellow EU member, intend to send to its neighbors?

Nord Stream was championed by former German Chancellor Gerhard Schröder, who now serves as one of its executives. From within her previous coalition government, current Chancellor Angela Merkel lobbied successfully for EU endorsement of the project even though the pipeline consortium is registered in Switzerland and controlled by Russia’s Gazprom. Of the dozens of companies involved in the pipeline’s construction, not one is from the Baltics, Central or Eastern Europe.

Germany’s recent election results produced a ripple of hope among the countries on Russia’s periphery. With the traditionally pro-Moscow Social Democratic Party out of the governing coalition, would Mrs. Merkel perhaps seek to change the terms of the Nord Stream agreement and push Russia to alter the route so that the pipeline would cross the waters or territories of Eastern EU members? Perhaps she would lobby Moscow to include also East European companies in the Nord Stream consortium? At least, it was hoped, Berlin would throw its weight behind the Nabucco pipeline, which seeks to improve Central and Eastern Europe’s energy security with the help of Caspian and Middle Eastern gas. After all, Germany’s RWE is part of the Nabucco consortium and Mr. Schröder’s pro-EU former foreign minister, Joschka Fischer, is now a lobbyist for the project.

Recent progress on Nord Stream, however, has dashed those hopes. The Nordic countries had until now delayed the project’s approval, raising environmental concerns, which most interpreted as unease about the pipeline’s geopolitical implications. Last Thursday, though, Finland and Sweden—which holds the European Union presidency until the end of the year—joined Denmark in signing off on the project. It is this political momentum that has spurred the rush to get pipeline segments out to Rügen and other staging points. The very realistic prospect that construction on Moscow’s pet project might begin early next year is a symbolic blow to those seeking to reduce Europe’s energy dependence on Russian gas. Most of all, it is a blow to any semblance of EU unity on energy security. Russia’s neighbors, both within and without the EU, are already reeling from a sense of Euro-Atlantic abandonment following Washington’s “reset” policy toward Russia and the EU’s lackluster outreach to its Eastern neighbors.

It would be unrealistic to expect Berlin to change tack on Nord Stream so late in the game. But a newly re-elected Angela Merkal should carefully consider the foreign policy messages that come with laying pipe on the Baltic Sea floor.

In order to reassure fellow EU members and the institution as a whole, Berlin would do well to support what the European Commission considers its “strategic priority”: The so-called Southern Corridor, which includes Nabucco and several smaller pipeline projects. As a European heavyweight, Germany’s mere rhetorical and diplomatic support would go a long way in encouraging EU energy unity. Most importantly, it would send the message to Moscow that its “divide and conquer” energy policy has its limits.

This post was previously published in the Wall Street Journal.

http://blogs.euobserver.com/petersen/2009/11/10/the-molotov-ribbentrop-pipeline/

Será o início da reversão da fusão mais especulativa do boom do pontocom?

AOL quitaría un tercio de su plantilla

El Universal
Viernes 20 de noviembre de 2009

El portal de AOL, que prevé segregarse el próximo mes de Time Warner, eliminaría un tercio de su plantilla actual o unos 2 mil 300 empleos, como parte de un plan de reestructuración, dijo la empresa a las autoridades reguladoras. El programa de bajas voluntarias empezará el 4 de diciembre, cinco días antes de la fecha prevista para que la firma opere por separado de Time Warner. (EFE)

 

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http://www.eluniversal.com.mx/finanzas/75381.html

UE: resultados aquém do esperado

Leaders turn their back on Giscard’s vision

Published: November 20 2009 22:37 | Last updated: November 20 2009 22:37

Valéry Giscard d’Estaing was not happy on Friday. When the former French president embarked on his mission seven years ago to remodel the European Union for the 21st century, he had expected a very different result.

Mr Giscard d’Estaing launched his European Convention with grand comparisons to the work of the Founding Fathers, telling its members that their labours would be honoured by “statues of you on horseback in the villages you all come from”.

At the heart of Mr Giscard d’Estaing’s European Constitution – subsequently tweaked and rebranded as the Lisbon treaty – was the idea that Europe needed new and sharpened leadership in the form of a new president and a foreign policy chief.

He had no doubt that the president would be a towering figure on the world stage; indeed many in Brussels thought he imagined himself doing the job. But on Thursday night Europe’s leaders turned their back decisively on Mr Giscard d’Estaing’s vision.

Instead of Tony Blair’s star quality and political baggage, they chose Belgian premier Herman Van Rompuy, a shrewd and popular consensus builder, but with a large hole in his CV in the section marked “international experience”.

For their foreign policy chief – heading a new European diplomatic service – they chose Lady Ashton, a British baroness virtually unknown in her own country whose spell as EU trade commissioner has spanned only a year.

Mr Giscard d’Estaing surveyed Europe’s new “leadership team” and mourned what he saw as the “limited ambition for Europe”. He added: “The people feel it, they were expecting more.”

Michel Rocard, former French prime minister, went further: “The president of Europe must be someone whom we have seen at work for 15 or 20 years and who is known. A little newcomer, even if he is good, is going to lack impact. As to the idea of giving Europe’s diplomacy to Britain, a country that under no circumstances wants a European diplomacy, that is a joke.”

Romano Prodi, former European Commission president, said he was “shocked” at the selection of Lady Ashton. “Who is she?” he asked.

“Europe has hit the bottom,” said Daniel Cohn-Bendit, veteran Green politician. Simon Hix, professor of European politics at the London School of Economics said the new team made Europe look like “a super-sized Switzerland”.

What happened to the vision of Mr Giscard d’Estaing’s Founding Fathers? Much has changed since the drafting of the EU constitution began in 2002, not least the fact that the text in its various guises has been rejected by voters in France, the Netherlands and Ireland.

If the public were growing weary of the EU’s endless conveyor belt of treaty revisions so too were some national leaders.

Germany, once the driving force of European integration, has seen a postwar generation of leaders coming through who no longer feel the desire or need to disguise German national interest by channelling it through Brussels.

French enthusiasm for European integration was firmly checked by the “Non” vote to the original EU constitution in 2005, which laid bare a dawning sense that Brussels had been overrun by Anglo-Saxon liberals.

Prof Hix said: “Angela Merkel and Nicolas Sarkozy are trying to re-establish this German-French alliance. They don’t want someone in Brussels challenging their authority.”

