"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sábado, 30 de junho de 2007

A Globo não precisa se preocupar, o Brasil não é a Venezuela! Infelizmente?

Há muito tempo que não assisto a tv aberta, não porque na tv a cabo a programação seja muito melhor, mas porque eu prefiro as porcarias da tv a cabo mesmo. Mas estes dias, devido a problemas com a Net, tive que assistir a tv aberta e aí assistir o Programa do Jô. Me senti transportado para a Venezuela, e que a Globo seria fechada dada a campanha sistemática contra a classificação indicativa obrigatória. A análise prévia para classificação etária dos programas de TV NÃO é censura. O governo não quer determinar os conteúdos dos programas de TV, mas apenas estabelecer uma relação entre o conteúdo, a idade e o horário. Isso em nada limita a enorme criatividade dos autores, produtores, diretores, podem continuar colocando um monte de besteiras, sacanagens na TV sem problema. No entanto, o Jô Soares fez um discurso junto com outros participantes do programa como se houvesse censura, como se o conteúdo fosse limitado e dizendo que os pais é que devem controlar o que os filhos assistem como se os pais tivessem condições de fazer isso, tivessem tempo de assistir previamente ou assistir junto para explicar o certo diante do errado. Não haverá censura, se a Globo quiser colocar um striptease da Xuxa na TV, pode, só não poderá ser pela manhã porque as crianças estão assistindo e eu estou dormindo, mas se for a uma hora da madrugada, tudo bem, eu estarei acordado pra ver e as crianças mais espertas também, e assim a Globo estará satisfeita, o governo e todos nós. A classificação indicativa obrigatória é fundamental para o país e para mim para garantir que não haverá nada interessante na TV enquanto eu durmo e enquanto eu trabalho.
A legislação brasileira é muito tolerante mais até do que os programas de TV o governo precisa controlar os comerciais. É preciso acabar com todas as propagandas destinadas a crianças, acabar com todas as propagandas com crianças, limitar as propagandas para adolescentes, entre outras restrições. Não precisa tomar como exemplo nem uma legislação sueca, ou finlandesa, ou alemã, basta tomar como exemplo os EUA.

O idioma de Deus

Quem já estudou russo algum dia entrou em contato com a frase de (vou usar a transliteração da minha professora e não a que é normalmente usada) Mirail Vassilievitch Lomonóssov, "criador" do idioma russo, que diz: "Carlos V, imperador, aconselhava a falar: com Deus em espanhol, com os amigos em francês, com os inimigos em alemão e com as damas em italiano. Mas se Carlos V conhecesse a língua russa, diria, certamente, que em russo se pode falar com todos: com deus, com os amigos, com os inimigos e com as damas, porque a língua russa tem a majestade do espanhol, a vivacidade do francês, a força do alemão, a leveza do italiano e, além disso, a riqueza, a expressividade e a concisão do latim e do grego." O russo pode ser tudo isso, mas para falar com Deus não serve nem o russo, nem o espanhol, nem latim. A língua de Deus é o árabe. É impossível alguém não achar bonito o Alcorão ou a Bíblia cantados em árabe. Agora se tem um idioma que certamente não para falar com Deus é o japonês. Na comemoração dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil houve uma missa comemorativa em japonês na Paróquia Pessoal dos Japoneses, que horrível! Dói no ouvido.
Feita a consideração principal passemos às secundárias. Vejam que Carlos V, talvez o maior dos Habsburgo, não mencionou o inglês, o que mostra o quanto o mundo mudou, naquele tempo o inglês não servia para nada, era língua dos povos atrasados. E realmente o alemão é insuperável como língua para atacar.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Evo Morales quase lá

A Fifa refomulou a decisão e já permite jogos a 3.000 metros e mesmo que não libera para uma altitude superior deve estabelecer uma exceção que em La Paz pode ter jogos, ou de forma genérica que na capital de qualquer país pode haver jogos. Tomara que seja assim mesmo, o Flamengo não tem mais importância que a Bolívia. O futebol merece a Bolívia. E só com os bolivianos jogando futebol para alguém acreditar que existe futebol no Flamengo, no Corinthians, no Palmeiras, no Santos.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Se quiser aprender a jogar futebol, veja a Argentina jogar!

Uma coisa é certa, o Brasil pode ser campeão, mas quem sabe jogar FUTEBOL é a Argentina. E digamos a verdade o Brasil ganhou mais títulos que a Argentina desde o início dos anos 90, mas em todo esse período quem teve time mesmo de verdade, quem jogou melhor, quem teve futebol bonito foi a Argentina. O Brasil aderiu ao futebol de resultados, e se conta nos dedos os jogos nos quais o Brasil efetivamente foi um time e jogou bem e em geral foi contra a Argentina, será que foi por ter do outro lado o modelo a ser seguido para um futebol bem jogado?

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Futebol brasileiro em crise!

O campeonato brasileiro está muito chato. Não pode ser bom um campeonato que o líder é o Botafogo. Só isso explica que o principal assunto dos programas esportivos seja se o Richarlyson é homossexual ou não. Não tem cabimento a imprensa levar adiante uma discussão deste tipo e ficar perguntando se há ou não homossexuais em tal ou qual time. Outra razão para a chatice do campeonato é que o Corinthians não está em crise, para animar a imprensa esportiva é preciso que o Corinthians crie urgentemente uma crise, entre na zona de rebaixamento, que o Roger fala mal do técnico, está muito parado o Corinthians. O Flamengo parece que não serve mais para animar a imprensa, como sempre está em crise, o fato de permanecer na zona de rebaixamento não gerou celeuma em nenhum programa esportivo, foi decepcionante gosto de ver os jornalistas chorando pelo Corinthians e pelo Flamengo.

Ronaldinho Gaúcho salvo pela Copa América!

O Ronaldinho Gaúcho fugiu da Copa América, mas já pode comemorar, pela quantidade de vezes que a jogada dele na Copa América de 1999 dando um chapéu num jogador da venezuela e marcando um gol foi repetida, no fim da Copa América todo mundo estará pensando que ele sempre foi o craque da seleção, e se o Brasil perder vão achar que ele fez falta. Mas o Ronaldinho nunca fez nada na seleção, nunca foi craque na seleção, só jogou bem neste jogo contra a Venezuela. Nem no jogo da Copa de 2002 contra a Inglaterra ele jogou bem.

UnB 45 anos!

Recebi há alguns dias o jornalzinho da reitoria da UnB, e dando uma olhada nele hoje vi que trazia uma reportagem intitulada "O sucesso de quem fez UnB" e trazia comentários de algumas personalidades que fizeram UnB e listava o nome de outras. Entre os depoimentos trouxe um da Ana Paula Padrão que diz que uma das melhores coisas da UnB é o trânsito que se pode ter entre os departamentos e isso é realmente muito bom, gostei muito. Agora a maior parte dos nomes desabona a UnB e poderia ter mantido em segredo a sua passagem por lá, é o caso por exemplo do presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), eu nunca pensaria que ele estudou medicina na UnB, e a UnB deveria ter mantido o segredo. E para piorar Paulo Octávio (DEM-DF), vice-governador do DF, estudou economia na UnB. A porcaria do Gilmar Mendes que deveria ter seu diploma de direito cassado também estudou lá. O Gilmar Mendes é uma vergonha para o direito brasileiro. A Miriam Leitão estudou na UnB, não existe nada pior no jornalismo brasileiro que a Miriam Leitão, mas nem o Diogo Mainardi, porque ele pelo menos é palhaço, uma vez eu mandei um e-mail pra ela dizendo que em um governo decente todo ministro elogiado por ela seria demitido e todo ministro criticado seria fortalecido. Outra jornalista mal formada pela UnB é a Eliane Cantanhede, ela já foi muito boa, hoje apenas faz campanha pro PSDB. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, estudou geologia na UnB e agora acha que economia brasileira deve se mover mais devagar que uma placa tectônica pra não gerar terremotos de grandes proporções e assim o atraso vai se perpetuando. E a jóia da coroa entre os mais conhecidos, a Roseana Sarney cursou Ciências Sociais, uma prova viva que nem todo mundo que faz sociais é marxista ou de esquerda.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Oráculos econômicos

Segundo o economista Robert Fogel, "inventor" da cliometria, a China em 2040 representará 40% do PIB mundial enquanto os EUA apenas 14%. Ele já terá morrido, mas eu espero estar vivo para ver ele errar, o Fogel é o maior defensor do "se" histórico, os trabalhos dele são assim se "A" não tivesse ocorrido o que teria ocorrido no lugar, os resultados seriam diferentes? Por exemplo, ele diz que as ferrovias não foram importantes para o crescimento dos EUA, porque se elas não tivessem sido construídas teriam construídos mais canais e diques que teriam o mesmo efeito. O mesmo em relação à escravidão.

Nem vou comentar, mas é idealismo!

Presidente de Nicaragua insta a democratizar Naciones Unidas

MANAGUA, 25 de junio.— El presidente de Nicaragua, Daniel Ortega, abogó aquí por democratizar a profundidad el sistema de Naciones Unidas, tras asegurar que esa organización perdió toda su credibilidad con la invasión estadounidense a Iraq en marzo del 2003.

"Estamos frente a un sistema que sufre agotamiento en el orden político, económico y comercial, y que demanda cambios profundos", aseveró Ortega en la apertura de una conferencia regional que analiza la coherencia de la ONU en el contexto del desarrollo, reseña PL.

El mandatario aseguró ante los representantes de 32 países latinoamericanos y caribeños, reunidos en Managua, que se hace necesario imponer relaciones económicas justas y equitativas, donde se rompan las barreras y las políticas proteccionistas y de subsidio.

En opinión del líder sandinista, los instrumentos del capitalismo global que soportan el actual sistema de Naciones Unidas deben ser sustituidos por otros que sean fruto de la voluntad de los pueblos y de las exigencias históricas del momento.

El jefe de Estado nicaragüense aseguró además que en América Latina se están viviendo varios procesos de acercamiento que buscan pasar de la integración a la unidad, con el objetivo de convertir a la región en una verdadera potencia económica, cultural y social.

De acuerdo con Ortega, el más avanzado de todos esos procesos es la Alternativa Bolivariana para las Américas (ALBA), iniciativa que impulsan Venezuela, Cuba, Bolivia y Nicaragua.

http://www.granma.cubaweb.cu/2007/06/26/interna/artic02.html

Rússia e China e seu poder sobre o mundo

China y Rusia en el nuevo desorden mundial



¿Puede Kosovo lograr la independencia sin el consentimiento tácito de Rusia, y puede haber una solución política y humanitaria a la tragedia en Darfur sin la buena voluntad activa de China? Las dos crisis no tienen nada en común, pero su resolución dependerá en gran medida de si estos dos miembros permanentes del Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas utilizan su poder de veto.

