"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

segunda-feira, 16 de julho de 2007

O pananamericano

Adorei o Lula ter recebido vaias no Maracanã, mas não era o lugar certo. Também não diz nada sobre o governo Lula, porque parece que tudo foi armado pelo César Maia (que coincidentemente foi o único aplaudido), mas principalmente porque o público era basicamente de classe média, que é o que mais rejeita o Lula por preconceitos sociais, em primeiro lugar, pelo moralismo hipócrita em segundo lugar, e em terceiro lugar pelas ações e omissões do governo Lula. As vaias foram um vexame para o Brasil e desconsideram o dinheiro fornecido para o governo federal para a prefeitura e o COB para que pudesse roubar e ainda sobrar dinheiro para que as instalações fossem construídas.
O início da abertura foi muito africanizado. Para o meu gosto, coreografia deve ser mais precisa que marcha militar e por isso não gostei da coreografia dos raios de sol, foi uma zona. O jacaré foi a coisa mais parecida com carnaval, lembrava um carro alegórico, o jacaré estava bonito, mas não gostei, estava fora do lugar e ajudou a reforçar a visão limitada do Brasil. Do mesmo modo, que o cenário montado representando Copacabana. E este aspecto mostra também que é o Pan do Rio e não do Brasil. As aberturas de Olimpíadas em geral retratam o país e não a cidade-sede. Claro que não falou apenas do Rio, mas predominou. Um dos pontos altos foi a parte referente ao Nordeste. A Elza Soares não foi uma boa escolha, mas não comprometeu, mas o Galvão Bueno cometeu uma insanidade ao dizer que era mais bela interpretação do Hino Nacional que ele já havia ouvido, mudei de canal nessa hora. A mais bela interpretação do Hino Nacional é da Fafá de Belém durante a campanha para o fim da ditadura. O provincianismo do jornal O Globo achou que um dos pecados da festa foi colocar a baiana Daniela Mercury interpretando Cidade Maravilhosa, bobagem. Ontem na fila do caixa do Extra Brigadeiro havia um grupo de jovens conversando que não deveria ter sido a Elza Soares, mas a Ivete Sangalo para cantar o hino e outras músicas. Pra mim este foi um dos pontos altos da festa, não teve Ivete Sangalo e nenhum outro cantor da moda na ocasião, apesar que o Arnaldo Antunes é quase isso, mas ele foi tão ridículo e o hino oficial que ele compôs tão bobo, que não fez diferença alguma, se fosse uma Ivete Sangalo ou coisa semelhante a música viraria um dos top10 em todas as rádios e ninguém aguentaria.

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