"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sábado, 25 de outubro de 2008

Minha família é minha amostra

Na década de 80 quando íamos às feiras agropecuárias da minha cidade, o stand que mais visitávamos ero o da UDR. Era o auge da UDR, União Democrática Ruralista. A UDR foi criada para lutar contra a reforma agrária na Constituinte. O ícone do movimento era o Ronaldo Caiado que foi o candidato escolhido por muitos na minha família no primeiro turno da eleição de 1989, não lembro mais o partido do Caiado na época, mas o número era 51. No segundo turno, obviamente, foram de Collor. Na eleição de 1994, a maioria era FHC. Teve gente votando no Ciro Gomes, no Esperidião Amin. Mas a maioria esmagadora era FHC mesmo. A mesma coisa na eleição de 1998. Votar no Lula ainda era estranho. Eu percebi em casa a solidez da condidatura do Lula em 2002 quando meu pai comentou chocado sobre usn amigos dele que agora iriam votar no Lula. Seja porque não dava medo mais, seja porque a situação era desesperado, agora iriam votar no Lula. Numa pesquisa uns dois anos antes da eleição de 2002, a Roseana Sarney apareceu com quase 10% de intenções de voto, mencionei na época que se fosse assessor dela diria para ela começar a campanha. Mais surpreendente foi descobrir que tinha gente na família que sabia quem era Roseana Sarney, governadora do Maranhão, veja bem, Maranhão. Um anos depois com uma campanha insistente ela disparou nas pesquisas até a Polícia Federal ter montado a operação contra ela sob o comando de José Serra e FHC. Depois diante da ameaça de ter o irmão preso desistiu da candidatura. Por outro lado, apenas uma minoria era entusiasta da candidatura do Serra na minha família, quem não "lulou", votou no Serra por obrigação.

Tudo isso para falar das eleições de 2010. A imprensa subestima os npumeros de Dilma Roussef nas pesquisas. Os analistas dizem que pelo quanto ela é importante e aparece os números dela deveriam ser mais robustos. Entretanto, os colunistas de política possuem uma visão distorcida da realidade, porque eles vêem muito a Dilma, eles são bombardeados de notícias sobre ela. Mas a maioria da população não. Os momentos que ela aparece no palanque com o Lula são destinados aos pequenos grupos presentes, e depois isso aparecerá rapidamente no Jornal Nacional se aparecer. Então é significativo o percentual de intenção de votos que ela recebe. Mas o mais significativo mesmo é que todo mundo na minha família, mesmo quem não se interessa e acompanha política, sabe quem é a Dilma Roussef. E por isso, ela pode ser uma candidata competitiva.

Hoje telefonei para minha tia lá em Jataí em GO. E aí confirmei outra das minhas hipóteses, a imprensa superestima o Serra. Certos analistas comparam os 35% dos Serra nas pesquisas atualmente com o que a Dilma ou outro possível candidato do PT tem e conclui que o Serra é um candidato forte. Não acho isso e hoje confirmei. Minha tia era a grande entusiasta do Serra em 2002, o melhor ministro da saúde de todos os tempos. Hoje eu disse que o Serra seria candidato de novo, então ela teria em quem votar, ela disse o Serra não, ele não dá conta. A gente precisa de uma nova liderança. Se nada mudar, se a crise mundial não estragar este final do governo Lula, não apostaria um centavo no Serra.

Um comentário:

Anônimo disse...

E vc professor, quem é o seu candidato?

Abraço.

Jessiel