O deputado federal Aldo Rebelo fará uma palestra no Unibero nesta segunda-feira (02/06) sobre "O Legislativo e as relações exteriores do Brasil". Será às 19:30 hs no Teatro Bibi Ferreira. Peço que todos os alunos compareçam.
"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."
Ignácio Ellacuría
sexta-feira, 30 de maio de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
O Brasil bélico
O Estado de São Paulo
Assunto: Internacional
Título: 1v Países discutem veto à bomba de cacho
Data: 25/05/2008
Crédito: Mariana Della Barba
Produtores da arma que põe civis em risco, Brasil e EUA ignoram encontro na Irlanda que reúne outras 116 nações
Mariana Della Barba
Um objeto que lembra uma inofensiva latinha de refrigerante é a razão pela qual representantes de mais de 100 países estão reunidos em Dublin, na Irlanda.
A maioria deles quer banir de vez ouso desse armamento, chamado bomba de cacho, que esconde uma perigosa munição.
Ainda no ar, a bomba abre um compartimento que abriga dezenas ou centenas de submunições. Essas "bombinhas" são lançadas de maneira aleatória e deveriam explodir com o impacto com o solo. Nesse ponto residem os principais problemas da bomba de cacho, também chamada de cluster.
Lançadas sobre áreas com distância equivalente a quatro campos de futebol, elas não caem atingem um alvo específico. Essa falta de precisão faz com que civis tornem-se alvos tanto como os combatentes, uma vez que casas, escolas e
plantações acabam sendo atingidas. O segundo ponto negativo é que boa parte das munições de cacho - até 40% - não explode ao tocar o solo. Assim como as minas terrestres, elas ficam ativas até serem encontradas, o que pode ocorrer até
décadas após o fim de um conflito e por alguém que não nunca carregou um fuzil.
"As bombas de cacho precisam ser proibidas, pois causam danos terríveis por anos a fio, e quem paga o preço é a população civil", disse ao Estado, por telefone de Dublin, Peter Herby, chefe da unidade de armamentos do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
O que costuma ocorrer é que civis que voltam para suas casas após a guerra encontram suas cidades infestadas de submunições prestes a explodir.
"No Líbano, após a guerra entre Israel e o Hezbollah, em 2006, munições das bombas de cacho ficaram presas a árvores. Na época da colheita, agricultores chacoalharam suas oliveiras, mas, em vez de azeitonas. caíam bombas", conta Frida Berrigan, especialista em segurança do instituto New America Foundation.
Após a guerra de 2006, mais de 200 libaneses morreram por causa das minibombas. Em 1999, em Kosovo, e em 2003, no Iraque, esse tipo de bomba matou mais civis que qualquer outra arma, segundo a organização Coalizão Internacional contra a Munição de Cacho, que reúne 200 organismos de sociedade civil de vários países.
Cerca de 60% das vítimas das munições são crianças, que as confundem com objetos que podem virar brinquedo. "No Afeganistão, essas munições são pintadas de amarelo brilhante, o que atrai ainda mais as crianças", diz Frida. Um outro problema torna ainda mais grave o uso da bomba. "Exércitos ou milícias sabem onde enterraram minas e passam essa informação quando há um acordo de paz. Com
as bombas cacho, isso não é possível, pois ninguém sabe exatamente onde elas caíram."
DECISÃO
Até o dia 30, os 116 países reunidos em Dublin terão de alcançar um acordo para banir ou regulamentar o uso da bomba de cacho - criada na Guerra, Fria para destruir, ao mesmo tempo, vários alvos militares. "Países como Grã-Bretanha, França e Espanha pedem exceções, ou seja, a autorização para usar bombas com novas tecnologias (que as tornariam auto-explosivas) ou um tempo de transição", explica o brasileiro Cristian Wittmann, que participa como representante da sociedade civil na conferência na Irlanda e é coordenador no País do setor de munições de cacho da Campanha Internacional pelo Banimento de Minas Terrestres.
Para Herby, as negociações estão indo bem, mas há alguns obstáculos: "De 60% a 70% dos países participantes querem uma proibição total das bombas de cacho. Mas há os 30% que querem a liberação de certos tipos."
"A reunião é uma ótima oportunidade para avançarmos, mas enquanto os EUA não aderirem, os resultados serão parciais", diz Frida. "Espero que a conferência pressione países como o Brasil para que pensem nos aspectos morais e políticos dessa bomba."
0 recado de Frida para o Brasil vem do fato de o País recusar-se a participar da conferência em Dublin é, mais do que isso, ser um produtor de bombas de cacho (apenas outras 27 nações continuam fabricando a arma). "O governo brasileiro tem uma posição completamente contraditória, porque reconhece os danos que as bombas provocam, mas são contra a proibição", afirma Wittmann. Do continente todo, só os governos do Brasil e dos EUA não estão em Dublin - os
dois únicos países das Américas que continuam produzindo as bombas. Chile e Argentina deixaram de fabricá-las. Dados sobre armazenamento e fabricação da bomba no País são sigilosos e estratégicos, como explicou o brigadeiro Jorge Cruz de Souza Mello numa audiência na Câmara dos Deputados, em novembro.
Mello defendeu o uso da arma como opção de emprego de munição.
Segundo um relatório de abril da Human Rights Watch (HRW), há quatro empresas
brasileiras que fabricam a bomba - para o Exército e para exportar para o Oriente Médio. Presente na lista da HRW, a Avibrás garantiu ao Estado que não produz mais esse tipo de bomba. A Ares negou-se a dar a informação sobre o tema.
"Como um líder dos emergentes, o Brasil tem sido muito irresponsável ao fugir das discussões e seguir produzindo bombas de cacho", diz Frida.
A questão indígena
São Paulo, domingo, 25 de maio de 2008
RUBENS RICUPERO
Os índios e nossas fronteiras
As ameaças à nação estão diante de nós: incendiários, grileiros, madeireiros ilegais, latifundiários, pistoleiros
"DESCOBRI que também eu era índio quando encontrei os ianomâmis. Tive depois profunda piedade ao ver a que lastimável abandono condenamos esses nossos irmãos brasileiros: sem alimentos, sem remédios, entregues à violência de garimpeiros e bandidos."
Não ouvi essas palavras comoventes de nenhum antropólogo ou idealista de ONG. Elas me foram ditas, 27 anos atrás, por um militar disciplinador, terra-a-terra, homem prático e sensato. Foi em Belém, na sede da 1ª Comissão Demarcadora de Limites, que seu então chefe, o saudoso coronel Ivonilo Dias Rocha, sertanejo cearense com cara de índio, me relatou sua experiência. Ele acabava de retornar de campanha demarcatória na fronteira do Brasil com a Venezuela, nessa Roraima do noticiário.
Como chefe do Departamento das Américas do Itamaraty e antes responsável interino pela Divisão de Fronteiras (ilustrada por Guimarães Rosa), lidei no dia-a-dia com as duas comissões demarcadoras, a de Belém-Manaus e a do Sul, da fronteira da Bolívia ao Chuí. Chefiadas por oficiais da reserva do Exército especialistas em topografia e medições, sempre estiveram sob o comando do Itamaraty.
Jamais ouvi sombra de queixa de nenhum demarcador sobre suposto entrave criado por reservas fronteiriças ao trabalho de demarcação ou inspeção das fronteiras. Boa parte de tal serviço se fazia com a indispensável colaboração dos conhecedores do terreno, os índios que serviam como guias, canoeiros, transportadores. O coronel Ivonilo teve a revelação de sua profunda identidade indígena ao ajudar e ser ajudado pelos índios na fronteira. Pertencia à tradição do Exército do marechal Rondon, positivista, neto de bororos, que preferia: "Morrer, se preciso; matar nunca".
Ao investir contra moinhos de vento de fantasista ameaça à soberania oriunda das reservas fronteiriças, os quixotes não vêem os crimes diários que se cometem contra a Amazônia e seus habitantes, caboclos ou indígenas. Centenas de milhares de quilômetros quadrados de biodiversidade florestal reduzidos a fumaça, dezenas de trabalhadores, índios, missionários assassinados por pistoleiros comovem menos que a compra de hectares de mata por alguma ONG estrangeira desejosa de proteger a natureza.
Os índios não têm a propriedade das reservas. Não podem vender ou alugar a terra; dela só possuem o usufruto. Já os grileiros que ateiam fogo para se declararem donos desejam a propriedade exclusiva e gratuita. Quase sempre para fins especulativos ou ações predatórias como a pecuária extensiva, que degrada e abandona os solos.
Em nenhum outro lugar se está tão próximo da frase de Proudhon: "A propriedade é o roubo". O próprio Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) declara que a situação fundiária da maioria das terras é irregular. É generalizado o esbulho praticado por particulares contra o que devia ser de todos os cidadãos. Às vezes, a única diferença entre diversos tipos de esbulho é sua antigüidade. Remontam alguns aos tempos em que terras devolutas eram distribuídas a políticos e desembargadores como brinde de Natal.
Não é preciso olhar debaixo da cama para ver se alguma sinistra ONG estrangeira está ali escondida. As ameaças à nação estão diante de nós: grileiros, incendiários, madeireiros ilegais, latifundiários, pistoleiros. A eles, senhores defensores da soberania nacional!
RUBENS RICUPERO , 71, diretor da Faculdade de Economia da Faap e do Instituto Fernand Braudel de São Paulo, foi secretário-geral da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) e ministro da Fazenda (governo Itamar Franco). Escreve quinzenalmente, aos domingos, nesta coluna.
domingo, 25 de maio de 2008
O amor pensado e vivido, o livro de André Gorz, Carta a D.
Cheguei de Brasília neste sábado. No aeroporto de Brasília vi um livro de André Gorz intitulado "Carta a D. História de amor". Peguei o livro para comprar, fui para a fila, mas a fila estava lente apesar de ter apenas três pessoas, e como faltavam apenas 13 minutos para o horário de saída do avião desisti de comprar lá o livro. Mas quando cheguei em Congonhas, logo fui procurar a livraria do aeroporto, neste caso ser uma livraria da mesma rede do aeroporto de Brasília foi um bom negócio, mas é lamentável o crescimento dasa redes de livraria, porque agora são sempre os mesmos livros expostos, entrou em uma, já visitou todas. E extamente por isso já sabia exatamente onde encontraria o livro, e lá estava ele. Comprei o livro acabei de lê-lo.
O Gorz não está entre meus autores prediletos. Mas é insólito um intelectual renomado escrever sobre o amor, predomina de fato, o silêncio porque a expressão do amor sempre aparece como pueril, como uma comportamento juvenil e não racional. O livro é uma carta de Gorz à esposa, falando sobre o quanto a ama e sobre como ela foi importante para a vida dele no sentido mais profundo da palavra vida. O livro é escrito porque a mulher estava doente, com uma doença degenerativa. Seguem as transcrições do texto:
"Você está para fazer oitenta e dois anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que quarenta e cinco quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz cinqüenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo voc~e mais do que nunca. De novo, carrego no fundo do meu peito um vazio devorador que somente o calor do seu corpor contra o meu é capaz de preencher.
Eu só preciso lhe dizer de novo essas coisas simples antes de abordar questões que, não faz muito tempo, têm me atormentado. Por que razão você está tão pouco presente no que escrevi, se a nossa união é o que existe de mais importante na minha vida? Por que, em Le Traître, passei uma falsa imagem de você, que a desfigura? Esse livro deveria mostrar que a minha relação com você foi a reviravolta decisiva que me permitiu desejar viver. Por que, então, deixar de fora essa maravilhosa história de amor que nós tínhamos começado a viver sete anos antes? Por que eu não disse o que me fascinou em você?"
"Por que você havia escolhido este Austrian Jew sem um tostão? No papel, eu era capaz de demonstrar - invocando Hero e Leandro, Tristão e Isolda, Romeu e Julieta - que o amor é o fascínio recíproco de duas pessoas por aquilo que elas têm de menos dizível, de menos sociolizável; de refratário aos papéis e imagens delas mesmas que a sociedade lhes impõe; aos pertencimentos culturais. Nós podíamos pôr quase tudo em comum exatamente porque a princípio não tínhamos quase nada. Bastava que eu consentisse em viver o que eu estava vivendo, em amar mais do que tudo o seu olhar, a sua voz, o seu cheiro, seus dedos afilados, o seu jeito de habitar o seu corpo, para que todo o futuro se abrisse para nós.
"Era isso: você havia me dado a possibilidade de escapar de mim mesmo e de me instalar num outro lugar, do qual você me trouxera a notícia. Com você, eu podia deixar de férias a minha realidade. Você era o complemento da irrealização do real, estando eu mesmo nele compreendido desde sete ou oito anos antes, através da atividade de escrever. Você era quem punha entre parênteses esse mundo ameaçador, no qual eu era um refugiado de exist~encia ilegítima, cujo futuro nunca ultrapassa três meses. Eu não tinha a menor vontade voltar à Terra. Encontrava refúgio numa experiência maravilhosa e não aceitava que ela fosse alcançada pela realidade. Eu recusava, no fundo de mim mesmo, aquilo que, na idéia e na realidade do casamento, implica esse retorno ao real. Até onde consigo lembrar, eu sempre procurei não existir. Você deve ter trabalhado anos a fio até me fazer assumir minha existência."
"Eu soube naquele momento que não tinha necessidade de nenhum prazo para refletir; que teria saudades para sempre se a deixasse partir. Você foi a primeira mulher que consegui amar de corpo e alma, com quem eu me sentia em ressonância profunda; meu primeiro amor verdadeiro, para dizer tudo. Se eu fosse incapaz de amá-la, nunca poderia amar ninguém."
Por causa da doença da mulher Gorz antecipou a aposentadoria e eles mudaram para uma casa no campo. "Ao longo dos vinte e três anos passados na nossa casa, publiquei seis livros e centenas de artigos e entrevistas. Nós recebemos dezenas de visitantes vindos de todos os continentes, fui entrevistado dezenas de vezes. Eu certamente não estive à altura da resolução que havia tomado havia trinta anos: a de viver o presente, atento mais que tudo à riqueza que é a nossa vida comum. Agora eu vivo de novo, e com um sentimento de urgência, os instantes em que tomei essa resolução. Não tenho nenhuma obra mais importante em elaboração. Não quero mais - segundo a fórmula de Georges Bataille - "deixar a exist~encia para mais tarde". Estou atento à sua presença como estive desde o início, e gostaria de fazê-la sentir isso. Você me deu toda a sua vida e tudo de si; e eu gostaria de poder lhe dar tudo de mim durante o tempo que nos resta.
