"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Não economizemos lágrimas 4! Ser africano não é fácil!

Nigéria processa Pfizer por morte de crianças

O grupo farmacêutico norte-americano Pfizer poderá pagar uma indemnização de sete biliões de dólares ao Governo da Nigéria na sequência de uma acção contra si, devido a testes de um medicamento responsável pela morte de várias crianças, informaram fontes judiciais.
O grupo farmacêutico Pfizer (PII), que rejeitou ontem qualquer falta de ética, é acusado de ter testado em 1996 um remédio, o Trovan Floxacin, sob o pretexto de uma acção humanitária para combater uma epidemia de meningite e sarampo.
O produto foi testado sem a obtenção das autorizações necessárias por parte das autoridades competentes da Nigéria.
Na acção apresentada ao Tribunal Supremo Federal da Nigéria, o Governo indica que 200 crianças que tomaram o medicamento da Pfizer sofreram em seguida diversas afecções, em particular surdez, paralisia, transtornos da fala, lesões cerebrais ou cegueira. Onze crianças faleceram, segundo a Procuradoria do país.
As primeiras audiências do processo foram programadas para o dia 26 de Junho.
O texto da acção explica que no mês de Abril de 1996, uma epidemia de meningite bacteriana, de sarampo e cólera afectou o norte da Nigéria, particularmente o Estado de Kano.
"Durante a epidemia, a Pfizer imaginou um esquema que permitiria deformar e esconder as suas principais intenções sob o pretexto de participar no atendimento das vítimas da epidemia".
"A Pfizer nunca revelou que teve a intenção de fazer experiências com as vítimas vulneráveis ou de realizar qualquer teste clínico sem as autorizações necessárias das agências reguladoras da Nigéria, e sim que pretendia fornecer ajuda humanitária".
Em Maio, as autoridades de Kano tentaram diante do tribunal estatal iniciar um processo similar contra a Pfizer, com um pedido de indemnização de 2,75 biliões de dólares, pela "utilização secreta de crianças como coelhos nos testes de um medicamento sob o pretexto de fornecer ajuda humanitária".
A Pfizer, que tem repudiado insistentemente as acusações desde que o escândalo estourou, no ano 2000, replicou ontem que "rejeita firmemente qualquer alegação de erros éticos", assegurando que "a trovafloxacina permitiu salvar vidas".
Segundo a empresa farmacêutica, os jovens pacientes teriam consentido em fazer os testes, que teriam sido explicados aos pais nas duas línguas faladas na região, o inglês e o haussá.
"Nessa época, a trovafloxacina estava na última fase de desenvolvimento clínico" e "já tinha sido avaliada em 5.000 pacientes", assegurou a Pzifer.
No entanto, a agência pública americana para o controlo dos medicamentos, Food and Drug Administration (FDA), emitiu em 1999 uma advertência pública sobre os "riscos de toxicidade" do medicamento no fígado e recomendou aos médicos muita prudência ao usá-lo.

http://www.jornaldeangola.com/artigo.php?ID=62703&Seccao=politica

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