But there seems little enthusiasm in any of the EU’s national capitals for putting powerful people in the potentially powerful posts that have just been created in Brussels.

The positions of traditionally federalist countries such as Germany have moved into line with that of the Eurosceptic view of Britain’s Conservatives, who have also called for the EU president to be a low-key “chairmanic” figure.

Does this all signal a death of European ambition? Certainly the appointment of Mr Van Rompuy was greeted with polite indifference in Asia, although Wen Jiabao, China’s prime minister, told European diplomats the appointments were “an-other important step forward for European integration”. The Japanese government said politely it welcomed the new line-up, while the Asahi newspaper reprinted one of Mr Van Rompuy’s haiku poems.

Not everyone was downbeat, though. Andrew Duff, a British Liberal Democrat MEP and federalist, said European leaders selected low-key leaders because they wanted to take a “cautious test drive” in their new powerful vehicle.

http://www.ft.com/cms/s/0/ac1ce120-d601-11de-b80f-00144feabdc0.html

Editorial do Financial Times sobre a UE

A pitiful exercise in Euro-minimalism

Published: November 20 2009 23:18 | Last updated: November 20 2009 23:18

This was not Europe’s finest hour. After eight years of tortured labour, the mountain brought forth a mouse. Supporters of the European Union are dismayed, just as Eurosceptics are sneeringly exultant. Both camps should have little trouble agreeing this was a colossal failure of ambition.

It did not need to be this way. Nor is it to disparage the qualities of Herman Van Rompuy, the Belgian prime minister, or Lady Ashton, the EU trade commissioner, to say they are not the obvious answer to the Lisbon treaty’s search for ways Europe can punch its weight, through the new offices of a permanent president of the council and a newly empowered foreign policy chief.

They ticked all the boxes all right – balance between left and right, north and south, male and female and so on – but these are by no means the only boxes.

Lisbon was supposed to herald a new dispensation. Implicit in this fresh start was the assumption that the union needed not only to function more efficiently internally but to project power externally – a geopolitical role more commensurate with its economic power.

That surely meant that the unwritten rules on parcelling out jobs had to make way for new criteria – such as picking the best people for the jobs. That seems to be far too revolutionary. Carl Bildt, the Swedish foreign minister and former prime minister who would have been a plausible candidate for either position, was quite right to describe this lost opportunity as minimalism.

Let us be clear. To say this does not mean that failing to call on Tony Blair – a divisive figure with an ambiguous practical as opposed to declaratory record on Europe – was the missed opportunity.

There were many well-qualified potential candidates – such as Pascal Lamy, Christine Lagarde and Lord Patten – who were simply not considered.

By lasering in on the lowest common denominator in this way, leaders of the big member-states – wherever they formally line up in the spectrum between intergovernmentalism and federalism – are united in their unwillingness to be overshadowed by figures of calibre and clout. They thus reveal themselves as geopolitical pygmies. But there is more. The political tribalism behind this share-out reveals that under Lisbon the European parliament has assumed more power than the national capitals may have bargained for.

From the UK’s point of view, defining the national interest in the pinched way Gordon Brown did is disappointingly myopic. It is in Britain’s and the EU’s interest that the UK adds value at the heart of Europe. Lady Ashton now has arguably the more important of the two new jobs, backed by money and assets. We hope to be surprised by how well she does it.

http://www.ft.com/cms/s/0/22db96d0-d60c-11de-b80f-00144feabdc0.html

Inexpressivos em cargos importantes é sempre um risco: poder de fato e de direito na UE

Barroso still seen as ‘number one’ in Brussels

By Joshua Chaffin in Brussels

Published: November 20 2009 15:43 | Last updated: November 20 2009 15:43

Herman Van Rompuy and Baroness Ashton may have won the long-running contest to determine the European Union’s first full-time president and foreign affairs chief, but the real winner may have been José Manuel Barroso, the European Commission president.

Mr Barroso, who is about to embark on a second five-year term, enjoys far greater name recognition and authority on the world stage than his new colleagues, who are low-profile and little-known even in their home countries.

As such, just hours after the selection, analysts and observers were already crowning Mr Barroso as the senior partner in the European triumvirate.

“The number one man in Brussels is Barroso,” said Simon Hix, a professor of European politics at the London School of Economics.

Andrew Duff, a British Liberal Democrat MEP, called the Commission president “the top dog”, saying: “He’s the guy with the experience and the assets and the power.”

Mr Barroso’s own camp did not disagree. “He’s delighted with the choice. There’s no question that on things like trade, climate, G20, he’s going to be the person people talk to,” a confidante said.

That dynamic was on display – albeit subtly – during a post-summit press conference to introduce the new team. When asked the question, “Who should President Obama call when he wants to talk to Europe?”, a grinning Mr Barroso seized the microphone after the others demurred. (For the record, he suggested calling Lady Ashton.)

Mr Barroso’s apparent triumph marks a change in fortune from just a few months ago, when his re-election prospects were in doubt and Tony Blair, the former UK prime minister, was being touted as a favourite for the new role of EU president.

“If it had been Blair, of course, things would be different,” the Barroso confidante acknowledged.

While Mr Barroso’s supremacy is undisputed, whether it endures and what it means for Europe may be less clear. To Mr Duff, the arrangement will ultimately depend on how the players work together to define two potentially sweeping executive posts that have only existed on paper until now.

Perhaps the greatest uncertainty surrounds Lady Ashton, who has little foreign policy experience but will now chair a monthly meeting of European foreign ministers and command a sizeable European diplomatic corp. “She understands perfectly well that she has to prove herself in the job,” Mr Duff said.

http://www.ft.com/cms/s/0/bb1e264c-d5e9-11de-b80f-00144feabdc0.html

sábado, 21 de novembro de 2009

O risco-EUA para a economia mundial

Germany warns US on market bubbles

By Ralph Atkins in Frankfurt

Published: November 20 2009 19:48 | Last updated: November 20 2009 19:48

Germany’s new finance minister has echoed Chinese warnings about the growing threat of fresh global asset price bubbles, fuelled by low US interest rates and a weak dollar.

Wolfgang Schäuble’s comments highlight official concern in Europe that the risk of further financial market turbulence has been exacerbated by the exceptional steps taken by central banks and governments to combat the crisis.