"Você acabou de fazer oitenta e dois anos. Continua bela, graciosa e desejável. Faz cinqüenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. Recentamente, eu me apaixonei por você mais uma vez, e sinto em mim, de novo, um vazio devorador, que só o seu corpo estreitado contra o meu pode preencher. À noite eu vejo, às vezes, a silhueta de um homem que, numa estrada vazia e numa paisagem deserta, anda atrás de um carro fúnebre. Eu sou esse homem. É você que o carro leva. Não quero assistir à sua cremação; nem quero receber a urna com as suas cinzas. Oulo a voz de Katheen Ferrier cantandor: "Die Welt is leer, Ich will nicht leben mehr" (O mundo está vazio, não quero mais viver), e desperto. Eu vigio a sua respiração, minha mão toca você. Nós desejaríamos não sobreviver um à morte do outro. Dissemo-nos sempre, por impossível que seja, que, se tivéssemos uma segunda vida, iríamos querer passá-la juntos."
Gorz e sua mulher, Dorine, se suicidaram 1 ano e três meses após a redação do livro para morrerem juntos.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
A esperança enquanto virtude
Esta semana após ter dado um sermão numa turma, repeti o meu discurso sobre como a realidade é trágica. Depois no fim da aula uma aluna veio falou qualquer coisa, e reiterei meu ceticismo sobre o mundo. Aí ela disse que se eu acreditasse mesmo nisso não daria aula e não tentaria mudar as pessoas. Outros alunos já disseram o mesmo.
Entretanto, o que não entenderam, é que a esperança é como amor, pode-se amar sem ser correspondido, do mesmo modo o mundo pode não corresponder ao sentimento por ele. Mas diferentemente de um amor não correspondido, que deve ser sublimado, superado para seguir em frente. A esperança, não. A esperança pode não ser correspondido enquanto sentimento, mas ainda assim vc pode sustentá-la enquanto virtude. Por mais trágico que seja o mundo, por mais que o mundo seja fonte de decepções, ainda se pode ter a esperança de que em algum momento a realidade poderá ser transformada, e isso dá sentido as ações para mudar o mundo, o homem ainda que os resultados não apareçam. Se vc desistir, se vc abandonar os planos, o momento da mudança pode aparecer, as pessoas que podem ser tocadas pdoem se aproximar e vc pode não estar preparado. Portanto, ainda que os resultados da ação não correspondam ao que foi sonhado, é preciso cultivar a esperança e demonstrá-la na sua ação, seguir princípios, valores, caminhos a partir do mundo que se espera ainda que não se realize. E não há necessidade de crer em nada além do homem para se ter esperança. Ora, se os homens são racionais é legítimo afirmar que na medida em que a situação piora, na medida em que mundo regride, os homens devem tomar consciência dos equívocos do caminho. E a partir daí colocar a razão a serviço da solução dos problemas. Por mais que o pensamento hoje valorize o irracional e emocionalismo, mais cedo ou mais tarde, o caminho da razão será retomado, e os problemas poderão solucionados.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Vejam como o jornal peruano interpreta o último item do artigo do comandante do exército chileno que foi postado abaixo. O Peru precisa se preparar para defender-se!
Comandante del Ejército justifica su armamentismo
Carlos Linares Huaringa
El Comandante en Jefe del Ejército chileno, general Óscar Izurieta Ferrer, graficó, a través de un artículo publicado en el diario El Mercurio, los mecanismos de presión internacional para los que utiliza La Moneda a sus Fuerzas Armadas y dejó abierta la posibilidad de conflictos con países vecinos bajo el argumento de un ambiente internacional incierto e inseguro.
Si bien consideró que los conflictos entre países deben resolverse principalmente de manera pacífica, "no se puede desconocer que en negociaciones diplomáticas de esta naturaleza siempre es conveniente un adecuado respaldo estratégico".
En este contexto intentó justificar la capacidad de armametismo ofensivo que posee Chile y su imperiosa necesidad de seguir incrementándolo.
"(No se puede desconocer) que la creciente globalización no ha disminuido la responsabilidad de los estados de asegurar su autoprotección, especialmente en un ambiente internacional marcado por la incertidumbre", afirmó.
"Esta percepción da cuenta, en última instancia, de una sensación de inseguridad respecto del ámbito vecinal", acotó.
Darán zarpazo
Para el ex comandante general del Ejército peruano Otto Eléspuru, las declaraciones de Izurieta evidencian el uso de las Fuerzas Armadas como instrumento de presión internacional por parte de su gobierno y deben motivar las previsiones peruanas ante un eventual riesgo militar.
Asimismo, dijo que buscan justificar su carrera armamentista de ataque porque actualmente los militares gozan de grandes privilegios económicos gracias al usufructo del canon del cobre y "no quieren perderlos".
"Los militares saben que su país está en una crisis absoluta por el tema energético y saben que su futuro depende de un zarpazo que deben dar, ése es su objetivo, por lo que hay que tomar previsiones", refirió.
Buscan expansionismo
Por su parte, el general EP (r) Germán Parra recordó que fue Izurieta quien señaló que "la soberanía de Chile llegaba hasta donde estaban sus intereses económicos" y dado que Perú alberga muchas de sus inversiones, somos su objetivo expansionista más claro.
"Esas palabras fueron una advertencia a nuestro país sobre la invasión que podía sufrir y es una tesis que la vuelve a plantear con otras palabras en su artículo. Lo que nos está diciendo es que sus Fuerzas Armadas son la fuerza para obtener todo lo que quieren conseguir y que para eso están incrementando su capacidad ofensiva", expresó.
http://www.larazon.com.pe/online/indice.asp?tfi=LRPolitica03&ta=2008&tm=05&td=19
Comandante do exército Cjhileno se posiciona sobre pesquisa a respeito da relação entre Forças Armadas e Democracia
Domingo 18 de mayo de 2008
Nueva legitimidad social de las Fuerzas Armadas
Óscar Izurieta Ferrer
Comandante en Jefe del Ejército
De la lectura del libro "Instituciones cautivas. Opinión pública y nueva legitimidad social de las Fuerzas Armadas" (Flacso), se deduce que la sociedad chilena está consciente de las misiones tradicionales de las Fuerzas Armadas. El estudio recoge muy bien esta percepción, pero manifiesta desconocimiento, cuando no confusión, respecto de otros roles, entre ellos su aporte social. Las encuestas que apoyan la investigación así lo demuestran.
Me gustaría hacer algunos comentarios a las conclusiones del estudio:
1. Disminuir las Brechas Culturales con la Civilidad: Pese a los resultados de la encuesta, en que una mayoría se muestra partidaria de que las FF.AA. mantengan sistemas de apoyo que les son propios, los autores terminan sosteniendo que existe una "demanda no satisfecha por mayor transparencia en materias castrenses y por el fin de privilegios, especialmente de viviendas y educación".
Existe una imagen distorsionada de algunos de estos "beneficios". Así, por ejemplo en educación, es bueno que se sepa que el Ejército tiene sólo dos colegios en todo el país; la Armada dos y la Fuerza Aérea uno. ¡Ninguna de las ramas de las FF.AA. posee hoy universidades! Aún más, el 92% de los hijos de militares estudia en establecimientos públicos o privados. La finalidad de los colegios institucionales obedece fundamentalmente a la necesidad de facilitar los permanentes cambios de residencia de los padres. Es decir, cumplen una función de acogida.
Los denominados "privilegios" no son distintos de los que tienen otras organizaciones públicas y privadas, como la misma muestra lo sostiene. En las Fuerzas Armadas éstos están estrechamente relacionados con las particularidades de la profesión militar. De éstas se originan obligaciones e, incluso, restricciones a la calidad de ciudadano de los militares: no pueden participar en política ni organizarse gremialmente. Su disposición al servicio es permanente y absoluta. No existen las horas extraordinarias pagadas. Es ampliamente aceptado que en cumplimiento de sus obligaciones puedan sacrificar incluso sus vidas. ¡A ningún otro sector de la sociedad se le pide esta entrega!
Más que abogar por eliminar ciertas facilidades consideradas como "privilegios", habría que explicar por qué son necesarios; y no olvidar que la existencia misma de estos "beneficios" es parte indirecta del reconocimiento que la sociedad hace, al comprender las restrictivas especificidades de la carrera militar. La retribución directa son las remuneraciones.
A diferencia de lo que aparece en el libro, es tal la conciencia del deterioro de las remuneraciones, que su mejora se encuentra ya sujeta a estudio por parte de las autoridades pertinentes.
2. Visibilizar el Compromiso Democrático: La propuesta para que "desde las altas esferas directivas del Estado" se haga un esfuerzo para que "el compromiso democrático de las Fuerzas Armadas pueda alcanzar una mayor realidad y visibilidad", es la más contradictoria de las conclusiones.
La mayoría de la población encuestada no apoya la participación de las FF.AA. en política, ni en el gobierno; descarta un nuevo golpe militar en el futuro y considera baja su capacidad de gobernabilidad, en relación con los gobiernos civiles; pero estima que son importantes para la democracia. En la encuesta, al evaluar la importancia relativa para la democracia, las FF.AA. aparecen por sobre instituciones sin las cuales no podría existir un sistema democrático, como son el Congreso, los partidos políticos, los Tribunales de Justicia, los sindicatos y el propio Gobierno. ¿Quién podría sostener que estos últimos no sean muy importantes para la democracia?
Las FF.AA., a diferencia de otras instituciones, como las citadas, no pueden ni deben andar predicando su compromiso con la democracia. Lo que sí deben hacer es mantener una actitud de respeto y adhesión a los principios y autoridades que rigen la sociedad democrática. Se tiende a olvidar que al pedir permanentes muestras de adhesión democrática a las FF.AA. se da una señal de debilidad del sistema.
3. Promover una Política Activa en Derechos Humanos: La tendencia mayoritaria que muestra el estudio de opinión pública, de reconocimiento de las violaciones a tales derechos durante el gobierno militar; de que existió responsabilidad institucional y de los altos mandos, y de preferir el camino de la justicia para el esclarecimiento de los casos pendientes, ha sido respaldada explícitamente por los comandantes en jefe de las instituciones armadas. ¡En este punto no hay dos lecturas! Todos aspiramos a la justicia en su más amplio y profundo significado.
No obstante, como comandante en jefe del Ejército no puedo estar de acuerdo con los autores de que sea requerida una política institucional proactiva de colaboración con la justicia en el esclarecimiento de los casos pendientes de violaciones a los derechos humanos, que incluya la búsqueda del paradero de las víctimas y el apoyo a los esfuerzos de reparación material y simbólica.
Respecto de la búsqueda del paradero de las víctimas, las FF.AA. carecen de potestad y jurisdicción. Los resultados de la Mesa de Diálogo así lo demostraron tempranamente. Pese al enorme esfuerzo y voluntad con que las instituciones acometieron esta tarea, los logros fueron magros. Esto dio origen a críticas y descalificaciones, que aún persisten.
De la misma manera, pretender que las FF.AA. se involucren en la señalada búsqueda aparece como una contradicción. Por un lado, se demanda que las instituciones armadas tengan un mayor compromiso democrático y, simultáneamente, se les pide que cumplan roles o tareas que no se condicen con las normas del sistema democrático que nos rige.
4. Enfatizar la Cooperación Militar Vecinal Existente: Es probable que como nunca antes las relaciones militares con los países vecinos se hayan dado en los términos actuales; incluso con un Estado con el cual no existen relaciones diplomáticas, como es el caso de Bolivia.
Los encuestados opinan mayoritariamente (74,4%) que para resolver los conflictos, lo que más cuenta son los tratados y las negociaciones pacíficas. Esta constatación no es contradictoria con el contundente 87% que cree que las FF.AA. deberían seguir existiendo. Al respecto, las FF.AA. también son partidarias de que dicha forma sea la principalmente empleada para estas cuestiones.
Sin embargo, no se puede desconocer que en negociaciones diplomáticas de esta naturaleza siempre es conveniente un adecuado respaldo estratégico. Como tampoco que la creciente globalización no ha disminuido la responsabilidad de los estados de asegurar su autoprotección, especialmente en un ambiente internacional marcado por la incertidumbre.
La medición de la percepción de amenazas militares vecinales por parte de los encuestados sorprende a los autores, al extremo que consideran al país como una "fortaleza sitiada". Esta percepción da cuenta, en última instancia, de una sensación de inseguridad respecto del ámbito vecinal.
domingo, 18 de maio de 2008
Estrutura imutável?
La renta en Brasil, como hace siglos
El 10% de la población concentra el 75,5% de la riqueza del país
JUAN ARIAS - Río de Janeiro - 19/05/2008
A pesar de todas las mejoras que se han producido en el campo económico y de los esfuerzos del popular presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar los programas sociales, el cáncer de Brasil continúa siendo la injusta distribución de su riqueza. Según datos publicados esta semana por el Instituto de Investigación Económica Aplicada (Ipea), el 10% de la población concentra el 75,4% de la riqueza del país. Unas cifras que varían poco de las registradas a finales del siglo XVIII.
De acuerdo con el estudio del Ipea, las tres capitales brasileñas donde es más evidente esa desigualdad en la distribución de la renta son São Paulo, donde el 10% de la población posee el 73,4% del producto interior bruto (PIB); Salvador de Bahia, donde el 10% tiene el 67%, y Río de Janeiro, donde ese mismo porcentaje posee el 62,9% de la riqueza.
Otro de los aspectos revelados por el estudio es que los impuestos pesan mucho más sobre los pobres que sobre los ricos. El 10% más pobre paga un 44,5% más que el 10% más rico. La carga tributaria representa un 22,7% de renta para el 10% de los más ricos, mientras que, para el 10% más pobre, el peso equivale al 32,8% de su renta.
La explicación de esa anomalía es que la base de la recaudación en Brasil es más fuerte en los llamados impuestos indirectos, que gravan los bienes de consumo. Como el ciudadano más pobre gasta la mayor parte de su renta en consumo, acaba pagando más impuestos que los ricos.
Considerando sólo la tributación indirecta, la carga soportada por los más pobres es del 29,1% de su renta, frente al 10,7% que asumen los más ricos.
“Estos datos demuestran”, afirmó el jueves Márcio Pochmann, presidente del Ipea, “cómo a despecho de los cambios en el régimen político y en el padrón de desarrollo del país, la riqueza continúa pésimamente distribuida entre los brasileños. Tal concentración es francamente absurda”.
Pochmann ha recordado que, según los pocos datos que se conservan de finales del siglo XVIII, la distribución de la renta en Río de Janeiro, por ejemplo, era prácticamente misma que ahora, es decir, el 10% de la población poseía el 68% de la riqueza. Hoy, ese mismo porcentaje posee el 62,9%.
El presidente de Ipea pidió al Gobierno la creación de un impuesto para las mayores fortunas y para las herencias, así como una reforma tributaria seria. “Ningún país del mundo consiguió acabar con las desigualdades sociales sin una reforma tributaria de verdad”, dijo Pochmann.
