"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quarta-feira, 18 de março de 2009

Infelizmente, a honra não é um valor ocidental e o dinheiro sim!

17/03/2009 - 15h44

Executivos da AIG deveriam renunciar ou cometer suicídio, diz senador dos EUA

da Folha Online

O senador republicano pelo Estado de Iowa (centro-norte dos Estados Unidos) Charles Grassley sugeriu que executivos de empresas americanas deveriam adotar comportamentos de sociedades como a do Japão e cometer suicídio ou se desculpar em público quando envolvidos em casos como o da seguradora AIG (American International Group), que anunciou o pagamento de US$ 165 milhões em bônus a sua cúpula.

"Sugiro, obviamente, que eles deveriam ser tirados dos cargos, mas digo que a primeira coisa que me faria sentir um pouco melhor a respeito deles seria se eles seguissem o exemplo japonês e se apresentassem ao povo americano, se curvassem, pedissem desculpas e fizessem uma de duas coisas: renunciassem ou cometessem suicídio", disse Grassley ontem, em uma entrevista a um programa da rádio WMT, no Estado pelo qual é senador.

A seguradora já havia recebido US$ 150 bilhões do governo quando foi anunciado um novo pacote de ajuda, no valor de US$ 30 bilhões, no último dia 2 --mesmo dia em que a seguradora apresentou um prejuízo de US$ 61,7 bilhões no quarto trimestre, o maior já registrado por uma empresa americana. No ano passado como um todo, a AIG anunciou uma perda, também recorde, de US$ 99,289 bilhões.

A AIG diz que os bônus fazem parte dos contratos dos executivos --incluindo daqueles responsáveis pelas divisões da empresa que estão mais envolvidas na crise em que a empresa se encontra. Como são cláusulas contratuais, a AIG não pode simplesmente suspender o pagamento dos bônus.

O procurador-geral do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, disse hoje que a empresa pagou bônus de US$ 1 milhão ou mais a 73 pessoas na AIG Financial Products --subsidiária da seguradora--, incluindo 11 pessoas que não trabalham mais na companhia.

Hoje, o senador tentou atenuar seus comentários, mas ainda fez referência ao ritual do harakiri. Em uma teleconferência, ele afirmou que não quer que as pessoas cometam suicídio, "não é essa a minha ideia". "Eu só lamento muito que não tenhamos visto declarações de desculpas, de remorsos, de arrependimento, por parte dos executivos-chefe, de manufaturas, de bancos ou empresas de seguro ou serviços financeiros que estão pedindo ajuda."

"Eu disse que outras sociedades aceitam isso, e vi escritos sobre o que os japoneses fazem. E alguns executivos-chefe japoneses cometem suicídio. Provavelmente, na maioria dos casos, não fazem isso, mas quando não fazem eles vêm a público e expressam arrependimento; e podem ficar ou sair, mas o ponto é que eles aceitam toda a responsabilidade e a sociedade como um todo sabe que eles aceitam toda a responsabilidade", disse.

O harakiri é o suicídio ritual, praticado por samurais com a própria espada, pela qual se faz o resgate da própria honra. Auxiliares do senador disseram, segundo o jornal americano "The New York Times" que Grassley já fez referência ao ritual em outras críticas.

Em outubro do ano passado, quando o Congresso ainda estudava o pacote de US$ 700 bilhões em ajuda ao setor financeiro, ele disse que "não seria ruim se a liderança dessas instituições [financeiras] abordassem a questão ao estilo japonês --mas não cometendo suicídio, como alguns japoneses fazem nessas circunstâncias, mas em cenas que vi na TV nas quais os executivos-chefe vão à diretoria, a público e pedem profundas desculpas".

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que pedirá ao Departamento do Tesouro para tentar impedir, 'por todo meio legal', a AIG de pagar US$ 165 milhões em bonificações a executivos.

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