Comparar las respectivas capacidades de Rusia y China de bloquear iniciativas internacionales claves no tiene sentido en sí mismo, pero constituye una herramienta útil para comprender la transformación del sistema internacional que hoy está teniendo lugar como consecuencia directa del relativo declive del poder mundial de EU. Desde ese punto de la profundización del caos en el Oriente Próximo plantea tanto oportunidades como riesgos para Rusia y China, que puedan obligarlas a definir los papeles que desean jugar y las imágenes que quieren proyectar al mundo.

La pregunta clave es: ¿Está Rusia dando pasos agigantados en la “dirección equivocada”, mientras China está dando pasos “minúsculos” en la “dirección correcta”?
En lo superficial, Rusia y China pueden dar la impresión de estar siguiendo el mismo camino cuando ambas proclaman que se enorgullecen de estar “de regreso” en la escena mundial. Sin embargo, esta afirmación significa cosas diferentes para cada país.

Para China, país que tiene una profunda confianza en sí mismo, estar “de regreso” significa simplemente recuperar su centralidad histórica en el mundo tras una ausencia de más de dos siglos. Después de todo, a fines del siglo dieciocho China era el primer productor mundial de bienes manufacturados, y se percibe a sí misma como un centro de civilización sin parangón en Asia, y quizás en el mundo entero.

La renovada confianza en sí misma de China se basa en su notable destreza económica, que se deriva no de sus recursos naturales sino de su productividad y creatividad. Cualesquiera sean las grandes tensiones políticas, sociales y económicas que puedan existir, en China hay un factor de “sensación de bienestar”, un sentido de progreso, y los Juegos Olímpicos de 2008 en Beijing figuran como el momento simbólico que proclamará al mundo la escala de los logros del país.

Sobre todo, con la excepción del tema de Taiwan, China es una potencia satisfecha con el status quo en lo referente a la evolución del sistema internacional; es un actor paciente que encuentra perfectamente legítimo comportarse y ser visto como la potencia número dos del mundo.

En contraste, los rusos siguen sintiendo inseguridad acerca de su estatus en el mundo. El explosivo comportamiento “revisionista” de Rusia en la víspera de la última cumbre del G8 es una señal de la naturaleza “insatisfecha” del Kremlin. Puesto que saben que son menos potentes, especialmente en términos demográficos y económicos, los rusos sienten que tienen que hacer “más”. Para ellos, decir que Rusia está “de regreso” significa que los humillantes años de Yeltsin son cosa del pasado, y que ahora deben ser tratados como iguales, particularmente por Estados Unidos.

Los rusos sienten nostalgia no por la Guerra Fría en sí misma, sino por el estatus internacional que perdieron cuando llegó a su fin. Ahora que Estados Unidos ya no es una “hiperpotencia” sin rivales estratégicos, Rusia ha reafirmado su condición de “superpotencia”, afirmación que no necesariamente está respaldada por la realidad. A diferencia de los chinos, los rusos no crean riqueza económica, sino que meramente explotan sus recursos energéticos y minerales. Más aún, a diferencia de los chinos, no siempre se han sentido confiados de su posición en el mundo. Dividida entre Europa y Asia en términos políticos y culturales, víctima de un instinto oscuro y narcisista que tiñe su lectura del pasado y sus visiones del futuro, no debería sorprender a nadie el que Rusia hoy se esté comportando como una potencia “revisionista”.

Insatisfechos con su identidad propia, es natural que los rusos sientan la necesidad de exigir cambios que los hagan sentirse más seguros y orgullosos. Hace menos de 20 años la República Checa y Polonia eran parte de su esfera de influencia, de modo que es comprensible que no puedan aceptar que Estados Unidos imponga unilateralmente su sistema de seguridad allí.

Por supuesto, en sus juicios respectivos sobre Rusia y China, los países de Occidente --y particularmente los europeos-- pueden estar demostrando emociones selectivas. “Nosotros” tendemos a exigir menos a China que a Rusia, porque tendemos a ver a Rusia como “europea” (al menos en lo cultural). Como resultado, la cultura de violencia y provocación verbal que está ganando terreno en la Rusia de Putin nos perturba profundamente, mientras que tendemos a juzgar las malas obras de China con un mayor sentido de distancia, si es que no de indiferencia.

Sin embargo, las diferencias actuales entre China y Rusia pueden demostrar ser menos significativas en el día de mañana si el deterioro del Oriente Próximo impone un sentido de responsabilidad colectiva en los cinco miembros permanentes del Consejo de Seguridad de la ONU. Una cosa es que Rusia y China exploten las crecientes dificultades que EU sufre desde Gaza a Kabul; otra muy diferente es que la situación empeore hasta un punto de desestabilización general en la región.

De hecho, los crecientes problemas en el Oriente Próximo pueden dar un sentido de los límites a Rusia y China, al obligarles a calcular no en términos de su “valor de reto” global frente a Occidente, sino en términos de su capacidad de hacer una contribución positiva y estabilizadora al orden mundial.

Dominique Moisi, fundador y asesor senior del IFRI (Instit uto Francés de Relaciones Internacionales), actualmente es catedrático en el Colegio de Europa en Natolin, Varsovia.
http://www.elnuevodiario.com.ni/2007/06/26/opinion/52225

O muro do preconceito!

Como todos nós sabemos temendo, como Roma, ser invadido pelos bárbaros, os EUA estão construindo um muro na fronteira com o México, ou melhor na fronteira com a América Latina. Já bastasse o absurdo do ato que demonstra o caráter segregador e racista dos conservadores americanos, os EUA ainda tiveram a desfaçatez de construir parte do muro em território mexicano. Obviamente o México exigiu a retirada imediata, não tendo como negar, os EUA reconheceram o erro e irão modificar o traçado do muro, mas claro não de forma imediata que seria dar muita moral pro México. Se fosse a Venezuela que fizesse fronteira com os EUA pelo menos teríamos o prazer de ver o Chávez revidando o muro minando a fronteira para impedir uma invasão americana.

Chávez pronto para guerra!

Hugo Chávez anunciou que esta pronto para enfrentar os EUA caso revolvam invadir a Venezuela. Como sempre com guerra de guerrilha, mas não apenas, pois está comprando armas. Como diz o The Guardian, "Venezuela has recently purchased £1.5bn worth of Russian weapons including 53 military helicopters, 24 SU-30 Sukhoi fighter jets and 100,000 Kalashnikov assault rifles."

http://www.guardian.co.uk/venezuela/story/0,,2111499,00.html

Moçambique quer se aproximar de Angola!

Essa notícia é muito boa, Moçambique quer se aproximar de Angola, por quê? Porque o mundo está cobiçando Angola e Moçambique quer se aproximar do país para ver se ganha alguma coisa. Entendi Angola é o Brasil da África portuguesa e Moçambique é o Paraguai. É claro que os dois tendem a ganhar com essa associação. E também não tenho dúvidas que Angola está sendo cobiçada.

http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=18144&catogory=Mo%E7ambique

Pobre Angola!

O FMI prevê que Angola crescerá 7,5% entre 2008 e 2012. É um mau presságio para Angola, o FMI sempre erra, quando um país recebe elogios do FMI logo entra em crise com a reversão do ciclo. Agora, se Angola crescer a esta taxa será uma humilhação para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula.

http://www.jornaldeangola.com/artigo.php?ID=63829

Classe média chinesa

Em dois anos a classe média chinesa cresceu em 15 milhões de pessoas alcançando 80milhões de pessoas. A classe média na China é definida por quem tem renda entre 7.792 e 65.790 dólares ao ano. A população abaixo da linha de pobreza (85dólares por ano) é de 23,65 milhões de pessoas. Notem o quanto a China ainda é pobre, a desigualdade é que ainda é baixa na China. Mas o capitalismo logo acabará com isso também. Como disse uma reportagem do jornal Estado de São Paulo o principal sinal que a China estava se desenvolvendo era a quantidade de mendigos que se via nas ruas.

Para petistas e alunos idealistas

Os alunos idealistas e os petistas que estiverem interessados em estudar a questão da segurança Alimentar (tipo Fome Zero) pode fazer o curso a distância da FAO. O curso não é gratuito. Em todo caso, vale a pena visitar o site e conhecer o curso.

http://www.rlc.fao.org/proyecto/fodepal/Cursos/SALIIsem07/SAL3_por.htm

A Questão Agrária

O Centro Celso Furtado realizará um seminário na sexta-feira sobre a "Questão Agrária", onde haverá apresentação de representantes do governo e dos movimentos sociais, como João pedro Stédile. A questão agrária era uma questão central nos anos 60, a discussão era sobre a necessidade de reforma agrária no campo, sobre a necessidade do desenvolvimento capitalista do campo ou se era possível passar para uma fase socialista, enfim, a questão era qual o papel do setor agrário no desenvolvimento brasileiro. O regime militar resolveu a questão modernizando o campo, promovendo o desenvolvimento capitalista sem qualquer reforma agrária. O maior entrave à modernização capitalista do Brasil ainda está no campo, o problema é que as velhas soluções já não funcionam, e ninguém aponta novas soluções que não sejam nem o aprofundamento do atraso com a agricultura de exportação nem uma reforma agrária com a cara dos anos 60. Para entender o Brasil, é preciso entender em primeiro lugar o campo, o setor agrário.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Recomendação de vídeo

Estes dias conversando com uma ex-aluna pelo msn e para melhorar o meu humor ela recomendou o vídeo abaixo, e é realmente engraçado, vale a pena assistir.

http://www.youtube.com/watch?v=MWvQEmUCZoU&mode=related&search=

domingo, 24 de junho de 2007

Melhor escola do Brasil

Nas avaliações do MEC um CIEP criado por Brizola ficou em primeiro lugar como a melhor escola do Brasil. É evidente que o resultado é circunstancial, mas mostra como a escola pública pode ser melhor e ao mesmo tempo legitima uma boa idéia que a escola integral. É imprescindível que no Brasil se adote a escola em horário integral de forma generalizada e obrigatória para todo o ensino básico. Obviamente seria uma reforma mais profunda, mas o horário integral já seria uma passo importante.

sábado, 23 de junho de 2007

As RCTVs do Brasil

Todos nós ficamos sabendo que o segundo relator designado para relatar o caso Rena Calheiros renunciou. Wellington Salgado desistiu alegando não continuaria porque a votação foi adiada. No entanto, a verdade é mais complicado e só vi em um jornal e ao vivo na TV Senado. Durante as discussões na Comissão de Ética, o senador José Nery levantou uma questão de ordem questionando a escolha do relator baseado em um artigo do Regimento do Senado que dizia que um senador poderia se declarar impedido de participar de uma votação se tivesse relações de negócios ou outras com o acusado que comprometessem a imparcialidade. Claro que o senador José Nery sabia que este artigo não proibia o senador de votar, apenas lhe dava o direito de não votar. Mas a dúvida serviu como pretexto para apresentar uma denúncia contra o Wellington Salgado. O relator que deveria julgar Calheiros é dono de uma faculdade e através de um órgão presidido por Renan Calheiros havia ganhado um terreno público que estava havia sido doado ao órgão de Calheiros para outros fins. Enfim, ambos eram réus em um mesmo processo e isso não havia impedido que ele se tornasse relator, claro que a publicidade do fato é que modificou a posição do senador. E isto não foi destacado.
Também não é verdade que ninguém quer ser relator do caso Renan Calheiros, o senador Eduardo Suplicy se ofereceu. O estranho é que ninguém quis. Para sorte do Suplicy.

Só não vale rir, muito!!!!!!!!

Vejam o título da reportagem publicada pelo site Notícias Lusófonas. Inacreditável, nem em piada de português eu esperava ver isso.
http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=18118&catogory=Brasil

Brasil faz estremecer a economia mundial. Impasse no G4


A cimeira de Londres, enquadrada na rodada de Doha, não correu num clima consensual. Na quinta-feira, os responsáveis do Brasil, que com a Índia, os EUA e a União Europeia completam os denominados G4, terão saído desapontados da reunião. Na verdade, brasileiros e indianos abandonaram as negociações que visavam diminuir as barreiras comerciais.


Por Arménio Carvalho dos Santos

Em questão está uma proposta apresentada pelo governo de Brasília à Organização Mundial de Comércio (OMC) que pretende uma redução de 30% nas taxas de importação de bens industriais europeus e americanos, acima do nível de 20% desejado pelos países ricos. Segundo os brasileiros, a abertura dos mercados agrícolas e industriais e a intenção de beneficiar um acesso mais fácil ao Mercado internacional, por parte dos países em desenvolvimento, não se fazem notar actualmente.

Os EUA pretendem, inclusive, ver reduzidos os subsídios a produtores agrícolas, em 17 biliões de dólares. Brasil e Índia entendem que a diminuição é brutal, sendo que concordam apenas com um corte a rondar 12 biliões de ajuda aos países.

A imprensa internacional destacou a falta de capacidade negocial por parte dos quatro representantes, sendo que os jornais norte-americanos foram os mais corrosivos ao acusarem Brasil e Índia de “possuírem um atitude inflexível e inibidora da conclusão de um possível acordo”.

Em entrevista ao jornal inglês Finantial Times, a responsável norte-americana presente na reunião, Susan Schwab, afirmou que o Brasil teve uma posição tão irreversível “por ter escolhido a solidariedade económica entre os países em desenvolvimento em detrimento dos seus próprios interesses económicos".

O que é certo é que o Brasil é visto, progressivamente, como um país com grandes potencialidades comerciais e a sua estratégia passa pela maximização dos protocolos que, como este, visam auxiliar a sua evolução.

A rodada de Doha é um projecto da OMC e teve início em Novembro de 2001, no Qatar. Desde então foram organizados encontros em que as conversações se centram na forma de unir os países ricos, desenvolvidos, e os maiores países em desenvolvimento. Relativamente ao último grupo, as nações envolvidas formam o G20, do qual se destacam Brasil, Índia e a China.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Senegal versus Guiné Bissau

Guiné Bissau estava com problemas de abastecimento de gasolina e para piorar o Senegal proibiu as exportações de gasolina para Guiné Bissau (no artigo não explica a razão). A situação que era crítica se agrava. Segundo a agência de notícias, a crise ocorre "apesar de não ser um combustível muito consumido no país gasolina é um combustível ainda utilizado por vários veículos e alguns geradores." Fiquei curioso sobre qual o combustível mais utilizado na Guiné Bissau, mas fiquei com medo de procurar e encontrar mais pobreza.

São Tomé e Príncipe

A maior parte dívida de São Tomé e Príncipe foi perdoada. Aí vejam o que diz um dos entrevistados pelo jornal sobre o fato, "Para Armando Marques Guedes, o país, historicamente o mais endividado da África lusófona, "pode agora pedir empréstimos para infra-estruturas que tenham um efeito multiplicador no desenvolvimento sócio-económico" do país, mas deve ter o cuidado de "não investir em bens de luxo". Ou seja, o perdão da dívida como meio para contrair novas dívidas, a isso se chama círculo vicioso da pobreza e do subdesenvolvimento.

http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=17881&catogory=S%20Tom%E9%20e%20Pr%EDncipe

Qual o tema das eleições em Timor Leste?

Descobri que uma questões em debate nas eleições em Timor Leste é a poligamia. O governo no poder de Xanana Gusmão e o seu candidato José Ramos Horta são defensores da implantação da monogamia no Timor Leste. Enquanto o grupo esquerdista dissidente defende as formas tradicionais de poligamia. Gusmão e Horta representam a fração que querem impor ao Timor a cultura portuguesa e católica, os opositores defendem formas de nativismo, mas também culturas associados à Indonésia, antiga força de ocupação que é mulçumana. Difícil é explicar as razões pelas quais a oposição não ganha as eleições. Porque de todos os males que todos os governos sempre causam com este pelo menos se evitaria o casamento, ou pelo menos o casamento com apenas uma.

China: vilã do meio ambiente?

Há algumas semanas um colega professor e eu fizemos um debate numa sala sobre os EUA, e apesar de eu tachá-lo sempre como liberal, ele teve um momento de grande lucidez e disse que o discurso ambiental era uma agenda dos países ricos para os países pobres. Agora nesta semana ficamos sabendo que a China é o maior emissor de CO2. Seeeeeeii!!!! Nem a velhinha de Taubaté acredita nestes números, é mais uma manobra clara para tolher o crescimento chinês. Este é o tipo de cálculo onde a ideologia e subjetividade do investigador se faz mais presente. O Bush deve estar comemorando isso, apesar de não assinar o Protocolo de Kyoto, os EUA já não são mais os maiores poluidores do mundo.

Comemorar?

Os chineses declaram não utilizar milho e alimentos básicos para fabricar etanol e a FAO comemorou, pois isto terá um impacto positivo no mercado, no preço dos alimentos e na questão da fome conseqüentemente. No entanto, não é algo para que se deve comemorar, nada garante que a difusão da cana-de-açúcar não seja tão desastroso para a humanidade quanto o etanol do milho.
http://www.chinadaily.com.cn/china/2007-06/22/content_899837.htm

Monitores e o sistema de cátedras!

Uma colega da época da UnB deixou uma mensagem pra mim e dizia que eu havia sido professor dela na época da UnB. E eu respondi que isso só poderia ser força de expressão que no máximo eu poderia ter sido um monitor chato. Na UnB existe a figura do monitor que dependendo do professor ele ganha mais ou menos funções, dependendo das circunstâncias pode ser apenas ela a dar as aulas. Com a utilização dos alunos do mestrado para dar aula não sei se isso mudou, de todo modo continua sendo um aluno a dar aula no lugar do professor lotado na disciplina. É interessante que em 40 anos do fim do sistema de cátedras no Brasil, as universidades brasileiras ainda não conseguiram se reorganizar seja do ponto de vista administrativa seja do ponto de vista de quadros Por exemplo, no sistema de cátedra, o Florestan Fernandes era o "dono" da cátedra de sociologia, dava as aulas magnas, mas não ficava cuidando de alunos de graduação, esclarecendo dúvidas, disso cuidava Fernando Henrique Cardoso, Octávio Ianni e outros que estavam iniciando a carreira. Hoje o sistema de cátedras acabou, continua sendo verdadeiro que o pesquisador renomado não deve ficar corrigindo provas de graduação, mas também não pode deixar as aulas para monitores, sejam alunos de graduação, ou alunos que estão no mestrado, as universidades públicas ainda não encontraram um ponto de equilíbrio entre a importância dos grandes nomes darem aula de verdade e o seu desinteresse pelo processo de aprendizado dos alunos. Fui monitor em cinco disciplinas na UnB: História Social e Política da América Latina, Introdução à América Latina, Estudos e Pesquisas para Paz, Análise Política e Teoria das Relações Internacionais.

Os males que se abatem sobre a humanidade!

Por causa da gripe, provas e TCCs, este blog não foi atualizado nos últimos dias. Mas atendendo a pedidos irei colocar algumas bobagens agora.

domingo, 17 de junho de 2007

Brasileiro não dá mais sorte na F1!

O Schumacher começou a ganhar e o Senna morreu (será que foi de medo). Aí ficamos com Rubinho, a vergonha nacional, como principal piloto, e secundando-o os grandes Roberto Pupo Moreno, Gugelmin, Pizzonia, Cristiano da Matta, Luciano Burti, Pedro Paulo Diniz, Zonta. Só vexame. Aí quando parece que chegou novamente a hora do Brasil com o Massa aparece o Hamilton. Pelo jeito, este não será o ano do Massa, mas o ano do Hamilton. Para mim, desde que não seja o ano do Alonso está bom, mas que uma maldição parece ter se abatido sobre o Brasil na Fórmula 1 e no futebol, isso parece, porque se ninguém campeão com Rubinho, ninguém ganha nada com Afonso.

Toca de Assis: aumento da fé ou religiosidade fashion?

Ando impressionado com a quantidade de membros da Toca de Assis que circulam pela região central de São Paulo, como tenho boa memória visual, tenho certeza que não são sempre os mesmos. Então ou eles estão aumentando em número ou todos os membros do resto do estado ou do país vieram para cá. Pelas caras jovens me parece que estão crescendo. E obviamente pela cara não se julga a fé de ninguém, mas que por muitas caras parece mais um modismo, uma experiência passageira de quem depois pode voltar correndo para o bolso dos pais, isso parece. São jovens com a cara da maior parte dos meus alunos e a maior parte dos meus alunos não tem cara de quem possa viver como franciscanos mendicantes. Nem os descolados da USP ou da Unicamp que andam de chinelos como os membros da Toca de Assis fariam isso. Pode ser que o problema seja apenas que quem não tem fé não consegue crer na fé alheia.