A crise no preço dos alimentos
É preciso ter claro, o discurso sobre o preço dos alimentos é falacioso. As pessoas sempre passaram fome com abundância de alimentos e preços baixos, porque não tinham renda. Para elas os alimentos já eram caros. O problema de fato está no livre mercado que permite que as pequenas propriedades desapareçam e grande propriedade mocultura se instala e aí se produz para os grandes mercados de commodities destruindo a agricultura que de fato alimenta os cidadãos. Quer aumentar a oferta de arroz no mundo? É simples, pare com a produção de soja para exportação. E é evidente que os biocombustíveis pioram a situação por favorecer a especialização das grande empresa rural. Os biocombustíveis podem ser uma boa solução para o Brasil, mas não são para o mundo. Os biocombustíveis são uma regressão tecnológica, a opção por um tipo de combustíveis que depende da abundância de recursos naturais segue na contramão do sentido do desenvolvimento tecnológico que é a economia de recursos.
FAO espera que Japão lidere a solução para a crise alimentar. Produzindo mais alimentos? Não, com dinheiro.
FAO eyes long-term plan for food crisis
05/17/2008
BY TARO KARASAKI, STAFF WRITER
Japan should take the lead in enhancing food production in developing countries, instead of simply extending emergency relief to alleviate the global food shortage, the head of the U.N. Food and Agriculture Organization (FAO) said Friday.
FAO Director-General Jacques Diouf told a news conference in Tokyo that he hopes Japan, as chair of the Group of Eight summit in July and the Fourth Tokyo International Conference on African Development later this month in Yokohama, will push for long-term solutions to the food crisis.
Diouf was in Tokyo for three days from Wednesday to exchange views with Japanese officials, including Prime Minister Yasuo Fukuda.
The FAO is seeking $1.7 billion (178 billion yen) from donor countries to enhance agriculture, Diouf said, adding that he hopes Japan will urge other industrialized countries to contribute more.
"In addition to assistance to face the present crisis..., there is a need to focus on food production," he said. "We hope to reverse the current trend" of declining assistance for agriculture.
Diouf conveyed a similar message when he met with Fukuda on Thursday. He said that he and Fukuda agreed on the need to address the issue of food production, and that Tokyo should take the initiative.
Diouf said aside from an overall decline in official development assistance from industrialized countries such as Japan, the share of assistance for agriculture production has dropped from 17 percent in 1980 to 3 percent in 2005.
He said priority should be given on devoting resources to promoting irrigation, improving storage facilities, as well as buying seeds and fertilizers, to prevent a future food crisis.
While stopping short of openly criticizing the diversion of crops from human consumption use to production of biofuels, Diouf identified the trend as a factor behind the food shortage, along with unusual weather patterns caused by climate change, increasing demand from fast-growing economies, such as China and India, and export restrictions by crop-producing countries.
He said those matters will be discussed extensively at a high-level international conference on food security that the FAO will host in Rome in early June. Fukuda is considering attending the event.
Japan has said the food crisis will be a key issue at the G-8 summit at Lake Toyako, Hokkaido, and is planning to offer more than $100 million in emergency aid ahead of the summit to alleviate the food crisis.
According to the FAO, more than 35 countries face food crises stemming largely from rising prices of grains. The food shortages have led to bloody riots and demonstrations in many developing countries.(IHT/Asahi: May 17,2008)
Até o Japão tem medo de crescer dependendo das exportações!
Exports again push up GDP growth
05/17/2008
THE ASAHI SHIMBUN
Japan's economy grew at a faster-than-expected pace during the January-March quarter, but uncertainty over the future also increased because the country remains heavily dependent on exports, analysts said Friday.
According to preliminary estimates released by the Cabinet Office on Friday, gross domestic product during the first quarter of this year rose by a seasonally adjusted 0.8 percent, or an annualized 3.3 percent, from the previous quarter in real terms.
Real GDP grew for the third straight quarter, supported by brisk exports to emerging economies and the European Union, which more than offset the decline in exports to the United States.
Overall exports of goods and services jumped by 4.5 percent, and net exports, or external demand, accounted for 0.5 percentage point of the 0.8-percent growth.
Private consumption, which accounts for more than 50 percent of real GDP, grew by 0.8 percent in the first quarter.
Although its growth rate was larger than the 0.4-percent increase in the October-December quarter of 2007, consumer spending was still too weak to drive overall economic growth.
Many private-sector think tanks are forecasting a decrease in summer bonuses for the second straight year-on-year decline.
In addition, private-sector investment in plants and equipment, which had spearheaded GDP growth along with exports, shrank by 0.9 percent during the January-March period, the first contraction since the April-June quarter of 2007.
Private-sector housing investment, which had plunged amid tightened regulations under the revised Building Standards Law, increased by 4.6 percent, the first growth in five quarters.
Overall, domestic demand contributed 0.3-percentage point to the 0.8-percent growth.
"Although domestic demand modestly contributed to the GDP growth, external demand played a larger role," a senior official of the Cabinet Office said.
It is unclear if the domestic economy can continue to grow after renewing a postwar record of uninterrupted expansion, given the noticeable slowdown in the U.S. economy since early this year, analysts said.
If the U.S. economy slips into recession, exports from emerging economies to the U.S. market will decline, potentially affecting Japan's exports to those countries.
The contraction in corporate investment in plants and equipment was caused by the sharp deterioration in business confidence amid soaring prices of crude oil and raw materials and the appreciation of the yen.
Such investment could shrink further.
Real GDP for all of fiscal 2007 rose by 1.5 percent from a year earlier, exceeding the government's forecast of 1.3 percent, but falling below the 2-percent level for the first time in five years.
GDP on a nominal basis increased by 0.6 percent in fiscal 2007, short of the government projection of 0.8 percent.
The nominal growth rate was lower than the real growth rate for the 10th straight year, underlining the deflationary trend.
During the January-March period, nominal GDP inched up 0.4 percent, or an annualized 1.5 percent, from the previous quarter.
The GDP deflator, which measures broader changes in commodity prices, fell by 1.4 percent from a year earlier, due partly to the stronger yen, which trimmed the yen-denominated value of exports.(IHT/Asahi: May 17,2008)
http://www.asahi.com/english/Herald-asahi/TKY200805170074.html
Imparcialidade?
O Le Monde colocou como uma de suas manchetes sobre a visita de Bush ao Oriente Médio, "Bush pena para convencer da sua imparcialidade".
Como? Bush quer mostrar imparcialidade? Esta é uma leitura equivocada, porque se tem algo de positivo no Bush é que ele não tem medo de assumir uma posição política mesmo que impopular. O que o Bush tenta é provar que não é um aliado incondicional de Israel, mas que a posição deriva apenas das posições corretas assumidas por Israel e com isso espera conclamar que os países árabes, e os palestinos em particular, adotem as posições corretas e contem também com o apoio americano.
É óbvio que é mentira, os EUA sempre serão mais próximos de Israel do que dos árabes. Mas imparcial Bush nunca pretendeu ser.
Os militares chilenos e a democracia. Eu fico com os mais de 40% dos chilenos que não acreditam no compromisso das forças armadas com a democracia!
SOCIEDAD-CHILE: Las Fuerzas Armadas después de Pinochet
Por Daniela Estrada
SANTIAGO, may (IPS) - "La sociedad chilena no está por el perdón y el olvido, está por la justicia" para las violaciones a los derechos humanos, dijo en entrevista con IPS el historiador y politólogo Claudio Fuentes, autor de un estudio que compara la percepción de los chilenos sobre sus Fuerzas Armadas entre 1991 y 2007.
El libro "Instituciones cautivas. Opinión pública y nueva legitimidad social de las Fuerzas Armadas", fue presentado el 15 de este mes en la sede de Flacso (Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales) en la capital chilena, con la asistencia del comandante en jefe del Ejército, general Óscar Izurieta.
Los responsables del estudio son también los sociólogos Augusto Varas y Felipe Agüero, junto con Fuentes, director de Flacso Chile y doctor en ciencia política de la estadounidense Universidad de Carolina del Norte.
En 1991, apenas comenzada la transición a la democracia tras 17 años de dictadura conducida por el general Augusto Pinochet (1973-1990), Flacso realizó una encuesta acerca de la imagen que tenía la población de las Fuerzas Armadas y del orden, cuya represión dejó unas 3.000 personas asesinadas y desaparecidas y otras 35.000 torturadas durante el régimen.
Tres meses después de la muerte de Pinochet, en diciembre de 2006, Flacso repitió el sondeo, analizando los cambios de percepción ocurridos en 16 años de gobierno de la centroizquierdista Concertación de Partidos por la Democracia.
Las encuestas, realizadas en la Región Metropolitana de Santiago, indican, por ejemplo, que aumentó la proporción de personas que piensan que es improbable o imposible un nuevo golpe de Estado (44 por ciento en 1991 y 70,1 por ciento en 2007).
Como los mayores responsables de los atropellos a los derechos humanos, los encuestados colocan a los altos oficiales de las Fuerzas Armadas y de seguridad (78,7 por ciento) y entre las instituciones lidera la lista el ejército (92,5 por ciento), seguido de Carabineros (policía militarizada).
Para Fuentes, una de las principales conclusiones del estudio es que "la sociedad chilena no está por el perdón y el olvido, está por la justicia", y aunque no hubo una pregunta específica sobre la muerte de Pinochet, el politólogo cree, a la luz de los resultados, que ésta contribuyó a despolitizar a las Fuerzas Armadas.
"A principios de la transición, las Fuerzas Armadas eran percibidas con bajo compromiso democrático, como un obstáculo para la democracia y muy asociadas a la figura de Pinochet", indicó el politólogo.
"Hoy aparecen como más profesionales y se ven elementos nuevos. Por ejemplo, se incrementa el atributo negativo de 'errores humanos' asociado a las FFAA", apunta Fuentes, lo que a su juicio se explica por la tragedia de Antuco, en mayo de 2005, cuando 45 jóvenes conscriptos murieron mientras realizaban un ejercicio de entrenamiento en la nieve.
Las Fuerzas Armadas han hecho un esfuerzo por modernizarse, proceso en el que se destaca la incorporación de la mujer en sus distintas ramas y la creación del programa de soldado profesional, sostuvo.
No obstante, un índice preparado por los autores con base en las respuestas de los encuestados en 2007 muestra que sólo 7,5 por ciento estimaron que el compromiso democrático de las Fuerzas Armadas es "muy alto", mientras que 46 por ciento pensaron que aún es "muy bajo".
En respuesta, el comandante Izurieta dijo en la presentación del libro que las Fuerzas Armadas tienen un compromiso "completo" y "sin regresión" con los derechos humanos y la democracia, agregando que "los países institucionalmente sólidos como Chile no necesitan que sus instituciones armadas declaren diariamente su adhesión al sistema democrático".
Claudio Fuentes habló de éste y otros temas con IPS.
IPS: -- ¿Cuánto ha cambiado la percepción de los chilenos sobre las Fuerzas Armadas en los últimos 18 años?
CLAUDIO FUENTES: -- Ha cambiado en algunos aspectos y en otros se ha mantenido. Primero, las Fuerzas Armadas tienen bastante legitimidad en el ámbito propio de la defensa. Cuando uno le pregunta a la ciudadanía, ¿usted cree que las Fuerzas Armadas deben existir?, tanto en 1991 como ahora, dice que sí (88,4 y 87 por ciento, respectivamente). Se valora la disciplina, el profesionalismo. Eso en general tiende a mantenerse.
Creo que hay un cambio importante en el ámbito de los derechos humanos. Hay una tendencia a preferir opciones de justicia y de educación para la resolución de problemas vinculados a violaciones a los derechos humanos. A nuestro juicio esto se explica por las políticas de Estado relacionadas con este tema y por los casos que han aparecido ante la justicia.
Finalmente, hay un aumento de actitudes nacionalistas y de percepciones de amenazas con respecto a Argentina y Perú entre la población. Con Argentina se explica por (las restricciones a las importaciones de) gas natural (de ese país desde 2004), y con Perú por las frías relaciones (de los últimos años).
--¿Qué cambios específicos ha habido en materia de derechos humanos?
--En 1991, el porcentaje de personas que pensaban que había que buscar mecanismos de justicia en los tribunales, aunque éstos ocasionaran problemas con los militares, era más bajo que el de hoy día (30,8 por ciento en 1991 y 44 por ciento en 2007).
Por otra parte, los dos principales temas que aparecen cuando se le pregunta a la gente qué debería hacerse para evitar violaciones a los derechos humanos en el futuro son justicia y después educación.
Y finalmente hay una baja en el porcentaje de personas que piensan que la amnistía es una solución: pasó de seis por ciento en 1991 a 3,9 por ciento en 2007. En síntesis, hay una mayor percepción de que la justicia es un camino para resolver estos temas.
--¿Cuáles son los principales factores que contribuyeron a variar la imagen de las Fuerzas Armadas?
--Primero, la salida del general Pinochet de la comandancia del ejército en 1998, ya que la identificación de su régimen con las Fuerzas Armadas afectaba negativamente la percepción de la opinión pública.
En segundo lugar, creo que después de 1998 las Fuerzas Armadas hicieron un esfuerzo por cambiar su imagen, donde se insertan, por ejemplo, las operaciones de paz. Y por último están las políticas de gobierno, entre ellas, la campaña de servicio militar voluntario, que tiene un gran impacto en los estratos socioeconómicos bajos, que poseen una mejor opinión de las Fuerzas Armadas hoy día que en el pasado.
--¿Se analiza en el libro el gesto del segundo sucesor de Pinochet en la jefatura del ejército, Juan Emilio Cheyre, quien pidió perdón a nombre de la institución por los atropellos cometidos durante la dictadura?
--No hay ninguna pregunta vinculada a ese tema, pero quizás el mayor impacto que se ve en la encuesta es que en 1991 el ejército aparecía como la institución que le ponía mayores problemas a los gobiernos (de la centroizquierda) y en 2007 aparece como la institución más colaboradora.
--¿Qué análisis hace sobre el aumento del nacionalismo que muestra el estudio?
--Creo que ahí hay un gran desafío para la política pública. Por un lado, somos cada día más globalizados, internacionalizados y receptores de inmigrantes, pero por el otro tenemos sentimientos muy fuertes de superioridad.
Por ejemplo, los chilenos se consideran más ingeniosos, más responsables y con Fuerzas Armadas más capacitadas que sus contrapartes bolivianas, peruanas y argentinas. Creo que eso es preocupante porque tenemos que generar en la sociedad chilena una cultura de tolerancia hacia los extranjeros.
-- Pero además, ¿los chilenos nos sentimos más amenazados, según el libro?
