"Desde mi punto de vista –y esto puede ser algo profético y paradójico a la vez– Estados Unidos está mucho peor que América Latina. Porque Estados Unidos tiene una solución, pero en mi opinión, es una mala solución, tanto para ellos como para el mundo en general. En cambio, en América Latina no hay soluciones, sólo problemas; pero por más doloroso que sea, es mejor tener problemas que tener una mala solución para el futuro de la historia."

Ignácio Ellacuría


O que iremos fazer hoje, Cérebro?

sábado, 25 de outubro de 2008

Paul Volcker? Preparem-se o mundo ficará mais animado e trágico

Leio que Paul Volcker se aproximou do Obama, se tornou um dos conselheiros econômicos. Se isso significar que o velho Volcker voltará a ativa em algum cargo econômico ou influenciará a política econômica do futuro governo Obama, preparem-se porque a crise que é grave se tornará ainda mais grave. Talvez não para os EUA, mas certamente para o mundo. Volcker é um paradoxo, é um dos nomes do trilateralismo, ou seja, é um dos mentores da concertação entre EUA, Europa e Japão para dirigir o mundo. Mas é ainda mais um defensor dos financistas, que é exatamente o setor que mais tem interesse nesta integração. VolcKer na sua passagem pelo FED impôs um brutal aumento da taxa de juros que quebrou o Brasil e o mundo, mas reafirmou o poder do dólar e transformou os EUA num paraíso financeiro. Os gestores posteriores cultivaram a crise atual, mas quem plantou a semente foi certamente Volcker. E a partir daí todos os acordos monetários foram acordos ad hoc entre a tríade para fazer ajustes quandos os desequilíbrios tornaram-se insustentáveis. Acordos ad hoc dos quais Volcker participou na década de 80. A partir de meados da década de 90, no auge da euforia mesmo os acordos ad hoc sobre a moeda foram abandonados. Não se enganem, aparentemente o sistema financeiro está em crise, mas o sistema monetário está intacto. Nada mais distante da realidade, a recuperação do valor do dólar no momento em que a economia americana está em frangalhos só mostra a dificuldade em se definir um padrãopara se medir a riqueza. A saída da crise passa por um acordo financeiro e monetário em escala mundial.

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