Robinho versus CBF

A CBF não deveria ter liberado o Robinho para o Real Madrid. Primeiro, porque no ano passado para a Copa a Federação Espanhola fez a mesma coisa, marcou a data da rodada final do Campeonato Espanhol para depois do prazo estipulado pela FIFA. Segundo, porque nas brigas entre clubes e seleções, as seleções estão sempre perdendo, do jeito que vai as seleções nacionais irão desaparecer. Terceiro, o Robinho está se acostumando a fazer isso, fez a mesma coisa com o Santos, deixou de ir treinar para forçar a venda do mesmo modo que fez agora, estava mais do que na hora de sofrer uma retaliação. Quarto, a seleção não precisa do Robinho, mesmo que ele pedisse dispensa da seleção, não faria falta alguma. Com absoluta certeza na Copa América não fará mais que um Afonso qualquer.

sábado, 16 de junho de 2007

Quem cursa relações internacionais está condenado a ficar desempregado? 2

Abaixo segue parte da primeira aula para a turma do oitavo período sobre o futuro de quem se gradua em relações internacionais:


é preciso que você não tenha uma definição rígida do que seja relações internacionais, é ótimo que você queira atuar na área de relações internacionais. Mas em poucos lugares haverá uma correspondência entre o que você estudou e as atividades profissionais que você irá exercer, mas isso não quer dizer que você não está atuando no campo para o qual se preparou. Se você idealizar a área de relações internacionais, você será definitivamente infeliz profissionalmente. Tenho uma ex-orientanda que trabalha em uma área que, pra mim, é relações internacionais dentro do que pode ser relações internacionais no setor privado. Mas, para ela, não. Para ela, não é relações internacionais e ela se sente permanentemente insatisfeita com o emprego e buscando outro trabalho na área de RI. Mas ela nunca irá encontrar. Por quê? Porque ela idealiza o que são as relações internacionais. Não façam isso. Do ponto de vista do setor privado, as relações internacionais podem ser qualquer coisa no Brasil. Por quê? Porque no Brasil nem mesmo as grandes empresas possuem setores de análise, e de formulação de cenários prospectivos. E as multinacionais possuem estes departamentos em geral no exterior. Então o mercado para você usar teoria das relações internacionais é exíguo. Se vocês consultarem o site da empresa do Rodrigo, que ele acha que é uma consultoria de relações internacionais, de fato, não é. O que faz a consultoria do Rodrigo? Consultoria de comércio exterior e lobby. É relações internacionais? Pode ser que não. Mas se você trabalhar com isso e ficar sempre pensando que perdeu seu tempo cursando relações internacionais, porque não trabalha com RI, você estará condenado a ser infeliz profissionalmente.

Mas isto não quer dizer que você deva se tornar prisioneiro do curso de relações internacionais. Vendo que o curso de relações internacionais foi insuficiente para catapultar a sua careira. Você deve começar outro curso, vocês são novos, tem idade para começar de novo. Da minha turma de graduação, de 18, quatro foram fazer direito. Além de terem ficado entre os melhores alunos do curso de direito, pois já tinham bagagem intelectual, acharam um meio de colocar em prática também as relações internacionais.

Outra coisa que vocês devem se lembrar é que há outros concursos públicos que combinam com quem cursou relações internacionais além do concurso para diplomata, há o concurso para Oficial de Chancelaria do próprio MRE, Analista de Comércio Exterior no Ministério do Desenvolvimento, Analista de Políticas públicas no Ministério do Planejamento e outros . Claro que para estes concursos vocês teriam que estudar matérias que vocês não viram no curso de RI, mas vocês têm condições de fazê-lo e no exercício da atividade estariam sempre próximos da área de RI. Mesmo na Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vocês podem estar próximos da área de RI, pois foi lá que ocorreram as discussões para a formulação da posição brasileira em relação às patentes de medicamentos na OMC. Então em diferentes agências do Estado você pode atuar na área de RI e não apenas no Itamaraty, até porque o Itamaraty tem glamour, mas as coisas relevantes são realizadas fora do Itamaraty.

Em uma Conferência do MRE no RJ no início de julho, o presidente da FUNAG, Jerônimo Moscardo, disse que o Itamaraty deseja descentralizar a formulação da política externa e para isso quer que todos os Estados e municípios brasileiros criem uma secretaria de relações internacionais para participarem da formulação da política externa brasileira. Eu acho a idéia boba e que piora a situação da política externa brasileira. No entanto, do ponto de vista do mercado de trabalho para RI será um estímulo. Então, vários de vocês moram nas cidades da grande São Paulo e portanto, devem ficar atentos a estas oportunidades. E aqueles que por ventura tenham relações com os políticos locais podem mesmo levar à idéia aos políticos, estimulá-los para assim criar um emprego para você. Pois o embaixador pediu que fizéssemos exatamente isso, pressionarmos as prefeituras para que criem a secretaria e se preocupem com as relações internacionais do Brasil. Comigo, eu disse que ele não poderia contar, pois sou contra. Mas vocês podem ser pioneiros e criar carreiras para os próximos bacharéis em relações internacionais.

E quem quiser efetivamente prestar o concurso para diplomata? Deve estar disposto a sofrer ainda mais, a sacrificar-se. Por exemplo, muita gente vê fraude no fato de filhos de diplomatas ou políticos serem aprovados no concurso, mas é óbvio que eles possuem vantagem. Quais? A vantagem de ter sempre estudado para ser diplomata, a vantagem de ter tempo livre para estudar para o concurso. O mesmo vale para quem estudou nas universidades federais, o sujeito teve mais tempo para estudar, os cursos são diurnos o que significa que o aluno não precisa, em tese, trabalhar. Então as chances são maiores. E ainda assim, o candidato pode se perder por se desviar do foco, tenho um colega que se matava de estudar. Mas um belo dia ele se apaixonou, perdeu-se, o tempo que antes era dedicado aos estudos agora era dedicado a namorada. Então, vocês devem decidir o quanto vocês estão dispostos a sacrificar. Se você trabalha o dia inteiro e quer passar no concurso, sua vida social deve ser encerrada. Encontrar-se com o namorado ou namorada, uma vez por mês, e vá logo para os finalmentes, nada de preliminares, você não pode perder tempo. Se você pode se dedicar apenas aos estudos, então você pode reservar uma noite por semana para a vida social e outra noite para a namorada ou namorado com tempo para as preliminares. Em qualquer caso é bobagem fazer cursinho de final de semana, um cursinho onde você tem uma aula de cada disciplina por mês é inútil. Só vai para lá quem não vai passar. Então como se estuda? Sozinho, com a bunda na cadeira, leia, leia, leia e anote, livro por livro da bibliografia de todos os assuntos. Leia toda a bibliografia, resuma todos os livros, prepare respostas para algumas questões para você se preparar para responder a prova. Decore datas importantes e tratados dos quais o Brasil faça parte, especialmente os sul-americanos. E nas vésperas da prova, reveja as suas notas de leitura.

Os cursos de especialização, erroneamente chamados de pós-graduação ou MBAs, não tem qualquer relevância acadêmica, nem fará com que você encontre emprego. Então você só deve fazer um curso de especialização caso a empresa onde você trabalha leve isso em consideração na progressão da carreira, ou se tendo um emprego consolidado você deseje se preparar para mudar de emprego e função. Mesmo um curso de especialização no exterior é bobagem, serve apenas desperdiçar dinheiro, use-o em outra coisa. Curso de MBA no Brasil é um curso de especialização. No exterior é mestrado. No Brasil o nome MBA é usado apenas para dar status, não são equivalentes aos MBAs do exterior. Então se você for rico, compensa fazer um MBA no exterior. Em qualquer outro caso, uma outra graduação fará mais diferença que um curso de especialização.

Outra opção é começar um mestrado. O mestrado pode fazer diferença do ponto de vista do mercado trabalho, mas é bobagem fazer mestrado só por isso. Você deve avaliar se tem efetivamente interesse nas questões acadêmicas e a questão crucial é: você gosta de teoria? Você gosta de discutir teoria? Você gosta de conversar sobre firulas intelectuais? Se respondeu “não” para uma das questões, você não deve fazer mestrado. Se respondeu talvez, pode ser, experimente cursando uma disciplina como aluno especial no mestrado em ciência política da USP. Os mestrados importantes em relações internacionais são o da UnB, da PUC-Rio, o San Tiago Dantas, o da USP e o da Unicamp. O da USP e da UNICAMP são mais difíceis pois a prova de seleção é de ciência política e lá dentro você se especializa em relações internacionais. Então na prova haverá muita coisa que vocês não estudaram. Assim a seleção da UnB, PUC e San Tiago Dantas são mais fáceis. E ao se candidatar vocês devem fazer um projeto perfeito, pois eles sempre darão preferência aos candidatos de universidades públicas. É injusto? É. Mas não tem jeito é preciso conviver com isso.

A que conclusão chegamos de tudo isso? Que há caminhos, que há possibilidades. A vida é cheia de fardos dos quais jamais nos livraremos, mas possui oportunidades. As oportunidades são restritas, então são bem-sucedidos apenas aqueles que estão dispostos a se sacrificarem para agarrar as oportunidades. O seu sucesso e o seu fracasso é resultado das suas escolhas, das suas ações, das suas decisões. Isso significa também que todo o resultado que você teve na faculdade é irrelevante, começa um novo jogo, com novas regras, então você ainda pode se recuperar.

Quem cursa relações internacionais está condenado a ficar desempregado?

