"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Vaticano: Estado ou ONG?

09/08/2007 15.38.04



O Vaticano rejeita a proposta do “Economist”, que propunha que a Santa Sé renunciasse ao seu estatuto diplomático, passando a "definir-se como a maior ONG do mundo”.







(9/8/2007) Numa entrevista ao quotidiano católico italiano, “L’Avvenire”, o arcebispo Dominique Mamberti (substituto da Secretaria de Estado, espécie de ministro dos Negócios Estrangeiros da Santa Sé) defende o papel da diplomacia do Vaticano ao serviço da paz e dos direitos humanos, assumindo nomeadamente posições contra-corrente relativamente à cultura dominante. “Não admira – declara D. Mamberti – que se queira diminuir o eco da sua voz”. De facto, “desempenhando o seu próprio papel internacional, a Santa Sé está sempre ao serviço da salvação integral do homem, segundo o mandato recebido de Cristo”.
“Por detrás do convite a reduzir-se a uma ONG – prossegue o prelado – para além da incompreensão sobre o estatuto jurídico da Santa Sé, existe também, provavelmente, uma visão redutiva da sua missão, que não é sectorial ou ligada a interesses particulares, mas sim universal, abarcando todas as dimensões do homem e da humanidade”. “É por isso que a acção da Santa Sé, no âmbito da comunidade internacional, é muitas vezes sinal de contradição, porque ela não cessa de elevar a sua voz em defesa da dignidade de cada pessoa e da sacralidade da vida humana, sobretudo do mais débil , assim como na tutela da família fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, para reivindicar o direito fundamental à liberdade religiosa e para promover entre homens e povos relações assentes sobre a justiça e a solidariedade”.
Na referida entrevista, D. Mamberti deixa a hipótese de que a proposta do semanário inglês possa ser porventura motivada “por uma compreensão não exacta do lugar da Santa Sé na comunidade internacional, (incompreensão) que remonta aos inícios da própria comunidade internacional e se foi consolidando sobretudo no final do século XIX. Com o desaparecimento dos Estados Pontifícios, tornou-se cada vez mais claro (observa) que a personalidade jurídica internacional da Santa Sé é independente do critério da soberania territorial”.

Nenhum comentário: