"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Todo país tem seus momentos de surto de grandeza!

Cabo Verde quer fazer ligação entre China e países lusófonos
Cabo Verde quer ser intermediário na ligação entre os países de língua portuguesa e a China, "fazendo valer a posição geo-estratégica", defendeu hoje na Cidade da Praia o ministro da Economia do arquipélago, José Brito.
O ministro falava na abertura do IV Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os PLP (Países de Língua Portuguesa), que hoje começou na capital cabo-verdiana.
O encontro destina-se fundamentalmente a facilitar a ligação entre todos os países de língua portuguesa e a China, tendo o ministro cabo-verdiano destacado na sessão de abertura que juntar empresários e autoridades da China, Portugal, Brasil, Moçambique, Guiné-Bissau e Angola em Cabo Verde é uma vitória para o país.
"Cabo Verde está situado na encruzilhada dos continentes e pode potenciar oportunidades de negócio a partir de Cabo Verde e cobrindo todo o resto dos outros continentes", disse, acrescentando: "acredito que é um sucesso da nossa diplomacia económica Cabo Verde, como um pequeno país, estar a atrair um conjunto de países que têm importância na economia mundial".
Um dos aspectos que Cabo Verde quer intermediar, disse, é a questão do transporte de cargas e passageiros.
Neste sentido, a transportadora nacional já assinou um acordo de "handling" com a empresa Air China para a rota da América Latina, o qual poderá ainda ser aprofundado, defendeu o ministro.
"A Air China está a encarar, na rota para a América Latina, a possibilidade de fazer escala na ilha do Sal, e estamos a trabalhar para obter passagens nesta linha. Estamos em fase de negociação mas penso que é um primeiro passo para o objectivo de transformar Cabo Verde num ´hub´ de transportes aéreos e penso que este é um dos aspectos importantes desta parceria", explicou.
José Brito disse que outro aspecto a considerar é o dos transportes marítimos, que entre os três continentes ainda são deficientes.
"Os nossos importadores estão a importar muito da China, ultimamente com cargas que chegam via Portugal ou Canárias, e isto é algo que estamos a pensar desenvolver porque o desenvolvimento dos transportes marítimos é um passo necessário para a consolidação desta parceria especial", garantiu.
A ligação marítima também é uma preocupação brasileira, nomeadamente a ligação entre o Brasil e países da costa ocidental africana.
Altair Maia, consultor internacional da SEBRAE (apoio a pequenas empresas do Brasil) explicou que neste momento trazer um contentor do Brasil para Cabo Verde é mais caro do que para a China, pelo que há que trabalhar para a criação de uma ligação regular entre os países desta sub-região.
"Os países africanos beneficiam dos navios que fazem a ligação entre a Europa e a China, mas para o Brasil é fundamental que seja criada uma linha marítima regular e com preços competitivos, porque hoje um contentor do Brasil para a China custa cerca de dois mil dólares enquanto que para Cabo Verde custa quatro mil dólares", lamentou.
A razão, disse, está no facto de não haver uma linha directa, fazendo com que os contentores que saem do Brasil sejam levados até à Europa e depois "descem para a costa oeste de África".
"Estamos a pensar numa linha que pode ligar Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Senegal porque com Angola já existe esta linha", explicou.
Altari Maia referiu ainda que o Brasil vê como positiva a intenção de Cabo Verde em transformar-se num entreposto comercial, já que seria ainda uma oportunidade de aprofundar as relações comerciais com os países da CEDEAO (África Ocidental), tendo Cabo Verde como plataforma.
Os países da CEDEAO importam "cerca de 30 mil milhões de dólares por ano e o Brasil fornece menos de mil milhões. Temos produtos com qualidade internacional e preços competitivos mas não temos ligação marítima, que hoje em dia é fundamental no comércio internacional", afirmou.
Para a representante da AICEP, Portugal já tem consolidada a sua relação com os países africanos de língua portuguesa pelo que o país poderá servir de ponte nesta nova parceria que se desenha.
"Portugal tem uma posição privilegiada no relacionamento que tem com os PALOP e obviamente queremos ser uma ponte entre a China e os PALOP, para que todos nós possamos tirar proveito naquilo de bom que possa surgir neste tipo de encontro", disse Conceição Melo.
O quarto encontro de empresários para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa reúne mais de 300 empresários e representantes de instituições de promoção, que vão explorar oportunidades de negócio durante dois dias na Cidade da Praia.
Os encontros entre a China e países de língua portuguesa, anteriormente realizados em Luanda, Lisboa e Maputo, resultam de um protocolo celebrado em Macau em Outubro de 2003, assinado pelos organismos de promoção dos vários países.

http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=21141&catogory=Cabo%20Verde

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