Devo confessar que a decisão de republicanos de peso como Collin Powell, William Weld e Charles Fried declararem apoio à Barack Obama mostra que os EUA ainda têm salvação. Especialmente quando se considera Charles Fried que foi do governo Reagan, então é insuspeito quando diz que mudou de posição devido a escolha de Sarah Palin para vice. Isso é colcoar os interesses do país a frente das questões paroquiais. No Brasil ninguém anunciaria publicamente o voto no candidato adversário, porque o vice do candidato do seu partido é um idiota. Não tentariam se aproveitar da idiotice para comandar o sujeito. Isto também mostra a solidez do sistema político americano, eles vão ser mal vistos, mas não deixarão de ser republicanos, de fazer oposição a maior parte das propostas democratas. Isso é uma coalizão nacional sem necessitar ficar com n reuniões como se faz no Brasil tentando conciliar interesses paroquiais. Mais interessante ainda é que Fried disse não considerar a abstenção uma opção. Realmente seria a opção fácil. Também poderia não ter expressado a sua posição publicamente. De fato, a abster-se é covardia e uma afronta aos interesses do país, em toda eleição há algo importante em jogo.
Agora o McCain destruiu a candidatura dele quando escolheu esta tonta para vice. Não tem lógica um sujeito que todo mundo olha pra ele esperando a morte escolher alguém tão fraco como vice. Entretanto, não sou otimista quanto ao governo Obama. Temo que ele se comportará muito como o Lula, fará muitas cocnessões para ser aceito e acabará sendo controlado pelo establishment em Washington. Para governar à esquerda, ele tentará agradar a direita. E o resultado conhecemos pela experiência, não é um governo de esquerda. Especialmente na área de segurança creio que as concessões serão enormes. Não acredito, por exemplo, numa saída imediata do Iraque, numa solução satisfatória (para o mundo) da guerra no Afeganistão.
Mas é inegável os EUA terem um presidente negro já será um fato suficientemtne transformador para que os EUA não sejam mais os mesmos depois do mesmo modo que ocorrerá com o Brasil após ter um presidente operário.
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