"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

domingo, 29 de abril de 2007

Mais sobre a Turquia

Um dos editoriais do Financial Times na internet intitula-se "Diga não, sr. Erdogan!". Erdogan é o primeiro-ministro da Turquia, e diga não é uma ordem para que ele desista de ser o presidente da república. O mundo é mesmo muito divertido, um jornal inglês faz um editorial pedindo que o primeiro-ministro da Turquia desista de ser presidente, numa eleição já ganha, uma vez que o presidente é eleito pelo parlamento, e o partido do primeiro -minitsro é sempre o maior, o sr. Erdogan só não será o presidente se não quiser. Mas esperemos que não porque o Financial Times não queira. Talvez porque o exército não queira. O partido do sr. Erdogan é um partido com tendências islâmicas, ele mesmo tem tendências islâmicas, mas que segundo o FT ele conseguiu controlar. O temor do FT e do exército é que ele indo para a poresidência abra espaço para que um radical islâmico assume o poder, ou mesmo que ele aceite que um radical islâmico seja eleito presidente, pressiona-se para que o escolhido seja um defensor do estado laico mesmo que não de oposição. O temor do exército é o mesmo. Como esperamos que as armas sejam apenas as do militares, isso significa que quem pode derrubar o governo caso a ordem do Financial Times não seja cumprida é apenas o exército. Será? Não, o FT representa a opinião do mercado, pobre Turquia, entre a manu militari, a mão invisível do mercado, e a mão de Deus que não é a do Maradona. A União Européia e os EUA atacaram os militares pela posição golpista, mas também são contra um governo islâmico, mas ficaram com o nhemnhem democrático para não dar bandeira até que haja um governo claramente islâmico. Que Alah tenha piedade dos turcos!

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