--Claro, es complicado cuando te sientes superior y amenazado. Pero afortunadamente los chilenos prefieren mayoritariamente soluciones pacíficas antes que confrontacionales. La política pública chilena ha hecho mucho en cooperación con Argentina, con Bolivia, pero eso la sociedad tiene que percibirlo.
(FIN/2008)
Alan García sofre recaída!
Alan García já foi de esquerda e sofreu uma recaída, na cúpula de Lima em seu discurso perguntou:
"¿Con qué autoridad moral podríamos seguir hablando de lucha contra la pobreza si no ponemos punto final a la locura de la carrera armamentista?"
Na graduação montei um enorme arquivo de artigos sobre a América Latina e sempre que encontrava algo que não era exatamente o que eu procurarava, mas me chamava a atenção eu tirava cópia. Um destes curiosos foi um dos discursos de Alan García, a revestia venezuelana que o publicou deu o título de "No hay democracía sin socialismo".
Já não se faz mais Alan Garcías como antigamente.
A idéia é boa, mas deveria ter uma sustentação em diferentes concepções políticas. Para ma boa idéia se difundir não basta convidar os amigos!
Tribunal de los Pueblos condena a transnacionales europeas
(PL).- El Tribunal Permanente de los Pueblos sancionó hoy "moral y éticamente" a las transnacionales europeas que operan en América Latina y cometen diversas ilegalidades y atentados contra los derechos humanos.
La Corte, que sesionó en el marco de la Cumbre Social paralela a la oficial V Cumbre de América Latina y el Caribe - Unión Europea en Lima, resolvió también denunciar a nivel mundial las conductas y prácticas políticas, económicas, financieras, productivas y judiciales del modelo neoliberal.
Esas conductas son ejecutadas y permitidas por los estados y las instituciones de la Unión Europea, bajo la argucia de promover el crecimiento y el desarrollo económico para combatir la pobreza y lograr el desarrollo sostenible, señala el dictamen.
El pronunciamiento del tribunal presidido por Fran§ois Houtart condena a las transnacionales de capitales privados y estatales europeos, por graves, claras y persistentes violaciones.
Añade que esas violaciones antentan contra los principios, normas, convenios y pactos internacionales que protegen los derechos civiles, políticos, económicos, sociales, culturales y ambientales de las comunidades, nacionalidades, familias y personas de los pueblos de la región.
El tribunal resolvió pedir al Consejo de Derechos Humanos de las Naciones Unidas que designe un Relator Especial para que a la brevedad presente a la Asamblea General una propuesta para caracterizar los conceptos de deuda ilegítima, ecológica e histórica.
El relator deberá proponer además la calificación de las violaciones de derechos económicos, sociales y culturales contra las personas y los pueblos por parte de gobiernos, instituciones financieras y corporaciones multinacionales, añade el dictamen.
Plantea que la ONU cree un Tribunal Internacional para el juzgamiento de los crímenes económicos y ambientales donde las víctimas individuales o colectivas puedan constituirse como parte accionante legitima.
También que los órganos de justicia internacionales y nacionales ventilen los casos tratados, que atañen a empresas como las españolas Repsol, BBVA y Unión Fenosa, la italiana Telecom, la alemana Bayer y otras.
Pide a los gobiernos y estados de la Unión Europea y a los organismos comunitarios que sometan sus relaciones económicas internacionales y sus decisiones económicas y de cooperación internacional, a los estándares de respeto de las convenciones, pactos internacionales y declaraciones y normas internacionales en materia de desarrollo humano, democracia y protección ambiental.
Propone igualmente que los tribunales reconozcan el derecho a recurrir a la justicia y demandar las responsabilidades y la reparación de eventuales violaciones de derechos por parte de empresas, instituciones financieras públicas y privadas, fuera de sus territorios.
Exige a las transnacionales y organismos financieros internacionales que abandonen la doble moral y asuman el compromiso de hacer efectiva una política que respete los derechos humanos.
Asimismo, pide exhortar a los estados y gobiernos de América Latina y el Caribe a garantizar la soberanía y dignidad de los pueblos antes que los intereses económicos privados e impidan la privatización de recursos fundamentales como agua, aire, tierra, semillas y patrimonio genético.
E os Ets podem se converter?
Permalink: http://www.zenit.org/article-18444?l=portuguese
Cristãos podem crer em outras formas de vida
Fala o diretor do Observatório astronômico vaticano
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 16 de maio de 2008 (ZENIT.org).- O fato de ser cristão não contradiz admitir outras formas de vida, afirmou o astrônomo e sacerdote José Gabriel Funes, S.J., diretor do Observatório astronômico vaticano.
O sacerdote argentino, de 45 anos, discutiu o tema em uma entrevista concedida ao jornal vaticano «L’Osservatore Romano», na qual sustenta que poderiam existir outros seres viventes além dos conhecidos, «porque não podemos pôr limites à liberdade criadora de Deus».
«Para dizer como São Francisco, se consideramos as criaturas terrestres como ‘irmãos e irmãs’, por que não poderíamos falar também de um ‘irmão extraterrestre’? Formaria parte da criação».
O sacerdote propõe observar a imagem evangélica da ovelha perdida. «O pastor --explica-- deixa as noventa e nove no redil para ir buscar a que se perdeu. Pensemos que neste universo possa haver cem ovelhas, correspondentes a diversas formas de criaturas. Nós, que pertencemos ao gênero humano, poderíamos ser justamente a ovelha perdida, os pecadores que necessitam do pastor».
«Ainda que existissem outros seres inteligentes --observa--, não quer dizer que tenham de ter necessidade da redenção. Poderiam ter permanecido na amizade plena com seu Criador».
Em caso contrário, acrescenta, «estou seguro de que também eles, de algum modo, teriam a possibilidade de desfrutar da misericórdia de Deus, como sucedeu a nós, os homens».
Segundo o sacerdote, «a astronomia tem um valor profundamente humano»: «Abre o coração e a mente», «ajuda-nos a situar na justa perspectiva nossa vida, nossas esperanças, nossos problemas».
Neste sentido, comenta, «é também um grande instrumento apostólico que pode aproximar de Deus».
Quanto à origem do universo, o padre Funes afirma que considera a teoria do ‘big bang’ a mais confiável desde o ponto de vista científico, ainda seguindo crendo «que Deus é o criador do universo e que nós não somos o produto da casualidade, mas filhos de um bom pai, que tem para nós um projeto de amor».
«A Bíblia fundamentalmente não é um livro de ciência --comenta--. É uma carta de amor que Deus escreveu a seu povo, em uma linguagem que remonta há dois ou três mil anos. Naquela época, obviamente, era totalmente estranho um conceito como o do ‘big bang’. Portanto, não se pode pedir à Bíblia uma resposta científica».
A fé e a ciência, acrescenta o jesuíta, «não são irreconciliáveis» e é portanto «necessário» um diálogo com os homens da ciência.
«É o que dizia João Paulo II e tem repetido Bento XVI: fé e razão são as duas asas com que se eleva o espírito humano --constata. Não há contradição entre o que sabemos através da fé e o que aprendemos através da ciência. Podem existir tensões ou conflitos, mas não devemos ter medo. A Igreja não deve temer a ciência e suas descobertas».
O maior obstáculo na relação entre fé e ciência, admite, é a «ignorância». Por um lado, os cientistas deveriam aprender a ler corretamente a Bíblia e a compreender as verdades de nossa fé. Por outro lado, os teólogos e os homens da Igreja deveriam atualizar-se sobre os progressos da ciência, para conseguir dar respostas eficazes às questões que esta apresenta continuamente».
«Lamentavelmente, também nas escolas e nas paróquias falta um itinerário que ajude a integrar fé e ciência. Os católicos frequentemente ficam relegados aos conhecimentos aprendidos no tempo do catecismo. Creio que este é um verdadeiro desafio do ponto de vista pastoral».
Nesta situação, o Observatório vaticano tem a tarefa de «explicar aos astrônomos a Igreja e à Igreja a astronomia».
«Somos como uma ponte, uma pequena ponte, entre o mundo da ciência e a Igreja. Ao longo desta ponte, não há quem vá em uma direção e quem vá em outra».
«Creio que o Observatório tem esta missão --conclui: estar na fronteira entre o mundo da ciência e o mundo da fé, para dar testemunho de que é possível crer em Deus e ser bons cientistas».
Para isso serve o Estado, proteger o cidadão mais fraco!
EconomíaCobrarán entre 10,50 y 12,99 bolivianos por litro de aceite en el mercado interno
Fino, IOL, Gravetal y Crisol autorizadas para exportar aceite
Industrias Oleaginosas SA (IOL), Industrias de Aceites SA Fino, Crisol y Gravetal están autorizadas para exportar aceite desde mañana luego de que aceptaran vender el litro de aceite en el mercado interno en un rango de 10,50 y 12,99 bolivianos.
El 19 de marzo, mediante el decreto supremo 29480, el gobierno prohibió la exportación de aceite para garantizar la provisión del mercado interno y obligar a los empresarios a bajar precios. Un mes después, el Ejecutivo emitió el decreto 29524 que dejó sin efecto la prohibición bajo la condición de que las empresas abastezcan el mercado interno y cobren entre 10,50 y 12,99 bolivianos por litro de aceite.
El viceministro de Comercio y Exportaciones Huascar Ajata anunció que Fino exportará nueve toneladas de aceite en bruto de soya, 1.400 toneladas de aceite refinado de soya, 14 mil toneladas de aceite en bruto de girasol y 1.500 toneladas de aceite refinado de girasol.
IOL exportará 20 toneladas de aceite en bruto de soya, 2 mil toneladas de aceite refinado de soya, 6 mil toneladas de aceite en bruto de girasol y 4 mil toneladas de aceite refinado de girasol. Crisol exportará 4 mil toneladas de aceite refinado de girasol.
La industria SAO hizo el trámite el 22 de abril y sólo falta que la transnacional Cargill haga lo propio.
El representante legal de IOL Vladimir Marinkovic precisó que si bien solicitaron a las autoridades permiso para exportar sus productos, eso no significa que acaten el decreto que reglamenta la exportación de aceite.
Parlamentarios del área económica felicitaron a las cuatro aceiteras por aceptar las condiciones del Poder Ejecutivo para exportar sus productos en el marco de garantizar la seguridad alimentaria en el país.
“Es un buen signo positivo porque han entendido que una de las prioridades de la agricultura nacional, de su función económica social, es precisamente garantizar la seguridad alimentaria para el pueblo boliviano”, comentó el presidente de la Comisión de Desarrollo Económico José Pimentel.
Por su parte, el presidente de la Comisión de Hacienda Gabriel Herbas señaló que los exportadores de aceite de Santa Cruz por fin decidieron asumir y adecuarse a lo establecido por el gobierno y a exportar por las vías legales.
Según Pimentel, la venta interna debería estar definida por los costos de producción, antes que por una especulación de tipo comercial. “Existe una realidad política y económica y es que la economía de Santa Cruz ha sido diseñada para abastecer el mercado del occidente del país y el mercado de naciones andinas y las únicas posibilidades de viabilizar estos mercados es precisamente pasar por el occidente de Bolivia”, dijo.
Herbas subrayó que los empresarios se perjudicaron por asumir acciones políticas y especulativas a favor de las prácticas asumidas por el prefecto y el comité cívico de se departamento. “Esto les ha llevado a un perjuicio de al menos 30 días de no exportar aceite”.
Herbas señaló que la creación de un Consejo de Exportación en Santa Cruz es una actitud demagógica e irracional que no tiene asidero legal ni aplicación práctica.
http://www.bolpress.com/art.php?Cod=2008051615&PHPSESSID=e33850b5ad6bc6123b65599356d333e7
Tribunal Permanente dos Povos, de um modo estranho o idealismo nas relações internacionais, liberal e de esquerda, se encontram
Cumbre de los Pueblos condena a transnacionales y neoliberalismo promovido por la UE
TeleSUR 16/05/08
La declaración de la III Cumbre de los Pueblos concluyó que la UE pretende beneficiar a las grandes multinacionales con los acuerdos comerciales que ya ha firmado o suscribirá con varios países y bloques comerciales de América Latina.
La III Cumbre de los Pueblos, celebrada de forma paralela a la Cumbre de Presidentes Latinoamérica, el Caribe y la Unión Europea, cerró este viernes en Lima con una fuerte condena al modelo de desarrollo neoliberal y a las empresas transnacionales, sobre todo a las europeas.
Criticaron que mientras en la cumbre de Lima los mandatarios hablan de cohesión social, cambio climático y reducción de la pobreza, no se discute las dos principales causas de estos flagelos: la primacía del mercado sobre los derechos humanos y el otorgamiento de todas las garantías a las poderosas transnacionales, "que eliminan la capacidad estatal de definir proyectos nacionales de desarrollo con la complicidad de los gobiernos".
"Las transnacionales actúan bajo un doble rasero apoyándose en las asimetrías que los Acuerdos de Asociación tienden a reforzar. En consecuencia, el discurso sobre Cooperación y Diálogo Político es la carnada que esconde el anzuelo de los intereses de esas corporaciones", añade el documento.
Denunciaron que los Acuerdos de Asociación que la Unión Europea ha firmado con países latinoamericanos como México y Chile, y que pretende rubricar con Centro América, la Comunidad Andina (CAN) y con el Mercado Común del Sur (Mercosur), sólo aumentarán su vulnerabilidad y dependencia económica, al tiempo que "fracturan" la dinámica de integración regional.
Para los asistentes la estrategia que busca la Unión Europea supone la implementación de las políticas de competitividad y crecimiento económico, que buscan beneficiar los intereses de las multinacionales europeas y profundizar las estrategias neoliberales.
"A pesar de que se pretende velar su naturaleza incorporando temas de cooperación y diálogo político, la esencia de la propuesta (de la UE) es abrir los mercados de capitales, bienes y servicios, proteger la inversión extranjera y reducir la capacidad del Estado de promover el desarrollo económico y social", agrega.
La estrategia comercial del bloque europeo reproduce, para América Latina y el Caribe, el mismo esquema de los Tratados de Libre Comercio (TLC) que impulsa Estados Unidos en la región.
"Para América Latina y el Caribe, esta estrategia reproduce el esquema de los Tratados de Libre Comercio que han suscrito la mayoría de países de la región con Estados Unidos y van más allá de las políticas de la OMC (Organización Mundial de Comercio) que rechazamos", afirman.
Gracias a estos TLC, los recursos naturales son explotados indiscriminadamente y en muchos casos estas actividades ocasionan el desplazamiento masivo de comunidades enteras y daños irreparables a la biodiversidad.