Esta semana dois alunos me procuraram para conversar sobre o curso de relações internacionais angustiados com as perspectivas de futuro.
É verdade o curso de relações internacionais não permite uma identificação clara de qual é a atividade a ser exercida após a conclusão do curso. Num curso de relações internacionais stricto sensu, seguindo o currículo padrão das universidades do exterior e o que se pratica na UnB, os alunos irão estudar basicamente política e economia política, um estudo centrado no Estado. Em tese, estaríamos formando diplomatas, mas obviamente não é verdade, a maior parte dos que se graduam em relações internacionais não irão trabalhar para o Estado nem no Brasil nem no exterior. Num país como EUA e ou nos países europeus, há uma grande divisão do trabalho que faz com que dentro das empresas haja espaço para analistas políticos de diferentes espécies, então os profissionais graduados em relações internacionais podem encontrar emprego fora do Estado, mas em atividades, setores que se relacionam com o Estado. E no Brasil? No Brasil não há essa divisão do trabalho, então torna-se mais difícil encontrar empregos no setor privado em atividades relacionadas com o Estado. Mas isto quer dizer que os profissionais de relações internacionais ficarão desempregados mais do que outros profissionais? Terão mais dificuldade para encontrar emprego? Certamente terão mais dificuldade para encontrar nos classificados dos jornais o nome do seu curso, mas não é verdade que terão mais dificuldade para encontrar emprego. Os graduados em todos os cursos enfrentam dificuldades.
Os graduados em administração trabalham em quê? Os graduados em direito? Os graduados em economia? Os graduados em sociologia? Os graduados filosofia? Os graduados em psicologia? Por exemplo, há algum tempo peguei um texto (e apesar de detestar ficar conversando com o taxista) fiquei sabendo que ele era formado em psicologia, tinha trabalhado durante anos em uma empresa como psicólogo, mas havia abandonado a profissão e se tornado taxista pelas circunstâncias. Se todos os administradores fossem administrar empresa, acho que faltaria empresa neste país, quantos caixas de banco estudam administração? Quantos chegaram a gerente? Quantos serão a vida inteira caixas? Quantas empresas no Brasil contrata economistas por serem economistas e aquela atividade só poder ser exercida por economista segundo o CFE? Que atividade no Brasil é efetivamente exclusiva de administrador? Nem todo economista trabalha com economia, nem todo administrador administra. E os filósofos? Quem contrata filósofos? Quantos filósofos temos no Brasil trabalhando como filosofia? Alguém conhece alguém que contrata sociólogos ou alguma atividade exclusiva de sociólogos? E os milhares de coitados que se graduam em Direito, quantos conseguem ser aprovados na prova da OAB? A minoria, ou seja, mais de 70% dos graduados em direito jamais serão advogados ou qualquer outra coisa relacionada ao direito, exceto assistente em algum escritório advocatício, atividade que poderia ser exercida por qualquer outro profissional. E esta é a questão, o mercado de trabalho é mais complexo do que a doutrina que diz que quem se qualifica encontra emprego diz. Vejamos:
1. nem sempre o chefe é o mais qualificado da empresa. Há várias pessoas que identificam como principal problema no seu emprego o fato do chefe ser menos qualificado, isso significa que nem sempre e nem todo empresa leva em consideração as "qualificações acadêmicas" na promoção dentro da carreira, mas o desempenho do funcionário dentro da empresa, tanto do ponto de vista técnico, pessoal, quanto político.
2. o mercado de trabalho é bastante estratificado. Os empregos de maior salário são de alta especialização. Quem acha que cursar ciência da computação garante um bom emprego se equivoca, é preciso se diferenciar, dominar tecnologias que poucos no mercado de trabalho domina. Do mesmo modo, quem faz relações internacionais e acha que inglês ou espanhol irá fazer diferença no mercado se equivoca, ele será jogado na massa, se quiser se diferenciar no mercado de trabalho de consultoria internacional tem que dominar línguas de domínio restrito como chinês, russo, finlandês, etc., que permita a entrada numa mercado de concorrência imperfeita, como poucos estão neste mercado o ganho é maior. O economista precisa de qualificações, o psicólogo, etc. Para que estes profissionais precisam destas qualificações para ficar no mercado de bacharéis de relações internacionais, de administradores, de economistas, de sociólogos, etc.
3. Quem não tem especializações, qualificações extra que permitam uma profunda diferenciação da massa ocupa o mesmo mercado de trabalho. Ou seja, graduados em RI, em economia, em administração, etc. ocupam o mesmo lugar no mercado de trabalho e disputam as mesmas vagas. Neste mercado de trabalho de massa, a graduação fez pouca diferença desde que o indivíduo consiga exercer as funções que a empresa demanda. De fato neste mercado, graduação só é efetivamente lembrada no momento de contratar estagiários e trainees porque a lei assim exige.
4. Então, a qualidade mais necessária fora do mercado altamente especializado é a flexibilidade, a capacidade de mudar de função, de se adaptar a diferentes atividades. E obviamente, que quando se fala de flexibilidade está se falando de atividades de nível médio na empresa, na base não há espaço para flexibilidade. Mas como a expectativa é que quem se gradue em RI não seja o operário, então o curso de RI pode proporcionar uma vantagem que é o desenvolvimento da capacidade de pensar que permite que o profissional tenha flexibilidade. Não se deve subestimar a importância desta vantagem a maioria das pessoas jamais pensaram, os pensamentos entram na cabeça delas, porque elas nem são sábias para serem capazes de silenciarem os pensamentos, nem são intelectualmente desenvolvidas para pensar os próprios pensamentos.l Então vivem a rotina de repetir o pensamento alheio e repetir procedimentos, qualquer um que rompa com isso consegue vantagens no mercado de trabalho e qualquer outro lugar. O curso de RI contribui para isso.
5. Concluindo, apenas uns poucos, os melhores, os que estudarem mais atuarão na área específica do curso, e ainda assim precisarão se especializar além do que qualquer curso de graduação pode proporcionar. Vale para relações internacionais, vale para os outros cursos. No resto do mercado de trabalho, todos são iguais.
6. O curso de relações internacionais tem dois problemas. O primeiro é que não existe um mercado de baixo nível para relações internacionais, então ou o sujeito estuda e se qualifica e atua em alto nível ou não atuará em uma área que seja estritamente relações internacionais. O segundo problema (que parece trivial, mas não é) é que não existe um termo para designar o profissional de relações internacionais, o que aumenta a insegurança sobre qual a atividade a ser exercida pelo graduado e gera confusão também para o empregador identificar o que o graduado está apto a fazer. No entanto, pergunte para alguém o que faz o economista? Ou o que faz o sociólogo? Ou o que faz o cientista política? Ou o engenheiro de alimentos? Ou o geógrafo? O que faz um matemático? Qual a diferença entre o cientista da computação ou engenheiro da computação? Alguém que cursa processamento de dados e outro que curso ciência da computação estão no mesmo mercado de trabalho são concorrentes?
7. Deve-se estudar relações internacionais quando se gosta de estudar política interna, política mundial, economia política internacional, quando está disposto a ler, a ter discussões teóricas, a ver muita teoria, a pensar de forma cada vez mais abstrata. Se tiver estes pré-requisitos, os resultados virão do ponto de vista acadêmico e no mercado de trabalho não encontrará dificuldade maior do que o estudante de qualquer outro curso mesmo que a apreensão seja maior do que a dos alunos dos outros cursos, porque o curso e seu potencial é desconhecido pelos próprios alunos. Mas deve ser lembrado que quem escolhe cursar relações internacionais é porque tem pretensões maiores do que quem escolhe administração, comércio exterior, letras, ciências contábeis, arquivologia ou outros, então a incerteza também é maior, quanto maior o salto que se quer quer dar maior o risco de fracasso. Mas o curso de relações internacionais não é um trampolim inferior aos outros cursos, ao contrário, é melhor, mas proporciona riscos maiores. Pode-se pilotar como o Senna ou como Rubinho, como Rubinho pode bater o record de corridas, mas nunca será campeão. Como o Senna, bate-se records de vitórias, torna-se campeão, mas corre-se o risco de não terminar a prova. Para cursar relações internacionais não precisa ser um Senna, mas certamente não pode ser um Rubinho. O Rubinho cursaria administração, direito, etc.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Se fosse no Brasil, o que iriam dizer?

15/06/2007 - 11h29

Pentágono pensou em utilizar a 'bomba gay' contra os soldados inimigos

WASHINGTON, 15 Jun 2007 (AFP) - Uma 'bomba gay', que transforma os soldados inimigos em homossexuais que preferem fazer amor a fazer a guerra, foi uma idéia destrambelhada proposta nos anos 90 ao Pentágono para resolver seus conflitos bélicos.

Em 1994 o laboratório Wright, do Exército do Ar em Dayton (Ohio, norte), solicitou ao departamento de Defesa americano 7,5 milhões de dólares para desenvolver esta bomba constituída de um produto químico de efeito poderoso e afrodisíaco, que levaria os combatentes a adotar um "comportamento homossexual" e que minaria "o espírito e a disciplina das unidades inimigas".

O documento com esta solicitação, descoberto em dezembro de 2004 pelo Sunshine Project, uma associação com sede no Texas e na Alemanha que luta contra as armas biológicas, circula há vários dias pelos blogs e meios de comunicação americanos.

O Pentágono confirmou a existência dessa proposta, mas minimizou seu alcance. "O departamento de Defesa jamais incentivou tal conceito. E nenhum financiamento foi aprovado pelo Pentágono", afirmou à AFP um porta-voz militar, o tenente-coronel Brian Maka, recordando que essa idéia fazia parte de uma série de propostas sobre armas não-fatais, entre as quais estava um produto químico que tornaria os inimigos sensíveis à luz do sol e outra que visava a criar abelhas superviolentas.

Edward Hammond, do Sunshine Project, põe em dúvida, no entanto, as afirmações do Pentágono. "A proposta não foi rejeitada de cara. Foi examinada mais tarde", afirma ele no site da associação.

Ele diz ainda que a idéia foi inserida em 2000 num CD-ROM promocional sobre as armas não-fatais por um organismo do Pentágono, com sede em Quantico (Virgínia).

De acordo com Hammond, a idéia foi reiterada em um estudo submetido à Academia Nacional de Ciências, em 2001.

Esta história de 'bomba gay' virou prato cheio para piadas e comentários jocosos dos blogueiros. "Se tínhamos uma bomba gay, por que não as usamos nas montanhas do Afeganistão?", questiona o republicoft.com, que se identifica como um negro e homossexual que vive em Washington.

"Os imbecis que tiveram esta idéia deveriam levar um sopapos e obrigados a ouvir discos de Judy Garland para o resto de suas vidas", escreve outro blogueiro, Ed Brayton, no Huffington Post.

Os especialistas em homossexualidade não acham tal proposta tão estranha. "Esta história mostra as idéias ultrapassadas do Pentágono sobre a sexualidade e sobre a relação entre a sexualidade e a noção de ser um bom soldado", estimou Aaron Belkin, professor da Universidade da Califórnia.

"Imaginar que borrifar um produto químico sobre alguém possa torná-lo homossexual é grotesco, e imaginar que este indivíduo transformado em gay se torne um mau soldado também é ridículo", afirmou à AFP.

