"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

domingo, 13 de setembro de 2009

Para desapontamento da repórter, para adido de Defesa da embaixada no Brasil, relação é a melhor desde a 2ª Guerra

São Paulo, domingo, 13 de setembro de 2009


Cooperação está no nível mais alto, afirma oficial americano

Para adido de Defesa da embaixada no Brasil, relação é a melhor desde a 2ª Guerra
"O que os brasileiros fizerem é sua escolha. Não estamos preocupados", afirma Willie Berge sobre a nova parceria militar entre Brasil e França
DA SUCURSAL DO RIO

A cooperação militar entre Brasil e EUA está em seu nível mais alto desde o fim da Segunda Guerra Mundial, afirmou à Folha o coronel da Força Aérea americana Willie Berges, adido de Defesa da Embaixada dos EUA em Brasília.
Berges é responsável pela supervisão de todos os programas da "cooperação de segurança", que inclui vendas de armas por intermédio do governo, intercâmbio de pessoal e exercícios conjuntos. Abaixo, trechos da entrevista, feita por telefone. (CLAUDIA ANTUNES)

FOLHA - Como é a sua relação com os militares brasileiros?
WILLIE BERGES
- Todos os números mostram que a cooperação entre os militares do Brasil e os dos EUA está em seu nível mais alto.

FOLHA - Desde quando?
BERGES
- Excluindo a 2ª Guerra Mundial, é o melhor período. Os números de exercícios e intercâmbios nunca foram tão altos. Subiram dramaticamente nos últimos cinco anos.

FOLHA - O senhor pode dar exemplos?
BERGES
- As vendas militares por intermédio do Pentágono, excluindo as compras diretas com fabricantes, foram de US$ 700 milhões nos últimos cinco anos. Em toda a duração do programa com o Brasil, que começou nos anos 70, foram de US$ 1,4 bilhão.
No último ano, pela primeira vez o Brasil hospedou a Olimpíada das Forças Especiais e participou de um grande exercício da Força Aérea dos EUA, o Red Flag. Agora, os brasileiros nos convidaram para seu principal exercício, o Cruzex [Cruzeiro do Sul].
Estamos fazendo intercâmbios que nunca fizemos antes.
Temos médicos brasileiros em nossos navios-hospitais, e médicos americanos em navios brasileiros. Todo alto oficial envolvido com questões da América Latina vem ao Brasil. É obrigatório, dado a importância de nossa relação.

FOLHA - Os militares americanos estão preocupados com a compra de armas da França?
BERGES
- O que os militares brasileiros fizerem é escolha deles. Nós estamos dizendo que o nosso F-18 é o melhor aparelho, o mais testado, e que esperamos colaborar com os militares brasileiros por muitos anos. Não estamos preocupados [com o acordo com a França].
Todo país tem razões para modernizar suas Forças Armadas.

FOLHA - O senhor diria que há preocupação de militares brasileiros quanto a uma cobiça internacional sobre a Amazônia?
BERGES
- Esta questão é mais política. Ouvimos coisas, mas não nos meios militares. Os militares brasileiros nunca nos expressaram esse tipo de preocupação. Eu pessoalmente nunca ouvi isso de oficiais. Por causa de toda esta cooperação, eles se sentem confortáveis em nos falar diretamente, se tiverem alguma preocupação. Já fizeram isso no passado e continuarão a fazê-lo.

FOLHA - Há uma corrida armamentista na região?
BERGES
- Minha opinião pessoal é que não. Todo o país tem que decidir o que modernizar em suas Forças Armadas. Como uma pessoa da Aeronáutica, entendi por que o Chile comprou novos caças -todos os seus aviões estavam quebrando, e um novo caça, mesmo mais caro agora, é mais fácil de manter.
O Brasil precisa de um novo caça porque os dele são velhos, usam tecnologia velha.
Há preocupação com proliferação de armas, se elas estão sendo usadas para o objetivo com que foram compradas.
Mas seria a única.
Por isso o governo americano aprovou a venda do F-18, porque não estamos preocupados.
Os militares brasileiros têm motivos para se modernizar.

FOLHA - A América do Sul não é considerada uma prioridade para os EUA. Como os militares americanos veem a região?
BERGES
- O Comando Sul está muito interessado na região. Se você for à nossa página na internet, há três palavras que definem nossa missão: segurança, estabilidade e parceria. Todos precisamos nos proteger, e queremos países estáveis e trabalhamos como parceiros.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1309200904.htm

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