"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sobre a esperança

Há dias que quero postar sobre o último discurso de formatura que fiz, mas sempre outro trabalho passa na frente e acabo não postando. Então agora que são 5:20 da madrugada e eu já terminei de escrever os dois textos que tinha que escrever para enviar para uma amiga, irei escrever sobre o discurso, porque mais ou menos 20 minutos acordado não é o que fará diferença no meu dia.

Todos os discursos de formatura são iguais e alguns são iguais mesmos. O sujeito só pega o discurso que fez no ano anterior e repete. Como gosto de achar que sou uma pessoa criativa e que sabe trabalhar com as palavras não faço isso, fico esperando até o último minuto para ver se a inspiração vem.

Então na tarde do dia da colação de grau estava sentado na minha poltrona lendo o livro “Pós-Guerra” de Tony Judt, um livro de mais de 800 páginas sobre a história da Europa do fim da Segunda Guerra Mundial aos dias de hoje. Mas não é um livro como os do Hobsbawn, parece mais uma enciclopédia. E por parecer um enciclopédia poderia ser melhor dividido. Mas o que importa é que eu estava lendo o livro, a parte sobre o estado de calamidade da Europa após a guerra. Um mundo onde os que não haviam morrido tinham a morte dentro de si, e a viam a todo instante ao seu redor. Diante de um cenário onde a única realidade palpável é a morte, o que faz o indivíduo resistir?

Havia achado o meu discurso: A esperança não é a última que morre. A esperança não é a única coisa que fica na caixa de Pandora. A esperança é que está sempre lá. A esperança não morre. Viver é viver em espera. Espera-se um mundo novo, esperamos mudar nossas vidas, esperamos um novo emprego, esperamos terminar o curso. Esperamos. Esperamos, porque por pior que sejam sempre as condições atuais de existência, o futuro é uma obra em aberto. O futuro está por construir, e portanto sempre podemos alimentar a esperança que o fardo que hoje nos aflige amanhã já estará superado. Podemos esperar que o fardo que hoje pesa sobre a existência seja amanhã apenas a lembrança da nossa capacidade de luta e superação para reconstruir as nossas próprias vidas. A esperança garante assim que estamos vivos ainda que cercados pela morte e lutando contra ela. A esperança garante que a mudança é possível, mas garante que sobrevivemos também ainda que o mundo não mude. Portanto mais do que felicidade, desejo a todos vcs, esperança. Que todos tenham sempre esperança.

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