Advierten que los gobiernos de Latinoamérica que siguen "la receta del libre comercio" están estimulando la "fragmentación" regional, enfrentamientos nacionales y disputas entre las autoridades, todo esto para revertir los "avances democráticos estimulan la búsqueda de caminos propios de desarrollo en diversos países y de formas de integración al servicio de los pueblos".
Ante el modelo separatista que promueve el capitalismo, los pueblos del mundo proponen que es posible una integración entre latinos y europeos basada en la libre determinación, el respeto al medio ambiente, a los derechos humanos y a los procesos democráticos que lideran los gobiernos que quieren alejarse del neoliberalismo "y buscan para sus pueblos relaciones de igualdad con todos los países del mundo".
Hipocresía frente a crisis alimentaria
Rechazaron la hipocresía de la OMC, del Fondo Monetario Internacional (FMI), Banco Mundial (BM), del Banco Interamericano de Desarrollo (BID) y del Banco Europeo de Inversiones (BEI), frente a la crisis alimentaria planetaria, instituciones que pretenden esconder las verdaderas causas en el alza de los precios de los alimentos, que resumen en: pérdida del papel del Estado en la regulación alimentaria, exportación de la producción interna y la utilización de los rubros para producir agrocombustibles.
"Es inadmisible que se proponga, como salida a la crisis, más liberalización y desprotección. La producción masiva de agrocombustibles agrava las ya difíciles condiciones de vida de millones de habitantes. Rechazamos una vez más esta pretendida salida a la crisis energética y climática".
La Cumbre de los Pueblos se reunió durante cuatro días en la Universidad Nacional de Ingeniería, en Lima.
La próxima Cumbre de los Pueblos se celebrará en España en 2010, también en paralelo con la de América Latina, el Caribe y la Unión Europea (ALC-UE).
Transnacionales culpables
Como todos los años, el Tribunal Permanente de los Pueblos (TPP) realizó un juicio simbólico, en esta ocasión a 24 transnacionales que operan en América Latina y el Caribe, acusadas de atentar contra la salud humana y graves daños al medio ambiente.
La corte aprobó por unanimidad una "condena ética y moral", que será entregado a las propias empresas, a la Comisión Europea , a los presidentes y jefes de gobierno que asistieron a la cumbre de Lima y a los demandantes.
Los casos fueron divididos en varios campos: salud humana y natural, violación de derechos laborales, casos de corrupción, vulneración de los derechos de comunidades indígenas y afrodescendientes y daño al sistema financiero de países, entre otros.
Reconoció, asimismo, la deuda historica con estos pueblos producto de la "invasión, conquista y colonización de sus territorios desde el siglo XV".
Entre las poderosas empresas juzgadas destacan la alemana Bayer, las petroleras Shell y Repsol, así como la eléctrica española Unión Fenosa, que opera en varios países de Centroamérca.
A la Bayer, por ejemplo, se le denuncia intoxicación 44 niños y la muerte de 24 niños indígenas, en la Comunidad de Tauccamarca, en México.
Con respecto al desplazamiento injustificado de poblaciones, el TPP comprobó que en varias ocasiones se expulsó a "las comunidades de sus tierras, a menudo con violencia de parte del ejercito, de la policia o de grupos armados irregulares", para que pudieran instalarse las industrias foráneas.
El TPP resolvió: "Sancionar moral y éticamente y denunciar en el foro internacional a las corporaciones multinacionales con capitales privados y estatales de origen europeo, por graves, claras y persistentes violaciones a los principios, normas, convenios y pactos internacionales que protegen los derechos civiles, políticos, económicos, sociales, culturales y ambientales de las comunidades, nacionalidades, familias y personas de los pueblos de América Latina y el Caribe".
Además pidieron a la Organización de Naciones Unidas (ONU) , que a través de su Consejo de Derechos Humanos designe a un relator especial que presente pronto un informe que contenga la propuesta para el jusgamiento a las empresas por sus crímenes.
El Trubunal Permanente de los Pueblos fue creado en 1979 como sucesor de los Tribunales Russell sobre Vietnam (1966-1967) y sobre las dictaduras de América Latina (1974-1976).
TeleSUR - Efe - Afp - CDLP / mm - MC
http://www.telesurtv.net/noticias/secciones/nota/index.php?ckl=27959-NN#
Ao contrário do que a moça pensa, sermos esquecidos só pode ser motivo de alegria, alegria contida, para não sermos lembrados, mas alegria!
América Latina, olvidada en el voto estadounidense
by Lydia Chavez
Berkeley - A medida que se acorta la carrera presidencial, los latinoamericanos pueden observar e imaginar lo que Hillary Clinton, Barack Obama o John McCain podrían hacer por sus países si llegan a la presidencia. ¿Cuál candidato es el mejor para América Latina? ¿Hay alguna diferencia si Barack Obama o Hillary Clinton se convierten en el nominado del campo demócrata, e importa si uno de ellos o el Republicano John McCain triunfa en noviembre?
Por décadas, el comercio ha sido el modus operandi de la política exterior estadounidense en la región, pero algunas administraciones han tenido planes más amplios. ¿Alguien recuerda la política de Jimmy Carter, impulsada por el tema de los derechos humanos? ¿O las eras de intervencionismo de Reagan y Bush I que, dependiendo del punto de vista que tenga uno, salvaron la región de los revolucionarios o suprimieron el cambio que se necesitaba?
Guste o no, Carter y Reagan mostraron agudos contrastes en la manera como abordaron a América Latina. Sin embargo, en los últimos 16 años los presidentes demócrata y republicano Bill Clinton y George W. Bush han ofrecido prácticamente lo mismo: libre comercio al extremo.
Hay sólo indicios muy sutiles de que los Senadores Obama y Clinton o incluso el Senador McCain tengan intenciones distintas, por lo que intentar analizar sus posturas para decidirse por uno sobre el otro es más difícil que adivinar quién ganará la Copa Mundial de Fútbol.
Por ahora, el mayor problema que representa la región para los norteamericanos son los 12 millones de inmigrantes indocumentados que, se estima, hay en Estados Unidos, la mayoría de los cuales habla español. Dígase lo que se diga sobre el libre comercio, en varios países los seres humanos han reemplazado al azúcar, las bananas y el café como principal exportación.
Entonces, una primera pregunta para América Latina debería ser: ¿en qué se diferencian los candidatos en cuanto al trato a sus compatriotas que se encuentran indocumentados en los Estados Unidos? ¿Les permitirán quedarse y seguir enviando miles de millones de dólares en remesas?
Si bien la extrema derecha del Partido Republicano preferiría que estos inmigrantes regresaran a casa -medida que sería devastadora tanto para América Latina como para Estados Unidos- los tres candidatos tienen una postura más sensata.
McCain, Clinton y Obama apoyan una "reforma integral", palabras en clave para el ying y el yang de manejar el sentimiento antiinmigración aquí: dad a los estadounidenses algunas promesas de hacer que las fronteras sean más seguras y se tragarán el darles a los indocumentados una vía para acceder a la ciudadanía. (Nadie menciona en este toma y daca que Estados Unidos ya ha destinado miles de millones a asegurar las fronteras y que, no obstante, cerca de 500.000 inmigrantes ilegales se las arreglan para venir, pero esa es harina de otro costal.)
La propuesta de ley más reciente en el Congreso hace la vía a la ciudadanía casi tan difícil como cruzar la frontera, y los tres candidatos la apoyaron. Sin embargo, si se busca valentía sobre el tema de la inmigración, puede que el Senador Obama, de padre africano y madre estadounidense, tenga más que mostrar que los otros. Ha sido el único candidato que ha defendido el derecho de los indocumentados a obtener una licencia de conducir legal, propuesta impopular para muchos votantes. Aunque fue necesario un círculo de prostitución para derribar al ex Gobernador Eliot Spitzer, su plan de dar licencias de conducir a los inmigrantes ilegales de Nueva York -medida que según la mayoría de los expertos es de todo sentido común en términos de garantizar una mayor seguridad vial- demostró ser su primer error de cálculo. Hasta el entonces popular líder tuvo que archivarlo.
De modo, que a falta de una visión de largo plazo -quizás llegue tras las elecciones- volvemos al comercio como factor predominante del debate que pueda existir acerca de América Latina en la campaña. Aunque Clinton y Obama han insistido en que el Tratado de Libre Comercio de América del Norte (NAFTA) se renegociará en función de las inquietudes laborales y medioambientales -incluso llegando a amenazar con retirarse del acuerdo- es altamente improbable que esa retirada llegue a concretarse.
Los acuerdos tienen un apoyo generalizado en el Congreso. Sin embargo, Obama fue el primero que habló, y de manera más insistente, sobre un libre comercio más equitativo, por lo que es más probable que termine adoptando una postura diferente a la de sus rivales. Además, el Gobernador Bill Richardson de Nuevo México y ex Embajador de EE.UU. en las Naciones Unidas, que tiene orígenes latinoamericanos y ahora apoya a Obama, tiene afinidad con América Latina. De hecho, recientemente participó en las negociaciones con Venezuela y Colombia para liberar a los rehenes de las FARC.
Obama se ha opuesto sistemáticamente a un acuerdo de libre comercio con Colombia. Clinton, aunque ahora se opone, antes se había manifestado a favor y McCain le daría hacia adelante hasta firmarlo. Sin embargo, lamentablemente se trata de apenas un acuerdo comercial, no de una visión. Y, si Obama puede llegar a indicar que tiene una, todavía es necesario que la enuncie.
Los latinoamericanos podrían incluso preguntar si los candidatos realmente se interesan en ellos. Después de todo, la producción de etanol basado en maíz estadounidense está haciendo subir notablemente los precios de los alimentos y esto a nadie en la carrera presidencial parece importarle. En materia de etanol los candidatos están todos de acuerdo, lo que sólo puede significar una cosa: las tortillas van a subir de precio. Considerando lo que los candidatos han dicho hasta ahora acerca de América Latina, es poco probable que esta tendencia cambie.
Lydia Chávez, profesora de la Universidad de California en Berkeley, se encuentra preparando un libro acerca de América Central, Forgotten Battlefields.
O perigo não é os EUA se aproximarem da China e esquecerem o Japão, é o Japão se aproximar da China. Aos EUA interessam o conflito entre a China e o Japão!
El futuro de la alianza entre los Estados Unidos y el Japón
by Joseph S. Nye
Cambridge – Muchos analistas advierten actualmente un malestar en el Japón en relación con su alianza con los Estados Unidos. Tiene que ver en parte con las armas nucleares de Corea del Norte y la preocupación por que los EE.UU. no defiendan adecuadamente los intereses del Japón (como, por ejemplo, pedir cuentas sobre el caso de los ciudadanos japoneses raptados por Corea del Norte hace años.) Otras cuestiones se refieren a la base de infantería de marina de Okinawa y el reparto de los costos del traslado de parte de sus efectivos a Guam. Se trata de una lista larga, pero la mejor forma de concebir esas cuestiones es la de considerarlas “domésticas”: no son pocas las parejas que pueden discutir sobre ellas sin pensar en divorciarse.
Sin embargo, existe un nivel más profundo de descontento, relacionado con el temor del Japón a quedar marginado a medida que los EE.UU. se vuelven hacia una China en ascenso. Por ejemplo, algunos japoneses se quejan de que China recibe mucha más atención que el Japón en la campaña electoral americana. Semejante ansiedad no es de extrañar: las capacidades de defensa americanas y japonesas no son simétricas, lo que ha de inquietar por fuerza a la parte más dependiente.
A lo largo de los años, se han hecho diversas propuestas con vistas a volver mas simétrica la alianza, incluida la conversión del Japón en un país “normal” con toda una panoplia de capacidades militares, incluidas las armas nucleares, pero semejantes medidas plantearían más problemas de los que resolverían. Aun cuando el Japón las aplicara, seguirían sin igualar la capacidad de los EE.UU. ni eliminar la asimetría. Vale la pena observar que durante la Guerra Fría los aliados europeos de los Estados Unidos, pese a sus capacidades militares, tuvieron preocupaciones similares sobre su dependencia y posible abandono.
La verdadera garantía de la decisión americana de defender al Japón es la presencia de las tropas y las bases de los EE.UU. y la cooperación en materia de asuntos –como, por ejemplo, la defensa mediante cohetes balísticos– encaminados a proteger a la vez a los americanos y a los japoneses. Además, hay dos respuestas válidas a la pregunta de si los EE.UU. abandonarían al Japón a favor de China: relativas a los valores y la amenaza.
El Japón y los EE.UU. son, a diferencia de China, democracias los dos y comparten muchos valores. Además, tanto el Japón como los EE.UU. afrontan un desafío común por parte del ascenso de China y tienen un profundo interés en que no llegue a ser una amenaza. Los EE.UU. consideran que una relación triangular Japón-China-EE.UU. es la base de la estabilidad en el Asia oriental y desean que existan buenas relaciones entre los tres países, pero no se trata de un triángulo equilátero, porque los EE.UU. están aliados con el Japón y, si mantienen su alianza, China no tiene por qué llegar a ser una amenaza para ninguno de esos dos países.
Por otra parte, no se debe exagerar la potencia de China. Una reciente encuesta de opinión indica que un tercio de los americanos creen que China “pronto dominará el mundo”, mientras que el 54 por ciento considera su ascenso una “amenaza para la paz mundial”. No cabe duda de que, calculada mediante los tipos de cambio oficiales, China es la cuarta economía mundial y está creciendo a un ritmo del 10 por ciento anual, pero la renta por habitante de China representa sólo el 4 por ciento de la de los EE.UU. Si las economías de los dos países siguen creciendo a sus tasas actuales, la de China podría ser mayor que la de los Estados Unidos dentro de treinta años, pero la renta por habitante de los EE.UU. seguirá siendo cuatro veces mayor. Además, la de China esta muy rezagada en potencia militar y carece de los recursos de “poder blando” de los Estados Unidos, como, por ejemplo, Hollywood y las universidades de talla mundial.
También la evolución interior de China sigue siendo incierta. Desde 1990, ha sacado a cuatrocientos millones de personas de la pobreza, pero otros 400 millones viven con menos de dos dólares al día. Junto con una inmensa desigualdad, China tiene una mano de obra migrante de 140 millones de personas, una grave contaminación y una corrupción galopante. Además, su evolución política no ha ido a la par con su progreso económico. Si bien más chinos son libres hoy que nunca en su historia, China dista mucho de ser libre. El peligro es que los dirigentes del Partido, al intentar contrarrestar la erosión del comunismo, recurran al nacionalismo para que sirva de nexo de cohesión, lo que podría propiciar una política exterior inestable… incluido, por ejemplo, un conflicto con Taiwán.
