"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Ainda lutando pelo impossível!

Na discussão sobre a luta pelo impossível fui surpreendido realismo do Evandro. O Evandro sempre foi um idealista de marca maior, ingênuo às vezes sobre o potencial das organizações internacionais especialmente da OMC, e sempre defendeu que o Brasil deveria buscar objetivos que pra mim estavam fadados ao fracasso e não eram desejáveis. Aí ele me surpreendeu dizendo que só os objetivos tangíveis devem ser buscados, que quem está numa situação ruim deve buscar alcançar o regular, quem consegue o regular busca o bom, e quem alcança o bom almeja o ótimo e quem chega no ótimo tentará a excelência. Haveria uma série fases a serem ultrapassadas. Como é óbvio, eu discordei veementemente. Não há fases. Nos anos 50 e 6o predominava no mundo e na América Latina o predomínio da teoria da modernização que dizia que a diferença entre o atrasado e o moderno, o subdesenvolvimento e desenvolvimento era apenas uma questão de fases, etapas. Antes de ser moderno, o país passava pela fase de atrasado. No entanto, como mostraram os autores das teorias latino-americanas do desenvolvimento, o subdesenvolvimento não é uma fase do ser, mas um estado de ser. Não há uma etapa a ser superada, uma evolução de uma situação para outra, mas sim uma ruptura, para passar para o desenvolvimento é preciso romper com o subdesenvolvimento. O Brasil é uma estrutura subdesenvolvida, não é uma fase pela qual o Japão passou, e não é uma situação pela qual Gâmbia passará, para deixar de ser subdesenvolvida Gâmbia não deve almejar ser como o Brasil, porque assim continuará sendo subdesenvolvido, deve almejar o que para Gâmbia é o desenvolvimento. O Brasil melhorou entre o início do século XX e o final do séiculo XX? Sim, mas o estado do ser continuo o mesmo, apenas a superfície, a forma de expressão se modificou, é como se tirasse a barba, fizesse uma plástica, vestisse as melhores roupas, mas continuasse com câncer. Mozart nunca foi um músico regular, ele passou da situação de não saber tocar para a de tocar bem. O aluno ou passa da situação que não entende nada sobre o assunto para a que entende ou não mudará de situação nunca, porque entender mais ou menos é não entender. Ou se é bom aluno ou não se é bom aluno. Quem diz que alguém é semi-analfabeto quer dizer o que? Ninguém sabe, precisa de explicações, porque é alguém estranho como elo perdido que não é homem nem macaco. Porque só definem o ser analfabeto e alfabetizado, os dois termos são inteligíveis imediatamente ao serem mencionados. Enfim quando se fala sobre o estado do ser, sobre o que ele é, não há fase, quem fica no meio do caminho é porque está perdido, e em geral não tem consciência de para onde vai. Regra geral quem se perdeu jamais se encontra, ou melhor para se encontrar precisa começar de novo. O Brasil, por exemplo, precisa começar de novo, tentou dar o salto, mas não conseguiu, não há como recuperar do ponto perdido no passado, lamentar o que foi perdido, é preciso recomeçar, reconhecer que somos o que éramos quando a jornada começou e retomar a caminhada sabendo que não ultrapassamos fases e não iremos superar etapas o galgamos o título ou continuaremos sendo apenas o que já somos. Na vida não é diferente, por isso sempre que os meus alunos me contam que conseguiram um emprego especulo com apreensão o tipo de emprego, a função a ser exercida, pois a maior parte dos empregos farão com sejam apenas o que já são e se há algo com o qual não me conformo é que meus alunos queiram ser apenas aquilo que já são mesmo que isto permita manter um emprego confortável durante décadas. É incaceitável que terminem o curso como começaram e é incaceitável (mesmo que compreensível) que percam o que conquistaram por se paralizarem no emprego.

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