Last weekend, Liu Mingkang, China’s banking regulator, criticised the US Federal Reserve for fuelling the “dollar carry-trade”, in which investors borrow dollars at ultra-low interest rates and invest in higher-yielding assets abroad.

Speaking at a banking conference in Frankfurt on Friday, Mr Schäuble said it would be “naive” to assume the next asset price bubble would take the same guise as the last.

He said: “More likely today is a scenario in which excess liquidity globally creates a new [sort of] asset market bubble.”

He added: “That low interest rate currencies such as the US dollar are increasingly being used as a basis for currency carry trades should give pause for thought. If there was a sudden reversal in this business, markets would be threatened with enormous turbulence, including in foreign exchange markets.”

Mr Schäuble, a political veteran, took over the German finance ministry after Angela Merkel began her second term as chancellor last month.

Currencies in context

Currencies in context

Interactive chart showing the dollar in the context of current market trends

His comments reflect the concern of European policymakers that the continent will bear the brunt of a global adjustment process through a stronger euro.

Further signs of official frustration about policy steps being taken elsewhere came from Lorenzo Bini Smaghi, a European Central Bank executive.

He said in a speech in Paris on Friday that emerging Asian economies were continuing “strongly accommodative monetary policies” in spite of their faster economic recoveries.

Although Mr Bini Smaghi did not mention the euro or the eurozone, he warned that delays in implementing an “exit [strategy] by the countries that are ahead in the cyclical upturn creates distortions and encourages other countries to delay their exit, thus further adding to the imbalances and making the exit more difficult for everybody”.

Separately, Jean-Claude Trichet, ECB president, issued his strongest warning yet that banks must control pay and bonuses.

Striking a noticeably stiffer tone, Mr Trichet told the Frankfurt conference: “Profits earned should be used, as a priority, to build capital and reserves, rather than be paid out as dividends or excessive compensation.”

The ECB president quoted a warning by Johann Wolfgang von Goethe, Frankfurt’s most famous son, on the need for self-restraint: “If I wanted to lavishly let myself go, I could well destroy myself and my environment.”

Mr Trichet said: “Compensation and bonuses must remain contained. Otherwise, we would take risks that Goethe [has] already described.”

http://www.ft.com/cms/s/0/4ec41a1a-d616-11de-b80f-00144feabdc0.html

Criado o Kosovo, o futuro é deixar o Kosovo

El país de los kosovares

Alcanzada la patria, emigrar es el sueño del país europeo con más jovenes  |  La población tiene 25,9 años de media y ganas de comerse el mundo, pero... ¿dónde?   |  "Hablarlo no es problema; la cuestión es otra: el paro", cree una estrella de la tele

JOAQUÍN LUNA | Pristina. Enviado especial | 22/11/2009 | Actualizada a las 00:01h | Internacional

Tanta, tanta historia, tantas y tantas muertes y al final el último parto de la Vieja Europa, Kosovo, sólo tiene una preocupación: ¿hay futuro para 1,8 millones de habitantes de los que seis de cada diez tienen menos de 27 años y viven en un país con el 40% de desempleo que todavía no está reconocido por la UE o la ONU?

Según una encuesta, el 50% de los jóvenes kosovares tiene como principal ilusión emigrar.
Y si hablamos del presente, ¿recuperará el ciudadano kosovar serbio las tres vacas que tenía y le robaron por ser serbio? Porque ese es su drama y esa fue su súplica ante un ministro en el programa de la televisión pública Todo es posible con Ana, donde la joven periodista Ana Mari Repic conduce, en serbio y con una gran participación de ciudadanos, este intento de demostrarse y demostrar al mundo que los serbios –que controlaron Kosovo desde 1912– pueden seguir viviendo tranquilos ahora que la mayoría albanesa y musulmana es dueña del país desde la declaración unilateral de la independencia el 17 de febrero del 2008.
El serbio sigue siendo lengua oficial. "No hay ningún problema en hablarlo –señala Repic–. Esa no es la cuestión en Kosovo, la gran cuestión es el desempleo".
El país de los kosovares es eso: grandes debates geopolíticos y muchos dramas personales e incertidumbres sobre el porvenir de esta pequeña nación, dividida entre un mundo rural sin futuro ni industrias que depende de las remesas de sus emigrantes (el modus vivendi de un 15% de los hogares kosovares) y una juventud que hace de Pristina una capital políglota dinámica, vital y con ganas de comerse el mundo pero... ¿dónde?
"No somos diferentes", dice Irina, una joven traductora, entre las paredes blancas del The Paper, un bar cool, uno más en Pristina, creado por un empresario kosovar afincado en Londres. Es una fuerza educada, que domina muy bien el inglés –la televisión emite, además, en versión original todas las películas– y desmiente la imagen tintinesca de un país de mafiosos balcánicos. "Estamos en vísperas de terminar bien la misión. Nuestro trabajo ha sido hecho. Yo creo que Serbia no es una amenaza externa para Kosovo", afirma el teniente general Markus Bentler, un alemán que dirige la KFOR, la fuerza internacional con mandato de la ONU que desde 1999 mantiene la paz. Hay sensación de misión cumplida en este gran cuartel en las afueras de Pristina, donde se coordinan las fuerzas de 32 países que aún velan, por ejemplo, por el respeto a los símbolos históricos serbios, como la torre que conmemora la histórica batalla de Kosovo de 1389.
Un destacamento eslovaco controla este monumento en las afueras de Pristina desde el que Slobodan Milosevic advirtió en 1989 ante centenares de miles de compatriotas que los serbios nunca renunciarían a Kosovo. Hoy, son las fuerzas eslovacas las que vigilan que nadie vandalice este campo de los mirlos donde las huestes turcas derrotaron a los serbios. Se diría que su mayor tarea es que los contados visitantes apaguen los cigarrillos y no hagan fotos. "La región no es tan diferente del resto de Kosovo. Los serbios se sienten abandonados por Belgrado y amenazados por las mafias", indica un analista diplomático de la UE en la zona norte de Kosovo, donde se concentra la minoría serbia. Estamos en la ciudad de Mitrovica, un invisible muro de Berlín que marca el puente sobre el río Ibar. Al norte, reina el dinar serbio, las banderas tricolores y un orgullo herido pero cada vez más realista. "Los serbios saben que la independencia de Kosovo es irreversible, aunque en su corazón confían en que dentro de 50 o 500 años lo volverán a recuperar", dice la embajadora checa, Janina Hrebickova.
Kosovo se mantiene gracias a la industria de organismos de la UE y el despliegue de la OTAN, que desde 1999 emplea a miles de personas y explica el ambiente internacional de Pristina. No es un maná garantizado. "La luna de miel entre Kosovo y la comunidad internacional ha terminado, pero si Kosovo fracasa como Estado, la UE también fracasa", cree Veton Surroi, fundador del diario Kohe Ditori y experto en entresijos internacionales.
Todavía queda mucho que hacer y gastar: Kosovo es un Estado en construcción bajo tutela de Estados Unidos y la UE, donde el primer Tribunal Constitucional tiene un magistrado búlgaro, uno estadounidense, uno portugués y seis kosovares...

