"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

domingo, 18 de novembro de 2007

O amor dos outros é patético ou é falso!

Estava conversando com uma prima e ela começou a falar do ex-namorado e das declarações de amor do sujeito, como que com pouco tempo de namoro, ele já se preocupava com os anos vindouros e dizia que nunca iria esquecê-la, que era mulher da vida dele. No final das contas, eles terminaram, ele fez todo um drama para terminar, e minha prima, uma pessoa muito delicada, disse para ele que ele era um fraco que não sabia lidar com as emoções. A criatura expressou admiração ainda maior por ela por ter dito isso. Enfim, quando ela me contava obviamente eu ri das intensas declarações de amor seja por serem patéticas, seja por soarem falsas. Mas enquanto eu ria, eu pensei ""pera aí", eu também já disse estas besteiras". E aí passei a tentar explicar o rapaz. Ora quando eu disse eram verdadeiras e continuaram sendo verdadeiras, tenho absoluta certeza. Dependendo de quem lê o que escrevi a respeito pode tanto chorar de emoção quanto rir. Então por que num mundo que procura tanto o amor, que todos dizem que amam e que todos querem ser amados, o amor dos outros parece falso ou patético e nunca sincero e profundo? Porque se acreditarmos na profundidade e na sinceridade dos sentimentos dos outros seremos tomados de súbito pelo nosso vazio existencial e emocional. Não estamos preparados para emoções produndas, não queremos nos comprometer profundamente, então é sempre melhor tomar os sentimentos alheios como palavras jogadas ao léu sem qualquer substância. Por outro lado, os sentimentos são cada vez mais palavras jogadas ao léu por serem esteriotipados, na civilização das mercadorias, os sentimentos foram empacotados numa linha de montagem, a sua expressão deve seguir o mesmo padrão para que os outros percebam. Pela mesm razão, na civlização das mercadorias e do egoísmo, os sentimentos viraram moeda de troca, claro que não os sentimentos reais e profundos, porque estes são abominados, mas a mercadoria "sentimento". Então troca-se amor por sexo, ou elogio, ou vaidade, ou afirmação do ego, auto-satisfação por sexo. No conjunto o mundo partece reduzir-se ao puxa-saco que troca seus sentimentos pelo chefe por promoção. E todos sabemos que é assim, que mulher que quando ouve um elogio sobre sua beleza não pensa no que ele quer em troca? Ou quando um aluno faz um elogio ao professor porque ele diz, já se defendendo, que não quer nada em troca? Por que não acreditamos na sinceridade dos sentimentos? Infelizmente viraram moeda de troca, dá-se em troca de alguma coisa, ou seja, o sentimento não existe por si mesmo. Se você diz para alguém que ele é o seu melhor amigo, o que você espera ouvir em troca? Ao fim, no mundo das mercadorias, os sentimentos são palavras que se trocam, por isso são superficiais e patéticas, sempre que você não é nem o comprador nem o vendedor da mercadoria. Agora no que me diz respeito esta é uma mercadoria que não vendo e não compro, o que quer dizer que não digo que gosto, quando não gosto, não digo que amo, quando não amo, não elogio quem não merece, não digo que sou amigo de quem não sou, nem pactuou com quem o faz.

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