Frente a semejante incertidumbre, una política sensata ha de combinar el realismo con el liberalismo. Reforzando su alianza, los EE.UU. y el Japón pueden protegerse contra la incertidumbre y al tiempo ofrecer a China la integración en las instituciones mundiales como “copartícipe responsable”. El mayor peligro es el de que una intensificación del miedo a la enemistad en los tres países se convierta en una profecía destinada a cumplirse inexorablemente. A ese respecto, la alianza entre los Estados Unidos y el Japón se basa en intereses conjuntos muy profundos.
Sin embargo, existe una nueva dimensión de la alianza y de la relación con China. Este año, China superó a los EE.UU. como mayor emisora del mundo de los gases que provocan el efecto de invernadero. China sostiene, con razón, que sigue detrás de los EE.UU. y del Japón en emisiones por habitante, pero eso no reduce los costos impuestos al mundo (incluidos los EE.UU. y el Japón). Un programa de cooperación que ayude a China a quemar su carbón de forma más limpia interesa a los tres países.
En general, las amenazas transnacionales, como, por ejemplo, el cambio climático o las pandemias, pueden causar daños equivalentes a un conflicto militar. (En 1918, la gripe aviar mató a más personas que la primera guerra mundial). Para afrontar dichas amenazas es necesaria la cooperación, el poder blando e instrumentos no militares y ése es un sector en el que el Japón es un aliado mucho más igual e importante. Si acaso, la nueva dimensión en aumento de las amenazas transnacionales, si se suma a las preocupaciones tradicionales por la seguridad, hace que el futuro de la alianza entre el Japón y los Estados Unidos parezca más prometedor que nunca.
Joseph S. Nye, ex Subsecretario de Defensa de los Estados Unidos, es profesor en la Universidad de Harvard y su libro más reciente es The Powers to Lead (“Las capacidades para dirigir”).
Onde estão os defensores da democracia? Onde estão as manifestações contra o terceiro mandato de Uribe? Por que a Miriam leitão ainda não se manifestou? E a capa da Veja?
Partido Liberal y Polo Democrático: Tercer mandato de Uribe sería grave para la democracia
TeleSUR 18/05/08
Los directores de los colombianos Partido Liberal y Polo Democrático coincidieron en una reunión al afirmar que un tercer mandato de Álvaro Uribe "sería grave para la precaria democracia colombiana".
Así lo aseguró el presidente del opositor Polo Democrático, Carlos Gaviria, en una entrevista concedida al diario conservador colombiano El Tiempo.
"El ex presidente César Gaviria, director del Partido Liberal, y nosotros estamos de acuerdo en que sería grave para la precaria democracia colombiana un tercer período del presidente Uribe", dijo el dirigente del Polo Democrático.
Durante la reunión, -informó Gaviria- los políticos abordaron el tema de la crisis institucional que vive actualmente el Congreso colombiano, producto de la "parapolítica".
En ese sentido, adelantó que ambas toldas políticas están trabajando en la búsqueda de soluciones a la crisis.
Gaviria vio como positivo que la realidad de la crisis esté saliendo a flote, pues a su juicio "no puede marchar bien una sociedad a base de mentiras".
"Cuando la verdad empieza a salir a flote, produce traumatismos, pero estos se van superando. Pero deben superarse sobre la base de que la gente tenga plena conciencia de lo que está pasando. Lo que está ocurriendo es muy grave y a mi juicio es que la gente no se ha dado cuenta de la gravedad de la situación", advirtió.
TeleSUR - El Tiempo / av - AV
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Repercussão da saída de Marina Silva
15/05/2008 - 06h17
Saída de Marina é golpe para futuro do planeta, diz jornal
Da BBC Brasil
A renúncia da ministra do Meio Ambiente Marina Silva foi descrita pelo jornal britânico "The Independent" como um "golpe para o futuro do planeta".
No editorial de título "Salvem os pulmões de nosso planeta", publicado nesta quinta-feira, o jornal destaca que, cinco anos atrás, a ministra foi nomeada como o "anjo da guarda" da Amazônia, mas desde então vinha travando batalhas com fazendeiros e madeireiras.
"Ela freqüentemente parecia uma voz solitária no governo brasileiro -derrotada em votações como a introdução de grãos geneticamente modificados, a construção de uma nova usina nuclear e em projetos maciços de infra-estrutura, incluindo duas grandes represas para hidrelétricas e a construção de uma nova estrada na floresta."
Segundo o jornal, a Amazônia deveria ser uma preocupação mundial. "É fácil para as nações ricas condenar uma economia emergente que sucumbe às pressões comerciais e abandona o meio ambiente. Mas este não é o problema de apenas um país. As mudanças climáticas são o maior fracasso do mercado já visto no mundo; aqueles que poluem, geralmente, não são os que pagam. A Amazônia é um recurso precioso para o mundo todo e pelo qual nós todos devemos assumir responsabilidade", afirma o editorial.
O "Independent" ainda cita um relatório encomendado pelo governo do Reino Unido, o Sterns Report, que recomenda o fim do desmatamento como a melhor e mais barata forma de combater o aquecimento global -e que não exige sequer inovações tecnológicas.
Essa iniciativa consumiria "apenas a vontade política e cerca de US$ 80 bilhões, uma conta relativamente baixa se for paga por todo o mundo", afirma o jornal.
"O relatório Stern identificou onde o dinheiro deveria ser gasto: esclarecer os direitos de propriedade sobre florestas, fortalecer o cumprimento da lei e pagar, a partir de fundos públicos, para conter a atração do dinheiro de interesses já fixados", diz o "Independent".
"O Brasil não vai pagar", diz o jornal. "E por que deveria pagar por algo que vai beneficiar todo o mundo?"
O editorial conclui dizendo que "chegar a um acordo internacional viável é o desafio para o próximo Kyoto. Mas uma coisa é clara. Esta parte do Brasil é muito importante para deixar para os brasileiros. Se perdermos as florestas, perdemos a luta contra o aquecimento global."
A renúncia da ministra também foi destaque em vários outros jornais. O "The Guardian" afirma em reportagem que o "medo pelo futuro da maior floresta tropical do mundo aumentou ontem, depois da renúncia repentina da ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva".
Na França, o "Le Monde" destaca que a carta de demissão de Marina Silva chegou ao presidente Luís Inácio Lula da Silva na mesma hora em que o anúncio era feito à imprensa.
Na Espanha, o "El País" afirma que Lula "deu as costas à maior defensora da Amazônia", destacando que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, "sua rival no governo", é quem ganha com a demissão.
Em artigo relacionado, o "El País" destaca ainda a "volatilidade" do governo Lula, afirmando que os ministros "não duram muito".
O britânico "Financial Times" também destacou a saída de Marina Silva da pasta do Meio Ambiente. Segundo o jornal, a ex-ministra se demitiu depois de se ver cada vez mais isolada no governo. A gota d'água para Marina parece ter sido a indicação de Roberto Mangabeira Unger, o ministro de Assuntos Estratégicos, para cuidar de um novo plano par
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Por isso, a economia é linda! Permite pensamentos engenhosos, intricados, com muitas variáveis. Pena que na maior parte do tempo é só isso, pensamentos!
São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 2008
ANTONIO DELFIM NETTO
A proposta Belluzzo
EXISTE UMA pressão sobre os preços, em todos os países do mundo, alimentada por uma combinação de fatores: 1º) a desvalorização da unidade de conta do mercado internacional, o dólar americano; 2º) para cada produto, o aumento depende da natureza dos fundamentais: da estrutura da oferta e da sensibilidade da demanda; 3º) a desesperada especulação dos "hedges funds".
O primeiro efeito é facilmente constatável comparando o "The Economist commodity-price index" (2000 = 100) medido em dólares (260 em abril) com o medido em euros (150 em abril): a mesma "cesta de produtos" custa 70% "mais caro" em dólar. O segundo é visível na forma incompetente e descuidada que o mundo tratou o setor agrícola: os países desenvolvidos, com subsídios ou "quotas", sustentaram sua agricultura ineficiente e impediram que os emergentes aumentassem sua produção; no setor mineral, estimulou-se a cartelização e o controle da oferta no curto prazo e, finalmente, no setor do petróleo, reduziu-se o investimento na pesquisa de reservas, na exploração e no refino. Seus lucros foram desviados para os "fundos soberanos". O Brasil não é (nem poderia ser) uma exceção.
Chegamos a abril com um IPCA anual de 5%, ligeiramente acima da meta (4,5%), mas dentro da margem de manobra do Banco Central.
Nossa dificuldade é que terminou a mágica de utilizar a política monetária para valorizar o câmbio e absorver choques externos. Como resolver o problema de manter o nível de demanda do setor privado e estimular o "espírito animal" do empresário para aumentar a capacidade produtiva sem exacerbar a pressão sobre os preços? É evidente que, sem a ajuda da política fiscal, a política monetária não poderá resolvê-lo.
Simplesmente aumentar a taxa de juros é uma custosa não-solução. A resposta está em cortar a demanda do governo. É preciso manter o superávit primário necessário para continuar a reduzir a relação dívida do governo/PIB (que exerce pressão sobre a taxa de juros) e, além dele, reduzir as despesas de custeio do governo.
Vai nesta linha a sugestão que o ilustre e competente professor Luiz Gonzaga Belluzzo apresentou ao governo. O superávit fiscal (excedente ao necessário para administrar a dívida) seria da ordem de 1% a 1,5%. Como há um "multiplicador fiscal" que depende das condições monetárias, da propensão a consumir e da propensão a importar, seu efeito sobre a demanda global seria próxima a 2% do PIB. Isso reduziria as pressões sobre os preços e não comprometeria a ampliação da oferta global que sustentará o crescimento futuro. Mas, para isso, o excedente deve permanecer indisponível na caixa do Tesouro.
A integridade deixa o governo!
A saída da ministra Marina Silva do governo é um sinal positivo para o país. Ainda existe quem preste na política brasileira. Ela faz política, mas não abandona os princípios. Há um limite para negociar princípios, e quando estes limites são ultrapassados, ela não aumenta o preço, mas deixa o cargo. Faltam políticos que deixem o cargo por princípio. O Lula fez um piadinha infame que ela queria ser candidata a santa. Mas é isso. Se ainda vívessemos num mundo religioso, este certamente seria o destino da ministra, porque sua história de vida é exemplar, é colocar o sofrimento pessoal a serviço das causas coletivas. Certamente, a saída dela abala a imagem do governo e apenas com isso irão se preocupar. Mas o mais importante é que a sua saída esvazia o governo de princípios, idéias e integridade.
terça-feira, 6 de maio de 2008
E no fim os bancos sempre lucram, mesmo que a atividade seja seqüestro de barcos!
La intermediación en los pagos de rescates por secuestros de barcos aparece como oportunidades de negocio para la City según la información mediática del caso del pesquero vasco Playa de Bakio.
Tras días de angustia por la espera, a cualquier ciudadano le resulta humanamente comprensible que los familiares de los marineros del pesquero Playa de Bakio, secuestrado en las lejanas costas de Somalia, digan que les da igual lo que hayan pagado o hayan dejado de pagar por el rescate y desconozcan las gestiones y las negociaciones con los "abogados" de Londres para lograr su liberación.
Pero más allá de la resolución de este último secuestro y dejando a un lado los graves problemas que plantea la cuasi destrucción de algunos Estados africanos, como en el caso de Somalia, los responsables políticos del gobierno y de la oposición deberían preguntarse por qué unos hechos producidos en el cuerno de Africa se resuelven mediante transferencias bancarias desde la City londinense.
Aunque hace unos días en el caso del secuestro del yate de recreo francés Ponant se siguieron unas pautas distintas para el pago del rescate, se practicó el camino de Londres hace ya unos años para la negociación del pago del rescate por el secuestro de otro barco vasco, el Albacora IV, en cuantías también difíciles de precisar; y otras informaciones apuntan que Londres facilita mucho este tipo de transacciones ilegales. Porque abundan los indicios, cuando no las pruebas, de que este tipo de transacciones han pasado a formar parte de la operativa ordinaria de los centros financieros internacionales dada la carencia de controles estatales sobre los pagos y los flujos financieros en general, sean legales o ilegales.
¿Qué autoridades policiales pueden prevenir y perseguir esos pagos internacionales por rescates en secuestros, cuando los Estados miembros de la Unión Europea tienen prohibido cualquier restricción para los movimientos de fondos fuera del mercado interior comunitario?
Precisamente la ventaja competitiva de la City en las finanzas estriba en la oferta de mayor desregulación frente a la competencia de Nueva York, por ejemplo, según argumentaban hasta hace unos meses significados dirigentes de Wall Street, que consideran que la Bolsa neoyorquina se ha visto perjudicada por los requisitos introducidos por la legislación estadounidense tras los escándalos de Enron. Pero, sobre todo, las altas comisiones que se devengan en las operaciones financieras complejas, como las del pago de rescates, son un incentivo para los profesionales especializados y para la banca que hacen caso omiso de las supuestas autorregulaciones y de los livianos trámites administrativos antiblanqueo en vigor. La City de Londres es una pieza muy importante de La Europa Opaca de las Finanzas, como se analiza en el libro con ese título ha publicado Icaria.
Porque "la City de Londres está en el corazón de los mercados financieros mundiales" ya que dispone de" una concentración singular de capital y conocimiento experto en el plano internacional, con un sistema normativo y legal de apoyo, unas comunicaciones avanzadas y una infraestructura de tecnología informativa y una concentración de servicios profesionales sin parangón", como se asegura en su propia web. Y por volumen de activos, Londres es el mayor centro internacional y el más consolidado, seguido de Nueva York, aunque la proporción de los negocios internacionales respecto a los domésticos es mucho mayor en la City; con un mercado de eurobonos corporativos de 3 billones de dólares que emiten libre de impuestos los grupos multinacionales y se negocian en la Bolsa de Londres (LSX).
Además, los informes recientes de la Oficina estadounidense contra el Narcotráfico (US Bureau for Internacional Narcotics and Law Enforcement Affairs) subrayan otra dimensión relevante de la City, que "sigue siendo atractiva para los blanqueadores de dineros sucio por razón de su dimensión, sofisticación y reputación en los mercados financieros". Y múltiples despachos de abogados, consultoras y auditoras de la City tienen enlaces y representaciones en la Isla de Jersey y las otras del Canal, la Isla de Man y los centros offshore del Caribe, que se ofrecen entre sus ventajas competitivas para operaciones financieras internacionales opacas, como el pago de secuestros. Desde la perspectiva de la Unión Europea, es una muestra de la unfair competition del Reino Unido con sus socios europeos.
domingo, 4 de maio de 2008
O interessante que a direita sempre considera mais importante o direito das minorias!
