Na América Latina acontece muito mais do que imaginamos normalmente. Vejam, está em curso o Plan Puebla-Panamá, iniciativa do ex-presidente Vicente Fox que visa ser um contraponto ao projeto Mercosul e especialmente uma estratégia defensiva para impedir a entrada do Hugo Chávez na América Central. São membros: México, Guatemala, Belize, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Costa Rica e Panamá. A Colômbia está se incorporando, e Equador e República Dominicana pretendem fazê-lo. O caráter anti-chavista fica nítida na presença da Colômbia que é o principal aliado norte-americano na região e portanto principal adversária da Venezuela chavista. Esta integração se daria basicamente através de investimentos mexicanos nos países da região. Sendo a iniciativa mexicana é bastante provável que os EUA estejam por trás dela. Por isso a eleição do Daniel Ortega na Nicarágua foi um passo fora do compasso, pois abriu espaço para penetração venezuelana. O México que irá implantar uma refinaria na região viu seus planos frustrados ou complicados pela ação de Chávez que prometeu investimentos da PDVSA, instalando uma refinaria de petróleo, entre outras ações. Ou o Bush acaba com o poder do petróleo, ou o Hugo Chávez domina a América Latina. De fato, a pergunta não é porque o Hugo Chávez faz, mas porque os governantes anteriores não fizeram, usar o poder para aumentar o poder é intrínseco ao exercício do poder.
"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."
Ignácio Ellacuría
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