"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sábado, 5 de abril de 2008

A UnB em crise

A reitoria da UnB foi invadida pelos estudantes. É uma resposta algo tardia às denúncias sobre os gastos do reitor pagos pela FUB. Quem acompanha o blog há algum sabe que eu já disse aqui que sempre acho muito engraçado os professores das universidades públicas criticarem o clientelismo, o patrimonialismo, porque nas universidades públicas brasileiras predominam os mesmos tipos re lações arcaicas que encontramos no governo. O apadrinhamento, o favorecimento tende a ser a regra, então a crítica é sempre hipócrita já que nunca há auto-crítica e tentativa de reformar a universidade. Na UnB, desde quando eu estava na graduação, o CESPE, por exemplo, era alvo de muitas desconfianças. Vejam o surreal, o órgão responsável pela realização do vestibular e de concursos públicos passou a administrar o RU, ou melhor, o bandejão. Aí depois que o CESPE assumiu o controle passou a passar uma campanha publicitária para que os alunos chamassem o restaurante universitário de RU e não mais de bandejão para refletir uma mudança na qualidade da comida e dos serviços. Tem lógica? Faz sentido o CESPE controlar o bandejão? Tem lógica gastar dinheiro com  propaganda das reformas do bandejão? Claro que tem, porque o CESPE era o maior foco de denúncias, toda a camapnha para reitor girava em torno da caixa-preta do CESPE. Então era um meio de melhor a imagem do órgão dentro da universidade. O CESPE queria continuar com o dinheiro, mas agora com uma boa imagem. E com a eleição do Lauro Morhy, o diretor do CESPE que o apoiou foi promovido. As denúncias em relação à FUB e à Editora da UnB é apenas uma expansão dos problemas que se desenvolvem desde meados da década de 90. Interessante como ainda aparece gente dentro da universidade para dizer que o dinheiro da FUB é privado, o que só faz envergonhar mais a sociedade pela falta de vergonha na cara. A política na universidade se tornou tão rasteira que quando eu era aluno um candidato a reitor ofereceu emprego para um amigo e eu caso ele ganhasse e nem ficou vermelho. Depois que saímos da casa dele às margens do lago Paranoá no Lago Sul, perguntei para o meu amigo, eu entendi direito, ele nós ofereceu um emprego em troca do apoio? O pior é que não é uma exceção, é a regra. E infelizmente já está mais do que evidente que as eleições nas universidades não representaram um avanço, reforçaram estas tendências.

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