Uma amiga me enviou um link para artigo da revista Foreign Policy, onde diferentes nomes fazem sugestões para diferentes cargos no governo americano. As listas refletem de certo modo um visão distorcida que predomina nos EUA de empresários e financistas participarem do governo sem que isso cause escândalo. Engraçado que essas sugestões aparecem mesmo agora diante da crise cuja origem institucional está nestas relações promíscuas entre o Estado e o mercado, que fez com que o Estado na prática se abstivesse de regular o mercado. Sugerir Warren Buffet ou Michael Bloomberg para secretário do tesouro só pode ser piada de mal gosto. Um coisa é a população eleger o Bloomberg prefeito de Nova York, outra coisa é nomeá-lo secretário numa área onde os seus negócios privados e suas responsabilidades públicas entram em conflito.
Também é muita falta de imaginação sugerir James Baker para secretário de Estado. A era do James Baker já passou, eu lembro dele de quando eu era criança, lembro dele quando eu era adolescente. Chega de James Baker, é hora de ser lembrado só nos livros de história.
Outro mostra completa incomprensão da política e sugere Hilary Clinton para secretaria do Tesouro. Não tem lógica, porque qualquer presidente com um mínimo de tino político não faria isso, porque seria ofuscado. Mais se a crise fosse resolvida os méritos recairiam sobre ela e não sobre o presidente.
A mesma falta de comprensão da política demonstra quem sugere o nome de Bill Clinto para secretário de Estado. Também seria um problema para o presidente.
Entretanto, emplacar o Bill Clinton como secretário geral da ONU seria uma jogada de mestre. É praticamente impossível, os países irrelevantes que ambionam o cargo não aceitaria. Mas Bill Clinton como secretário geral da ONU seria uma forma de recuperar a importância da instituição ao mesmo tempo que recolaria a ação internacional norte-americana dentro do caminho compatível com a atual fase da integração mundial capitalista. Muito pela ação do governo Bush o descompasso entre a dinâmica capitalista e a superestrutura política inernacional foi acentuada. Bill Clinton como secretário geral da ONU seria um mundo de reduzir a distância entre a organização política que o capitalismo atual demanda e a oganização política internacional que é possível ter no momento.
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