http://www.lavanguardia.es/internacional/noticias/20091122/53828108928/el-pais-de-los-kosovares.html

El Ganges agoniza

El Ganges agoniza

La contaminación, las represas y el cambio climático están dañando seriamente el río más sagrado de la India. El mal estado de sus aguas afecta a la fauna, la flora y la población de sus orillas

ANA GABRIELA ROJAS 21/11/2009

La vida de los indios está íntimamente ligada al Ganges. El río más sagrado de la India no sólo da agua, recursos naturales y sustento a unos 400 millones de habitantes, un tercio de la población. También es parte muy importante de la vida cultural y religiosa de los hinduistas. "Tenía que traer a mi hijo para que conociera la fuente de la vida", cuenta Dinesh Agrari, tras viajar 600 kilómetros para dar a su bebé el tradicional chapuzón a los recién nacidos en las aguas del Ganges. El ritual no termina ahí. Cada día, un sinfín de personas se reúne en los puntos considerados más importantes de la orilla para orar y lanzar sus ofrendas al agua. Los hinduis¬tas creen que una vida está incompleta sin ir al río sagrado al menos una vez, y lo más cotizado es lanzar al cauce las cenizas o los cuerpos tras la muerte. "El Ganges, nuestra madre", dice un habitante de Haridwar. La frase se escucha una y otra vez.

Pero el Ganges está muriendo. Y su agonía es rápida. Es uno de los ríos más amenazados en el mundo por el cambio climático. Esto, junto a las represas y las canalizaciones para la agricultura, está disminuyendo su caudal a pasos agigantados. La contaminación industrial y de los drenajes ensucia su agua.

Así lo pudo constatar una expedición, Ganges Expedition, que durante 30 días recorrió los 2.510 kilómetros del Ganges: desde su nacimiento, en el glaciar Gangotri, en el Himalaya, hasta el delta de los Sunderbans, cerca de Calcuta. La intención es documentar la situación medioambiental actual "y lanzar una señal para que se cuiden estos recursos", asegura Andy Leemann, el capitán de este recorrido, que se hizo tanto a pie como en lanchas neumáticas. Un viaje así es histórico, pues sólo lo había hecho el primer conquistador del Everest, Edmund Hillary, que no llegó a la fuente del río. Los testimonios, fotografías y vídeos servirán a la organización Green Cross International para documentar la degradación del Ganges ante la cumbre del clima de Copenhague. Tierra pudo ser testigo de parte de este recorrido, cuatro días desde la ciudad de Haridwar hasta Narora. También con un viaje a Benarés, la ciudad más sagrada de la India, pero donde el río está sumamente contaminado.

Una de las primeras observaciones de la expedición fue que una gran parte del agua del río se retiene en represas, como la de Theri, que empezó a operar en 2005 y es una de las más grandes del mundo. "No estamos en contra de que se produzca electricidad, todos la necesitamos. Pero podrían ser represas más pequeñas que no afectaran a los microclimas y que aseguraran que el agua se comparte", dice Leemann. Durante la expedición, en muchos tramos hubo que empujar las lanchas neumáticas porque el agua no era suficiente para navegar.

"El agua se ha alejado mucho, unos 30 metros en los dos últimos años. Creemos que son las represas y la falta de lluvias. Todos estamos muy preocupados y no sabemos qué hacer: nuestra supervivencia depende de tener agua para las cosechas", constata Ram Kumar, un campesino de una aldea a unos 50 kilómetros de Haridwar.

"En los últimos 20 años se han construido cinco grandes represas", indica Shailendra Singh, responsable para la India de la ONG estadounidense Turtle Survival. Estos contenedores artificiales de agua son muy dañinos para el Ganges porque alteran el fluir natural del agua, cambian los microclimas y dañan las orillas del río, que es donde muchas de las especies se reproducen. "También el agua es desviada y usada indiscriminadamente para los regadíos", comenta Kalyan Rudra, geólogo y ex miembro del Ganga Action Plan.

La reducción del caudal se produce por muchas causas, pero también por la relacionada con el cambio climático, que altera los patrones de precipitación y aumenta los niveles de evaporación. En 2004, el Ganges ya tenía un 20% menos de agua que hace 56 años, y en los próximos la pérdida de caudal podría ser más rápida. Podría incluso desaparecer en 50 años. La observación de los locales también demuestra que los bancos de arena aumentan. "Esto es indicativo del precario futuro del Ganges", predice Uday Kant Chowdhary, que coordina el laboratorio de investigación del Ganges del Instituto de Tecnología de la Universidad de Benarés.

La erosión que el Ganges va sufriendo en sus orillas no sólo afecta a la biodiversidad, sino que también ha hecho perder a algunas aldeas parte de sus tierras para las cosechas. En Rajakarna, una aldea cercana a Narora, hasta la mitad de su tierra se ha desgajado, según contaron sus habitantes a los expedicionarios.

Otro de los desastres del Ganges es la enorme contaminación. "En los primeros tramos del río está causada principalmente por los productos químicos usados en la agricultura que terminan en el agua", comenta Sandeep Behera, responsable de WWF en el área. Hasta Narora las industrias son todavía pocas, pero a partir de Kanpur comienzan las más contaminantes. Entre las más sucias están las del tratamiento del cuero, que tiran metales pesados al río.

"A medida que el país se moderniza, crece la contaminación de las industrias, cuyo número aumenta a pasos agigantados", comenta el encargado de Turtle Survival. Dice que en 50 años el río sufrirá una muerte biológica. "Todavía podemos hacer algo, pero es muy difícil. La degradación es mucho más rápida que la conservación", lamenta Singh. Con el Ganges se extinguiría una zona de gran biodiversidad: 100 especies de aves acuáticas, 13 de tortugas, 2 de cocodrilos, 150 de peces y otras tantas de plantas.

En las orillas del Ganges hay miles de aldeas y más de 120 ciudades asentadas, seis de más de un millón de habitantes. Entre ellas, Benarés, la ciudad más sagrada de la India. Aquí, un número incontable de cadáveres, cenizas y restos humanos y de animales se lanzan al río cada día. Miles de hinduistas tiran ofrendas de flores y velas, y durante las grandes celebraciones se llegan a arrojar estatuas de dioses. A la vez, en 32 puntos llega hasta el río el agua de los desagües de la ciudad sin tratamiento.

El río está completamente lleno de desechos humanos. Ahí se descargan las aguas residuales sin tratar de millones y millones de personas. "Aunque sea sagrado, les puede hacer enfermar y morir", asegura Veer Bhadra Mishra, fundador de Shankat Mochan, una ONG que trabaja por la limpieza del Ganges.

Cuando sale de Benarés, la concentración de bacteria fecal coliforme es más de 3.000 veces la recomendada por la OMS para el agua de baño. Mientras que la OMS recomienda un máximo de 500 microorganismos por cada 100 mililitros para el agua de baño, el Ganges en Benarés tendrá hasta millón y medio, según las mediciones del Shankat Mochan. Estos microorganismos procedentes de los intestinos de hombres y animales causan enfermedades como hepatitis vírica, cólera, tifus y gastroenteritis.

Como en la ciudad hinduista por antonomasia, en todo el recorrido del Ganges la mayoría de los colectores de los asentamientos van al río sin ningún tratamiento. Pero la gente se baña y bebe de él.

Un delfín de agua dulce

¡Oh, oh!, gritaban de emoción los integrantes de la expedición cada vez que un delfín los sorprendía con un salto fuera del agua. Con suerte, en algunas partes del Ganges todavía se ven estos cetáceos. Pero no se sabe cuánto tiempo más podrán sobrevivir: las cifras más optimistas dicen que ya sólo quedan 2.000. El delfín del Ganges es uno de los únicos cuatro de agua dulce que hay en el mundo. Se encuentran también en los ríos de la Plata, Amazonas y, tal vez, en el Yangtsé, aunque lo dan como extinto desde 2006.

En el Ganges, su mayor amenaza es la fragmentación de su hábitat, por la disminución del nivel de agua por el sistema de represas y la contaminación, explica Sandeep Behera, responsable del programa de conservación del delfín de WWF. Ver delfines en el agua es sinónimo de que es potable y que la gente de la región puede beberla. Además, se sitúan en lo más alto de la cadena alimentaria del río, por lo que ayudan a mantener el equilibrio ecológico. Si desaparecen, todo quedará afectado, lamenta Behera.

Este delfín (Platanista gangetica gangetica) se encuentra también en el río Brahmaputra, donde ya sólo quedan unos 300, según un estudio de la Unión Internacional para la Conservación de la Naturaleza (UICN). La pesca para conseguir su preciado aceite es la gran amenaza para estos cetáceos aquí, explica el líder del proyecto, Abdul Wakid. Y advierte de que su desaparición podría acelerarse gravemente de llevarse a cabo la exploración petrolera que la compañía Indian Oil quiere hacer en la zona. El uso de explosivos dañaría físicamente a los delfines y a su sistema de ecolocalización.

Debido a la turbiedad del agua, los delfines de río han evolucionado hasta ser casi ciegos; sólo distinguen entre luz y oscuridad. A diferencia de las especies marinas, los delfines de río son menos amigables y tratan de vivir aislados de los humanos.

http://www.elpais.com/articulo/sociedad/Ganges/agoniza/elpepusoc/20091121elpepusoc_2/Tes

Bastidores da disputa pelos cargos da UE

El futuro de Europa

Zapatero fue el muñidor del pacto sobre la alta representante

El presidente trasladó a los otros líderes socialistas las propuestas de Brown

MIGUEL GONZÁLEZ - Madrid - 21/11/2009

El presidente español, José Luis Rodríguez Zapatero, mantuvo el jueves en Bruselas una reunión que no se ha hecho pública y resultó crucial para el acuerdo de la cumbre europea. Nada más bajar del avión que le traía de Holanda, se reunió en el aeropuerto con el primer ministro británico, Gordon Brown.

El presidente español, José Luis Rodríguez Zapatero, mantuvo el jueves en Bruselas una reunión que no se ha hecho pública y resultó crucial para el acuerdo de la cumbre europea. Nada más bajar del avión que le traía de Holanda, se reunió en el aeropuerto con el primer ministro británico, Gordon Brown.

Para entonces, Zapatero ya sabía que Brown había renunciado a mantener la candidatura de su antecesor, Tony Blair, a la presidencia permanente del Consejo Europeo, lo que desbloqueaba el nombramiento del belga Herman Van Rompuy, apoyado por Merkel y Sarkozy. Brown le confirmó, además, que la negativa del ministro de Exteriores británico, David Miliband, a optar al puesto de alto representante para la Política Exterior era firme. Sin embargo, Brown le ofreció tres candidatos británicos como alternativa: Peter Mandelson, ex comisario europeo y uno de los pesos pesados del laborismo, Geoff Hoon, ex ministro de Defensa, y Catherine Ashton, comisaria de Comercio. Brown y Zapatero se dirigieron a la sede de la representación austriaca ante la UE, donde esperaban los líderes del Partido Socialista Europeo (PSE).

Antes de la reunión plenaria, Zapatero, por encargo de Brown, se reunió por separado con los líderes socialistas y, especialmente, con los pocos que (como los de Portugal y Grecia) gobiernan en sus países y tienen voto en el Consejo Europeo.

