"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Alguém tem mais vergonha de FHC do que o PSDB?

06/04/2010

PSDB inclui FHC no rol de oradores de ato pró-Serra

  Folha

Depois de muito hesitar, a direção do PSDB decidiu incluir Fernando Henrique Cardoso na lista de oradores do megaevento programado para sábado (10).

Concluiu-se o obvio: o silêncio a FHC viraria notícia instantânea. Iria às manchetes como algo mais relevante que o próprio discurso de Serra.

Pior: calado, FHC se converteria em munição para Lula, o PT e a rival Dilma Rousseff.

O petismo alardeia a tese de que o tucanato tenta manter FHC no armário, longe da vitrine eleitoral.

A cerimônia de sábado será o ato inaugural da campanha presidencial de Serra. Coisa concebida para aclamar o candidato.

Além da tribo tucana, convidaram-se lideranças do DEM e do PPS, os dois partidos que já se juntaram à caravana de Serra.

Inicialmente, previra-se que apenas quatro pessoas levariam os lábios ao microfone.

Além de Serra, só os presidentes das três legendas: Sérgio Guerra (PSDB), Rodrigo Maia (DEM) e Roberto Freire (PPS).

Provocado por repórter, há duas semanas, FHC dera-se por conformado. Dissera que, em eventos do gênero, o essencial é ouvir o discurso do candidato.

Nos subterrâneos, porém, o ex-presidente ruminava seus rancores. Dizia que o partido hesitava em defender um legado do qual se orgulha.

Incorria no mesmo erro cometido na campanha de 2006. Uma sucessão em que o tucanato se fizera representar por Geraldo Alckmin.

Candidato à reeleição, Lula e o PT haviam esfregado no nariz aquilino de Alckmin as privatizações da era FHC. E o tucano fugira do tema como ave do alçapão.

Numa trinca de artigos de jornal, FHC como que chamou para si a tarefa que, a seu juízo, o PSDB demora-se em cumprir.

Num texto, veiculado no primeiro domingo de fevereiro, FHC empilhara as realizações de sua administração. E dissera não temer o “plebiscito” proposto por Lula.

Noutro, levado às páginas no início de março, expusera as linhas gerais de uma plataforma de governo para a oposição.

No terceiro artigo, publicado no último domingo (4), o ex-presidente escreveu que, por trás da disputa Serra X Dilma, está em jogo os rumos da própria democracia.

Anotou que o programa concebido pelo PT escapa à tradição democrática do Brasil. Insinuou que se arma sob Dilma um capitalismo de Estado aos moldes da China.

O PSDB parece ter-se rendido à evidência de que FHC, a contragosto do grupo de Serra, já levou os dois pés ao palanque.

Além dele, cogita-se chamar ao palco de sábado outro personagem central da campanha de Serra: o grão-tucano Aécio Neves. Sua presença já fora confirmada. O discurso, não.

Concebeu-se uma cerimônia sem palanque. Os oradores serão acomodados no auditório. Um mestre de cerimônias os convocará, um a um, ao palco.

Alugou-se em Brasília um auditório com 1.500 assentos. Somando-se os que ficarão em pé, pretende-se juntar uma platéia de 2.000 pessoas.

Para fugir à improvisação, contratou-se uma empresa especializada na organização de pajelanças políticas.

Estima-se que, somadas todas as despesas, a conta será de cerca de R$ 500 mil. Dinheiro do fundo partidário.

Numa tentativa de dividir com o inimigo o espaço dos jornais, Lula e Dilma programaram um ato de campanha para o mesmo dia, no Rio.

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2010-04-01_2010-04-30.html#2010_04-06_07_51_22-10045644-0

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