A polêmica a respeito do tema é tanta que o secretário de Defesa, Robert Gates, decidiu decidiu afastar de seu posto, em setembro, o chefe do Estado-Maior conjunto, o general Peter Pace, devido à controvérsia em Washington sobre as operações americanas no Iraque.

Em março, o general Pace classificou a homossexualidade de "imoral" em uma entrevista ao jornal Chicago Tribune, reavivando o debate sobre a lei que autoriza aos homossexuais a entrar no exército sob a condição de que não comentem sua orientação sexual.

Um projeto de lei democrata propõe reformar essa lei, batizada de "Não pergunte, não diga" ("Don't Ask, Don't Tell"), adotada em 1993 pelo presidente democrata Bill Clinton.
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/afp/2007/06/15/ult4430u420.jhtm

quarta-feira, 13 de junho de 2007

A loucura do nacionalismo hindu

O artigo abaixo é da revista Organiser do grupo nacionalista hindu RSS. O artigo denuncia um plano para aumentar o número de terroristas na Cachemira com imigração e com filhos e mais filhos por parte dos muçulmanos. É impressionante a quantidade de bobagens que a mente humana é capaz de produzir.

Heavy influx from Pakistan
Kashmir population doubles in two decades
By Gopal Sachar

When countrywide family welfare schemes were launched to check the population explosion, in the Valley of Kashmir some religious fundamentalists including several Mullahs and Molvis openly denounced these schemes and went to an extent in announcing awards for those who produce more and more children.

In Jammu areas where the family planning schemes were implemented, the growth in the population has been recorded about 50 per cent although large numbers of migrants from the Valley of Kashmir have settled in Jammu areas.

The population of terrorist—infected Valley of Kashmir has been almost doubled during the past 25 years.

This has happened despite migration of over five lakh people, mostly Kashmiri Pandits and others who in Jammu also include about six thousand Muslim families who have been registered as political migrants. In addition to this about 30,000 persons were killed and 7000 women were widowed because of terrorist violence related incidents.

This abnormal growth in the population of the Valley has been due to various reasons but the religious fundamentalism has played its major role with a design to harm India, to bleed India and defeat its family welfare schemes.

In early eighties when countrywide family welfare schemes were launched to check the population explosion, in the Valley of Kashmir some religious fundamentalists including several Mullahs and Molvis openly denounced these schemes and went to an extent in announcing awards for those who produce more and more children.

Notwithstanding this opposition, the announcement of certain incentives including increments to employees opting for sterilization, many availed such incentives.

Interestingly in certain areas of the Valley several government employees availed the incentives but later on produced children. And they shifted the onus upon the doctors by alleging that their operations were not successful.

After the outbreaks of armed militancy in 1989, the concerned staff linked with the operation of family welfare schemes were openly threatened with dire consequences if they indulge in implementing the government schemes.

Several ultras including foreign terrorist Commanders allegedly also played their amazing role in increasing the growth of population by employing various tactics including having forced marriages, illicit relations etc.

Even after the claims about the improvement in the situation of Kashmir, there are still many areas where the staff did not dare to carry out implementation of family planning programs.

The result is that no target is being achieved even after spending huge sums from the Indian exchequer.

The highest growth of population has been recorded in the districts of Kupwara and Baramulla bordering Pakistan occupied Kashmir (PoK).

As per the census conducted in 2001 the population growth of Kupwara district between 1981 to 2001 was as high as 94 per cent and in the adjoining district of Baramulla it was 83 per cent. And during the past over five years now there has been no implementation of family planning programs. According to reliable reports about 20 per cent more increase has been recorded in these areas during the past six years.

Significantly, in Jammu areas where the family planning schemes were implemented, the growth in the population has been recorded about 50 per cent although large numbers of migrants from the Valley of Kashmir have settled in Jammu areas.

The lowest population growth has been recorded in the Hindu dominated district of Kathua where it was found an increase of 46 per cent between 1981-2001.

There was no census in Jammu and Kashmir in 1991 because of problems of terrorists.

The big growth in the population of the Valley is obviously adversely affecting the developmental activities and increased demand for foodstuffs.

More than this the way the things are going on, it is clear aspersion on the authority of the government. It is also creating doubts about the bonafides of certain ruling leaders itself.

"Dê-me sangue e eu lhe darei liberdade"

As provas estão me dando a chance de ler excelentes livros, ontem e hoje li "Tentações do Ocidente: a modernidade na Índia, no Paquistão e mais além" de Pankaj Mishra, um livro muito interessante (há erros de digitação de datas, mas aí a culpa é do tradutor, do revisor e da gráfica). Estou conhecendo a Índia. Em campanha para deputado, o candidato no comício pergunta para a audiência "quantas bombas devemos construir?", as bombas atômicas são importantes na política interna indiana e para o nacionalismo hindu.
"Dê-me sangue e eu lhe darei liberdade" é um dos fortes slogans do nacionalismo hindu.
O assassino de Gandhi para justificar o assassinato disse que a insistência na não-violência enfraquecia a Índia, era "absurdo esperar que (400 milhões) de pessoas regulassem sua vida em um plano tão elevado". Com a morte de Gandhi, "certamente os políticos indianos seriam práticos, aptos a retaliarem."
Sudharshan, diretor da RSS, principal organização difusora do nacionalismo hindu, diz haver uma conspiração entre EUA, OMC, o papa e Sonia Gandhi contra a Índia. E o principal partido de oposição ao partido do Congresso é movido por estas idéias.
"A formação de um Estado sem construir e unificar uma nação não funciona. Olhe a União Soviética. Os comunistas tinham o poder, mas a nação não estava com eles, e eles desabaram." frase de um porta-voz da RSS.
Agora a melhor a RSS mantém um centro de pesquisa apenas para pesquisar os benefícios da urina de vaca, um dos produtos é um pó para limpar os dentes. Tudo para provar a superioridade da cultura hindu. E certamente comprovaram que a estupidez humana não possui limites.
Não é um livro acadêmico, é mais jornalístico, ficaria um tanto contrariado se um aluno usasse em um TCC, mas é um bom livro, de leitura bastante agradável.

O Cristo Redentor? Uma das sete maravilhas do mundo?

É uma bobagem a campanha para escolher o Cristo Redentor como uma das sete novas maravilhas do mundo. Entre os candidatos, as sete maravilhas da primeira para a última são: Angkor, Kremlin, Hagia Sophia, Taj Mahal, Alhambra, Machu Picchu, Grande Muralha.

Protesto em defesa da Bolívia! Compareça!

Segundo carta enviada pelo Consulado da Bolívia em São Paulo para o jornalista Milton Neves, amanhã haverá uma manifestação na avenida Paulista contra a decisão da FIFA de proibir jogos na altitude às 09:00hs. Vamos lutar pelo futebol na altitude em nome da solidariedade sul-americana.

Até no espaço o Brasil não sai do discurso!

Folha de São Paulo

São Paulo, quarta-feira, 13 de junho de 2007

O Brasil excluído da estação espacial

RONALDO ROGÉRIO DE FREITAS MOURÃO

Com a exclusão, o Brasil perdeu o direito de incluir o seu nome na lista dos países que contribuíram para a construção da base orbital

O BRASIL foi excluído do projeto da ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês) porque, após quase dez anos de participação, nunca contribuiu com um único parafuso para o programa.

Com a exclusão, o Brasil perdeu o direito de incluir o seu nome na lista dos países que contribuíram para a construção da base orbital.

Como um dos 16 (atualmente 15) parceiros no projeto de construção da Estação Espacial Internacional, o Brasil assumiu o compromisso de construir alguns equipamentos -no valor de 120 milhões de dólares. Além do treinamento, a Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, se encarregaria de enviar um astronauta brasileiro ao espaço. Tudo isso sem nenhum custo adicional.

O Brasil, porém, não cumpriu o contrato pelo qual deveria construir os equipamentos previstos no acordo. Enquanto isso, os outros países fizeram as suas contribuições para a montagem da ISS.

O vôo de Marcos Cesar Pontes (444º vôo de um astronauta ao espaço) foi, na realidade, uma grande jogada política do governo brasileiro. Ela não contribuiu em nada para reafirmar nosso programa espacial.

Na realidade, Pontes poderia ir ao espaço em 2009, de graça -ou seja, sem o pagamento dos 10 milhões de dólares-, se o Brasil tivesse cumprido o acordo de construir as tais peças.

Era sem dúvida mais importante cumprir essa tarefa, porquanto ela iria gerar um desenvolvimento tecnológico, introduzindo o Brasil no restrito mercado da indústria espacial.

No entanto, o mais importante seria destinar recursos para tornar uma realidade o programa espacial brasileiro. Há mais de dez anos, o veículo lançador -o VLS, Veículo Lançador de Satélites- está sofrendo uma "sabotagem governamental". Agora, com a saída do Brasil do projeto da Estação Espacial Internacional, a Missão Centenário passou a constituir um grande contra-senso.

Aliás, desde o início, a associação do envio de um astronauta brasileiro ao espaço com o centenário do vôo do 14 Bis colocou em evidência que o Brasil, em cem anos, sofreu grande atraso.

Naquela época, fomos os primeiros a controlar a dirigibilidade dos balões e levantar vôo com um veículo mais pesado que o ar, graças à iniciativa de Santos Dumont. Em 1906, o Brasil foi o primeiro. No caso do astronauta, além de não fazê-lo pelos próprios meios -usamos lançadores de outros países-, fomos o 36º país a enviar um homem ao espaço, 45 anos depois do primeiro.

A Índia e a China, que já têm os seus lançadores há mais de dois decênios, começaram os seus programas espaciais na mesma época que o Brasil. A Índia vem lançando os seus mais diferentes satélites por meios próprios. A China foi o terceiro país a colocar um astronauta no espaço pelos seus próprios meios. Não lançou nenhum homem no espaço com o auxílio tecnológico de outro país.

Na verdade, a falta de sensibilidade dos governos em relação à pesquisa científica e tecnológica no Brasil constitui um ato de desrespeito dos nossos governantes para com o futuro da nossa pátria.

O importante seria que as autoridades governamentais do Brasil compreendessem que o programa espacial é fundamental para a economia -o transporte de satélites é um comércio muito lucrativo- e também para a segurança nacional.

Aliás, fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico, tendo em vista o seu efeito nas mais diferentes indústrias, como a de eletrônica, a de informática etc. O atraso do nosso programa espacial já deveria ter provocado uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro.