Luego, trasladó a Brown su respuesta: había consenso para elegir a Ashton. ¿Por qué? Fuentes diplomáticas reconocen que pesó decisivamente su condición de mujer. Ante el hecho consumado de que los conservadores propondrían a Rompuy, los socialistas consideraron que era su responsabilidad situar a una mujer en uno de los puestos de mayor responsabilidad de la UE, como se venía demandando desde los sectores progresistas. También, según las fuentes consultadas, se valoró el hecho de que Ashton fuera comisaria y tuviera una buena relación con Barroso ya que, como alta representante, será vicepresidente de la Comisión Europea. Además, buena parte del nuevo Servicio Exterior de la UE, que le tocará dirigir, se constituirá con los actuales funcionarios de la Comisión. Por último, su actual responsabilidad, la cartera de Comercio, tiene una vertiente exterior. "Probablemente no sepa gran cosa sobre Irán, pero no le costará aprender", agregan las mismas fuentes. Al argumento de que la política exterior de la UE se dirigirá desde el Foreign Office contraponen las fuentes consultadas el contrario: "La diplomacia británica no podrá actuar por libre con una compatriota al frente de la europea".

¿Y Moratinos? Aunque Sarkozy lanzó el nombre del ministro español de Asuntos Exteriores, era a Zapatero a quien le correspondía proponerlo. Y no lo hizo. Porque su relevo le creaba un enorme agujero a sólo 40 días del arranque de la presidencia española de la UE y porque Zapatero quiere mantener a Almunia al frente de una cartera económica de peso en Bruselas.

No obstante, las mismas fuentes admiten que la situación habría sido muy distinta si no hubiera habido consenso sobre un candidato británico. "Estaba claro que el Alto Representante sería socialista y eso significaba británico o español".

Pero lo hubo. Y Zapatero elogió a Ashton cuando el primer ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, presentó su nombre a los jefes de Estado y Gobierno de la UE. Con el pacto cocinado entre bastidores, la cena de los líderes europeos acabó en un santiamén. "Decían que tendríamos que quedarnos a desayunar y no nos dio tiempo ni a terminar el café", se jactó Zapatero.

http://www.elpais.com/articulo/internacional/Zapatero/fue/munidor/pacto/alta/representante/elpepuint/20091121elpepiint_3/Tes

Avanço ou crise da integração européia?

El futuro de Europa

La nueva cúpula al frente de la UE debilita las instituciones europeas

Alemania y Francia se aseguran el control de las carteras más importantes - La próxima Comisión estará dominada por conservadores y liberales

ANDREU MISSÉ - Bruselas - 21/11/2009

Alemania y Francia se perfilan como los principales beneficiarios de los bajos perfiles de los nuevos dirigentes de la Unión. En realidad, las negociaciones para el nombramiento del presidente del Consejo Europeo, el belga Herman Van Rompuy y la alta representante, la británica, Catherine Ashton, han estado fuertemente condicionadas por el reparto de las carteras de la futura Comisión.

Alemania y Francia se perfilan como los principales beneficiarios de los bajos perfiles de los nuevos dirigentes de la Unión. En realidad, las negociaciones para el nombramiento del presidente del Consejo Europeo, el belga Herman Van Rompuy y la alta representante, la británica, Catherine Ashton, han estado fuertemente condicionadas por el reparto de las carteras de la futura Comisión, que es donde se ha librado la verdadera pugna de intereses nacionales. El presidente francés, Nicolas Sarkozy, y la canciller alemana, Angela Merkel, se han asegurado el mantenimiento de carteras importantes en la futura Comisión, al garantizarse que ni Van Rompuy ni Ashton supondrían ningún tipo de sombra para sus respectivos liderazgos. El resultado ha sido un nuevo debilitamiento de las instituciones europeas.

La propia Merkel reconoció ayer que la decisión que guió ambos nombramientos fue la de evitar la polémica admitiendo que "el logro del consenso ha tenido un gran valor". La canciller pidió que se diera una "oportunidad" a los nuevos mandatarios. Por su parte, Berlín, que ha propuesto como comisario a Günther Oettinger, actual primer ministro de Baden-Württemberg, aspira a conservar su cartera de Industria u otra de poder económico similar.

Mientras Sarkozy se frota las manos por la satisfacción de haber obtenido la garantía del presidente de la Comisión, José Manuel Barroso, de asegurarse una de las carteras más relevantes. "Francia tendrá un comisario europeo con responsabilidades importantes", ha señalado el presidente francés. "Este comisario será Michel Barnier", apostilló. Fuentes diplomáticas francesas apuntan que podría hacerse con la cartera de Mercado Interior.

Aunque el primer ministro, Gordon Brown, aseguró que el nombramiento de Ashton significaba mantener a Reino Unido en el corazón de Europa, en la City de Londres las críticas no se han hecho esperar por la pérdida de una cartera económica.

Mientras, España confía en que el comisario de Asuntos Económicos, Joaquín Almunia, mantenga esta cartera u otras con más influencia.

El copresidente de los Verdes en el Parlamento Europeo, Daniel Cohn-Bendit, es quien ha expresado con mayor crudeza su decepción por los nombramientos. Tras calificar de "insulso" a Van Rompuy e "insignificante" a Ashton, el antiguo líder del mayo del 68 considera que con estos nombramientos Europa "ha tocado fondo".

Sin embargo, desde la perspectiva de la política real, la reacción no ha sido tan negativa. El primer ministro chino, Wen Jiabao, expresó "sus calurosas felicitaciones" a los nuevos dirigentes europeos porque supondrán el inicio de "una nueva etapa importante para la construcción europea". Por su parte, el ministro de Exteriores ruso, Serguéi Lavrov, se mostró convencido de que el nombramiento de presidente de la UE supondrá una continuación "del camino de la asociación estratégica con Rusia".

Tras los nombramientos de Van Rompuy y Ashton la atención política en Bruselas se centra ahora en la formación de la nueva Comisión. Barroso ultima las gestiones para completar el colegio de comisarios para que esté listo a "primeros de diciembre". La misma fuente indica que en la nueva Comisión "los liberales constituirán el segundo grupo más numeroso por delante de los socialistas con el propósito de lograr un mayor equilibrio en las instituciones comunitarias". De esta forma la segunda Comisión de Barroso estará dominada por el centro-derecha que integran el Partido Popular Europeo (PPE) y los liberales.

Los liberales contarán en total con siete u ocho comisarios frente a unos seis socialistas, a pesar de que estos últimos son la segunda fuerza política de la UE. En el Parlamento Europeo, el PPE cuenta con 265 eurodiputados; los socialistas y socialdemócratas, con 184, y los liberales, sólo con 84. Los conservadores ostentan tres de los cuatro puestos importantes: Barroso (Comisión), Van Rompuy (Consejo Europeo) y Jerzy Buzek (Eurocámara). Y los socialistas sólo han logrado colocar a la laborista Asthon como jefa de la diplomacia europea.

