"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sábado, 28 de julho de 2007

Observações sobre o Pan

Ao olhar o quadro de medalhas fico com a nítida impressão que se os EUA trouxessem o primeiro time para todas as modalidades, os EUA ficariam com todas as medalhas de ouro, no máximo deixariam uma meia dúzia para Cuba. Mas o Brasil não teria chance alguma.
Em maior ou menor medida todas as emissoras estão com patriotadas, mesmo a ESPN Brasil que criticou o Pan começou um pouco crítica em relação ao Brasil, mas hoje está bastante ufanista durante as transmissões. Mas alguns jornalistas do Sportv chegam às raias da insanidade na defesa do Brasil e do Pan no Rio.
O maior vexame do Pan é o ex-jogador de basquete Oscar que difundiu entre outras modalidades a forma de torcer do basquete e do futebol. A partir de agora há o risco das ginastas brasileiras serem vaiadas no exterior durante a apresentação como retaliação.
Tenho uma dúvida: a violência no Rio acabou ou falta espaço para noticiar nos ornais por causa da cobertura do Pan? Se a violência acabou é porque os bandidos são solidários e quem ajudar trazer mais turistas e as olimpíadas para o Rio ou as ações do governo foram efetivas? Se as ações do governo foram efetivas, por que não são adotadas continuamente?
Tenho certeza que os técnicos da seleção brasileira de basquete masculina e feminina são a mesma pessoa e só mudam de nome quando estão treinando uma ou outra seleção, são parecidos demais.
A imprensa é muito volúvel, num dia endeusavam a Janeth como grande jogadora, diziam que não deveria parar a carreira. Na decisão diziam que não jogou bem, que não ajudou o time, fez poucas cestas, terminado o jogo, quando vão homenageá-la voltam a dizer que ela deveria continuar na seleção. Coitada se ela se iludir com isso e continuar serão estes mesmos que criticaram ardorosamente a sua convocação se ela não for bem nas Olimpíadas ou se o Brasil não ganhar medalha.
Também parece que a imprensa é apaixonada pelo Bernardinho, os jornalistas podem não acreditar na infalibilidade papal, mas acreditam na infalibilidade do Bernardinho, especialmente o Galvão Bueno, claro. Porque se fosse o Parreira, o Dunga ou qualquer técnico de futebol que barrasse qualquer um dos grandes jogadores brasileiros no seu auge seria derrubado do cargo, se convocasse o filho então, a imprensa convocaria linchamento em praça pública. O quanto o Scolari não apanhou por não convocar o Romário e o Romário já estava em decadência? O quanto os jornalistas já alertaram que o Dunga não pode deixar de convocar o Kaká e nem mesmo deixá-lo no banco depois do resultado da Copa América? O Bernardinho é endeusado pela imprensa. A imprensa se deu ao trabalho de justificar, de endossar a posição do Bernardinho e sempre explicar que o Bruno não foi convocado por ser filho do Bernardinho. Agora quando o técnico da Croácia convocou o filho e não o brasileiro naturalizada, a imprensa brasileira denunciou paternalismo, nepotismo, como se vê quando se trata da Croácia, ela é muito corajosa para denunciar. No que depender da imprensa o Ricardinho será logo esquecido!
A seleção brasileira de futebol feminino ganhou da sub-20 dos EUA. Mas isso foi pouco lembrado.
A natação teve muitas medalhas, mas não teve competindo nenhum dos principais nomes da natação mundial.
Foi engraçado ver o Sportv entrevistando atletas históricos de Cuba no vôlei, no boxe e no atletismo e vê-los agradecendo a "nuestro comandante", e elogiando as políticas esportivas cubanas tanto de formação de atletas quanto de preparação para o encerramento da carreira de atletas. Elogiando a medicina cubana, entre outras coisas e os jornalistas tendo que ouvir calados, e depois falando que a questão esportiva deve ser olhada sem considerações ideológicas, que no fundo os EUA e Cuba fazem a mesma política esportiva, desenvolve o esporte através da educação. Só numa emissora da Globo mesmo para fazer alguma coisa tirar a ideologia e igualar as duas políticas.

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