Quando a antiga União Soviética colocou o primeiro satélite artificial em órbita, houve um questionamento por parte dos políticos norte-americanos para saber a razão pela qual os Estados Unidos não tinham conseguido fazê-lo com sucesso antes dos russos. Lá, até o sistema de ensino foi questionado. E aqui?

RONALDO ROGÉRIO DE FREITAS MOURÃO, 72, astrônomo, doutor pela Universidade de Paris, é criador e primeiro diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins (RJ). É autor de mais de 85 livros, dentre os quais "Anuário de Astronomia e Astronáutica 2007".

www.ronaldomourao.com

terça-feira, 12 de junho de 2007

Mais um pouco de Fifa versus Bolívia. O realismo na política externa boliviana!

O artigo abaixo é de um ex-embaixador boliviano sobre negociações anteriores para impedir que jogos na altitude fossem proibidos. A Bolívia conseguiu impedir que a medida fosse adiante através de negociações com Jacques Chirac. O artigo é interessante não propriamente pela questão da altitude, mas por expressar uma visão que não é possível contar com a solidariedade dos países riopratenses em qualquer assunto que seja de interesse da Bolívia. É uma visão realista da política externa boliviana.


Secretos de una gestión diplomática

Como cada dos años, el Consejo Ejecutivo de la Federación Internacional de Fútbol Asociado, más conocida por su sigla FIFA, se reunió del 27 al 31 de mayo del 2007 en su sede central de Zurich. Entre sus decisiones mayormente de cotidiana rutina, dos puntos principales sobresalieron en sus deliberaciones: la reelección del suizo Joseph S. Blatter en la función de Presidente y la inauguración de su nueva instalación bautizada como la ´home´, el hogar del fútbol. Su arquitectura futurística cubre 37.400 metros cuadrados construidos a un costo de 240 millones de francos suizos.
Sin embargo, la resolución por la que se prohíbe los juegos internacionales de ese deporte en estadios que superen el límite de 2.500 metros de altitud sobre el nivel del mar, decretó la muerte civil de los mismos en los países andinos. Parecida medida se había ya adoptado en 1996 y una enérgica y activa gestión diplomática revertió la decisión el 31 de mayo de 1996.
¿Cómo pudo lograrse esa revisión? En frecuentes conversaciones que mantuvimos en su Palacio del Eliseo, el presidente Jacques Chirac quedó convencido de la justa causa de Bolivia y como mandatario del país anfitrión, se empeñó junto a nuestra embajada, con denodado entusiasmo a llevar adelante una campaña que felizmente culminó con éxito y brindó tranquilidad a la afición boliviana por largos once años.
Hoy, las condiciones han cambiado drásticamente. Chirac, hace dos semanas dejó de ser Presidente. Pero aparte de esta circunstancia, el escenario en la FIFA también varió.
Afortunadamente en 1996, por alerta temprana de nuestra diplomacia, detectamos que la conspiración rioplatense en el Consejo Ejecutivo introdujo la tesis contra la altura. Esta alarma, nos indujo a extremar esfuerzos por que ésta sea derrotada en el venidero Congreso de la FIFA.
Mi misión como embajador en París consistió en convencer a Jacques Chirac, acerca de defender a Bolivia ante la injusta discriminación de que era objeto. Antes de ofrecerme su ayuda, Chirac consultó a eminentes fisiólogos acerca de los efectos de la altura en el deporte. Convocado al Eliseo, fue el propio Presidente quien, jubiloso, me confió: ´Buenas noticias: a 3.600 metros, no hay peligro de edema pulmonar. De manera que tomaré voz y caución por su país...´.
Para ello, el Presidente francés, como anfitrión de la Copa del Mundo de 1998, se arrogó la potestad de enviar cartas personales a la mayor parte de jefes de Estado, cuyos países eran miembros del Consejo, para pedirles que persuadan a sus dirigentes deportivos a que no excluyan a La Paz como sede de las Eliminatorias por cuanto ese temperamento contradecía los principios de igualdad pregonados por Francia, una nación contraria a toda forma de discriminación. Paralelamente, Chirac encomendó a Claude Simonet, máximo líder del fútbol galo a pilotear mis gestiones y la Cancillería francesa me facilitó viajes a países claves como Italia y Túnez, para procurar apoyos regionales en la FIFA.
Por la experiencia de 1996, aprendí algunos pasos en la maraña procedimental dentro de la FIFA:
1. No existe la tal solidaridad latino-americana. Los río-platenses son siempre competidores fuera o dentro de la cancha.
2. Es preciso aprovechar de la indiferencia acerca de la altura de los otros cuatro grupos regionales, para procurar y obtener su apoyo.
3. La FIFA es impermeable a las presiones políticas y el cabildeo es preciso efectuarlo dentro de sus centros de decisión, con inteligente habilidad.
4. En Zurich durante el Congreso de 1996, la delegación boliviana portadora de folios con argumentos médicos y estadísticas cabales, no fue siquiera escuchada, por cuanto la decisión de no insistir en el veto contra la altura había sido adoptada de antemano. La gestión diplomática previa se había anotado una victoria.
¿Qué hacer ante la situación actual? El 57° Congreso terminó el 31 de mayo 2007, y cualquier diferendo en el futuro inmediato, a mi modo de ver, podría ser trasladado al Comité de Urgencias que está compuesto por un representante de cada región. En la actualidad ellos son: Issa Hayatou (Camerún) por la CAF; Jack Wagner (Trinidad y Tobago) por la Concacaf; Michel Platiní, por Europa; Mohammed bin Hammar (Qatar) Ahougalou Fusimalohi (Tonga) y Nicolás Leoz (Paraguay) por la Conmebol. Si el caso amerita, esos personajes podrían recomendar una reunión de emergencia del Consejo Ejecutivo. La reunión de la Conmebol programada para el 14 de junio en Asunción estaría en posibilidad de correr traslado del problema a la Comisión de Urgencias.
Un nuevo ingrediente a evaluarse es la posibilidad de la reunión de la Comisión Médica que se rumorea tendría lugar en Zurich del 26 al 28 de octubre 2007, para tratar exclusivamente de este tema. Dicha Comisión presidida por el galeno checo Jiri Dvorak está compuesta por representantes de catorce países, entre ellos: Suiza, Suecia, Alemania, Japón, Canadá, Argelia, Inglaterra, Costa de Marfil, Nueva Zelandia, Estados Unidos, Egipto, República Checa, Israel y un solo latinoamericano: ¡nada menos que argentino!
Podría considerarse la iniciativa de invitar a los miembros de la Comisión Médica a reunirse en La Paz, para considerar in situ la problemática de la altitud.
Contrariamente al episodio de 1996, cuando sólo La Paz fue vetada, hoy estarían excluidos los estadios localizados en Ecuador, Colombia, Perú y Bolivia, porque el límite de altura tolerado ha descendido de 3.000 m a 2.500 m. Eso permite a Bolivia contar con una solidaridad inicial de aquellos tres países.
La tendencia negociadora podría ser llegar a un arreglo amigable y elevar, nuevamente, el nivel a 3.000 m, con lo cual sólo quedarían a la vera del camino los estadios de La Paz, Potosí y Cusco.
La única alternativa para Bolivia será convencer a los órganos respectivos de postergar la cuestión de la altura hasta el próximo Congreso de la FIFA, sin aceptar ningún nivel de altitud contemporizador. Para el logro de este objetivo tendría que prepararse el viaje urgente de enviados especiales capaces y trilingües a cada uno de los países concernidos.
Simultáneamente, una gestión ante Thabo Mbeki, presidente de la República Sudafricana, no estaría demás, para que en su condición de anfitrión de la próxima Copa del Mundo, no permita que su territorio sirva, esta vez como sede de una nueva forma de apartheid.

* Carlos Antonio Carrasco

fue embajador de Bolivia en Francia y es actual docente en París.

Informações para idealistas!

Os maiores gastos militares no mundo

País

Gasto

Total

(US$b.)

Per

capita

(US$)

World

Share

EUA

528,7

1756

46%

Reino

Unido

59,2

990

5%

França

53,1

875

5%

China

49,5

37

4%

Japão

43,7

341

4%


Os dados são do SIPRI, e as informações em relação à China são uma estimativa.
Observem que a Rússia não está entre os cinco maiores gastos militares do mundo, gasta em torno de 35 bilhões. Então o que a faz mais ameaçadora que o Japão é apenas a posse de armas atômicas. Observem que o gasto militar nunca decresceu, está sempre aumentando do mesmo modo que durante a Guerra Fria, na verdade apenas retrocede para países da Europa Oriental e para a Rússia enquanto proporção do PIB e do gasto público. Cabe notar também o como em geral as pessoas se iludem sobre a situação militar japonesa.

O mal da democracia; Congressos que discutem besteiras!

Vejam só, o Congresso da espanha está travando uma estimulante discussão sobre a paridade de homens e mulheres nas cédulas de Euro, há uma luta para que a igualdade entre os sexos se manifeste nas cédulas de Euro.

http://www.elpais.com/articulo/economia/Congreso/debate/hoy/paridad/hombres/mujeres/monedas/elpepueco/20070612elpepueco_2/Tes

Vá, doe todos os seus bens e siga-me! Não é o Cristo, é o Chávez quem diz!

Hugo Chávez insta a los "verdaderos socialistas" a donar bienes superfluos

El presidente de Venezuela pide voluntariado ante el inminente nacimiento del PSUV

CLODOVALDO HERNÁNDEZ - Caracas - 12/06/2007

El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, ha instado a sus seguidores a desprenderse de los bienes superfluos que posean, para demostrar que son "verdaderos socialistas". "Si usted tiene una nevera que no le haga falta, llévela a la plaza Bolívar [plaza principal en todas las ciudades y pueblos del país] y póngala a la disposición de quien la necesite", recomendó Chávez durante una arenga dirigida especialmente a los más de cinco millones de personas que, según estadísticas oficiales, se han inscrito en las listas de aspirantes a militantes del aún nonato Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV).

Esta formación, de acuerdo a los planes del mandatario, será la organización política matriz de la revolución bolivariana.

Chávez ha querido predicar con el ejemplo y no precisamente con una nevera usada. Va a entregar lo que le queda de los 250.000 dólares que le dieron en Libia por el Premio Gaddafi de Derechos Humanos de 2004. "Ya doné una parte para otra causa, pero lo que queda se lo entrego al pueblo; yo no necesito ese dinero y con esa cantidad, unos 400 millones de bolívares, se pueden construir una cuantas casas para la gente que vive en ranchos [chabolas]", dijo en su programa dominical de radio y televisión, Aló, presidente.

