A renovação quase eterna do capitalismo
Escrito por Corival Alves do Carmo
01-Nov-2008
Diante da crise atual temos diferentes reações. Pego de surpreso, um dos profetas do capitalismo financeirizado, Martin Wolf, editor de economia do Financial Times, num dos momentos em que a crise se mostrou mais aguda, escreveu que demorou tempo demais para perceber o tamanho do perigo e que seria hora de um resgate abrangente das instituições financeiras para conter a crise. Por outro lado, temos a esquerda jubilando-se porque a crise sempre anunciada aconteceu, as críticas reiteradamente repetidas mostraram-se finalmente verdadeiras.
De fato, a crise é parte da essência do capitalismo. As crises são inevitáveis, fato que os economistas neoclássicos e os ideólogos do capitalismo têm grande dificuldade de aceitar. Do mesmo modo até hoje a crise representou mais o momento de renovação do capitalismo do que de fato o colapso desejado pela esquerda revolucionária. A crise para o capitalismo representa perda de capital, falência de bancos e empresas, mas é uma renovação, é um momento em que se cria novas oportunidades para a expansão da acumulação capitalista. As empresas que sobrevivem têm um novo mercado a conquistar. Como resposta à crise, o Estado cria novas instituições, novos marcos regulatórios que dão garantias para um novo round de acirrada concorrência intercapitalista.
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