Nasceu mais um herdeiro da coroa espanhola. Não sabemos se ocupará a trono. Mas cabe uma pergunta, ainda faz sentido haver monarquia? No plebiscito de 1993, eu já estava em Brasília, e votei pela monarquia e pelo parlamentarismo depois de sete horas de fila. No plebiscito utilizou pela primeira vez o voto em trânsito no país e nunca mais se repetiu. As pessoas ao invés de irem justificar no correio foram para a fila do voto em trânsito, uma fila enorme, lá eu ficava pensando se a fila para justificar voto estava daquele jeito também. Autoridas que furavam fila eram exustivamente vaiados e sempre havia confusão. A então ministra da reforma do Estado do governo Itamar, Luiza Erundina, foi para a fila que ficou como todos os demais, com uma diferença, tinha um assessor para segurar uma sombrinha pra ela. Realmente fazia sol. Também ficou na fila o ministro do trabalho Walter Barelli, mas se eu não me engano ele desistiu e foi embora. Este Barelli eu respeitava, mas depois aderiu ao neoliberalismo. O governo Itamar poderia ter sido um bom governo.
Voltando à monarquia. Talvez hoje com o fim do risco de retomada do absolutismo monárquico, a monarquia seja mais útil e viável. Primeiro pela razãop sempre ivocada pela estabilidade diante das freqüentes mudanças de governo. Mas muito mais importante por treinar alguém ao longo da vida para governar, comandar um Estado, ter uma visão maior sobre os problemas nacionais. Poderia ser aplicado ao Brasil, o problema no Brasil é que aqui é impossível permitir que o futuro monarca se integre na sociedade sem se desvirtuar. Por exemplo, onde estudaria? Os ricos no Brasil tem péssima educação, péssima formação intelectual, e especialmente uma tragédia de formação cultural como qualquer um do povo brasileiro. Como sempre digo o trágico do Brasil não é que exista o funk, nem que o povo da periferia ouça, é que a elite ouça aí qualquer país vira terra arrasada, deixa de haver de quem se esperar alguma coisa. Neste cenário, o princípe teria que ser educado na Europa e aí não teria ligações com o Brasil e os problemas nacionais, esvaziando a sua condição de intérprete do interesse nacional. Haveria também a possibilidade da educação ocorrer apenas através de tutores no Brasil, ajudaria, mas também seria arriscado. Seja como for, no Brasil, nem das boas idéias se pode esperar muita coisa, infelizmente com a monarquia é assim.
Outro problema prático para a monarquia no Brasil são as disputas sobre qual o herdeiro de direito. Pelo que eu já li, considero que o ramo legítimo é o que está ligado a TFP. E este é outro problema, rei deve ser conservador, mas da TFP já seria demais. E nem adiantaria um compromisso de afastar-se da instituição, pois na prática isso não ocorreria.
Voltando à monarquia. Talvez hoje com o fim do risco de retomada do absolutismo monárquico, a monarquia seja mais útil e viável. Primeiro pela razãop sempre ivocada pela estabilidade diante das freqüentes mudanças de governo. Mas muito mais importante por treinar alguém ao longo da vida para governar, comandar um Estado, ter uma visão maior sobre os problemas nacionais. Poderia ser aplicado ao Brasil, o problema no Brasil é que aqui é impossível permitir que o futuro monarca se integre na sociedade sem se desvirtuar. Por exemplo, onde estudaria? Os ricos no Brasil tem péssima educação, péssima formação intelectual, e especialmente uma tragédia de formação cultural como qualquer um do povo brasileiro. Como sempre digo o trágico do Brasil não é que exista o funk, nem que o povo da periferia ouça, é que a elite ouça aí qualquer país vira terra arrasada, deixa de haver de quem se esperar alguma coisa. Neste cenário, o princípe teria que ser educado na Europa e aí não teria ligações com o Brasil e os problemas nacionais, esvaziando a sua condição de intérprete do interesse nacional. Haveria também a possibilidade da educação ocorrer apenas através de tutores no Brasil, ajudaria, mas também seria arriscado. Seja como for, no Brasil, nem das boas idéias se pode esperar muita coisa, infelizmente com a monarquia é assim.
Outro problema prático para a monarquia no Brasil são as disputas sobre qual o herdeiro de direito. Pelo que eu já li, considero que o ramo legítimo é o que está ligado a TFP. E este é outro problema, rei deve ser conservador, mas da TFP já seria demais. E nem adiantaria um compromisso de afastar-se da instituição, pois na prática isso não ocorreria.