"Vamos a ver quién sigue el ejemplo. El que tenga una nevera, una cocina, un ventilador, que lo regale, no seamos egoístas", expresó Chávez, a quien no le importa, según dijo, si esa clase de exigencias causa un éxodo en las filas del nuevo partido. "En el supuesto negado de que sólo cinco personas de los cinco millones del PSUV estén dispuestos a hacer estos sacrificios, me quedo con esos cinco, los prefiero, quiero a verdaderos socialistas", advirtió.

El no tener nada de sobra no es razón para abstenerse de demostrar la vocación socialista. Según Chávez, hasta los más pobres pueden ofrecer su aportación mediante el trabajo voluntario para causas sociales y humanitarias. "Una revolución no puede funcionar sin trabajo voluntario", aseguró.

Tras el enfático llamamiento de Chávez, es muy posible que la donación de algún bien o, en su defecto, horas de trabajo gratuito sea un requisito indispensable para que los aspirantes a militantes puedan entrar definitivamente en el partido.

La propuesta surge en tiempos en que el consumo está disparado ?en especial, de electrodomésticos y vehículos?, tras 14 trimestres de crecimiento económico, y en los que la inflación está en ascenso. En mayo ha llegado al 19,5% interanual, siete puntos por encima de la meta del Gobierno.

Chávez, sin embargo, intentó nuevamente tranquilizar a los sectores de clase media que temen que el Gobierno tome medidas contra la propiedad privada. "Nadie debe tener miedo por sus cosas, por su propiedad individual. A nadie le van a quitar su automóvil o su apartamento, ni siquiera su yate o su avión. Quien trabaja y se gana el dinero tiene derecho a comprar lo que quiera. Nuestro Gobierno lo que plantea es que vamos a avanzar hacia la propiedad social de los medios de producción, en especial la tierra", explicó.

A diferença é o Estado!

O Paul Singer, quando ainda era economista de verdade, escreveu um texto que se chamava Globalização positiva ou globalização negativa: a diferença é o Estado para mostrar que onde o Estado atuava, interferia na economia ao invés de liberalizar a globalização gerava conseqüências positivas. A reportagem abaixo mostra exatamente isso. Mostra como os EUA e UE tem dificuldades em montar processos comerciais contra a China, porque as empresas têm medo de ser retaliadas pelo governo da China. Se fosse um processo contra o Brasil é provável que até as empresas brasileiras cooperassem. A diferença é o Estado, tem na China não tem aqui!

http://www.ft.com/cms/s/65a0946e-1379-11dc-9866-000b5df10621.html

segunda-feira, 11 de junho de 2007

O que faz quem faz relações internacionais?

Ontem uma aluna após a prova veio conversar sobre a dúvida que atormenta a maior parte ou todos (também as suas famílias) que cursam a graduação em relações internacionais, o que fazer, qual o mercado de trabalho. Faz 10 anos que me graduei em relações internacionais na UnB e a dúvida não se alterou. No último semestre de uma colega no curso ela chorou sentada num dos bancos do corredor da faculdade dizendo que jamais encontraria no jornal um anúncio procurando alguém formado em relações internacionais. Quanto a isso, o quadro não se modificou.
Inicialmente eu pensava que faria graduação em administração, mas como sempre fui prático, comprei o curso de administração do Instituto Universal Brasileiro e li todas as as apostilas, fiz exercícios, detestei, administração não era o que eu imaginava. Então precisava procurar outro curso, eu sabia os assuntos que me interessavam aí as opções eram economia, ciências sociais, filosofia, ciência política, direito, aí o guia do estudante me mostrou que existia o curso de relações internacionais onde havia um pouco de cada coisa. Então decisão tomada de maneira firma e definitiva, vestibular para relações internacionais. Prestei vestibular apenas para relações internacionais. Não me decepcionei, mas logo no primeiro semestre do curso um colega desistiu, disse que não sabia que em relações internacionais teria que estudar política. O curso da UnB tem alguns complicadores, porque o aluno tem a possibilidade de escolher alguns disciplinas livremente. No meu caso fiquei em dúvida entre economia e ciência política. Como em economia as disciplinas tinham pré-requisitos demais, então optei por ciência política até porque naquele momento eu poderia fazer todas as disciplinas de ciência política e sair com dois diplomas. O curso que me deu mais densidade intelectual foi ciência política. Mas cometeria o mesmo erro duas vezes, faria relações internacionais. Como logo entrei no mestrado em economia e daí fui conduzido para dar aula não tive o mesmo dilema de meus colegas e alunos. Quem estuda relações internacionais em Brasília faz o que? Excluindo ficar desempregado, trabalham em geral no governo em diferentes atividades a maior parte delas sem qualquer relação com relações internacionais. Alguns fazem o que eu fiz, algum tipo de pós-graduação em outra coisa, ou começam nova graduação já tendo uma enorme vantagem (essa alternativa depende da idade de término do primeiro curso para ser uma alternativa realmente boa), e claro há aqueles trabalham realmente com relações internacionais em ONGs, OIs ou mesmo no governo. Em Brasília, começar em empresa não é uma alternativa realmente viável de carreira. Agora quando se pensa na situação daqueles que cursam relações internacionais em São Paulo as condições se invertem. Não há espaço real no governo. Por exemplo, na prefeitura de São Paulo tem a secretaria de relações internacionais, mas é uma palhaçada, não deveria existir e lá não se faz nada de relações internacionais, é um depósito de acordos de cooperação técnica. Uma ex-aluna que trabalha lá não me deixa mentir. No governo da Marta inicialmente tinha alguma importância, aí quando saiu o Jorge Mattoso para trabalhar no governo Lula, um dos meus ex-alunos se tornou secretário e aprofundou as relações com ONGs, mas hoje a secretaria só existe porque ajuda na distribuição de cargos. O Serra quando assumiu iria fechar a secretaria, mas aí faltou uma secretaria para o PPS e ele manteve. Isso é o Brasil. Voltando então, em São Paulo, governo não é a melhor opção para trabalhar. O que resta? Empresas e ONGs. É evidente que nem mesmo em São Paulo alguém deve comprar o Estadão para olhar os classificados e encontrar vários anúncios de procura-se profissional de relações internacionais. No entanto, há vagas. Há vagas porque alguém graduado em relações internacionais pode ocupar vaga que seria ocupada por administradores, economistas, e outros com maior categoria. O que os estudantes de relações internacionais não podem fazer em hipótese alguma é deixar para começar a carreira profissional quando terminar o curso, preciso buscar estágios e estágios em grandes empresas onde faça diferença o curso de relações internacionais. Por exemplo, numa pequena empresa de comércio exterior não faz grande diferença contratar alguém com graduação em comércio exterior ou um em relações internacionais, porque ela sempre fugirá das questões complexas. Nas grandes empresas se faz política, as questões políticas são consideradas, então o bacharel em relações internacionais se sobressai sobre o administrador e outros. Grandes empresas tem departamentos de relações governamentais. Grandes empresas possuem algumas funções onde precisa de profissionais flexíveis e aí os bacharéis de relações internacionais se sobressaem. Claro que para quem trabalha para pagar a faculdade há muita dificuldade em mudar de área, pois precisa deixar um emprego, mas se quiser realmente trabalhar com relações internacionais deve começar durante o curso, depois é muito difícil, o período de estágio serve para o empregador acreditar que pode confiar em um profissional de relações internacionais, o empregador dificilmente testará alguém com uma formação estranha numa posição efetiva, é mais fácil, por exemplo, acreditar em alguém formado em administração em comércio exterior. Claro que também não é fácil encontrar bons estágios, mas é possível e depende da capacidade individual de cada um, depende também de cada um aprender a utilizar o curso a seu favor. Todo curso é teórico, é bobagem falar em curso prático, funções práticas, objetivas, iguais em todas as empresas são exercidas por máquinas, as outras precisam ser ensinadas a quem entra na empresa. Então a sua falta de prática só será resolvida trabalhando. E o que fazer antes disso? Se envolver nas atividades da faculdade, participar, treinar para aprender a pensar, só se você aprender a pensar é que você conseguirá vencer as "máquinas" que são colocados no mercado de trabalho por outros cursos, se não conseguir pensar você será outra máquina e o diploma de relações internacionais não servirá para nada, ao contrário atrapalhará.
E as ONGs? Também são um bom mercado de trabalho, mas o ideal é trabalhar em uma que defende uma causa que você acredita, e aí você pode começar inclusive atuando como voluntário antes de começar a demandar um emprego. Enfim, há possibilidades. O mercado de trabalho é mais complexo do que os jornais dizem, a formação, a qualificação nem sempre é considerada pelos empresas. Nem sempre o chefe é a pessoa com maior qualificação na empresa. Então não se atormente muito com isso, a dinâmica do mercado de trabalho não é racional. Por exemplo, meu irmão adora procurar emprego, mesmo quando está empregado olha os classificados todo domingo e responde aos anúncios, ele já foi recusado por ter sido considerado com qualificações demais para a posição. É uma insanidade? É, mostra como o mercado de trabalho é irracional. É melhor para o espírito sair da faculdade com um título claro, como médico, engenheiro, economista, contabilista? É. Mas títulos claros não enchem barrigas, nem destes mencionados, nem de filósofos, psicólogos, sociólogos, cientistas políticos, historiador, etc. é um problema geral que se agrava nas ciências humanas em geral. Vejam um curso tradicional como direito, milhares se formam semestralmente, agora quantos se tornam mesmo advogados, uma minoria, a maioria não vai passar nunca na prova da OAB e mesmo entre os aprovados nem todos serão efetivamente advogados, enfim dos graduandos em direito a maioria não poderá se candidatar nem a advogado de porta de cadeia. Então as lágrimas que vertemos pelo curso de relações internacionais são na verdade lágrimas pelo Brasil que não é capaz de empregar os profissionais que forma sejam os bem formados sejam os maus formados.
Por fim, uma coisa que insisto com os alunos é que não se deve idealizar as relações internacionais, nem tudo é glamouroso. Não fique a cada emprego que você encontra se perguntando se é ou não relações internacionais, pergunte se é ou não aquilo que você realmente quer fazer, se a atividade realmente te satisfaz profissionalmente e pessoalmente. Se é relações internacionais ou não é questão para intelectuais que não tem mais o que fazer e que muitas vezes ainda recebem para pensar besteiras.