"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O fim de um ciclo

A vida é formada por um conjunto de ciclos, nos quais diferentes pessoas se encontram de forma não-intencional, formam um grupo, crescem através desta relação, mas em algum momento o grupo se desfaz e se encerra um ciclo. Agora um ciclo está encerrado. Quando cheguei no Unibero fiquei surpreso da Cristina estar dando aula lá, já conhecia a Cristina de nome quando estava na graduação. Então já foi o primeiro sinal de que era um bom lugar para se trabalhar. O Hage, como todo mundo sabe, obriga os outros a conversarem, então foi o primeiro professor de relações internacionais com o qual passei a conversar com freqüência, coincidentemente ele havia trabalhado com um grande amigo meu em São José do Rio Preto, que também cursou Rel na UnB. Logo constatei a cultura do professor Hage, o quanto conhece do Brasil. Fui obrigado a estudar mais para acompanhar as idéias geopolíticas, para conversar sobre o Império, para acompanhar o Hage nas suas elocubrações. Aí conheci Marcelo, o liberal, que também havia trabalhado em São José do Rio Preto na mesma época que o Hage. Outra grata surpresa, além de ter uma excelente formação, uma excelente pessoa. O Marcelo me obrigou estudar esta grande besteira que é a teoria das relações internacionais e acompanhar mais de perto os debates teóricos e as questões debatidas nos fóruns internacionais, tinha que estudar nem que fosse para demonstrar que ele estava errado. E para defender os alunos das terríveis idéias liberais que ele propagava. Também defendendo as idéias liberais, o belo mundo das organizações internacionais, da cooperação internacional, dos bons negócios liberais havia o Rodrigo. Obviamente a primeira pessoa com que tomei contato no curso foi o Adilson, durante um certo período estivemos ao mesmo tempo na UnB, mas não nos conhecemos lá, apenas de vista. Esta já se mostrou outra vantagem do Unibero naquele momento, um coordenador qualificado não apenas administrativamente, mas academicamente. Alguém que entendia como um bom curso deve funcionar. Formou-se assim uma boa dinâmica de grupo que permitiu um crescimento pessoal e intelectual. Também permitiu forjar um bom curso de relações internacionais com alto padrão de exigência do qual os alunos puderam usufruir se assim o desejassem. Era possível cobrar porque em diferentes níveis e de diferentes formas todos estávamos fazendo o mesmo e o coordenador garantia todas as decisões. Isso se refletiu em alunos melhor preparados. Infelizmente não é possível manter uma dinâmica desta natureza por muito tempo fora das universidades públicas. Então, primeiro o Marcelo e a Cristina saíram para trabalhar na Unesp. E agora com a saída do Adilson da coordenação do curso, este ciclo definitivamente se encerra. Foi ótimo ter feito parte deste grupo e ter conhecido todos. Dificilmente farei parte de outro grupo tão bom, um ciclo foi encerrado.

5 comentários:

Anônimo disse...

Escrevo esse comentário com muita satisfação. Mais do que isso, com gratidão. A formação que tive com esses professores foi ótima. Tenho certeza que aquele ciclo representava uma das melhores faculdades de RI do Brasil, pela qualificação, diversidade, seriedade e empenho dos professores. Além disso, todos muito solicitos e dispostos a ajudar e discutir. E hoje, quando estou em aula, utilizo as coisas que aprendi para ensinar... e me percebo com um mosaico de cacoetes e trejeitos que também absorvi deles..rs. Então, escrevo esse comentário com um pouco de nostalgia. Não, muuita nostalgia. Não, nostalgia não. É saudade mesmo!

Anônimo disse...

Me sinto satisfeito por ter a sorte de aprender com estes monstros sagrados das Relações Internacionais. Com vontade e qualidade sempre fizeram com que o curso de RI do Unibero soasse muito bem nos ouvidos dos outros alunos de RI do Brasil.

Mas a amizade continua... entre vocês mestres das RI! E a admiração e respeito também permanece, nesta relação,as vezes sem lógica, entre mestre e alunos.

Avante Liberalismo... a Ibero precisa contratar um liberal vendido rapidamente... antes que o ciclo hard-power cori-hage, mais conhecido como eixo do mal, assombre os pensamentos dos alunos! rs!

Abraços!

Evandro PS.

Anônimo disse...

Deixa de ser puxa saco, Evandro.

Anônimo disse...

Acredito que esse ciclo reflete muitas coisas importantes que se passaram na Unibero. De uma forma diferente da do Corival eu também sinto muita falta desta rede de amigos que se criou.

Quando entrei na Unibero, conheci primeiro muitas pessoas que depois se tornarem meus professores, primeiro foi o Rodrigo Cintra, que era super divertido e estudioso.

Ao mesmo tempo em que trocava algumas poucas palavras com o Marcelo Fernandes, um cara certinho mas super bacana.

O Hage dispensa comentários, graças ao elogio de uma amiga minha sobre as aulas dele, quando o Hage foi me dar aula, confesso que as matérias que ele lecionou foram as que mais gostei.

A Cristina Pecequilo foi alguem que transbordava conhecimento, uma inspiração para os alunos, mas também era linha dura.

O Corival que era mal, bravo e considerado o mais linha dura que a própria Pecequilo, mas acabou se mostrando ao longo dos anos uma pessoa incrível, atenciosa e gentil.

Como não me lembrar das risadas que eu tantas vezes dei na sala dos professores com estes mestres??

De quantas vezes me deparei conversando com o Marcelo, Rodrigo, Pecequilo, Corival, Hage, Ulysses, e até mesmo o Adilson ao mesmo tempo, e pude compartilhar de momentos inesquecíveis.

Quantas tantas vezes eu pude conversar com o Hage, Corival e Marcelo, depois das aulas e dar muitas, muitas risadas??

Esse tempo não volta mais, mas a recordação jamais será esquecida.

Corival, que isso fique na sua lembrança como momentos excelentes que passou na Unibero e esteja aberto para outros novos em 2008.

Grande Abraço

Ana Maria

Anônimo disse...

Felizes aqueles que puderam participar deste ciclo. E que todos possam contribuir com a continuidade do mesmo, dentro ou fora do Unibero.