Cuando las minorías no quieren reconocer los derechos de las mayorías
Miguel Lora Fuentes
¿No hay mal que dure cien años ni cuerpo que lo resista? Los explotados de Bolivia, en su mayoría de origen indígena, enfrentan ya más de cinco siglos de exclusión. A los habitantes originarios de estas tierras los sometieron con la cruz y la espada durante la colonia; los persiguieron y arrebataron sus tierras en la república; la revolución democrático burguesa de 1952 ignoró su cultura y cuando conquistan el poder estatal por la vía democrática en los inicios del Siglo XXI y reclaman el reconocimiento constitucional de su cultura comunitaria, las clases dominantes minoritarias los acusan de querer instaurar el “primer Estado fascista y racista en América Latina”.
Caracteriza el momento histórico la profunda crisis de la economía de mercado, de la democracia liberal y de los fundamentos mismos del viejo Estado republicano colonial, monocultural, centralista y excluyente que no habían sido revisados desde la fundación de la República.
El momento constitutivo actual abierto por los movimientos indígena-populares se asemeja al período comprendido entre los años 40 y 50 del siglo XX, en el que la pugna por el poder entre la “rosca” y el movimiento popular marcó el preludio de la revolución nacionalista de 1952.
La novedad es que los pueblos indígenas son los retadores y cuestionadores del viejo Estado que vivió subordinado a potencias extranjeras y que fue el artífice de la sociedad con clases sociales racializadas de la actualidad. Decididos a librarse de su maldita heredad colonial, los sectores históricamente excluidos que nunca fueron reconocidos como sujetos con derechos políticos reorientan el rumbo del Estado e intentan consolidar reformas en la estructura económica, social y en el sistema cultural e institucional del país.
Se ha “desprivatizado el ejercicio de la política” que estaba en manos de los partidos del sistema, y ahora las masas populares irrumpen en la política apropiándose del espacio democrático burgués y del instrumental jurídico normativo con el que fueron dominadas históricamente. El Vicepresidente Alvaro García Linera define a esta coyuntura en términos “leninistas”: “Es el momento de irrupción de las masas (…) los indios en Bolivia han decidido ser actores políticos y tomar decisiones, este es el hecho político más importante de la historia republicana y que ha dado muerte al modelo neoliberal”.
Se ha cristalizado en la mente de las clases sociales explotadas una visión distinta de Estado, y está comenzando a emerger una Segunda República cuyo sustento es la civilización comunitaria ignorada desde la fundación de la República.
Desde principios del nuevo siglo se construye un “nuevo sujeto social plural” que reclama un nuevo proyecto de nación. Se ha roto con el viejo Estado colonial, republicano y neoliberal y se asume el reto histórico de construir colectivamente el nuevo Estado Unitario Social de Derecho Plurinacional Comunitario, en pos de una Bolivia verdadera (democrática, productiva, portadora e inspiradora de la paz, comprometida con el desarrollo integral y con la libre determinación de los pueblos).
Sin moverse un milímetro de los marcos conservadores del paradigma liberal agotado, los sectores políticos y empresariales más reaccionarios han renunciado a la confrontación democrática de ideas y apelan a las tácticas propias del fascismo para impedir las transformaciones impulsadas por la inmensa mayoría.
Minorías atrincheradas en las regiones de la “media luna”, timoneadas por la burguesía agroindustrial latifundista y comerciante vinculada a las transnacionales, violan abiertamente las reglas democráticas: desprecian la institucionalidad, cometen el delito de sedición, convocan abiertamente al desacato y organizan de facto republiquetas independientes del poder central.
En busca del pluralismo
La derecha entiende que el trasfondo del programa de transformaciones actual es “la dominación de un grupo social sobre otro”; el “cercenamiento” de las libertades políticas, económicas y culturales, y la construcción de un “Estado racista” con la “constitucionalización” del término “indígenas originarios campesinos”, que según el diputado de Podemos Walter Javier Arrázola Mendivil no tiene sustento sociológico ni histórico y que rompe el principio universal de “ciudadanía”.
Las fuerzas políticas conservadoras entienden que sólo las Naciones y Pueblos descendientes de habitantes “originarios” antes de la conquista española son reconocidos por la nueva Constitución Política del Estado, en tanto que otras identidades societales construidas en los últimos 500 años, como los mestizos, no tienen valor alguno.
La derecha asegura que la nueva Carta Magna “crea ciudadanos de primera y segunda” y que soslaya al “mestizaje”. De esta forma, el “ser indígena” se convierte en un mecanismo de acenso social y económico, en una especie de “revanchismo cultural y económico”. ¿Es realmente así?
Desde el inicio de los tiempos poblaron el territorio nacional diversidad de culturas con rostros diferentes que no conocieron el racismo hasta que comenzó la colonia, se describe en el preludio del proyecto de Carta Magna aprobado a fines de 2007.
Ahora, el pueblo boliviano se propone construir un nuevo Estado verdaderamente pluralista, inspirado en la memoria de sus mártires y en las luchas sociales e indígenas del pasado. Las mayorías indígenas-campesinas-obreras llevan adelante una revolución democrático burguesa; no buscan aniquilar a las minorías políticas conservadoras sino que reclaman el respeto e igualdad entre todos.
Lo único que busca la emergencia indígena, precisa García Linera, es la igualdad, nada más ni nada menos. De ahí que la premisa es la construcción de un Estado respetuoso del pluralismo político, económico, jurídico, cultural y lingüístico, y sobre todo promotor de la “complementariedad intercivilizatoria del pueblo boliviano en su diversidad”, en convivencia colectiva, y con acceso universal al agua, trabajo, educación, salud y vivienda.
Sin embargo, la nueva Constitución Política del Estado busca por sobre todas las cosas sentar las bases de una nueva “sociedad plural” desde el punto de vista político, económico, jurídico y cultural, trascendiendo los postulados del liberalismo económico y de la democracia representativa.
Para ello, la cosmovisión indígena se convierte por primera vez en parte sustancial de la identidad del Estado Plurinacional. Ahora las instituciones comunitarias son reconocidas como parte inherente de las formas de organización económica, política y cultural del Estado. [1]
A la derecha conservadora le parece un exceso que la Constitución reconozca la existencia precolonial de las naciones y pueblos indígenas originarios campesinos; juzga que éstos reciben beneficios sobredimensionados del Estado Plurinacional, como la representación corporativa en el Estado o las Autonomías Indígenas con tuición soberana sobre los recursos naturales renovables y no renovables de sus territorios.
Le parece inconcebible que los indígenas originarios campesinos tengan representación directa, a través de sus usos y costumbres, con un 50% en el Congreso y en otras instituciones y/u órganos del Estado como el Tribunal Constitucional, el Tribunal Agroambiental y el Consejo Electoral Plurinacional. Pero lo único que hace la Constitución es reconocer la libre determinación y autogobierno de estos pueblos, en concordancia con el convenio 169 de la OIT y la Declaración de las Naciones Unidas sobre los pueblos indígenas aprobada el 13 de septiembre de 2007 por la mayoría de los países del Planeta. [2]
“Mestizos” vs. Indígenas
La derecha minimiza la importancia poblacional indígena en Bolivia y se aferra al concepto de “multiculturalidad mestiza” para devaluar la orientación comunitaria del actual el proceso de cambio. “La mediana estadística es de poco más de mil habitantes por pueblo indígena o etnia (37 en total), que el proyecto político e ideológico del MAS pretende constituir en nación”.
Según el diputado Arrázola, sólo existen dos pueblos indígenas numerosos en Bolivia: los aymaras y quechuas (el 91% de la población indígena) que habitan en los departamentos de La Paz, Oruro, Potosí, Chuquisaca y Cochabamba, el occidente del país. El otro 9% está compuesto por casi 500 mil indígenas distribuidos en 34 etnias de tierras bajas (Pando, Beni, Santa Cruz y Tarija). El legislador opositor afirma que no existen “datos serios” que demuestren que Bolivia es mayoritariamente indígena y originaria, pues el único documento que respalda esta afirmación es el Censo de Población y Vivienda realizado el 2001, que concluye que el 62% de los bolivianos se autoidentifica como indígena. Este estudio, añade Arrázola, no ofreció a los bolivianos la alternativa de autoidentificarse como mestizos, lo que sí hizo un estudio particular realizado cinco años más tarde (Auditoría de la Democracia, Informe Boliviano 2006), llegando a la conclusión de que el 64% de los bolivianos se declara mestizo o cholo; el 19% indígena u originario, el 11% blanco, 0,55% negro y 4,28% ninguno. “Genéticamente”, es imposible demostrar la pureza racial o étnica, pues la globalización ha creado un mundo mestizo. Inclusive el Presidente de Bolivia es un “mestizo o cholo” porque apellida Morales, de origen español, y Ayma de origen indígena, razona Arrázola.
Lo cierto es que la mayoría nacional se autoidentifica con alguno de los 37 grupos étnicos en el país, algunos de los cuales sobrepasan las fronteras nacionales. A los 1,3 millones de aymaras que habitan en La Paz, Oruro, Potosí y Cochabamba, hay que sumar los 100 mil aymaras en Chile concentrados en Tarapacá y Antofagasta y otros 600 mil en Perú, en su mayoría de Puno, Arequipa, Moquegua y Tacna. Sólo en Perú, los aymaras ocupan un territorio aproximado al de Bélgica o Suiza, en siete de las 10 provincias del departamento de Puno. Por otro lado, los guaraníes suman casi 300 mil en Paraguay, Argentina, Uruguay, Bolivia y Brasil.
¿Un Estado “marxista estalinista”?
Las fuerzas políticas conservadoras interpretan que el proyecto de poder del MAS utiliza el término indígena para sustentar ideológicamente un Estado “marxista estalinista” que sustituye la lucha de clases y el proletariado por luchas de reivindicación étnica.
En su criterio, si bien la Constitución oficialista garantiza la protección de la propiedad privada, el “Capitalismo de Estado” centralizador y planificador de la economía tenderá a eliminar la propiedad privada de manera gradual.
El hecho es que el gobierno de Morales negoció nuevos contratos con las empresas petroleras garantizando sus propiedades, sus inversiones y sus ganancias; otorgó amplias garantías para la propiedad y la inversión privada que cumplan las leyes, y en la nueva Constitución sólo plantea que las antiguas elites compartan el poder con las emergentes elites indígenas.
La economía concebida por el nuevo Estado plural declara expresamente que las formas de organización económica comunitaria, estatal, privada y social cooperativa “son iguales ante la ley” y están articuladas sobre principios de complementariedad, reciprocidad, solidaridad, redistribución, igualdad, sustentabilidad, equilibrio, justicia y transparencia.
Los cuatro ejes del nuevo Estado pluricultural en construcción son: 1. el Estado protagonista de la economía y responsable de la redistribución equitativa de la riqueza nacional; 2. la igualdad entre pueblos y culturas diversas de Bolivia; 3. el derecho indígena de tomar decisiones estatales; y 4. el Estado nacional autonómico.
Uno de los objetivos del proyecto de cambio es reconstituir el territorio de las comunidades indígenas que les permita desarrollar su cultura colectiva de manera autónoma, a partir de la evidencia de la desigual distribución de tierras actual. El Occidente ocupa un tercio del territorio nacional y cobija casi a dos tercios de la población, mientras que en el Oriente, que ocupa dos tercios del territorio, vive un poco más de un tercio de la población nacional.
La derecha denuncia que el MAS distribuirá las tierras del Oriente aprovechándose del concepto indígena originario campesino para que los habitantes del Occidente “conquisten”, “neocolonicen” y fomenten procesos de “aculturización” de los pobladores de tierras bajas que construyeron histórica, sociológica y culturalmente sus “identidades mestizas”.
Un único proyecto nacional y resistencias regionales
Los sectores políticos conservadores definen que en la actual coyuntura pugnan dos visiones de país distintas y distantes, aunque en la práctica, como en 1952, lo que ocurre es que clases minoritarias provincianas carentes de programa enfrentan el nuevo proyecto político económico hegemonizado por las mayorías nacionales.
Pequeños clanes siempre vinculados al poder político, que cogobernaron con las dictaduras militares y con los regímenes neoliberales, fueron arrinconados por insurrección popular en 2003. Después de 20 años de democracia pactada, este es el primer gobierno en el que los grupos de poder no administran directamente el aparato estatal.
La tierra se convierte en un fuerte elemento movilizador y cohesionador de la oligarquía opositora nacional. Un informe del Programa de Naciones Unidas para el Desarrollo (PNUD) revela que aproximadamente 100 familias con rasgos feudales poseen cinco veces más tierra (25 millones de hectáreas) que dos millones de campesinos (cinco millones de hectáreas) condenados a explotar minifundios degradados por la sobreexplotación. En promedio, una familia de terratenientes en Bolivia detenta un cuarto de millón de hectáreas (250 mil) mientras que una familia campesina debe conformarse con una hectárea.
La concentración de la tierra es más notoria en el departamento de Santa Cruz, el más extenso del país, donde los latifundios se construyeron primero con la ayuda de ex dictadores y luego por funcionarios y políticos corruptos de viejos partidos políticos extinguidos como ADN, MIR y MNR después de la “segunda reforma agraria” de 1996. [3]
El clan es poderoso porque además de tierras, es dueño de ríos, bosques, haciendas y hasta de la vida de sus peones. Controla la agroindustria, el comercio exterior, la banca y los medios de comunicación en Santa Cruz, Beni, Pando y Tarija. Maneja las principales organizaciones empresariales, cívicas e inclusive populares. Ahora la oligarquía ejerce, en los hechos, el poder político y gobierna en Santa Cruz, Beni, Pando y Tarija, cuatro de los nueve departamentos del país.
Viendo amenazados sus intereses porque la nueva Constitución restringe la propiedad individual de la tierra a un máximo de 5 mil o 10 mil hectáreas, las clases dominantes conspiran abiertamente contra el gobierno e intentan armar republiquetas autónomas, con Parlamento y Policía propia y con tuición absoluta sobre la tierra, el régimen impositivo, la educación y los recursos naturales regionales.
Las minorías conservadoras recobraron influencia reivindicando la autonomía y luchando contra del centralismo, que según ellos es el causante de todos los males nacionales. “La pobreza de Bolivia y de los indígenas, sobre todo del Occidente, ha sido responsabilidad del centralismo estatal y de la concentración de la toma de decisiones en el gobierno central representado por La Paz. (…) Frente a la pobreza imperante en el país, el Oriente planteó la descentralización y democratización del poder en Bolivia, por medio de las Autonomías Departamentales”, afirma Arrázola y argumenta que la rica región cruceña (donde se producen cerca de 2/3 del PIB Nacional; Santa Cruz produce 1/3 del PIB, el 50% de los impuestos y aranceles aduaneros y poco más de la mitad de los alimentos de Bolivia) creció “gracias al trabajo, el esfuerzo y la visión liberal y emprendedora de su gente”.
