"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sábado, 14 de fevereiro de 2009

COB nem tenta disfarçar o quanto está ávido pelo dinheiro público

O Emirado do Rio

por Marcelo Damato às 19:09h

Nesta sexta-feira foram revelados os orçamentos das quatro candidatas a sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Nessa época de crise mundial, as cadidaturas tentaram aliar ao máximo eficiência e economia. No Emirado do Rio, o emir Nuzman e o xeque Osório, percorreram o caminho inverso. Quiseram mostrar que o Rio é o Manchester City do esporte olímpico - só não sei se o ministro Orlando SIlva é o Robinho -, capaz de gastar muito dinheiro.

Tirando os orçamento com o comitê organizador, que são mais ou menos iguais - veja os números abaixo - os gastos com investimentos fazem parecer que o Brasil é um dos emirados árabes unidos - ao lado de Dubai e Abu Dhabi.

Chicago vai gastar com obras de infra-estrura urbana e esportiva, US$ 1 bilhão - isso mesmo, menos do que o Brasil gastou no Pan. Os gastos de Tóquio e Madri são praticamente iguais US$ 3,5 bilhões um US$ 3,4 bi a outra. A diferença é que Tóquio pretende gastar US$ 1,2 bi em instalações esportivas e Madri, zero.

No emirado de Nuzman, os gastos previstos são de US$ 11,6 bilhões, quase 50% a mais do que a soma das outras três candidaturas!

Somando com o orçamento do comitê organizador, dá US$ 14,4 bilhões ou R$ 33,1 bilhões. Lembra-se de que em 2007 Nuzman disse que a Olimpíada custaria R$ 5 bilhões e que nesta semana mesmo, a conta passou para R$ 20 bilhões? Pois é no orçamento, a conta é de mais de R$ 33 bilhões, pelo câmbio atual de 2,3 reais por dólar

Esse está longe de ser o preço final de uma Olimpíada inicial no Brasil. É, rigorosamente falando, o preço inicial. Na candidatura brasileira a sede do Pan-2007, Roarke Nuzman e Tatto Osorio, puseram o preço de R$ 370 milhões. E o custo final ficou em cerca de R$ 3,4 bilhões - mesmo sem realiozar algumas obras, como a Marina da Glória e o estádio de Remo da Lagoa.

Se aplicarmos a mesma “eficiência de execução orçamentária”, uma Olimpiada no Rio sairia por R$ 304 bilhões, ou quase US$ 140 bilhões de dólares.

Fantástico, não?

PS:
Orçamento dos comitê organizador
Chicago: US$ 3,78
Madri: US$ 2,67
Rio: US$ 2,81
Tóquio: US$ 2,86

Orçamento Total
Chicago: US$ 4,8 bi
Madri: US$ 6,1 bi
Rio: US$ 14,4 bi
Tóquio: US$ 6,4 bi
Média dos rivais do Rio: US$ 5,8 bi

http://blogs.lancenet.com.br/alemdojogo/2009/02/13/o-emirado-do-rio/

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