"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Repercussão da saída de Marina Silva

15/05/2008 - 06h17
Saída de Marina é golpe para futuro do planeta, diz jornal

Da BBC Brasil

A renúncia da ministra do Meio Ambiente Marina Silva foi descrita pelo jornal britânico "The Independent" como um "golpe para o futuro do planeta".
No editorial de título "Salvem os pulmões de nosso planeta", publicado nesta quinta-feira, o jornal destaca que, cinco anos atrás, a ministra foi nomeada como o "anjo da guarda" da Amazônia, mas desde então vinha travando batalhas com fazendeiros e madeireiras.
"Ela freqüentemente parecia uma voz solitária no governo brasileiro -derrotada em votações como a introdução de grãos geneticamente modificados, a construção de uma nova usina nuclear e em projetos maciços de infra-estrutura, incluindo duas grandes represas para hidrelétricas e a construção de uma nova estrada na floresta."

Segundo o jornal, a Amazônia deveria ser uma preocupação mundial. "É fácil para as nações ricas condenar uma economia emergente que sucumbe às pressões comerciais e abandona o meio ambiente. Mas este não é o problema de apenas um país. As mudanças climáticas são o maior fracasso do mercado já visto no mundo; aqueles que poluem, geralmente, não são os que pagam. A Amazônia é um recurso precioso para o mundo todo e pelo qual nós todos devemos assumir responsabilidade", afirma o editorial.
O "Independent" ainda cita um relatório encomendado pelo governo do Reino Unido, o Sterns Report, que recomenda o fim do desmatamento como a melhor e mais barata forma de combater o aquecimento global -e que não exige sequer inovações tecnológicas.
Essa iniciativa consumiria "apenas a vontade política e cerca de US$ 80 bilhões, uma conta relativamente baixa se for paga por todo o mundo", afirma o jornal.
"O relatório Stern identificou onde o dinheiro deveria ser gasto: esclarecer os direitos de propriedade sobre florestas, fortalecer o cumprimento da lei e pagar, a partir de fundos públicos, para conter a atração do dinheiro de interesses já fixados", diz o "Independent".
"O Brasil não vai pagar", diz o jornal. "E por que deveria pagar por algo que vai beneficiar todo o mundo?"
O editorial conclui dizendo que "chegar a um acordo internacional viável é o desafio para o próximo Kyoto. Mas uma coisa é clara. Esta parte do Brasil é muito importante para deixar para os brasileiros. Se perdermos as florestas, perdemos a luta contra o aquecimento global."
A renúncia da ministra também foi destaque em vários outros jornais. O "The Guardian" afirma em reportagem que o "medo pelo futuro da maior floresta tropical do mundo aumentou ontem, depois da renúncia repentina da ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva".
Na França, o "Le Monde" destaca que a carta de demissão de Marina Silva chegou ao presidente Luís Inácio Lula da Silva na mesma hora em que o anúncio era feito à imprensa.
Na Espanha, o "El País" afirma que Lula "deu as costas à maior defensora da Amazônia", destacando que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, "sua rival no governo", é quem ganha com a demissão.
Em artigo relacionado, o "El País" destaca ainda a "volatilidade" do governo Lula, afirmando que os ministros "não duram muito".
O britânico "Financial Times" também destacou a saída de Marina Silva da pasta do Meio Ambiente. Segundo o jornal, a ex-ministra se demitiu depois de se ver cada vez mais isolada no governo. A gota d'água para Marina parece ter sido a indicação de Roberto Mangabeira Unger, o ministro de Assuntos Estratégicos, para cuidar de um novo plano par

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