"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O melhor do artigo é lembrar que os ricos venezuelanos queriam esconder o dinheiro com medo do Hugo Chávez (que diga-se de passagem quanto à isso, nunca fez nada do que imaginavam) e perderam o dinheiro num esquema Ponzi! O mundo é irônico!


São Paulo, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

KENNETH MAXWELL
O escândalo Stanford

UM "ESQUEMA PONZI" é uma forma de fraude. Paga retornos aos investidores com o dinheiro dos investimentos subsequentes, e não com dinheiro auferido como lucro. Um esquema Ponzi oferece retornos de curto prazo anormalmente elevados. Esses esquemas sempre despencam.
Mas não antes de sugar o dinheiro das pessoas tolas ou cobiçosas o bastante para neles investir. Charles Ponzi foi um especulador nascido na Itália e radicado em Boston.
Ao ser indiciado, nos anos 20, seus passivos atingiam os US$ 7 milhões. Ele cumpriu 12 anos e meio de sentenças de prisão federais e estaduais. Morreu no Rio de Janeiro, aos 66 anos, em 1949. Seu nome e a forma pela qual organizou sua trapaça se tornaram famosos no mundo da delinquência financeira.
Todos os esquemas do mesmo tipo que surgiram subsequentemente passaram a ser conhecidos por seu nome -o mais recente foi o "esquema Ponzi" de US$ 50 bilhões operado por Bernard Madoff.
Nesta semana, um novo esquema semelhante entrou em colapso: o caso de R. Allen Stanford. O conhecido bilionário de Houston foi acusado pela Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que fiscaliza o mercado de valores mobiliários norte-americano) de vender fraudulentamente US$ 8 bilhões em "certificados de depósito" de alto rendimento. Sir Allen, texano de quinta geração, tem dupla cidadania, norte-americana e de Antigua-Barbuda. Suas operações bancárias têm sede em Antigua e se estendem por todo o Caribe, bem como pela América Latina, onde 75% de seus certificados de depósitos eram vendidos. Stanford era especialmente habilidoso na prestação de serviços a pessoas desejosas de esconder suas fortunas.
Os venezuelanos temerosos do presidente Hugo Chávez compraram quase US$ 3 bilhões de seus certificados. Ele também fazia doações generosas aos políticos de Washington. No ano passado, a campanha presidencial de Barack Obama recebeu US$ 31.750, e a de John McCain, recebeu US$ 28 mil.
Sir Allen é infame no Reino Unido e no Caribe por seu patrocínio a jogos de críquete da modalidade "Twenty20", que acelera o jogo.
Ele persuadiu o Conselho de Críquete da Inglaterra e Gales a apoiar cinco torneios, custando US$ 100 milhões ao longo dos próximos cinco anos. A primeira partida foi disputada em Antigua em novembro passado, quando o "Super Stanfords", das Índias Ocidentais, venceu a Inglaterra decisivamente.
As competições vindouras foram agora canceladas. "Eu o julgava um tanto colorido demais para o críquete", foi a definição do presidente da Cricket Foundation. Além da Securities and Exchange Commission, o FBI também está investigando o caso, bem como autoridades financeiras de Caracas a Lima.


KENNETH MAXWELL escreve às quintas-feiras nesta coluna.

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