"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

domingo, 18 de novembro de 2007

Renato Archer sobre Política Externa de Juscelino, Índia e China! E o Lula?

"Uma vez mostrei ao presidente Juscelino, em Petrópolis, um exemplar do jornal Correio da Manhã que trazia imagens enormes do Nehru, ilustrando um discurso que ele fez  na Índia. E comentei: "Veja como são as coisas! O que o senhor diz não interessa nem ao Uruguai. E o Nehru, o que ele diz repercute no mundo inteiro, sai na primeira página de todos os jornais do planeta. Ele dirige um país em que o povo vive na miséria, é dividido em castas, tem um ministro da Saúde que é contra a exterminação de germes e de micróbios... O senhor não diz nada? Na realidade o seu plano de desenvolvimento conseguiu concentrar as atenções sobre os problemas internos. Porém a tal ponto que o Brasil se desinteressou do resto do mundo. Isto explica, aliás, por que a política externa brasileira é tão sem importância em seu período de governo, tão sem importãncia que o senhor pode entregar ao Schmidt essa brincadeira que foi a Operação Pan-Americana. Uma brincadeira que foi feita aqui e que não tem a menor importância. Isto não é de fato uma posição de política externa do Brasil."

Depois de dizer que por causa desse desabafo JK não compareceu a sua posse no MRE, Archer acrescenta falando sobre o início dos anos 90: "A China e a Índia praticam hoje um relativo isolamento como precondição para inserção soberana em uma realidade globalizada. Veremos isso em um futuro próximo."

Quanto à China e à Índia, ele estava certo. Então seria possível afirmar que o diagnóstico dele funciona como uma profecia ao inverso para o Brasil? Que o fato do Brasil estar aparecendo demais no cenário internacional atualmente indica mais a perpetuação da debilidade do que uma futura demonstração de força?

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