"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

terça-feira, 15 de julho de 2008

Se não consegue fazer valer uma decisão contra o Sudão fará valer contra quem?

14/07/2008 - 20h56

Sudão recorre ao Conselho de Segurança contra prisão do presidente

da Folha Online

O Sudão irá ao Conselho de Segurança (CS) da ONU para bloquear a ordem de detenção decretada contra o presidente do país, Omar al Bashir, acusado de genocídio e crimes de guerra e lesa-humanidade pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), disse hoje o embaixador sudanês nas Nações Unidas, Abdalmahmood Abdalhaleem.

"Pedimos aos membros do Conselho de Segurança que intervenham neste caso", disse o diplomata em coletiva.

Segundo Abdalhaleem, o CS tem autoridade para bloquear a ordem de captura e o processo que levou à sua emissão, já que foi o órgão que, em 2005, autorizou o TPI a investigar as denúncias de violação dos direitos humanos na conflituosa região sudanesa de Darfur.

"É preciso deixar claro que (o TPI) é a favor da paz e do fim do derramamento de sangue, ou que, antes disso, está do lado da justiça, embora, para nós, isso não seja justiça", opinou o diplomata sudanês.

Abdalhaleem advertiu que Cartum "está considerando todas as alternativas" para anular a decisão da Promotoria do TPI, mas não esclareceu se isso incluía o uso da força.

Porém, afirmou que a ação do promotor-chefe da corte internacional, Luis Moreno Ocampo, "terá conseqüências desastrosas para o processo de paz" de Darfur, e reiterou: "Nunca colaboraremos com o TPI".

"Quando se acusa um chefe de Estado, que é o líder de um país, com quem depois alguém pode falar?", questionou o diplomata.

Abdalhaleem disse a ordem de detenção contra Bashir cria "problemas de legitimidade" para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que "sempre recorreu ao presidente" quando as Nações Unidas enfrentaram "dificuldades" em suas atividades no Sudão.

Genocídio

O embaixador sudanês também acusou Moreno Ocampo de "ser um ativista, não um jurista", que, por motivações políticas, "colabora com os inimigos do Sudão".

"Este é um assunto político, não legal, com o qual querem deter nossa marcha rumo ao progresso e à democracia e algumas potências cobram contas pendentes", acrescentou.

O presidente do Sudão, Omar al Bashir, acusado de genocídio

Ocampo afirma ter evidências suficientes para provar as acusações de genocídio. "Bashir tem total controle de suas forças, e suas forças têm como alvo absoluto a terra dos Fur, dos Masalit e dos Zaghawa", disse o promotor à rede CNN. "Noventa e oito por cento das vilas Fur foram atacadas --então toda essa população foi removida, parte significativa da população em campos (de refugiados) são Fur e Masalit e Zaghawa-- e Bashir ataca essas pessoas em suas terras e em seus campos", afirmou. "Ele está tentando destruir uma parte substancial desses grupos, por isso que é genocídio."

Por sua vez, o porta-voz da ONU, Farhan Haq, disse que as acusações do TPI contra Bashir "não afetarão as atividades da ONU no Sudão".

Haq evitou comentar se a ação contra o presidente sudanês impedirá que Ban volte a reunir com ele.

"Não quero especular, mas nossos planos são seguir com os contatos com o governo do Sudão", afirmou.

Segundo o funcionário, no sábado, Ban conversou por telefone com Bashir, a quem "enfatizou" a independência do TPI e disse não ter "influência" sobre as decisões da corte.

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