Empresarios, políticos de partidos tradicionales y algunos profesionales de clase media articulan el sólido bloque antipopular capaz de movilizar a multitudes, con el apoyo decidido del Comité Cívico Pro Santa Cruz y de la burguesía en pleno: la Cámara Agropecuaria del Oriente (CAO), la Cámara de Industria, Comercio, Servicios y Turismo de Santa Cruz (Cainco), la Federación de Empresarios y la Federación de Ganaderos de Santa Cruz (Fegasacruz).
Lidera circunstancialmente el clan Branco Marinkovic, presidente del Comité Cívico por Santa Cruz, quien junto al prefecto Costas, son la cabeza visible del movimiento secesionista. El 6 de diciembre, Marinkovic envió una carta al Presidente Evo Morales para informarle que emprendía una lucha “por la democracia y la libertad y contra la dictadura”, asegurando que la lucha autonómica de Santa Cruz no tiene móviles políticos ni obedece a intereses personales “de ningún personaje”, aunque él es el primer latifundista que podría ser perjudicado por la Ley de Reconducción Comunitaria de la Reforma Agraria. [4]
La Embajada de Estados Unidos promueve y financia al clan. Philip Goldberg tiene una relación estrecha con Costas y Marinkovic; mientras que USAID financia a los políticos derechistas. Goldberg trabajó entre 1994 y 1996 como asistente especial del embajador Richard Holbrooke, uno de los estrategas de la desintegración de Yugoslavia y de la caída del presidente Slobodan Milosevic en 2000. Goldberg promovió la separación de Serbia y Montenegro y también estuvo en Kosovo, generando conflictos entre serbios y albaneses. Ahora alienta la rebelión de los autonomistas.
La rebelión cívico-empresarial en cuatro departamentos deja al descubierto que la sociedad boliviana aún no ha superado las taras del pasado. En los últimos meses, centenas de campesinos e indígenas han sido denigrados, insultados, escupidos y golpeados en las calles de Santa Cruz y Sucre por el solo hecho de tener la piel más oscura y vestir pollera y abarcas.
Es como haber retrocedido décadas en pocos meses. De pronto, pequeños sectores blancos y mestizos reincorporan a su vocabulario expresiones racistas y discriminatorias que se creía enterradas. En Sucre y Santa Cruz, principalmente, a diario se escucha denigrar a la “indiada hedionda e inculta”, a los “indios de mierda”, a los “collas sucios”, a las “indias alzadas”. Hoy las oligarquías desafían la autoridad del Presidente legítimo sólo porque es “indio”, “macaco”, “ignorante”…
Se quiebra la hegemonía política del clan
El escenario de crisis política generado por los sectores más conservadores de la sociedad aparentemente ha frenado el proceso de transformaciones en el país, pero al mismo tiempo radicaliza el discurso del movimiento popular. El 10 de septiembre de 2007, una “Cumbre de organizaciones sociales de pueblos y naciones indígenas originarias campesinas y organizaciones populares de las ciudades” aprobó la necesidad urgente de “expropiación sin indemnización del latifundio y su distribución inmediata entre productores y del campo y la ciudad que estén dispuestos hacerla producir en beneficio de la sociedad”.
La prioridad del Presidente Morales en su tercer año de gobierno es acelerar el programa de transformaciones estructurales y la “descolonización” del Estado con la ayuda de una inédita Coordinadora Nacional por el Cambio. Una de las primeras medidas es la reversión y expropiación de tierras de hacendados que esclavizan a indígenas en el Chaco boliviano. [5]
La descolonización es un proceso irreversible; no es un discurso político sino una realidad dolorosa que debe enfrentarse con audacia, pues la única vía para transformar el Estado es cerrar la profunda herida que el colonialismo dejó en América Latina, afirma Morales.
El gobierno asegura haber cumplido las bases programáticas de la campaña electoral de 2005 como la nacionalización de hidrocarburos, la instalación de una Asamblea Constituyente, y ahora se apresta a incorporar al nuevo Estado los principios filosóficos de la comunidad indígena, es decir la redistribución equitativa de bienes y riquezas naturales y el “vivir bien” colectivo sin aprovecharse del prójimo.
El fin del Estado Plurinacional que se está construyendo es la búsqueda del vivir bien con soberanía, dignidad, complementariedad, solidaridad, armonía y equidad en la distribución y redistribución del producto social, mientras que la nueva Carta Magna interpela al neoliberalismo desde una perspectiva comunitaria, privilegiando la igualdad sobre la libertad y los derechos colectivos sobre los derechos individuales.
Según muchos analistas, en Bolivia se vive un momento de ruptura de los principios filosóficos del “Siglo de las luces”, del individuo como supuesto dueño y dominador de la naturaleza, pues en el proyecto indígena no se reivindica derechos colectivos e individuales solamente, sino también los derechos de la naturaleza.
El Estado boliviano ha reconocido a las sociedades indígenas como formas societales alternativas al capitalismo, al mercado y a la sociedad occidental, y en escenarios internacionales el gobierno toma como bandera a esta otra forma de convivencia superior al individualismo occidental causante de la crisis medioambiental.
Los movimientos sociales bolivianos están construyendo un modelo civilizatorio más humano, austero y respetuoso con la naturaleza con el aporte invaluable del conocimiento y la práctica ancestral de los pueblos indígenas. El movimiento popular está perfilando un sujeto colectivo sin desechar la creatividad individual y la libertad privada, pero privilegiando la dimensión intersubjetiva del individuo y su identidad esencialmente comunal.
Notas
[1] SECCIÓN III: CULTURAS. Artículo 99: I. La diversidad cultural constituye la base esencial del Estado Plurinacional Comunitario. La interculturalidad es el instrumento para la cohesión y la convivencia armónica y equilibrada entre todos los pueblos y naciones. La interculturalidad tendrá lugar con respeto a las diferencias y en igualdad de condiciones. II. El Estado asumirá como fortaleza la existencia de culturas indígena originario campesinas, depositarias de saberes, conocimientos, valores, espiritualidades y cosmovisiones. III. Será responsabilidad fundamental del Estado preservar, desarrollar, proteger y difundir las culturas existentes en el país.
[2] Después de 24 años de debate, Naciones Unidas aprobó la Declaración sobre los Derechos de los Pueblos Indígenas que reconoce el derecho a la autodeterminación, a la propiedad de tierras, acceso a los recursos naturales y a la preservación de conocimientos tradicionales y cultura de 370 millones de indígenas en el mundo víctimas de injusticias históricas. La colonización y enajenación de sus tierras, territorios y recursos les ha impedido ejercer su derecho al desarrollo en conformidad con sus propias necesidades e intereses. Ahora estos pueblos indígenas son libres de toda forma de discriminación, indica la histórica Declaración en su preámbulo, que también condena las doctrinas, políticas y prácticas basadas en la superioridad de determinados pueblos o personas aduciendo razones de origen nacional o diferencias raciales, religiosas, étnicas o culturales porque “son racistas, científicamente falsas, jurídicamente inválidas, moralmente condenables y socialmente injustas”. Bolivia se convirtió en el primer país del mundo en convertir en Ley de la República la histórica Declaración de las Naciones Unidas. "Bolivia es nación de naciones", dijo Evo Morales al promulgar la Ley 3760 de los derechos de los Pueblos Indígenas.
[3] Hace tres años, el INRA calculó que en las provincias cruceñas de Guarayos, Chiquitos y Cordillera existían 800 mil hectáreas de tierras reversibles en manos de no más de 500 personas. No pocos ex ministros y legisladores abusaron de su poder para acaparar tierras, como el ex presidente del Senado Sandro Giordano y su esposa, o la familia de Luis Fernando Saavedra Bruno.
[4] En el estado mayor del bloque de derechas destaca Oscar Ortiz, ex gerente de la Cainco y hoy senador de Podemos, partido vástago del fascista ADN del ex dictador Hugo Banzer; el ex presidente de Fegasacruz Antonio Franco (ganadero que pidió encarcelar a responsables de ONGs que apoyan a indígenas y actual legislador de Podemos) y Branco Marinkovic, ex presidente de la Federación de Empresarios y hoy presidente del Comité Cívico Pro Santa Cruz.En la división ciudadana del frente autonomista destaca el ex presidente del Comité Cívico Rubén Costas, hoy prefecto del Departamento. El ex diputado y ministro de salud del MIR Carlos Dabdoub es uno de los ideólogos del movimiento y actualmente ocupa la secretaría de Autonomías de la Prefectura de Santa Cruz. Quién es quién en Santa Cruz Según datos del INRA, 15 familias disponen de medio millón de hectáreas de tierra que equivalen en superficie a 25 veces el tamaño de toda la ciudad de Santa Cruz (20 mil hectáreas). Figuran en la lista del clan los Saavedra Buno, Monasterio Nieme, Justiniano Ruiz, Roig Pacheco, Rapp Martínez, Antelo Urdininea, Keller Ramos, Candia Mejía, Castro Villazón, Ovando, Fracaro, Sánchez Peña, Nielsen, Bauer y Elsner. Los Gutiérrez poseen 96 mil hectáreas, los Paz Hurtado 76 mil y los Gasser Bowles 72 mil hectáreas. Marinkovic es el ideólogo del bloque de la "media luna" empresarial y se lo conoce como el más lúcido del movimiento empresarial. Se destacó por su incondicional defensa de los intereses de la Cámara Boliviana de Hidrocarburos, gremio petrolero afiliado a la Federación de Empresarios Privados de Santa Cruz. Marinkovic dirige Industrias Oleaginosas Limitada (IOL) y junto a los Cronembol y dos transnacionales, una peruana y otra norteamericana, controlan toda la industria del aceite de soya y girasol, uno de los ejes del agropoder oriental. Poseen, además, casi la quinta parte de las acciones del Banco Económico, según los datos de la Superintendencia de Pensiones, Valores y Seguros. Los Marinkovic poseen sin títulos de propiedad más de 26 mil hectáreas en Santa Cruz, seis mil hectáreas más que toda la superficie de la capital cruceña. El Viceministerio de Tierras y el INRA intentan revertir al Estado las haciendas Yasminka (12.587 hectáreas) y Laguna Corazón (14.364 hectáreas) ubicadas en la provincia Guarayos del departamento de Santa Cruz. El predio Laguna Corazón es propiedad de Branco y Yasminka pertenece a su hermana Yasminka Catarina. Una parte de la hacienda Yasminka está dentro de la tierra comunitaria de origen reclamada por el pueblo indígena guarayo y el 100 por ciento del predio Laguna Corazón se encuentra dentro de la Reserva Forestal de Guarayos creada por decreto supremo 08660 de 1969, que prohíbe expresamente asentamientos humanos. El saneamiento irregular de ambas haciendas ejemplifica cómo gente poderosa de Santa Cruz se apoderó de miles de hectáreas en el oriente del país con la complicidad de ex autoridades del INRA, jueces y dirigentes indígenas sobornados, violentando leyes y alterando datos de sus expedientes agrarios. Las haciendas Laguna Corazón y Yasminka no son las únicas propiedades de los Marinkovic en Santa Cruz. Según los archivos del Instituto Nacional de Reforma Agraria (INRA), la familia tiene al menos otros nueve predios en las provincias de Guarayos, Chiquitos, Ñuflo Chávez, Sarah y Obispo Santiestéban. La ganadería cruceña está en manos de los Kuljis, Áñez y Monasterios, tanto por la magnitud de sus hatos ganaderos como por el control que ejercen sobre los mataderos, frigoríficos y cadenas de supermercados. Todos ellos ligados a los gobiernos neoliberales. Los Kuljis son accionistas del Banco Económico, propietarios de la papelera Empacar y de una curtiembre, dueños de la cadena televisiva red Uno y de la Universidad cruceña Mateo Kuljis. Los Monasterios son dueños de grandes frigoríficos, accionistas mayores del Banco Ganadero y propietarios de la red televisiva Unitel. Oswaldo “Pato” Monasterios fue senador por el MNR. Según el INRA, la familia poseía en Santa Cruz 78.340 hectáreas en el área rural y 20.505 hectáreas en la capital. Es decir, controlan una superficie de tierra tres veces superior a la ciudad de Santa Cruz. Gran parte le fue entregada en calidad de dotación (gratuitamente) por los gobiernos militares y neoliberales. Otros que tienen gran peso en la banca son los Saavedra Bruno, que controlan casi la quinta parte de las acciones del Banco Nacional de Bolivia, el más antiguo del país. Informes de la Superintendencia de Bancos revela el enorme peso de los latifundistas en el paquete accionario de la banca nacional y muestran, además, que se usan estos mecanismos para potenciar sus negocios y consolidar su poder. Más de la mitad de los créditos se destinó a pequeños grupos empresariales de Santa Cruz y menos de la mitad a los otros ocho departamentos del país. Los clanes cruceños están fuertemente penetrados por el capital transnacional, no sólo porque muchos de ellos son descendientes de inmigrantes europeos (alemanes, croatas y serbios), sino también por sus articulaciones con empresas extranjeras. Un tercio de la producción y exportación de soya y oleaginosas es controlado por empresarios brasileños. Otro tercio de la producción y exportación está bajo control de empresarios argentinos y rusos y de pequeños productores menonitas y japoneses.
Quién es quién en Beni
Reino de los Guiteras, Llapiz, Sattori, Bruckner, Quaino, Dellien, Ávila, Nacif, Antelo, Salek. 10 familias tienen un poco más de medio millón de hectáreas (534 mil), que en extensión es 500 veces más grande que toda la ciudad de Trinidad, la capital beniana.
Aparecen también los Gasser, Elsner, Carruty y los Bauer Elsner, familias europeas que controlan el comercio, la banca, la administración pública y la prensa. Uno de ellos, Ernesto Suárez Sattori, ganadero latifundista y ex parlamentario de ADN, es Prefecto del departamento.
Quién es quién en Pando
Más al norte, en Pando, es el reino de los Sonnenschein, Hecker, Becerra Roca, Vaca Roca, Peñaranda, Barbery Paz, Claure, Villavicencio Amuruz. Estas ocho familias concentran cerca de un millón de hectáreas equivalentes a dos mil veces la extensión de la capital Cobija, donde gobierna otro ganadero, el ultraderechista Leopoldo Fernández. Su influencia es tal que incluso el propio Morales le ofreció hace un año y medio que sea candidato por el MAS a la Prefectura de Pando. (Con datos de 1. “La rebelión de los 100 clanes”, www.econoticiasbolivia.com; 2. “La tierra, el telón de fondo del movimiento autonomista”, www.bolpress.com).
[5] Quedan unas mil familias guaraníes esclavizadas sin tierra, sin salario y sin gozar derechos básicos como la libre expresión. Aunque parezca mentira, para hablar con ellos hay que pedir permiso al patrón.