Sólo tres países están pendientes de designar a su comisario: Dinamarca, Holanda y Malta. Al final, Barroso está a punto de conseguir que un tercio de los miembros de su equipo sean mujeres, como exigían las eurodiputadas. De momento cuentan con Ashton, Viviane Reding (Luxemburgo), Rumiana Jeleva (Bulgaria), Androulla Vassilliou (Chipre), Maria Damanaki (Grecia), Cecilia Malmström (Suecia) y Máire Georghegan-Quinn (Irlanda). Todavía es posible que Neelie Kroes siga en la nueva Comisión y que alguno de los dos países que aún no han decidido envíen a una mujer.

http://www.elpais.com/articulo/internacional/nueva/cupula/frente/UE/debilita/instituciones/europeas/elpepuint/20091121elpepiint_2/Tes

Ascensão da periferia?

Chilenas, brasileñas, mexicanas y argentinas entre las empresas más lucrativas

Quince empresas brasileñas, cinco mexicanas, dos chilenas, dos argentinas y una peruana integran la lista de las compañías de capital abierto con mayor beneficio neto en el tercer trimestre de este año en toda América Latina, según un estudio divulgado hoy por la consultora Economática.

Actualizado 18 noviembre 2009 - 0:0

Carlos Lamadrid

La lista de compañías de capital abierto con mayor beneficio neto en el tercer trimestre es encabezada por la petrolera brasileña Petrobras (4.107 millones de dólares), que también fue la segunda con mayores ganancias en el período en toda América, tan sólo superada por la petrolera estadounidense Exxon Movil (4.730 millones de dólares).

El segundo lugar entre las latinoamericanas le correspondió a la minera brasileña Vale, con un lucro de 1.689 millones de dólares en el tercer trimestre de este año, valor que la ubicó como la 22 en la lista de las compañías abiertas más lucrativas de toda América en el período.

La operadora mexicana de telecomunicaciones América Móvil fue la tercera con mayor lucro (1.384 millones de dólares) en América Latina.

Las dos argentinas de la lista son YPF (en el puesto 19, con 266 millones de dólares) y Tenaris (en el 14 lugar, con 237 millones de dólares).

De acuerdo con Economática, el lucro en dólares del tercer trimestre de las compañías de América Latina con acciones negociadas en bolsa fue calculado considerando el cambio de cada país el 30 de septiembre.

Tras Petrobras, Vale y América Móvil, las empresas latinoamericanas que más gananciass obtuvieron fueron los bancos brasileños Itaú-Unibanco (1.276 millones de dólares), Banco do Brasil (1.113 millones de dólares) y Bradesco (1.018 millones de dólares).

En séptimo lugar se ubicó el fabricante brasileño de bebidas AmBev (692 millones de dólares), en octavo la brasileña Compañía Siderúrgica Nacional (647 millones de dólares), en noveno el conglomerado brasileño Itausa (481 millones de dólares) y en décimo la petroquímica brasileña Braskem (363 millones de dólares).

La lista es dominada por brasileñas, pero también aparecen las mexicanas Teléfonos de México (11, con 355 millones de dólares), Carso Global Telecom (16, con 312 millones de dólares), Wal Mart México (18, con 286 millones de dólares) y GM México (22, con 252 millones de dólares).

Las dos empresas chilenas en la lista son Endesa (en el puesto 13, con 326 millones de dólares) y Enersis (15, con 318 millones de dólares) y la única peruana Southern Perú CC (23, con 240 millones de dólares).

Entre las 25 empresas latinoamericanas con mayor beneficio neto en el trimestre, 4 son siderúrgicas, 4 del sector de energía, 4 de telecomunicaciones, 4 financieras, 3 mineras, 2 petroleras y una de los sectores de alimentos, químico y comercio.

http://www.eldiarioexterior.com/articulo_imprimir.asp?idarticulo=35962

Para variar, crise na Argentina

Córdoba, sin cuasimonedas

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Por: Marta Platía

Apenas llegado de Malasia, adonde fue en viaje de negocios con otros mandatarios de la Región Centro, el gobernador Juan Schiaretti negó rotundo que vaya a emitir bonos o cuasimoneda a raíz de la crisis que sufre la provincia: "No estoy analizando esa posibilidad ya que estoy convencido de que la provincia ganará los juicios que tiene contra la Nación".
Se refería a los tres recursos que asentó ante la Corte Suprema de la Nación por el dinero que se le adeuda por el Programa de Asistencia Financiera (PAF); por el que debería ingresar a la Caja de Jubilaciones; y otro por "unos 1.220 millones" para la delegación local de la ANSeS correspondientes al ejercicio 2000-2007.
Mientras caminaba por las calles enlodadas de El Crispín, una localidad del noreste cordobés afectada por un vendaval el martes, Schiaretti dejó también la puerta abierta a un posible acuerdo con el gobierno de Cristina Kirchner: "Si la Nación nos muestra una señal para ponerse al día, desistiríamos de las dos primeras demandas". Pero, tras ése gesto conciliador, Schiaretti recalcó su constante reclamo desde hace meses, y declaró que hasta el día de su arribo del Lejano Oriente, "a Córdoba no ha llegado ni un peso".
Las deudas a las que se refiere y que aún no han tenido desembolsos de las arcas nacionales, sumarían unos $ 500 millones. Dinero fresco que, tal vez, le ayudarían a calmar los ánimos de una provincia que lo recibió convulsionada por las protestas de los empleados estatales y los maestros que reclaman aumentos salariales y están cumpliendo medidas de fuerza casi todos los días. Uno de los sectores que más mortifica a la gente es el paro que, por turnos, que cumplen los empleados de la salud en los distintos Hospitales, y hasta ha producido la postergación de cirugías ya programadas.

http://www.clarin.com/diario/2009/11/21/elpais/p-02045413.htm

Relações China-EUA

EE.UU.-China: el juego de la interdependencia

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Si algún logro recogió el presidente norteamericano de su gira asiática es el trazado de una relación entre dos potencias globales que no pueden imponerse condiciones.

