"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

terça-feira, 8 de abril de 2008

Hora da revanche! O FMI em crise! É hora de impor o ajuste ao Fundo!

FMI vai vender 400 t de ouro e demitir 380

Objetivo é reduzir déficit de US$ 400 mi previsto para os próximos dois anos; estimativa é que metal renda até US$ 11 bi

Nos últimos anos, Fundo perdeu receita provenientes dos juros cobrados dos empréstimos, após a quitação de dívidas de emergentes
FERNANDO CANZIAN
ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON
O comitê executivo do FMI (Fundo Monetário Internacional) aprovou ontem a maior reforma financeira da história da instituição, criada em julho de 1944. Agora, será a vez de o próprio Fundo se ajustar.
O FMI recebeu sinal verde para vender até 403,3 toneladas de suas reservas em ouro (de 3.217 toneladas) e anunciou a intenção de cortar US$ 100 milhões em despesas administrativas em três anos.
O objetivo das medidas é reduzir ou zerar um déficit de US$ 400 milhões previsto nas contas do FMI para daqui a dois anos. A decisão foi tomada durante a discussão do orçamento para o período 2009-2011. No atual ano fiscal, que acaba no dia 30, o déficit projetado é de US$ 140 milhões.
Com a venda de parte das reservas em ouro (que precisará da aprovação do Congresso dos EUA) e economia de gastos, o FMI pretende realizar investimentos no mercado que garantam a geração de US$ 300 milhões nos próximos anos.
Os cortes de gastos se tornaram imperiosos após brusca diminuição, nos últimos cinco anos, do número de países emergentes que precisam da ajuda do FMI e que quitaram suas dívidas. Boa parte das contas do Fundo, visto por críticos como perdulária, era bancada com os juros dos empréstimos que a instituição fazia.
A venda das reservas em ouro chegou a ser criticada em outras ocasiões. O FMI estaria recorrendo à venda da "prataria da casa" para se financiar, evitando tomar medidas amargas como as que exige dos países a quem empresta seu dinheiro.
O FMI funciona em dois enormes edifícios no centro de Washington -um dos quais construído recentemente, justamente no período em que minguavam os países que necessitavam da ajuda do Fundo. O corte de gastos deve atingir até 380 empregos de um total de 2.635.
O Fundo já criou um plano de demissões voluntárias para atingir essa meta durante os próximos três anos e tentar, até 2011, limitar seu orçamento anual a US$ 800 milhões.
O FMI possui a terceira maior reserva de ouro do mundo, atrás apenas dos bancos centrais dos EUA (Federal Reserve) e da Alemanha (Bundesbank). O momento atual é bastante propício para a venda, já que o preço da onça-troy do metal ronda os US$ 900, perto de seu nível recorde.
A venda será feita de modo gradual para não causar impacto de oferta demasiada no mercado. O Fundo não falou em valores, mas estimativas apontam que possam ser arrecadados até US$ 11 bilhões com a venda do metal. A venda do ouro requer 85% dos votos dos 185 países-membros do FMI, mas cada país tem um peso diferente. Com uma participação de quase 17%, os EUA têm poder para vetar a operação, mas o governo George W. Bush a apóia.
O diretor-gerente do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, afirmou que as medidas vão "substituir um modelo obsoleto e inviável de financiamento por outro mais moderno, previsível e em consonância com outras instituições internacionais".
O anúncio das medidas ocorre dias antes da reunião de primavera (no hemisfério Norte) do FMI e alguns dias depois de o Fundo anunciar uma reforma no seu sistema de cotas.
O Brasil foi um dos quatro países mais beneficiados pelo realinhamento da divisão de cotas e de votação. O país passará a ter uma cota de 1,78% no Fundo -alta de 40%. E um poder de voto de 1,72% (+22%).

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0804200814.htm

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