"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sábado, 28 de abril de 2007

O Lula demite o melhor e escolhe morrer abraçado ao pior

Júlio Gomes de Almeida deixou a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Há uma controvérsia sobre se foi demitido ou não e se ele criticou os juros e câmbio porque sairia ou se saiu porque criticou os juros e o câmbio. Pouco importa. A entrada de Júlio Gomes de Almeida no Ministério da Fazenda parecia sinalizar uma mudança na política econômica. Infelizmente não foi o que ocorreu.
Apenas para deixar claro entre Guido Mantega e Júlio Gomes de Almeida, o segundo é muito mais economista e tem a virtude da coerência. Enquanto Mantega sempre disse as mesmas coisas que Almeida diz hoje, mas na hora fundamental que era a implementar políticas para mudar o Brasil, Mantega vergou e beijou a mão dos financistas, como a sua incapacidade teórica o impede de debater com os economistas neoliberais que dominam o governo, Mantega capitulou e ter alguém que não se curva ao seu lado mostra a covardia política dele e de seu presidente e debilidade intelectual do ministro. O ministro Mantega, com o perdão do trocadilho, uma manteiga, ou vaselina, ou KY, como quiser, o papel é o mesmo, facilitar o arrocho, o arrombamento que o governo faz nos brasileiros e na economia brasileira.Pena que para se proteger neste caso não serve preservativo, pílula.
Júlio Gomes de Almeida manteve no ministério a coerência, enquanto esteve na direção do IEDI (www.iedi.org.br) sempre defendeu a redução dos juros, apontou o efeito dos juros sobre a indústria e como quanto mais o câmbio se valoriza maior a desindustrialização ocorrida no Brasil. Esta idéia não é nova, foi defendida por uma série de economistas desde o início do governo FHC. O governo FHC sempre argumentou que a indústria não se prejudicava com o câmbio e que a taxa de câmbio não estava valorizada. Este cenário no governo FHC era criticado pelo PT e pelo hoje ministro Mantega, mas como sabemos mudando o governo a mesma causa gera efeitos diferentes. O IEDI continua apontando a desindustrialização e políticas de crescimento. Por isso que quando o seu diretor se tornou secretaria de política econômica parecia sinalizar mudanças. O governo não mudou, a política não mudou, e saída de Almeida mostra que não há pretensão de mudar. O que resta é torcer para que sejam tão incompetentes quanto FHC e não consigam destruir o país em apenas 8 anos. Para que não reste dúvida se alguém deveria ser demitido era o ministro Guido Mantega por incompetência, ineficiência e crime de lesa-pátria. O duro é que se ele fosse demitido por isso o presidente ficaria com vergonha e teria que se auto-demitir.

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