Por: Marcelo Cantelmi

Es febrero de 1972 y hace frío en París. En un restaurante del centro de la ciudad cenan Andre Malraux y el senador Edward Kennedy. El tema de la larga sobremesa será el viaje inminente que el presidente Richard Nixon hará al gigante amarillo, la primera vez que un mandatario norteamericano llega a Beijing.
El ex ministro de Cultura del general De Gaulle, amigo de Mao Tse Tung según su propia descripción, y autor de ensayos sobre el experimento comunista chino, le murmura en tono íntimo a un ansioso Kennedy: "Mao mirará a Nixon y hará la primera pregunta ¿está preparada la nación más rica del mundo a ayudar a una de las más pobres llamada China?". La anécdota, relatada por amigos del genial intelectual francés, es aún más fascinante si se advierte que ocurrió, como aquel viaje de Nixon, sólo un año antes de la rehabilitación del timonel de la China global Deng Xiaoping; unos cuatro previos a la muerte de Mao y cinco antes de las célebres "cuatro modificaciones" (agrícola, industrial, científica y defensa) que convirtieron al país asiático en lo que es hoy, de mendigo a millonario.
Pero aquella historia de ricos y pobres es impresionante si se la cruza con la marcha forzada a que se asemejó la travesía que Barack Obama acaba de hacer por el gigante amarillo. Muy lejos de aquel poder de imposición, casi nada de la agenda que llevó el norteamericano a Beijing, tuvo algún suceso. Se amontonaron en desorden en una canasta virtual temas que antes Washington planteaba a China sin prejuicios como la cuestión del Tibet que esta vez, además del silencio, incluyó la postergación sine die de una entrevista entre el jefe de Estado y el Dalai Lama, detestado por Beijing. Las viejas presiones del ministro de economía norteamericano Tim Geithner contra la supuesta "manipulación" del renmimbi, la moneda china, desaparecieron. La cuestión iraní, un país sobre el cual China ejerce gran influencia, condición crucial que requiere Washington para sumar presión contra el plan nuclear persa, también siguió el mismo trámite fantasma. Cuando Obama y su colega Hu Jintao se reunieron en público no hubo la menor mención a futuras mutuas sanciones contra Teherán.
Es verdad que toda marcha comienza con un paso que es apenas eso, y no debería demandarse más de lo que puede dar un encuentro cumbre de dos días. En cualquier caso, estas dos naciones sumadas, configuran hoy el más dinámico foco planetario, generador en la ultima década de un tercio de la producción económica global y de dos quintos del crecimiento mundial. Lo que sucede es que dentro de esa esfera única no hay sólo ganadores.
Beijing no olvida ni un instante que es el mayor acreedor de EE.UU. con más de un billón (millón de millones) de bonos del Tesoro norteamericano y que 70% de sus reservas, que más que duplican aquella cifra, están en moneda norteamericana. Ello implicaría cierta paternidad en algunos niveles o, al menos, un tamiz enérgico para eludir sugerencias antipáticas como las que formularon en su momento Bill Clinton, cuando demandó a China mejoras en los derechos humanos, o George Bush, que tanto atacaba la economía comunista, como convertía en sus protegidos al Tibet o Taiwan.
Lo que cambió no es la personalidad del habitante de la Casa Blanca como pretenden simplificar críticos sencillos de Obama. Lo que mutó fue EE.UU. y su nivel de poder relativo. Hay un episodio difícil de no definirlo como espectacular que relató, hace ya un tiempo, el principal responsable presupuestario de la Casa Blanca, Peter Orszag. En una reunión en junio pasado, funcionarios chinos le pidieron a la Casa Blanca detalles sobre la legislación y el programa de salud que Obama llevó al Congreso para ampliar los beneficios sanitarios. El Herald Tribune recuerda que Orszag contestó la totalidad de las preguntas hasta que advirtieron que los chinos no estaban tan interesados sobre si el plan resolvería los problemas de salud de la gente, sino cómo afectaría esa inversión al déficit fiscal norteamericano. Los funcionarios asiáticos descontaban que su país, al cabo, financiaría la cuestión con la compra de los bonos de deuda. "Como cualquier banquero, los chinos querían evidencia de que EE.UU. tenía un plan para devolver ese dinero", comentó con alguna pesadumbre el diario norteamericano.
Hasta antes de la crisis financiera que arrasó con la banca norteamericana y mundial, China no era responsable del inmenso rojo comercial que EE.UU. contabiliza en el intercambio con ese país. Ello era así pese a toda una estructura académica que traducía la paridad atada del renmimbi al dólar como origen de esa calamidad. La culpa radicaba, entre otros motivos, en la ausencia de disciplina de ahorro en la sociedad norteamericana.
Sin embargo, después de la crisis y cuando el resto del mundo coincidió con las políticas de estímulo fiscal de China sumado a un gran control y presencia estatal, esas medidas se tornaron en una feroz competencia proteccionista donde Beijing ha llevado las de ganar. El Nobel de Economía Paul Krugman se toma de la cabeza viendo el camino del desastre. Porque tal como están las cosas, China seguirá financiado la paridad baja de su moneda beneficiando sus exportaciones globales. Eso a EE.UU. le clava sus cifras históricas de desocupación debido a que es más barato importar que producir. El panorama no sólo pronostica problemas sociales. "Largo tiempo de desempleo produce un largo y extenso daño social", advierte Krugman.
EE.UU. pretendía que el inmenso mercado interno que está reactivando con estimulo fiscal el gobierno de Hu, más de 800 millones de chinos del interior (mucho mas que toda Latinoamérica sumada) que hasta ahora vieron el crecimiento de su país desde la banquina, sin poder subirse, fueran también la respuesta de consumo para las fabricas del otro lado del mar. Eso sólo sería posible con un tipo de cambio liberado a las fuerzas de mercado que abarataría las exportaciones asiáticas. Pero Beijing quiere su mercado propio para mantener el crecimiento por encima del 8%. Ese es el punto de fractura para el espectacular matrimonio sino-estadounidense, que, como apunta el historiador de Harvard Niall Ferguson es hoy una sociedad 10 x 10: los chinos obtienen 10% de crecimiento, EE.UU. obtiene 10% de desempleo.
Copyright Clarín, 2009.

http://www.clarin.com/diario/2009/11/21/opinion/o-02045426.htm